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Ana Ao Cubo


Ana Maria Peres

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há 14 horas, Magy disse:

Só sei que tenho de esperar mais um dia para dar uso ao corpinho! aff...

O próximo episódio será protagonizado pela Ana Jenny e pelo @SIM. Os vilões flopados, ao contrário de ti e do @Gabriel_C,  vão ter algum protagonismo, é necessário para enquadrar a história e para dar-lhe ação. :P:mosking: 

há 3 horas, JoanaSantos disse:

E a idosa do 760 sempre vai roubar €€€ para telefonar?:diablo:

A idosa vai entrar num gang perigoso só para ligar para o número. :ph34r: Não será tão radical, mas veremos o que a avózinha é capaz de fazer. :yes: 

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há 9 minutos, Ana Maria Peres disse:

O próximo episódio será protagonizado pela Ana Jenny e pelo @SIM. Os vilões flopados, ao contrário de ti e do @Gabriel_C,  vão ter algum protagonismo, é necessário para enquadrar a história e para dar-lhe ação. :P:mosking: 

A idosa vai entrar num gang perigoso só para ligar para o número. :ph34r: Não será tão radical, mas veremos o que a avózinha é capaz de fazer. :yes: 

Adoro... a idosa vai ser mais fresca do que se pensa:diablo:

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No episódio anterior

Spoiler

- Magy vai ter com o amante;
- Gabriel apresenta a sua família;
- Gabriel chega atrasado ao encontro, sendo que é rejeitado por Magy;
- Magy encontra-se numa emboscada. 

 

4º Episódio
Roubos no Supermercado

            Ana Jenny. O que é feito dela? Já foi dito no outro episódio que ela vivia na rua sem quaisquer condições. No entanto, a sua sorte – a partir de hoje – vai mudar. Tudo derivado a ter encontrado 5€ no chão. Quer dizer, não sabe se encontrou ou se lhe atiraram por pena, mas o que é facto é que tinha aquele montante pronto para gastar. Uma vez que a fome não lhe dava tréguas, decidiu ir a um supermercado e comprar o máximo de comida que pudesse com os 5€, depois de ter tomado um banho num quarto de banho público.

Entretanto, visualiza um senhor idoso que conversa com alguém com bastante confidência. Era SIM e Rafael A., que já tinham saído de casa. O primeiro estava a trabalhar no seu “inferno”, como o filho de Magy lhe chamava, a repor stocks. Odiava solenemente aquele supermercado reles, mas fazia um esforço: em primeiro, porque auferia alguma coisa para poder comprar o que quisesse, em segundo… Em segundo, é que SIM – sejamos francos – roubava mais do que repunha… 

                - Avô, para quê que vem a este supermercado? Gosta de ver o seu neto a ser um falhado?

                - Ai, pareces o Satanás da tua mãe a falar. – comenta Rafael A. – Não posso vir ao supermercado e dizer uma palavrinha ao meu neto?

                - Já disse várias até.

                - Meu neto, meu neto, que malcriado. Só uma perguntinha, então, para te deixar em paz: onde está o grão de bico?

                - Ande para trás e vire dois corredores à direita. – responde secamente SIM.

                - Obrigado, filho.

                 Quando Rafael A. se vira, SIM repara num maço de notas bem chorudo no bolso do avô. Tantas notas, tantas cores…. É que Rafael tinha como objetivo esconder o dinheiro à esposa, para esta não andar a ligar para os números de chamadas acrescentadas. Assim sendo, depois de gastá-lo nas compras mensais, o pai de Visky ia coloca-lo no banco. Contudo, SIM, numa prática habitual (já o havia feito algumas vezes), decide roubar aquela quantia tão volumosa ao avô. Para isso, chama-o, indo ter com ele.

                - Avô, espere!

                - Que queres?

                - Era só para dizer que não vou almoçar a casa. Eu esqueci-me de avisar a avó.

                - Está bem, eu digo-lhe.

