Jump to content

Ana Ao Cubo


Ana Maria Peres

Posts Recomendados

  • Respostas 644
  • Criado
  • Última Resposta

No episódio anterior

  Hide contents

- AGUI sente-se mal;
- Ana Maria e Ana Pimpolho descobrem que são irmãs; 
- Abraçam-se e ficam felizes;

 

8º Episódio

               Invejas e hospitais

O acaso é incrível. A sorte, o azar, os nossos destinos cruzados, as coincidências… Se atentarmos nas nossas vidas, podemos verificar que existem inúmeras e que muitas vezes nem nos damos por isso. E é isso que vai acontecer no café da esposa de Visky…

                Era início da tarde e o café de Magy estava ligeiramente cheio. Ambrósio já havia voltado ao trabalho, depois de ter deixado o avô em casa, isto para o idoso descansar. Entretanto, surge, o irmão com uma rapariga de mão dada. Apesar da movimentação, todos os três familiares presentes (Duarte, Magy e Ambrósio) deixaram o que estavam a fazer e olharam para aquela cena. Quem estava ao lado era Ana Jenny – uma das irmãs das Anas, tudo devido à cena do supermercado, onde a rapariga chantageou o filho de SIM com a promessa que este lhe desse abrigo.

                - Olá, família. – cumprimenta SIM.

                - Olá. – diz Ana Jenny.

                - Quem é esta? – pergunta Duarte. – Deixa-me adivinhar: deixaste de ser o totó que és e finalmente arranjaste uma namorada!

                - Que engraçado. Tinhas jeito para um núcleo de comédia de uma novela da SIC… E sim, de certa parte tens razão: apesar de nunca ter sido totó, arranjei uma namorada. É a Ana Jenny.

                - Até é bonita. Duarte, prazer.

                - Olá. Obrigada pelo elogio. – responde Ana Jenny. – Mas o teu irmão dá-me elogios mais bonitos… 

                Duarte não gostou daquilo que Ana havia pronunciado. Adorava ser o centro das atenções e naquele momento não o estava a conseguir.

Entretanto, Magy estava muito pensativa. Aquela cara, daquela rapariga, não lhe era estranha... Conhecia-a de algum lado! Até que recebe um SMS do marido: “Não sabes o que aconteceu. Encontrei duas das filhas do Roberto e da Vera. São professoras de geografia e encontrei-as no hospital.” e fez-se luz. Nesse preciso momento, a dona do café chegou a uma conclusão: estava diante da terceira irmã daquela família, cuja sorte foi danada… Começando a conversa, pergunta:

- Onde é que se conheceram?

- Boa tarde também se diz, mãe… - alude SIM. – Já agora, se não se importam, eu tenho de ir mudar de roupa. Não convém estar com a farda daquele sítio do demo…

- Vai, querido. – despede-se, beijando na boca SIM.

- Sim, vai lá. Gostaria de ver a minha dúvida solucionada, aquela que pus há segundos.

- Querida mãe, certo? É que parece irmã do SIM… - engraxa Ana Jenny.

- Sim, sou a mãe. – respondeu Magy, sentindo a bajulação.

- Ora então, foi no supermercado. Eu estava a comprar papel higiénico e esbarrei-me com o seu filho… Foi amor à primeira vista… - conta Ana Jenny.

- Muito bem. Coisas de mãe, algo que tu, infelizmente, não deves saber…

- Como assim? – estranhou a irmã de Ana Maria. Como é que aquela mulher sabia que ela tinha crescido órfã?

- Eu sei da tua história familiar, Ana Jenny. Sei que os teus pais morreram cedo. Era muito amiga deles, principalmente do teu pai. E tu, de cara, não mudaste quase nada. Continuas com esse ar de quem não parte um prato…

- O quê? Você deve-me estar a confundir… Eu cresci com um pai e uma mãe, sim. – mente Ana Jenny.

- Olha lá, tu és afilhada do meu marido, achas que eu não te conheço? Minha querida, eu peguei em ti ao colo, sei quem tu és… - diz Magy. – E também sei quem são as tuas irmãs.

- Irmãs?

- Sim, irmãs. Tens 2, não sabias? Ana Maria e Ana Pimpolho. Aliás, o inútil do Visky, o meu marido, ainda agora esteve com elas no hospital.

Ana Jenny estava confusa com tudo aquilo que ouvira. Naquele momento, sentia-se tonta: tinha, depois de uma busca inglória durante alguns anos, informações sobre a sua família. Tinha um padrinho e duas irmãs. Como é que isso era possível? Apesar de estar muito confusa, queria mais informações.

- E o que sabe das minhas irmãs?

- Praticamente nada. Só sei que o meu marido as encontrou há pouco nas urgências do hospital e que são professoras de geografia.

Professoras? Professoras? Como? Ana Jenny sentiu o mundo a desabar. Como é que duas irmãs dela tinham vingado na vida, estudado, tinham um emprego e tivera tido aquela vida miserável fechada numa cave? Ela teve sempre uma vida pautada pelo sofrimento, pela dor e pelo desprezo… Ao contrário das irmãs, que haviam vingado na vida… A sua raiva aumentava a cada segundo, se bem que não o demonstrasse. Não era justo. Não podia ser justo. Até que, num impulso, Ana Jenny questiona:

- Em que hospital estão as irmãs?

- No Hospital Bem Viver. – responde Magy.

- Diga ao SIM que eu já venho. – despede-se Ana Jenny.

- Tá tolinha. – comenta Duarte, direcionando-se para a beira da mãe. – Isso ou já deixou o totó.

Entretanto SIM havia voltado, tendo perguntando:

- A Ana?

- Saiu. – responde Magy.

- Desculpa? – pergunta SIM.

- Já te deixou. Durou pouco… - comenta Duarte.

- Ela disse que já vinha de qualquer das formas. – conclui Magy.

Ana Jenny estava a caminho do Hospital Bem Viver, esperando um autocarro que a levasse lá. O seu objetivo era saber mais das irmãs e da sua história de vida. Mas não só. Dentro dela sentia revolta, fúria e inveja, assim como necessidade de ajustar contas. Por tudo o que elas almejaram, contrariamente a ela, que era uma simples vagabunda.

 No entanto, a nossa protagonista não vai ter sorte. É que AGUI acabava de ser deslocalizado para outro hospital. Vamos lá ouvir a conversa entre o enfermeiro e as Anas… Ele, no anterior episódio, havia-as levado ao seu consultório.