                No compasso no qual Rafael se vira, SIM – habilidosamente – decide roubar o dinheiro todo ao avô. Quem testemunhou a esta cena toda foi Ana Jenny. Aliás, para além disso, congeminou um plano, no qual SIM era obrigado a dar-lhe do dinheiro. Tinha a prova: ela própria viu. Para tal, Ana vai ter com SIM, dizendo-lhe:

                - Grande ator! Tinhas futuro em Hollywood.

                - Desculpe? Quem é você, donde vem e por acaso conhece-me?

                - Efetivamente, não, nunca o vi mais gordo. No entanto, já sei alguns traços seus de carácter – é falso, é mesquinho e é um ladrão.

                - Desculpe? Quem é você para debitar palermices dessas a meu respeito? – indignou-se SIM.

                - Sou alguém que o viu a roubar o seu próprio avô.

                Quando SIM ouve estas palavras, a expressão corporal dele decresce e este fica assustado. Contudo, rapidamente lhe dá uma resposta à altura.

                - Viu? Que bom. Mas sabe, não basta ver, tem de provar.

                - E provo. Basta dizer a verdade ao seu avô. – diz Ana Jenny.

                - Ó criatura, e acha que o meu avô vai acreditar mais em si ou no seu próprio neto? Santo Deus, que ainda há gente burra. – goza SIM.

                - Se ele o vir com o seu dinheiro…

                - Sim, mas como é que ele vai saber que é dele? Realmente, você devia era levar um processo por difamação. Só não o faço porque não me acredito na justiça, é que senão…

                Ana Jenny reconhece que o empregado da loja tinha razão. Como tal, distancia-se e tenta pensar em algo mais elaborado, isto para conseguir metade do dinheiro. Tal tinha de acontecer antes de Rafael se aperceber que já não era portador da sua reforma, logo havia urgência. A única coisa que Ana tinha de fazer era encontrar provas do roubo. Depois de alguns minutos em que pensou bastante, chegou à conclusão no supermercado havia câmaras de segurança, que registam tudo o que acontece na loja. Era perfeito para provar o furto. O problema era aceder a essas gravações, já que geralmente só dificilmente é que se tem acesso às mesmas. No entanto, elaborou, em cima do joelho, um plano improvisado, com base naquele recibo que tinha apanhado há uns meses antes…

                - Olá! – diz Ana Jenny ao segurança Tiago João. Este ia naquele mesmo dia deixar o emprego, uma que vez que agora ia trabalhar como barman.

                - Olá. O que deseja?

                Fazendo uma expressão triste, Ana Jenny choraminga ao mesmo tempo que comenta:

                - O meu sogro foi sequestrado! Ainda hoje… Nós estávamos aqui a fazer compras e… Peço desculpa…

                - Sequestraram o meu sogro.

                - Como?! Aqui no supermercado?! – perguntou atónito Tiago.

                - Sim! Eu fui comprar papel higiénico e nunca mais o vi. Ainda para mais, pediram 1.000.000€ - chora Ana Jenny.

                -  Tanto dinheiro?! Como que isso aconteceu? – pergunta espantado o segurança.

                - É verdade. E sabe o que é pior: nós já depositamos essa quantia e eles ainda não libertaram o meu sogro!

                - Que bandidos... – comenta Tiago.

                - Por isso, eu precisava de ter acesso às câmaras de vigilância para ver se… Se… Conseguia identificar o agressor.

                - Peço desculpa, mas tal é impossível. Só com uma ordem judicial. – diz Tiago.

                - Mas… Olhe até tenho aqui o recibo de 1.000.000€ que transferimos para este Filipe Luís… Já agora, sou a herportrait.

                - Sou Tiago João. Mesmo assim, não lhe posso conceder acesso às câmaras, temos pena.

                - Sabe por acaso quem é que eu sou? – pergunta Ana Jenny aflita. O seu plano não estava a resultar.

                - O seu nome não me é estranho, efetivamente… - diz Tiago.

                Numa tentativa desesperada, Ana Jenny acrescenta.

                - Pois não, porque sou a dona deste supermercado. Sim, é verdade, sou uma das principais acionistas dele.

                - E provas disso? – pergunta Tiago.

                - Não é toda a gente que tem 1.000.000€, ou é? – riposta Ana Jenny. - E também poderá ter alguma desta quantia se me deixar ter acesso às câmaras…

                Tiago João deixou-se convencer pelos argumentos, especialmente pelo último. Deste modo, dirigiram-se à zona das câmaras de segurança localizada num cubículo minúsculo frente às caixas. Num procedimento técnico, Ana Jenny disse as horas, a secção onde tinha ocorrido o suposto crime, percebendo, entretanto, aquilo que era necessário fazer para gravar um DVD com base nas gravações. Quando ficou sem dúvidas, e no meio de uma conversa informal, Ana Jenny pega no bastão do segurança e, sem que Tiago se aperceba, dá com o objeto na cabeça dele, este que caí para o lado, inconsciente. A partir desse momento, a rapariga foi rápida em obter as provas do roubo de SIM. Saí, tranca a porta, deixando o segurança inconsciente lá dentro.

                Decidi sair para fora do supermercado à espera de SIM e da reação de Rafael. Esta que foi altamente dramática…

                - São 60.50€. – diz uma operadora de caixa.

                - Muito bem. – responde Rafael, procurando as notas. – Ai, menina, espere, isto não pode estar a acontecer.

                O avô de Duarte, Ambrósio e SIM bem procurava a quantia. No entanto, não a encontrava de modo algum, ficando pálido e a sentir-se zonzo.

                - Menina, ai…. Não consigo… Roubaram-me…. Eu não estou bem… Chame-me o meu neto…

                - Quem é?

                - É o SIM, ele trabalha aqui.

                SIM chega perto do avô, este que não se estava a sentir bem.

                - Ai, se eu descubro o malandro que me assaltou…. Se eu descubro… Ai! Eu mato-o com as minhas próprias mãos…

                - Tenha calma, avô! Olhe, eu vou ligar ao Ambrósio, ao Duarte, ou ao pai para o vir buscar. – refere SIM.

                - E liga à polícia… Aquele bandido… Ai, o meu coração! – queixa-se Rafael.         

                Entretanto, SIM liga ao pai que não atende. Liga para o irmão Duarte e o mesmo acontece. Por fim, liga para o mais novo deles – Ambrósio – que finalmente atende o telefone.

                - Estou?

                - Estou. Olha, o avô está-se a sentir mal e precisa que alguém venha busca-lo para levar a casa.

                - O quê? – pergunta surpreendido Ambrósio.

                - Sim, roubaram-lhe a reforma toda. Uma pena mesmo. Quando ia pagar as compras que veio fazer aqui ao supermercado, apercebeu-me que já não tinha o dinheiro com ele e quer ir à procura do ladrão.

                - E tu não o podes trazer cá ao café?

                - Não, Ambrósio, não posso, eu estou a trabalhar. – responde SIM.

                - OK, vou já para aí! Duarte!

                Ambrósio chama pelo seu irmão Duarte, que estava tranquilamente – no café da mãe – a tomar o pequeno-almoço. O mais velho dos 3 irmãos sonhava ser um cantor pimba reconhecido. Aliás, já tinha tido algum sucesso, mas nada de extraordinário. Tal como SIM, detestava trabalhar, só o fazendo quando necessário.

                - Sim, o que queres? – responde Duarte.

                - Tens de ficar a supervisionar o café. Eu tenho de ir buscar o avô ao supermercado, ele sentiu-se mal.

                - E eu tenho cara de empregado de café? Eu tenho demasiada categoria para isto, já sou quase VIP, não preciso de andar a fazer tostas mistas… – afirma Duarte.