- Sentem-se, por favor. Tenho boas e más notícias.... – diz D007.

- Diga, por favor! – suplica Ana Pimpolho nervosa.

- A boa: já acordou.

- Que bom! – regozija-se Ana Maria.

- As más: não conseguimos determinar o que o paciente tem. Suspeitamos e temos inúmeros cenários, mas o Hospital Bem Viver não consegue averiguar, com 100% de certezas, a causa do problema. Como tal, decidimos que seria melhor o AGUI ir para outro hospital, neste caso, o Seattle Grace atv. Por isso, se o quiseram acompanhar, podem-no fazer.

- Sim, nós desejamos fazê-lo. - responde Ana Pimpolho. – E digo-o no nome das duas.

Ana Maria olhou com ternura para o gesto da irmã. D007 começa a escrever no computador, até que alguém bate à porta.

- Entre!

- Olá, D007! Sabes onde é que eu posso encontrar o meu maridão sexy e atrevido?

Quem tinha realizado esta questão era Diogo_M. Casado recentemente com Oxi – o diretor do hospital -, era completamente apaixonado por ele. Aliás, não será arriscado dizer que era a sua grande razão de viver.

- Eu penso que ele está na chefia, mas não tenho a certeza. Mas espera aí, eu já te levo lá, só tenho mesmo de encaminhar estas senhoras a um sítio. – diz D007.

- OK, querido! – despedindo-se, Diogo bate a parte.

- Peço desculpa por isto. Bom, eu já chamei uma ambulância e uma de vocês poderá acompanhar o AGUI. Infelizmente, só há lugar para uma.

- Vai aqui a Ana Maria. Eu já vim com ele na primeira. – refere Ana Pimpolho.

- Não é preciso, vai tu.

- Vais tu! E fica o assunto arrumado!

- Pronto, tem que se dirigir à saída do hospital e dentro de minutos, estará lá o AGUI na ambulância. Até um dia! – despede-se D007.

Saindo do gabinete, as Anas foram até à saída. As duas irmãs começavam-se a dar muito bem, sendo que – para Ana Pimpolho se deslocar – a outra irmã lhe ofereceu as chaves do carro dela para ela poder ir ao hospital.

Saindo também do gabinete, diferente destino teve D007, uma vez que ia acompanhar Diogo ao marido.

- Vamos? – pergunta D007.

- Sim, claro! – afirma Diogo_M. – Mal posso esperar para ver o Oxi! Ele vai fazer cara de mau, de estás a interromper, mas vai amar a surpresa!

                - Veremos!

                No meio do corredor, viram srcbica – um dos médicos do Hospital Bem Viver. Ia começar agora o turno. Tal era percetível, pois estava com a sua roupa de dia-a-dia. Decidiu cumprimenta-los, mais que não seja porque Diogo e herportrait, sua mãe, era os melhores amigos.

                - Olá! O que estão a fazer juntos?

                - Aqui o simpático do enfermeiro vai-me levar ao meu amado! E tu, srcbica, vais trabalhar, não é? Manda beijos à querida da tua mãe!

                - Sim, eu mandarei, não se preocupe.

                - E diz-lhe que estou desejoso para tomar um chá com ela. Uma querida tão afável como ela, merece tudo do bom e do melhor! – diz Diogo.

                - Sim, tudo ser-lhe-á dito! Adeus. – despede-se srcbica.

                - Ah! – esperando pelo terminar da conversa, D007 decide intervir, perguntando – Srcbica, depois vai à secretaria. Tenho lá uns papéis que gostava que visses, ok?

                Srcbica responde afirmativamente, antes teria era de mudar de roupa.

                Neste compasso de tempo que narramos, Ana Jenny – a personagem com qual se abriu o episódio -, tivera finalmente chegado às urgências do hospital. Dirigiu-se à secretaria, tendo tirado uma senha para o efeito. Depois de ter esperado algum tempo, chamaram-na.

                - SEGUINTE! – grita Bloody. 

                - Boa tarde.

                - Diga, qual é a doença? – pergunta Bloody.

                - Não é doença. Só queria-lhe colocar uma pergunta.

                - Mas hoje todos tiraram o dia para me fazerem perguntas?! Caramba! Isto de secretaria vai passar a ser posto de informação! – reclama o secretário. – Mas diga lá, rápido, que ainda tenho 13 senhas! 13!

                - Queria saber se a Ana Maria e a Ana Pimpolho estavam aqui, nas urgências.

                - De secretária vai-se passar a chamar Perdidos e Achados, é que só pode! Espere um pouco.

                Passando uns segundos, Bloody já tinha resposta:

                - Não, nenhum dos nomes esteve cá. Volte sempre, a saída é pela direita.

                - Mas eu tenho a confirmação que elas estiveram cá! – insiste Ana Jenny.

                - Querida, eu também tenho a confirmação que este trabalho é uma valente porcaria e não ando a chatear ninguém com isso, ouviu?! Saía daqui, tenho 15 senhas, 15, mais duas do que tinha antes!

                - Não pode ser! – desabafava Ana Jenny.

                - Pode, minha querida, pode! Rua!

                Depois de se ter deslocado para trás, a terceira irmã ouviu uma voz que lhe era familiar. Aquele timbre, aquela maneira de falar... Sabia lá, mas aquele tom… Assim sendo, e fruto de um impulso, olha para trás. Simultaneamente, o seu olhar cruza-se com o do médico que a havia atendido há um mês, depois de ter comido restos no chão. Fitam-se durante uns segundos, até que o profissional de saúde vai ter com ela, dizendo-lhe:

                - Tu…

                A resposta de Ana Jenny foi pronta. Olhando para srcbica, responde:

                - Eu…

 

 No próximo episódio:

  Hide contents

- Ana Jenny, beija-me! - pede srcbica. 
Ana Jenny beija srcbica na boca...

-----------------------------------------------

- Quem é este? - pergunta SIM a Ana Jenny.  - Namorado da Ana Jenny, SIM, prazer.

--------------------------------------------------------

- Diogo, para de me chatear com conversas parvas! - grita Oxi.
- Parvo és tu que me ignoras!


Gostaram? Digam que sim ou serão eliminados da história. :beee: Brincando. 