                - Pois, mas eu prometo que é rápido, eu tenho de o trazer ou ainda faz um escândalo no supermercado. – diz Ambrósio.

                - Era da maneira que ia para o lar e o nome da nossa família saía nos jornais. Família de cantor pimba envolto em polémica! Ah, adorava!

                - Adoravas, mas não vai acontecer. – quando comenta isto, Ambrósio tira o avental e saí do café.

                O filho mais novo de Visky e de Magy corre rapidamente, chegando ao supermercado num tempo recorde. Lá, encontra-se com o avô descontroladamente aos gritos. SIM tenta-o acalmar, assim como alguns clientes, mas nada feito. Ambrósio lá o convence a ir embora para café, isto para o avô beber um chá, no sentido de se acalmar. Saem e SIM está quase no fim do seu turno. Passado alguns minutos, o mesmo acaba, saindo do supermercado. Rapidamente, observa que tem Ana Jenny à sua espera.

                - O que queres, ó chantagista de segunda categoria? – pergunta ironicamente SIM. – Queres-me tentar manipular outra vez?

                - Não. Quero dizer-te que neste DVD está a prova de precisava para provar tudo o que fizeste ao teu avô.

                - Como é que tiveste acesso a isso?

                - Não interessa. – diz Ana Jenny. – A partir de agora, quem estipula as regras do jogo sou eu. Como tal, dá-me metade do dinheiro roubado ou entrego-te à polícia.

                SIM entendeu que o melhor que tinha a fazer era dar-lhe metade do que roubou. Ao menos não corria riscos desnecessários. Contudo, Ana percebeu que tinha o filho de Visky na mão e, inteligentemente, concebeu um novo plano.

                - Esquece. Não quero.

                - Desculpa? Mas tu estás a gozar com a minha cara? – indigna-se SIM.

                - Não. Eu quero que me arranjas um sítio para dormir. Já.

                - O quê? Um sítio para ficares? Eu sinceramente não compreendo. És uma vagabunda? Olha, já agora, eu não tenho uma casa, não te posso dar guarida.

                - Não vives com os teus pais? – pergunta Ana Jenny.

                - Sim, mas…

                - Então diz que somos namorados. – interrompe Ana Jenny. - Vou adorar conhecer os meus novos genros!

                A aliança mais improvável e perigosa da história acaba de acontecer. Ana Jenny e SIM formarão uma dupla, cujo objetivo será a destruição de tudo e de todos… Até a própria família…

 No próximo episódio:

Spoiler

- És surda? Saí do carro imediatamente e dá-me a chave ou disparo um balázio no meio da tua testa!

                Magy obedece-lhe prontamente

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- Estou a fazer o almoço e não posso sair mesmo agora… Além disso, tenho de aguardar pela saída do prémio, está mesmo quase e eu penso que vai ser hoje que me vai sair! - diz Joana.

 

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Passado uns minutos, entra uma senhora muito bem vestida, aliás muito elegante.

                - Já? E se repetíssemos e aprofundássemos esta conversa que acabamos de ter noutra altura? – convida Duarte. – Sei lá, dava-me o seu número…

                - Não. Eu, se quiser entrar em contacto consigo, sei aonde o encontrar. Adeus. – despede-se herportrait. – Ah, e fique com o troco.

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há 4 minutos, ricardotv1 disse:

Quando a operadora de caixa sem nome já teve mais destaque que tu. :girlwah:

É o que se costuma dizer aos figurinos e atores secundários: um ator brilha mais quando tem um papel pequeno e o transforma em grande, do que propriamente o papel é grande em si. Isto é muito perverso também. :ph34r: Enfim, dizem, não sei se é verdade.