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

     No episódio anterior  

  Hide contents

- Ana Jenny vai à procura das irmãs;
- Não as encontra;
- Encontra, no entanto, srcbica;
- AGUI é levado para outro hospital.

 

9º Episódio

Amor

                 O encontro aconteceu. Depois de um mês sem nunca terem entrado em contacto, Ana Jenny e srcbica finalmente haviam-no feito por uma coincidência incrível. O filho de Gabriel queria conhecer mais acerca da rapariga que estava à sua frente, saber quem ela era, embora já estivesse completamente apaixonado por aquela mulher. Pelo contrário, Ana Jenny não queria qualquer relação com o médico, uma vez que era sua prioridade manter o namoro falso com SIM; contudo, sentia algo por aquele homem, sentimento esse que tentava reprimir. Ainda assim, a rapariga pergunta-lhe:

                - Como tem andado, o doutor?

                - Bem. E você?

                - Também. – responde Ana Jenny

                - Ainda bem. Espero que não tenha tido mais nenhuma intoxicação alimentar… Já agora, nem conheço o seu nome. Como é que se chama?

                - Sou Ana. Ana Jenny. E não, nunca mais tive uma intoxicação alimentar.  – responde-lhe Ana Jenny.

                - Que pena… - desabafou inconsciente srcbica.

                - Pena? Porquê? Quer-me ver doente?

                - Não, apenas queria vê-la… - graceja o médico.

                A partir deste momento, ambos os olhares se fitam, além de que o ambiente começava a ficar pesado entre ambos.

                - Ana Jenny, beija-me. - pede srcbica. 

                E assim o faz, num jeito imprevisível. Durante uns segundos, os dois corpos uniram-se numa perfeita simbiose de desejo, paixão e ardência. O beijo foi demorado, mas com uma grande intensidade…

 Até que, na porta do hospital, chega alguém. Esse alguém era SIM! O falso namorado da irmã de Ana Maria tinha vindo encontrar-se com ela, para saber quando é que Ana Jenny estava a pensar contar à mãe que ela ia ficar a viver com a família dele.

- Ana? – pergunta SIM.

Nesse momento, os dois apaixonados separaram-se.

 - Quem é este? - pergunta SIM a Ana Jenny.  - Namorado da Ana Jenny, SIM, prazer.

- Namorado? – questiona srcbica meio desorientado.

- Não, ele… - diz Ana Jenny.

- Nós não somos namorados? – pergunta desinteressado SIM. – Não era o que…

- Tu és comprometida? Como é que foste capaz de me beijar tendo outra pessoa? – indigna-se srbcica.

- Não é nada disso que estás a pensar, srcbica! – alude Ana Jenny.

- Chega. Não quero ouvir mais nada. – afirma srcbica. – Tenho de ir trabalhar. Fiquem bem.

Ana Jenny estava destroçada. Depois de ter vivido um conto de fadas, parecia que estava a entrar num filme de terror. A paixão que nutria por srcbica não podia ser quebrada por uma mentira. O seu raciocínio estava a ir nesse sentido, até que SIM interrompe:

- Olha lá, ó Jenyinha, temos coisas para tratar! Temos de dizer à minha mãe que queres ficar lá a viver…

Ouvindo isto, todas as ideias do amor encantado com o médico se desfizeram. Ana Jenny preferia ter um lar, um sítio onde pudesse efetivamente viver, do que uma paixoneta com uma pessoa que nem conhecia muito bem e que a podia não aceitar. A racionalidade venceu a emoção.

- Sim, efetivamente temos. – retomando a conversa. - Vamos embora, SIM.

- E aquele homem quem era? Estavam tão agarrados…

- Ninguém. – responde rapidamente Ana Jenny.

Noutro contexto, srbcica estava completamente destroçado. A pessoa que pensou dia e noite durante 1 mês afinal tinha namorado. A pessoa que idealizou como sendo alguém bom, íntegro e romântico era afinal o contrário disso. Tal como uma torre quando caí, o seu coração havia sido partido.

Estava-se a tentar recompor para começar a trabalhar, mas não conseguia. Não conseguia parar de pensar naquela misteriosa rapariga com o nome de Ana Jenny. Os lábios dela, o sorriso, assim como aquele beijo maravilhoso, não lhe saíam da cabeça. Precisava de desabafar, sendo que decide ir ter com o diretor do hospital, ainda que tivesse de dar consultas a partir daquele momento. No entanto, isso não lhe interessava; o seu coração é que precisava de conselhos.

Oxi era o diretor do hospital como já foi dito. Casado com Diogo, havia cedo chegado à presidência do mesmo, sempre com retidão e grandes princípios morais. No meio de um telefonema, tal como já é possível deduzir do episódio anterior, é interrompido por Diogo.

- Sim, eu trato disso e faço questão que as irmãs não saibam de nada. O AGUI está… - falava com alguém do outro lado da linha, até que entra Diogo.

- Olá, amor! – grita Diogo! – Estava com tantas saudidinhas tuas…

- Espere um momento, tenho de desligar. Até já. – despede-se Oxi.

- Oh, também ficaste contente, não foi? Foi por isso que desligaste esse chamada… - contenta-se Diogo.

- Não. Eu desliguei esta chamada para te dizer que tens de bater à porta antes de entrar no meu gabinete.

- Oh, que chato. Bater à porta… Eu prefiro bater outra coisa, meu querido…

- Diogo, por favor.

- Está bem, eu paro com estes temas mais calientes… - refere Diogo. – Como está a correr o teu dia?

- Bem.

- Bem? Só isso? Não tens mais nada para me dizer? – pergunta Diogo.

- Diogo, para de me chatear com essas conversas parvas!

- Parvo és tu que me ignoras! – diz Diogo. – Eu venho fazer-te uma surpresa e tu estás com essa cara de múmia…

- Uma coisa é fazer uma surpresa de vez em quando, outra coisa é aparecer aqui quase todos os dias a interromper o meu trabalho! Diogo, hoje ainda é quarta e já vieste aqui duas vezes. Achas normal? Eu tenho um cargo importante e tenho muitas responsabilidades.

- Mal agradecido. – responde Diogo. – Preferes o teu trabalhinho ao teu grande amor? Sempre foste assim…

- Que drama estás a fazer…

- Drama? Que drama? Sabes, Oxi, estou farto! Estás sempre a ignorar-me… Aqui, em casa…

- Se não fosses tão chato e inconivente talvez não o fizesse…

- Chega. Estou farto de ouvir-te a criticar-me. Eu faço tudo por esta relação e tu nada. Não queres saber de mim… Sabes o que eu faço melhor? Ir-me embora e deixar-te com o teu trabalho. Aproveita e desfruta bem. – despede-se Diogo, saindo do gabinete.

- Espera! – grita Oxi.

Mas nada feito. Diogo estava muito magoado com o namorado. Decide sair e ligar para o seu empregado, JoãoCruz.

- Estou.

- Diga, doutor.

- Prepare um banho de imersão! Rápido, que eu estou quase a chegar… - contém o choro Diogo, desligando o telemóvel.

Num comentário depois disso, JoãoCruz acrescenta, falando para si mesmo:

- Ui, deve ter levado com pés! ADORO, quanto mais aquele casalinho gay se separar, melhor…

Depois de Diogo ter saído, Oxi sentiu-se com alguns remorsos por ter tratado daquele modo o namorado. Sabia que o seu ponto de vista era o mais correto, mas achava que não devia de ter sido tão áspero. Entretanto, batem à porta. Era srcbica.

- Posso entrar?

- Sim, podes. Não devias de estar a trabalhar?

- Oxi, devia, mas eu preciso de desabafar. Eu tenho um espaço livre às 17:30, consigo dar vazão rapidamente.

- Então sê rápido. – diz Oxi.

- Serei.

Srcbica contou a história toda de ter conhecida a rapariga, do beijo quer de hoje, quer do primeiro encontro… Enfim, tudo aquilo que já sabemos. A ouvir esta história – romântica e dramática ao mesmo tempo –, conseguiu reconhecer que já não sentia, por Diogo, aquele elo de magia e de amor que liga dois apaixonados. Chegou à conclusão que só mantinha a sua relação por comodismo e para evitar magoar o seu atual namorado, porque o diretor sentia que não era feliz. No fim de tudo aquilo que srcbica disse, este perguntou:

- O que faço?

Oxi pensou durante alguns segundos. A revelação que havia tido antes, pesou na resposta que deu a seguir.

- Se fosse a ti, tentava lutar por ela.

- A sério? – questionou srcbica surpreendido. Nunca havia imaginado receber tal resposta.

- Sim. Em primeiro lugar, porque se achas que ela sente o mesmo que tu, que o beijo que deram foi tão explosivo como descreveste… Em segundo lugar, o namoro com esse SIM não deve estar de muito boa saúde…

- De facto, nisso, tens razão. Ele tratou-a com indiferença.

- Então? De quê que estás à espera? A vida é muito curta para andar com dúvidas existenciais. Se a amas e achas que ela sente o mesmo que tu, age.

- Obrigado. A sério, eras aquela voz amiga que precisava de ouvir. – disse srcbica.

- De nada. Mas agora, de volta ao trabalho!

Oxi, depois de ter proferido aquelas palavras e de srcbica ter-se ido embora, sentiu-se hipócrita. Altamente, diria.

Noutro prisma, Diogo_M havia finalmente chegado a casa. Estava de muito mau humor, como se pode constatar…

- Ó Criado, o banho está pronto?

- Quase.

- Quase? MAS EU LIGUEI-LHE HÁ 20 MINUTOS! – grita Diogo. – Como é que ainda não está pronto? Inútil.

Passado uns minutos, João preparou o banho. A entrar na casa de banho, Diogo comentou:

- Se continuar com essa lentidão, qualquer dia conte com uma carta de despedimento. Inútil!

Quando Diogo saiu, João cascou-lhe na casaca, literalmente. Chamou-lhe todos os nomes possíveis e que nem vale a pena narrar. Depois dos seus desabafos, ligou à sua grande amiga Magy.

- Estou, amiga? Então?

- Olá, João. Mais ou menos e contigo? – Magy continuava no seu café; para não incomodar os clientes, sai para a rua para falar com João.

- Horrível! O gay malcriado levou com os pés do gay rico e descarregou sua fúria para cima de mim… Ai, amiga, era dar-lhe um chapo naquela cara…

- Calma! Olha eu também não tive um dia muito melhor.

- Amiga, que se passou? – pergunta JoãoCruz.

- Fui raptada.

- Como assim, amiga? Raptada?

- Sim, depois de falar contigo… Olha, adeus!

Magy decide interromper e desligar a chamada, porque avista a nova “namorada” do filho. No entanto, embora o esforço, esta última tinha ouvido que a sua “sogra” havia sido raptada… Algo que estranhou.

- Olá. Já voltaste do hospital? – pergunta Magy.

- Sim. Eu e o SIM. Aliás, ele já cá está. – SIM havia demorado mais tempo, pois estava a estacionar o seu carro.

- Ainda bem. Encontraste as tuas manas?

- Ela não encontrou, infelizmente. – responde SIM. – Mas, mãe, gostaríamos de pedir alguma coisa.

- Digam.

- Eu e a Ana queríamos ficar a viver juntos cá em casa. – propõe SIM.

- Adoraria, estou a falar a sério. – complementa Ana Jenny.

Magy não respondeu, pois ficou muito surpreendida com aquilo que ouvira e não sabia o que dizer…

 

 No próximo episódio:

  Hide contents

- Não há maneira dela ficar aqui! - grita Magy, referindo-se a Ana Jenny.

----------------------------

- Pai, hoje trabalhou muito não foi? - questiona ironicamente Magazine.
- Trabalhei, mais do que tu. - responde Gabriel.

---------------------------

- E o AGUI, tem chances de sobreviver à doença? - chora Ana Maria.


Gostaram? Espero que sim! :D 

PEQUENO AVISO: Domingo e terça, devido a uma viagem, ser-me-á impossível colocar o episódio. Mas o @AGUI lovers, o meu secretário oficial, fá-lo-á! :yes: Por isso, os episódios continuarão a sair.

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

há 24 minutos, Ana Maria Peres disse:

PEQUENO AVISO: Domingo e terça, devido a uma viagem, ser-me-á impossível colocar o episódio. Mas o @AGUI lovers, o meu secretário oficial, fá-lo-á! :yes: Por isso, os episódios continuarão a sair.

Vai de viagem? A mala mede 1 metro e 75 centímetros? Ok, só preciso que me dês o ponto de saída que eu vou ter lá. Até domingo.