Em todo o caso, desculpem, não dá para pôr todos os núcleos em todos os episódios. :( Isto tem sido por núcleos e tem-se ido a apresentar. Ainda não chegou ao teu, @ricardotv1, mas chegará! Na sexta já vais dar um ar da tua graça, juntamente com o @Magazine... :girlsigh:

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Este SIM pensa que é quem? Que vilão mais flopado! Roubar dinheiro ao avô? Caixa de supermercado? Se a Maria Laurinda odeia as caixas de supermercado quem sou eu para gostar :ph34r: E a Ana Jenny viveu toda a sua vida presa nos subterrâneos e sabe o que é um supermercado? Que tem câmaras? O que é Hollywood? Está mentir a todos! Garota mau caráter! Mas ainda acredito que a velhota do 760 a derrube! A ela e a todos!

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Estou numa panóplia num episódio da novela!! :D

Se não fosse eu, o avôzinho ainda tinha um enfarte ou um AVC no meio do supermercado! Os meus irmãos são uma vergonha, um cantor pimba e um ladrão! Ai @SIM quando eu descobrir que tu roubas os avós!!!! :@:mosking:  

Mais uma vez, excelente episódio @Ana Maria Peres (basta eu aparecer) xD 

Venha o próximo, venha sexta! :D

 

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há 1 hora, AGUI lovers disse:

Este SIM pensa que é quem? Que vilão mais flopado! Roubar dinheiro ao avô? Caixa de supermercado? Se a Maria Laurinda odeia as caixas de supermercado que sou eu para gostar :ph34r: E a Ana Jenny viveu toda a sua vida presa nos subterrâneos e sabe o que é um supermercado? Que tem câmaras? O que é Hollywood? Está mentir a todos! Garota mau caráter! Mas ainda acredito que a velhota do 760 a derrube! A ela e a todos!

Não sou vilão. Sou apenas uma pessoa que quer subir na vida. E querias que a Ana Jenny fosse como a Alice?

Rafa - Vamos instalar um sistema de vídeo vigilância aqui em casa.

Alice - O que é isso? *cara de cabra enjoada".

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               No episódio anterior

Spoiler

- SIM rouba o dinheiro ao avô;
- Ana Jenny apanha-o;
- Para provar o crime de SIM, Ana faz chantagem e prende Tiago, o segurança;
- Rafael é levado para o café;
- A aliança entre Ana Jenny e SIM começa a ganhar contornos. 

5º Episódio
Ódios e Paixões

                - Saí do carro! – grita um homem.

                Magy estava numa emboscada. Dentro de um carro, estremecia de medo e de terror com aquilo que lhe podiam fazer. Antes tivera estado com Gabriel_C, sendo que ela o rejeitou. Terá esta particularidade algum elo com a situação anterior ou será fruto do acaso? Não sabia, mas isso não lhe interessava na altura. A dona do café queria a todo o custo sair dali; contudo, nem sequer conseguia balbuciar um simples som.

                - És surda? Saí do carro imediatamente e dá-me a chave ou disparo um balázio no meio da tua testa!

                Magy obedece-lhe prontamente. Encosta-se ao carro com uma arma apontada às costas. Ainda assim, não diz nada, sendo que o silêncio é interrompido pelo suposto sequestrador.

                - Tás calada, agora? Perdeste o pio, foi? Sabes, às vezes é preciso aprender com os nossos erros e este momento é perfeito.

                - Foi o Gabriel que lhe mandou fazer isto?          

                Magy tinha-se, finalmente, pronunciado de forma imprevisível e de forma não planeada. No entanto, o homem misterioso não lhe responde, preferindo mudar de assunto.            

                - Sabes, há gente que devia de se reduzir à sua insignificância. Ainda para mais, alguém que tem tantos telhados de vidro… Mete os cornos ao teu marido, andas enrolada com um homem casado, homem esse que é casado com uma das mulheres mais influentes deste país… Aliás, ele próprio é muito importante. E achas que, no meio disto tudo, podes dar ordens consoante bem te apetecer, sem sofrer qualquer represália? Muito te enganas…

                - De quê que está a falar? – pergunta Magy, quase a chorar.

                - Não te faças desentendida, sua galdéria. Sabes perfeitamente do que estou a falar.

                Entretanto, ouve-se uma terceira voz, em primeira instância baixa, mas que vai aumentando de nível. A esposa de Visky nunca a tinha ouvido…

                - Ó mano! Ó Filipe! Tu sabes como é que se muda a frequência do rádio? – a partir desta questão, consegue-se escutar cada vez melhor a voz deste interlocutor

                - Espera aqui! – ordena Filipe, o homem que tinha ameaçado a dona do café.

                Só que, sem notar, a chave do carro de Magy tinha caído ao chão do bolso de Filipe, percebendo que conseguiria fugir. Só tinha de esperar pela situação perfeita. Entretanto, Filipe vai-se distanciado cada vez, indo ter com o irmão.

                - Angel-O, quantas vezes te disse para não me interromperes?! – questiona Filipe, fazendo um olhar ameaçador.

                - Desculpa, mano, mas eu não gosto desta frequência em que está…     

                No meio deste diálogo, num movimento rápido que Magy fez quase em modo automática, esta pega na chave, entra no carro e foge rapidamente.

                - PORRA! ESTÁS A VER?! A GALDÉRIA ESTÁ FUGIR POR TUA CAUSA, ANGEL-O!

                - Desculpa, a sério… Não foi por mal!

                - Tu és um caso perdido… - finaliza Filipe.

                Magy conduzia quase à velocidade da luz. Queria sair dali, estava amedrontada e a sentir-se pessimamente mal. Estava em pânico e chorava compulsivamente. Não conseguia parar. Por muito que tentasse reprimir, o que aconteceu antes fora demasiado grave e simplesmente não conseguia pensar em mais nada. Chega, depois de alguns minutos, ao seu café, estacionando o seu automóvel. Parada no carro, fez de tudo para que ninguém notasse, principalmente os seus filhos, aquilo que tivera sucedido, pois tinha que se explicar e tal levaria ao caso com Gabriel.

Entrando no café, encontra um cenário caótico: o genro Rafael A. aos gritos, Ambrósio a tentar acalmá-lo e Duarte a filmar aquilo. É que – depois do roubo da reforma –, Ambrósio direcionou o avô ao estabelecimento comercial da mãe. Magy está completamente atónita com o que se estava a passar.

- O que é isto? – pergunta.

- Foste tu, não foste? Pois, agora é que juntei as peças e cheguei à conclusão! Ladra! – grita Rafael.       

- O quê? Roubei o quê?

- Não te faças desentendida, sua ladra! – acusa Rafael.

Ambrósio decide intervir, explicitando à mãe o que havia ocorrido no supermercado. Para além disso, pediu para Magy não se exaltar com o avô, esta que diz:

- Ah, roubaram a sua reforma, foi? E eu o quê que eu tenho a ver com isso? Ó senhor, por favor, não me meta no meio disto, que eu não tenho nada a ver.

- Para de mentir, foste tu! – grita Rafael.

- Olhe, para que conste o café é meu e você não pode nem deve berrar nele. Para além disso, eu não estive cá, eu não sei o que se passou sequer, logo escusa de descarregar toda a sua fúria em mim. – disse Magy.

Rafael, entretanto, estava-se a sentir francamente mal, quase desmaiando. Ambrósio rapidamente pede:

- Dá-me uma água, mãe!

- Da torneira, que se quer de garrafa tem de pagar. Toma.

- A sério, mãe?! Enfim, tome avô. E já agora, Duarte, liga à avó para o vir buscar. – pede Ambrósio.        

- Ai, eu?! Mas tá a meter tanta piada gravar isto para meter no youtube e escrever um discurso emocionado onde digo que adoro o meu avozinho… - conspira Duarte.

- Por favor, Duarte, isto é sério! – berra Ambrósio.

- Tá bem… Desmancha-prazeres.