Muito bom episódio. Aquela p*ta dissimulada da Ana Jenyinha a tentar trair-me. Grande cabra.

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

há 18 minutos, SIM disse:

Vai de viagem? A mala mede 1 metro e 75 centímetros? Ok, só preciso que me dês o ponto de saída que eu vou ter lá. Até domingo.

Muito bom episódio. Aquela p*ta dissimulada da Ana Jenyinha a tentar trair-me. Grande cabra.

OEP7FLB.gif

Não. A mala é mais pequena do que isso. :( A não ser que te encolhas. 

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

   No episódio anterior  

  Hide contents

- Ana Jenny encontra-se com srcbica;
- Beijam-se;
- Diogo e Oxi discutem;
- srcbica decide lutar por Ana Jenny;

10º Episódio

Pedidos com discussões

YpeOYYm.jpg

                 Ana Jenny esperava pelo veredicto de Magy. A mãe de SIM tinha de decidir se a nova “namorada” do filho ficava a viver na sua casa. Depois de uns momentos onde esteve a pensar, ou a recuperar do choque, é absoluta na sua resposta:

                - Claro que não! Se querem namorar, fazem-no na vossa casa. Comprem uma, aluguem, não quero saber. Em minha casa é que nem pensar!

                - Mas porquê, mãe?

                - SIM, porque é mais despesas e – como compreendes – nós não temos muito dinheiro. O teu pai está desempregado. Para além disso, nem conheço as intenções dess Ana Jenny…

                - Eu não sou afilhada do seu marido? – pergunta Ana Jenny.

                - És. Por acaso, és. No entanto, é imprudente dar abrigo a alguém que não vemos há mais de 15 anos…

                SIM ficou a saber de uma informação com a qual ainda não contactara. Ainda assim, ignorou-a e continuou:

                - Então queremos saber a opinião do pai.

                - O teu pai? Esse banana não manda em nada… - ri-se Magy.

                - Veremos. – diz Ana Jenny. – Sabes onde está o teu pai?

                - Provavelmente em casa. Vamos.

                - Não pensem em desautorizar-me! Eu não quero essa Ana Jenny em minha casa! – enerva-se Magy.

                Os namorados ignoram a última frase da dona do café e dirigem-se a casa, no sentido de encontrarem o pai dos três rapazes. Felizmente, ele estava lá, mais precisamente na sala, a aturar os devaneios dos pais.

                - Ai, os bandidos roubaram-me a reforma… Ai, este país… Perdido! Até um homem honrado, que sempre trabalhou que nem um escravo, roubam… Bandidos, Portugal está cheio de bandidos… - queixa-se Rafael, visivelmente mais calmo do que na última vez que o vimos.

                - Não te preocupes, querido, depois de ganharmos o prémio do dia de 3000€, ficamos ricos! – refere Joana.

                - Ai, e depois tenho uma mulher que dá dinheiro aos bandidos dos 760… Ai, Deus…

                - Que bandidos? – pergunta Joana. – Eles só estão a dar-nos dinheiro! São é nossos amigos, aliás, mesmo grandes amigos.

                - Amigos? São é aldrabões! – adjetiva Rafael.    

                - Pronto, acalmem-se. Não é preciso exaltarem-se. – aconselha o filho. 

                Entretanto, surgem SIM e Ana Jenny em casa. Os três familiares olham para eles, estranhando a rapariga que acompanhava o rapaz, este que a apresenta:

                - Olá família. Então, esta é a Ana Jenny, a minha namorada.

                - Olá! – dizem os três.

                - Ana Jenny?! Não me acredito… És tu?! – diz espantado Visky.

                - Eu, quem?

                - Tu! A filha da Vera e do Roberto… És a minha afilhada… Não me acredito que te encontrei! Aliás, a tua cara está quase igual, não mudaste nada… - emocionado, Visky abraça a afilhada.

                - Sim, sou eu. – confirma Ana Jenny.

                - Como tens passado? – pergunta Visky.

                - Não lá muito bem… Fiquei a viver com uma vizinha muito mal intencionada. Entretanto, decidi sair de casa e estou a viver num motel.

                - Pobrezinha. Já tentaste ligar para o 760? Dão prémios fantásticos e dava para pagar o motel. – alude Joana.

                - Cala-te, Joana! – manda Rafael. – Anda ver televisão, mas é!

                - Eu andei à tua procura durante anos. – refere Visky. - Como teu padrinho, tinha a obrigação de zelar por ti, algo que nunca efetivamente fiz.

                Visky diz isto e metem a conversa em dia. O marido de Magy conta a vida dos pais, dá-lhe informações sobre os mesmos e conta-lhe de como tem passado. SIM, que estava a ficar sem paciência, pergunta-lhe aquilo que queria:

                - Pai, nós queríamos pedir-te uma coisa.

                - Digam.

                - Nós queríamos que a Ana Jenny ficasse cá a viver. Não seria para sempre, mas durante algum tempo… Seria possível? – pergunta SIM.

                - Claro que é! Claro! Aliás, fico muito feliz por ter a minha afilhada comigo.

                - Mas só que há problema… - refere Ana Jenny. – É que nós já abordamos a sua esposa e ela… Disse que não.

                - Não lhe liguem. Estava provavelmente irritada, como está sempre. Contudo, eu vou falar com ela. – diz Visky.

                - Irritada, ladra e malcriada! Os três adjetivos que caem que nem uma luva nessa Magy… - acrescenta Rafael, metendo-se na conversa.

                - Posto isto, ponham-se à vontade. – convida Visky.

                E vamos ter discussão da grossa. Podem contar com isso, Magy não vai dar de barato. Detesta ser desautorizada, ainda para mais quando é pelo marido. Os dois esposos vão ter que medir forças sobre esta questão. Mas isso agora não nos importa. É altura de focar outro núcleo, neste caso o de Gabriel que está a sair do trabalho, juntamente com o seu filho.

                - Rodrigo, então até amanhã! – despede-se Gabriel.

                - Pai, é Ricardo! Tem mais respeito pelo nosso secretário… - refere Magazine.

                - Obrigada, doutores.

                - Olhe e já me ia esquecendo: ó Ricardo: amanhã, não tolero atrasos. Temos voo às 09:00. Se não estiver no avião a essa hora, considere-se despedido. Preciso mesmo de um secretário e não posso estar dependente dos holandeses, percebido?

                - Sim, doutor Gabriel. Eu farei de tudo para ser pontual. – concorda Ricardo.

                - Ainda bem. Adoro pessoas pontuais. – refere Magazine. – Revela… Um certo charme de carácter.

                - Ora então, adeus! – despede-se Gabriel.

                - Até amanhã, caro Ricardo…

                Ricardo não se queria acreditar da aproximação que Magazine havia tentado estabelecer com ele. Parecia que estava a sonhar. Além disso, no dia seguinte, ia fazer uma viagem com o seu apaixonado… Estava radiante! Passado uns minutos dos patrões saírem, também o secretário decide abandonar o posto de trabalho. Tinha que acordar cedo no dia seguinte.

                Quando Gabriel e Magazine chegam a casa, são recebidos pelo empregado João:

                - Como correu o dia?

                - Pessimamente mal. Agora saia daqui. – pede Gabriel.

                João não gostava de ser tratado daquela forma, mas ignorava. Era o melhor que tinha a fazer, isto se quisesse manter o seu emprego.

                Passado uns minutos, era hora de jantar. Novamente, a mesa estava cheia de comida, com entradas, pratos principais, sopas e inúmeras sobremesas. A família rica reuniu-se toda, à exceção de srcbica, para trocar impressões.

                - Como foi o vosso dia? – pergunta herportrait.

                - Excelente. Li 4 revistas de uma assentada só. – revela Forbidden.

                - Péssimo. – diz Gabriel.

                - Porquê? – pergunta preocupada a esposa deste. – A situação em Amesterdão é assim tão grave?

                - Não tens nada a ver com isso. – responde Gabriel.

                - Eu diria que é… - completa Magazine. – Não sei se sabe, mãe, mas o caso é bicudo…

                - Magazine, querido filho, não se fala de negócios à mesa, ainda para mais ao lado de gente que não percebe nada, como a tua mãe e os teus irmãos. Assim sendo, cala-te! – ordena Gabriel.

                - Não percebo nada de negócios? – indigna-se herportrait. – Eu sou licenciada em Gestão!

                - Gestão de quê? Da tua agenda? Hoje vou almoçar com a Nonó a Cascais, amanhã vou ao cabeleireiro, depois vou lanchar com a Guigui… Por favor, ganha juízo. – critica Gabriel.

                - Não me desvalorizes.

                - É difícil desvalorizar alguém quando não tem valor. – riposta Gabriel.

                Ao ouvir estas duras palavras que lhe desfizeram o coração, herportrait saí da mesa a correr, sendo que o Forbidden vai atrás dela. Dirige-se ao seu quarto, deita-se na cama e começa a chorar. As humilhações constantes do marido estavam a ultrapassar o limite e ela estava farta; especialmente, de ser maltratada. O filho que só lê revistas decide entrar no quarto e tentar consolar a mãe:

                - Não ligue ao que o pai diz. Ele deve ter tido um dia menos bom…

                Mas herportrait continuava a chorar. Aquilo que o filho lhe havia dito em nada a ajudava: ela não tinha de ser o saco de boxe da ira do marido. Depois de muitas lágrimas contidas, a esposa decidiu falar com o filho, dizendo-lhe:

                - Hoje foi a gota de água. A partir de hoje, ele vai ver uma mulher impiedosa e sem papas na língua. Forbidden, chama o João! Ele tem de fazer um recado urgente.

                Acatando as ordens da mãe, o filho saí do quarto, deixando a mãe sozinha.

                Na mesa, a jantar, ficaram JDuarte, Magazine e Gabriel. Este continuava impávido e sem aparentar qualquer remorso sobre aquilo que disse anteriormente à esposa. JDuarte naquele clima, decide intervir:

                - Pai, porquê que tratou tão mal a mãe?

                - Porque ela meteu-se em assunto que não lhe eram devidos, tal como estás a fazer agora.

                - Podia ser menos brusco, não lhe fazia mal nenhum. – atira ao ar JDuarte.

                - Poder até podia, caro filho, mas não sou.         

                A conversa voltou a esfriar. No entanto, JDuarte diz:

                - Sabe, pai, eu se fosse a si começava a moderava o seu azedume. Qualquer dia vai acabar sozinho.

                - JDuarte, quem é rico nunca acaba sozinho… Mais que não seja, tem sempre parasitas à volta dele.

                - Isso foi uma indireta? – pergunta JDuarte.

                - Não foi indireta, foi bem direta. Achas que é a ser historiador que vais a algum lado? Meu filho, os genes de inutilidade da tua mãe passaram para ti.

                JDuarte era historiador e tal profissão deixava o seu pai extremamente irritado. Para ele, tal trabalho era uma inutilidade e não tinha qualquer sentido. Este ponto era alvo de inúmeras de discussões e JDuarte sentia que tinha de defender o seu emprego, atacando o progenitor:

                - Realmente… Pai, porquê que não vive com o seu dinheiro? Porquê que não constrói um cofre, mete lá uma cama e dorme com o dinheiro? Só pensa nisso! – exalta-se JDuarte. Ao mesmo tempo, levanta-se e saí da mesa.

                - Que irritado… - caracteriza Magazine.

                - Não ligues. E o teu irmão médico, onde está?

                - Está a trabalhar.

                - A trabalhar? Melhor: a tratar de pobres leprosos… - conclui Gabriel.

                Falamos em doenças! Será um tópico muito debatido nesta história e temos uma personagem doente – AGUI Lovers. No atv Settle Grace, havia finalmente resposta para o problema de AGUI, sendo que um médico comunica às Anas, que esperavam há algumas horas, pelo resultado dos exames do professor de educação visual. Assim, a resposta foi:

                - O paciente AGUI Lovers tem uma embolia pulmonar. E temos a dizer que é grave, logo vamos avançar para uma cirurgia.    

                - O quê? – grita surpreendida Ana Pimpolho.

    - E o AGUI, tem chances de sobreviver à doença? - chora Ana Maria.

                - Não sabemos ainda…

                Entretanto, toca o telefone do médico. Revelava a situação de AGUI, que se tinha piorado… Contando o sucedido às irmãs, dirigindo-se rapidamente ao bloco…

               

No próximo episódio:

Spoiler

- Esta casa é minha, logo também tenho uma palavra a dizer nisto! – grita Visky.

 - Não decides nada, meu querido, eu é que decido! Saí, Ana! - ordena Magy.