Duarte liga à avó. Do outro lado linha, Joana Santos ouve o telefone e diz:

- Ai, não me acredito! Saiu-me o prémio! Ai! É hoje, hoje foi o meu dia de sorte! Lá vou eu receber os 10.000€! Um cruzeiro para as Caraíbas me espera!

Rapidamente concluí que afinal era o neto e não uma chamada telefónica. Contrariada, atende o telefone.

- Estou?

- Estou, olhe, o avô está-lhe um piripaque. Não tarda muito e está na morgue.

- O quê?! O teu avô está-se a sentir mal? – diz Joana.

- Sim, está a bater as botas. – responde Duarte.

- E onde é que estão?

- No café da minha mãe.

- Eu vou já para aí! Mas espera… Eu não posso sair de casa… - refere Joana.

- Ah?! – questiona-se Duarte.

- Estou a fazer o almoço e não posso sair mesmo agora… Além disso, tenho de aguardar pela saída do prémio, está mesmo quase e eu penso que vai ser hoje que me vai sair!

     - Olhe, deixe lá, eu vou ver o que se arranja.

                Duarte desliga o telefone e comunica aos restantes a resposta da avó. Deste modo, ficou decidido que seria Ambrósio que levaria o avô a casa, isto para este descansar e tentar melhorar. No entanto, Magy avisa:

                - Ó Ambrósio, tu podes ir levar o teu avozinho, mas tens de chegar a tempo e horas para continuar a trabalhar.

                - Sim, mãe, eu sei. – refere Ambrósio. A dizer isto, saí do café.

                Passado uns minutos, entra uma senhora muito bem vestida, aliás muito elegante. Todos os olhos, aquando da sua entrada, se viraram para ela. Era uma pessoa que atraía as atenções dos homens, mas também das mulheres. Duarte e Magy estavam no café, sendo que esta última estava ao balcão. A mulher chega-se perto dela e diz:

                - Bom dia.

                - Bom dia. – cumprimenta Magy; esta, que não simpatizou, em primeira instância, da pessoa que estava à sua frente.

                Há um momento de silêncio. Nenhuma das duas pronunciam qualquer palavra. Até que a mulher diz:

                - Desculpe…

                - Sim?! Nunca viu ninguém com um telemóvel? Estou a passar um nível muito difícil do Candy Crush, é normal não lhe dar atenção.

                - Mas isto continua a ser um café ou não?

                Magy troca um olhar inflamatório com ela, mas não responde. A mulher continua:

                - Caso for, queria um café.

                - Duarte! – chama Magy. – Tira um café para esta senhora.

                - Eu?! E tu, mãe? Não estás aí ao balcão? – pergunta indignado Duarte.

                - Tenho de acabar de passar este nível. Além do mais, se quiseres continuar a viver sob o meu teto, tens de contribuir de alguma maneira… Do teu trabalho quase nem tens rendimentos, por isso tens de dar lucro de alguma forma… Trabalha!

                - Quando eu for famoso, vou deixar esta vida de pobretanas! – diz Duarte irritado.  

                - Se me dão licença… - Magy saí de cena.

                Duarte está a tirar o café e a colocar um pacote açúcar, até que olha para a misteriosa mulher. A sua cara não lhe era nada estranha, já a tinha visto em algum sítio… Mas onde? E quem era? Quando lhe dá o café, esta responde:

                - Obrigada.

                E conseguiu, através da voz, perceber quem era! Era herportrait – a esposa de um dos banqueiros mais ricos de Portugal! O filho de Visky tinha-a visto há pouco tempo numa entrevista a um canal de televisão, tendo-a reconhecido. Deu-lhe o café. Porém, Duarte queria mais. Queria contactar com alguém que lhe podia dar entrada no mundo dos poderosos, dos famosos e dos ricos – grupos os quais Duarte sonhava noite e dia. Para tal, diz:

                - O que faz aqui senhora tão prezada?

                - Desculpe? – pergunta herportrait.