----------------------------

- Então amanhã já sabe: prepara tudo, percebido? - pergunta herportrait.

 - Sim, doutora. – responde João.

---------------------------

 Duarte percebeu a posição que a esposa de Gabriel quis manter, respondendo-lhe na mesma moeda.

 - Sim, a noite até pode estar bonita, mas você é mais…

 - Pare. - pediu herportrait

Gostaram? Espero que sim! :D 

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

No episódio anterior  

  Hide contents

- Magy rejeita que Ana Jenny ficasse a viver em casa dela;
- Discute com o marido;
- Gabriel e herportrait também discutem;
- Herportrait decide mudar de atitude;
- A situação de saúde de AGUI Lovers piora...

11º Episódio 

Firmeza

YpeOYYm.jpg

                AGUI estava numa situação muito grave. Fruto da uma embolia pulmonar estava em risco de vida. Vamos rezar para que tudo corra bem: o nosso professor de educação visual tem de sobreviver! No entanto, temos de esperar, não há mais nada a fazer, uma vez que ele está a ser operado.

                Mudando de tema, Magy, Ambrósio e Duarte fecham o café. Estavam a arrumar as cadeiras, até que o cantor, olhando para o telemóvel, comenta:

                - Eh, tantas visualizações!

                - Visualizações? – pergunta espantado Ambrósio.

                - Sim! Já tenho mais de 50.000 e passou apenas 4 horas…

                - E o quê que tu puseste na Internet? – pergunta Magy.

                - O vídeo do avô aos gritos! Todos estão a adorá-lo… - refere Duarte.

                - A adorar uma carcaça velha como ele? – ri-se Magy. – Só se for do ridículo.

                - Eu não me acredito que fizeste isso! – condescende Ambrósio. – Não pediste autorização!

                - Ó Ambrósio, cala-te! Eu sei o que ponho ou não ponho.

                - Enfim, vamos embora, que temos de jantar. – diz Magy.           

                A chegar a casa, os três viram SIM e Ana Jenny sentados na sala. A esposa de Visky ficou irritada, berrando:

                - O quê que esta rapariga está a fazer aqui?

                - Ela vai ficar a morar aqui. – diz Visky.

                - Vai… Então não vai… Rua! – ordena Magy, pegando no braço de Ana Jenny.

                - Largue-me! – grita Ana Jenny.

                - Eu não vou deixar a mina afilhada a dormir num motel, quando pode ficar a dormir com o namorado! Temos pena, Magy, mas eu insisto nisto e tens que aceitar.

                - Aceitar? Eu já aceito muita coisa! Eu trabalho por esta família toda e pago quase todas as contas, logo sou eu que decido quem vive aqui ou não! Quando começares a pagar as contas, aí podes ter poder… - diz Magy.

                - Esta casa é minha, logo também tenho uma palavra a dizer nisto! – grita Visky.

                - Não decides nada, meu querido, eu é que decido! Sai, Ana!

                Ana Jenny percebia que aquela ordem era para cumprir e que não ia levar a sua avante. Assim sendo, rapidamente sugeriu algo:

                - Por favor, eu não quero discussões. Fazemos assim: eu fico hoje a dormir cá e amanhã procuro outro quarto, pode ser?

                - Só hoje? Mas é mesmo só hoje, depois vais embora! – concede Magy.

                - Malvada… Vai acabar muito mal, você…Devia acabar sem ninguém. - refere Rafael.

                - Cale-se, velho inútil! – grita Magy.

                - Ao menos não sou uma mal-criada sem coração! - riposta Rafael.

                - Não discutam por minha causa… - vitimiza-se Ana Jenny.         

                Ana Jenny, embora tivesse sugerido aquilo contra a sua vontade, tinha um plano: naquelas 24 horas, tinha de arranjar alguma informação que comprometesse Magy. Ia tentar. Sabia que era arriscado, ainda para mais com apenas 24 horas, mas ia fazer de tudo para dar a volta à situação.           

                Noutra situação diferente mas igualmente tensa, temos a família de Gabriel, abalada pela forte discussão que havia sucedido antes. Herportrait estava a definir um plano com João. Que plano? É surpresa também para vós, caros leitores, não revelemos tudo ao mesmo tempo! Para levantar o suspense, ouçamos um pouco do que diz a senhora ao empregado.

                - Então amanhã já sabe: prepara tudo, percebido?

                - Sim, doutora. – responde João.

                - O Gabriel não pode aperceber-se de nada do que se vai passar, ouviu? Alguém tem de parar aquele arrogante. – diz herportrait.

                - Percebido.

                - E conseguiu o número de telefone que lhe pedi?

                - Daquele café? – pergunta João.            

                - Sim, esse mesmo.

                - Consegui o seguinte número que estava na internet. É um número de telemóvel, deve ser do dono.

                - Obrigada! Agora pode ir.

                Herportrait estava carente. Precisava de alguém que lhe subisse a autoestima, contrariamente a Gabriel que apenas a destruía. Daí que queria encontrar-se com o rapaz atraente e jovem que viu ainda hoje no café. Não sabia como o contactar, tendo feito os possíveis para obter qualquer número de telefone. O empregado conseguiu encontrar online um número, mas será que funciona? A esposa de Gabriel marca os números, espera um, dois, três segundos e finalmente ouve uma voz do outro lado da linha.

                - Estou? Estou? – pergunta.       

                - Sim. Olhe, daí fala do Café Mavi?

                - Sim, é a dona, porquê?

                - Queria falar com o um dos seus empregados… - diz herportrait.

                - Para quê? Os únicos empregados que eu tenho são os meus filhos…

                - É que era urgente. Questões profissionais.

                - Muito bem e com qual deles quer falar?

                - Duarte. – responde herportrait.

                Como os leitores já perceberam, herportrait estava a falar com o amante do seu marido. Curiosamente, Magy não conseguiu identificar a voz, pois, caso contrário, estaria numa situação constrangedora. A mãe do rapaz chama-o, este que vem contrariado:

                - Eu estava a compor uma música… Chamar-se-á Dor de Peito!

                - Olhe, cala-te e atende o telemóvel! Atende, que eu tenho de ir lavar a loiça. – diz Magy.

                - Sim? – questiona Duarte ao telefone.

                - Olá.

                - Você? – ao contrário da mãe, Duarte conseguiu perceber quem era a pessoa que estava a falar ao telemóvel.