                - Sim, o que faz aqui? Pensava que ia tomar café a um sítio mais chique…

                - Não, é o sítio mais perto do cabeleireiro onde fui. E para tomar um simples café, não preciso de percorrer meia Lisboa.

                - Exato, tem razão. Espero que esteja bom, o café. – diz Duarte.

                - Sim, muito. Aliás, sem ser a sua mãe, que achei uma senhora muito desagradável, o café não é mau… Sítio simpático, um empregado igualmente… Não é mau. Já estive em piores sítios.

                - Obrigado. É ótimo ouvir críticas positivas.

                Herportrait tinha achado graça a Duarte. Era um rapaz jovem, bonito, de porte atlético e tinha-a cativado.

                - E como é que se chama? É normal que saiba o meu nome, mas eu não sei o seu… - refere herportrait.

                - Duarte.

                - Prazer. E o que faz na vida? Trabalha aqui no café? – perguntar herportrait.

                - Às vezes. Só quando há uma situação de emergência ou assim. Fora isso, sou cantor.

                - Cantor? – ri-se herportrait.

                - Está-se a rir?

                - Sim, imaginava-o com outra profissão, sei lá, personal trainer, mas é válida como todas as outras. Bem, eu tenho de ir, já passa da hora.

                - Já? E se repetíssemos e aprofundássemos esta conversa que acabamos de ter noutra altura? – convida Duarte. – Sei lá, dava-me o seu número…

                - Não. Eu, se quiser entrar em contacto consigo, sei aonde o encontrar, não precisamos de estabelecer contacto por via tão fria e pouco pessoal... - tocando na mão de Duarte, herportrait despede-se e acrescenta: ah, e fique com o troco.

                Herportrait deu uma nota de 50€ a Duarte. Nunca havia recebido gorjeta tão elevada. Decidiu esconde-la, dado que a mãe lhe ia, provavelmente, pedir. Entretanto, a mãe chega e pergunta:

                - Aquele nariz empinado já foi embora?

                - Quem?

                - Aquela mulher que pensava que era mais que os outros. – diz Magy.

                - E é, mãe. Aquela ali era a dona do BCGH. – confidencia Duarte.

                Assim que o filho lhe diz isto, Magy fica branca como a cal. A esposa do homem que era amante dela havia estado ali, à sua frente, sem suspeitar de nada…

              

 No próximo episódio:

Spoiler

- Bom dia, Doutor Gabriel. Queria-lhe dizer que chegaram os papéis da filial em Amesterdão e…

                Quem tivera pronunciado estas palavras era o secretário Ricardotv1.

-------------------------------------------

- Estou tão apaixonado por ele… Ainda para mais, ele hoje usou aquele blazer azul que eu gosto tanto, João_O… Mas não posso confessar este meu amor. - confessa Ricardo. 

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- E faça as suas malas, vamos a Amesterdão! – grita Gabriel.

- Eu? – pergunta Ricardo.

- Não, o seu fantasma. Claro que é você! E o Magazine também vem.

 - responde Gabriel. 

 

O que acharam do episódio? 

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há 5 minutos, Tiago João disse:

Em relação ao episódio 4, eu cheguei a ser segurança? :haha: Fui usado! E levei com um pau na cabeça! :lol:

Sim. :ph34r: A personagem era demasiado importante para ser um figurino, logo ficaste tu. :yes: 

Aprendi isto com a TVI e chama-se: reutilização de recursos. :cool: 

há 6 minutos, Pimpolho disse:

Angel-O sendo totalmente impertinente... Herportrait e Duarte juntos... Pimpolho (eu, a protagonista) e parece que desapareceu no nevoeiro... Bem, vejo que te inspiraste na grande obra de arte Alohomora 3! :lol: 

Falando a sério, muito bom, gosto do tom cómico e perverso disto. Parabéns!! :D 

Estamos desaparecidas por agora, mas não será por muito tempo! O reencontro das 3 irmãs está mesmo aí a chegar e vai ser bombástico! :victory:

Obrigada! :) 

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