                - Sim, eu. Olhe, queria saber se não queria ir dar uma volta por aí…

                - Consigo? – pergunta Duarte surpreendido.

                - Claro. Ia ser com quem? Fiquei muito intrigada a ouvir a sua história de vida e queria saber mais coisas sobre si…

                - Muito bem. Onde é que nos encontramos? Estou desejoso de o fazer.

                - Dentro de meia hora. À porta do café da sua mãe. Pode ser? – pergunta herportrait.

                - Não pode ser, é. – responde Duarte.

                - Então, até já.

                Herportrait sabia que havia cometido uma loucura. Nunca tivera feito tal antes, mas aquele rapaz havia mexido com ela. Com o seu jeito, havia como que lançado um feitiço sobre ela. Agora enfrentava um grande problema – sair de casa. Como fazê-lo sem o marido, altamente possessivo, notar ou estranhar? Era o mais difícil, mas não a preocupava, dado não ter nada a perder. Decidiu sair do quarto e ir-se embora.

                À exceção de srbcica, que continuava a trabalhar, e JDuarte, que estava no quarto, o resto da família (Forbidden, Gabriel e Magazine) estavam na sala. O primeiro a ler revistas, os dois últimos a trabalhar no computador. Herportrait, para sair de casa, tinha de passar por eles e enfrentar a possível ira do marido.

                - Vou sair. – diz herportrait.

                - Sair? A esta hora da noite? – pergunta espantado Gabriel. – Não me digas que agora também gastas o meu dinheiro a fazer ceias com as tuas amigas?

                - Não tens nada a ver com isso. Ora então, até amanhã!

                - Herportrait, onde pensas que vais? Tu és minha esposa! Já é bastante tarde para saíres! – enerva-se Gabriel.

                - Não posso ir espairecer?

                - Vais espairecer na cama com um amante qualquer. Esse é o teu espairecer. – revela Gabriel.

                - Gabriel, cala-te. Eu nunca te traí.

                - Tenho as minhas dúvidas, minha querida. Agora de volta para o quarto. - ordena Gabriel, chegando perto da esposa e apertando-lhe o braço.

                - Não! – diz herportrait, desprendo o braço, saindo de casa e batendo com a porta.

                - Aquela pega vai pagar por esta humilhação, ai vai, vai... - murmura para si mesmo Gabriel.

                Havia enfrentado a besta com sucesso. Agora só lhe restava ir ter com Duarte, que teve um panorama muito mais fácil ao sair de casa.

                - Olhem, familiazinha mais namorada do meu irmão, vou sair! Até logo. – despede-se Duarte.

                E ninguém disse nada. O ambiente estava demasiado tenso por tudo aquilo que se havia passado anteriormente.

                O filho de Magy chega ao café, mas ainda não estava lá ninguém. Até que avista um carro: moderno, grande e com aspeto que tivera custado uma fortuna. Era herportrait. Abrindo o vidro do lado direito, diz-lhe:

                - Entre.

                Duarte obedece e entra no carro. Durante largos minutos, falaram sobre variados temas, variados assuntos. Herportrait sentia-se revigorada com aquela conversa e cada vez mais atraída aquela jovem. O filho de Visky, no meio de uma conversa sobre o amor, pergunta diretamente:

                - E a sua relação com o Gabriel?

                Herportrait não sabe o que responder. Nem que o que dizer. Simplesmente, prefere mudar de assunto.

                - Hoje está uma noite bonita, não está?

                Duarte percebeu a posição que a esposa de Gabriel quis manter, respondendo-lhe na mesma moeda.

                - Sim, a noite até pode estar bonita, mas você é mais…

                - Pare.

                - Não paro, porque merece todos estes elogios… - refere Duarte, fitando o olhar da mulher que estava à sua esquerda.

                A tensão começava a subir e a situação começava-se a tornar cada vez mais quente. Os olhares trocados não enganavam ninguém. Olhando um para o outro, aproximando as faces, beijam-se na boca durante alguns segundos. Quem para é herportrait; sentiu um pouco de culpa naquele ato que acabara de cometer. Contudo, Duarte volta a insistir e desta vez a mãe de Magazine não lhe resiste. Trocam beijos, cada um mais intenso que o outro, até que – no calor do momento – tiram a roupa e deixam-se levar por uma panóplia de sensações que só ocorre quando dois corpos se tocam na ardência do desejo…

                Não vamos narrar aquilo que se passou. As personagens também têm intimidade, não é? Seria terrível desrespeitá-las dessa forma. Assim sendo, vamos ver o lar de Diogo e de Oxi que está em chamas…

                Diogo ignorava a todo o momento o seu namorado e nem sequer trocava uma palavra com ele. Havia ficado magoado com a cena do hospital. O diretor do hospital bem tentava lhe dar a volta, sendo que quase todos os seus esforços em vão; contudo, não desistiu. Para mudar o estado de espírito do namorado decidiu mostrar-lhe um vídeo, feito para comemorar o aniversário de namoro, que conseguia sempre emocionar Diogo…

                - Tu consegues sempre dar-me a volta… Oxi, tu sabes que eu fiz o que fiz, porque te amo. Mais do que tudo nesta vista. – diz Diogo, beijando em seguida o namorado.

                - Sim… - secamente responde Oxi.

                Infelizmente, o seu coração já não batia no mesmo compasso que o de Diogo… No entanto, preferia ignorar estes pensamentos, que só lhe traziam angústia, especialmente por magoar alguém que lhe fez tanto bem…               
 

No próximo episódio:

  Hide contents

 

- Olá! Também vão a Amesterdão? Eu também, que coincidência! – revela herportrait.

 - O quê que estás aqui a fazer, sua galdéria?! – pergunta Gabriel.

 ---------------------------------------------------------------

   - Ricardo, não devemos deixar o sentimento morrer…. Um sentimento tão profundo que nos une… - diz Magazine.

 -------------------------------------------------------------------


    - Querida sogra, com que então foi raptada e não diz a ninguém? – pergunta Ana Jenny.

    - O quê? Como sabes isso? – questiona Magy.

Gostaram? Que o tenham feito, é o que espero! :D 

 

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Arquivado

Este tópico está arquivado e encontra-se bloqueado a novas respostas. Se queres comentar algo sobre este tópico, pede a um moderador ou administrador que o retire do arquivo.

×
×
  • Criar Novo...