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GfK - Medição de Audiências


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há 2 horas, tjspy disse:

As audiências da CMTV causam-me depressão.

O problema é passavidade das entidades competentes, nomeadamente a ERC, perante todas as vergonhas que têm acontecido neste canal.

Mas esses estão mais procupados com a venda da TVI.

Editado por Figo
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Audiências TV: SIC e TVI crescem no regresso das competições europeias de futebol

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A meteorologia, a par dos jogos das equipas portuguesas nas competições europeias, são factos que alavancaram o consumo televisivo, cujo crescimento face à semana anterior foi de quase 23 minutos. Na semana 43, o tempo médio de visionamento diário por indivíduo foi de 5h51m, valor apenas ultrapassado durante o estado de emergência.

Na equação do share de audiência, o cabo apresentou uma ligeira descida para os 37,4%. Sentido inverso para os generalistas privados, com a SIC a registar uma subida para os 19%, e a TVI um incremento para os 16,8%. A RTP1, que perdeu mais de 1 ponto de quota, registou um share de apenas 11,6%, e mais uma vez inferior à quota do Outros (inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) que atingiu os 13,2% de share.

Numa semana marcada pelo regresso do Disney Channel à 10ª posição da tabela dos canais pagos mais vistos, com uma audiência média de 23,7 mil telespectadores/dia, o pódio permanece sem alterações, com a CMTV imbatível na liderança. Na troca de lugares, destaque para a subida da TVI Reality ao quarto lugar, destronando o Hollywood para o meio do ranking; e ainda para o Fox Movies, que ultrapassa o Cartoon Network, que caiu para a nona posição, continuando, no entanto a ser o infantil que reúne mais audiência.

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Na programação, como seria expectável, os jogos com as equipas nacionais dominaram as atenções. A vitória, com 18,4% de audiência média, coube ao jogo do Porto, transmitido pela TVI. O jogo do Benfica, transmitido pela SIC, ocupou o segundo lugar, com 15% de audiência. A terceira posição pertenceu à edição de domingo do Jornal da Noite, que incluiu a entrevista a RAP em quarentena. No duelo das novelas Quer o Destino, em recta final, ganhou a Nazaré/2ª Temporada.

Quanto aos programas mais vistos dos Pay TV, as novelas da Gobo ocuparam os lugares do topo, com uma audiência acima dos 300 mil telespectadores, já as restantes posições pertenceram a conteúdos CMTV.

Fonte:https://www.meiosepublicidade.pt/2020/10/audiencias-tv-sic-tvi-crescem-no-regresso-das-competicoes-europeias-futebol/

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Audiências da semana: CMTV reforça liderança e TVI Reality é o quinto mais visto no cabo

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Na análise aos números da última semana de Outubro verifica-se uma ligeira queda do consumo televisivo. O tempo médio de visionamento dia foi de 5h46m, o que representa um recuo de cerca de cinco minutos face à semana anterior.

Na repartição da audiência, o Cabo conquistou 37,5% do share. A SIC registou uma descida para os 18,6%, enquanto que a TVI manteve os 16,8% da semana 43. A diferença de quota entre estes dois canais é agora de apenas 1,8 pontos percentuais, distância que é uma das mais baixas do ano. A RTP1 foi o canal que ganhou mais quota, e recuperou para um share de 12,2%, no entanto, ainda abaixo dos 12,9% da quota do “Outros” (inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos).

Quanto à tabela dos canais Pagos mais vistos, a CMTV reforçou a liderança ao ultrapassar o patamar dos 100 mil telespectadores diários, nível de audiência apenas ultrapassado no período do estado de emergência. A Globo assegura a segunda posição e a SIC Notícias o terceiro lugar. O Hollywood ultrapassa a TVI Reality e volta a ocupar a quarta posição. A TVI 24 sobe ao sexto lugar, afastando a FOX para a posição seguinte.

Os canais infantis Cartoon Network e Disney Channel ocupam respectivamente a oitava e nona posição. A Fox Life, com uma audiência de 23,6 mil telespectadores/dia fecha o top.

Na programação, o futebol encontra-se, mais uma vez, no topo das preferências dos telespectadores. O jogo do Benfica, com 18,3% de audiência média revelou-se o programa mais visto da semana. O jogo do Porto ocupou o segundo lugar, com 16,3%. Nazaré/2ª Temporada recupera a terceira posição, à frente do Jornal da Noite. Aquele que foi o líder de sábado Terra Nossa/Especial ocupa o quinto lugar da geral.

No que respeita aos programas mais vistos dos Pay TV, a liderança pertenceu à edição de sábado do Jornal 7/António Costa Anuncia Novas Medidas de Restrição. As restantes posições dividem-se entre novelas da Globo e outros conteúdos CMTV.

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Fonte:https://www.meiosepublicidade.pt/2020/11/cmtv-reforca-lideranca-tvi-reality-quinto-visto-no-cabo/

Outubro: SIC e TVI separadas por 2,2 pontos em mês de subida da RTP1

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A análise de audiências de TV da agência de meios Initiative, que integra o grupo Mediabrands, revela que o consumo televisivo em Portugal cresceu três por cento face a Setembro.

A transmissão de várias partidas de futebol, o recrudescimento de casos de covid-19 no país e a perspectiva de um confinamento parcial influenciaram o aumento deste consumo.

Em outubro, a SIC manteve a liderança de canais com um share de 18.7%, menos 1.1 pontos percentuais (p.p) versus Setembro, seguindo-se a TVI com 16.5% (menos 0.2 p.p.). Por sua vez, a RTP1 aumentou a sua quota de share em mais 0.9 p.p., atingindo 12.5%. A transmissão de três partidas de futebol da Selecção Nacional contribuiu para o aumento de audiências do canal.

Sobre o universo de canais Pay TV, de referir que após um mês de quebra, aumentou a sua quota de share para os 37.1% (+ 1.3 p.p.). Nesta tipologia, destaque para a liderança da CMTV (4.1%), seguindo-se a Globo (2.6%) e a SIC Notícias (2%). De destacar ainda o crescimento de audiências da TVI Reality. O canal que transmite em permanência o Big Brother – A Revolução, subiu até à nona posição dos mais vistos do mês e aumentou a sua quota de share em mais 0.9 p.p., para os 1.6%.

Neste mês, e analisando a média de todas as inserções de cada programa, destaque para as transmissões de futebol. Os jogos da Selecção Nacional para a Liga das Nações contra a França e Suécia, que mantiveram mais de 2.2 milhões de portugueses colados ao ecrã, e o amigável frente a Espanha, que registou uma audiência média de 1.9 milhões de telespectadores, destacaram-se entre os mais vistos. As partidas do FC Porto para a Liga dos Campeões (1.7 milhões de telespectadores médios e 33.2% de share) e os jogos do SL Benfica para a Liga Europa (1.6 milhões de telespectadores médios e 36% de share) completaram o top dos mais vistos do mês. Excluindo futebol, os programas da SIC Isto é Gozar com Quem Trabalha – 2ª Vaga, Nazaré e Terra Nossa também se evidenciaram em Outubro. Em termos de estreias, a TVI apresentou aos telespectadores a nova telenovela Bem Me Quer.

Estreada a 26 de Outubro, posicionou-se a terceira posição dos mais vistos desse dia e verificou uma audiência média de mais de 1 milhão de telespectadores a que correspondeu um share de 21.4%. A estação de Queluz também estreou a nova série Ai a Minha Vida que foi para o ar a 10 de Outubro. Protagonizada por Carlos Cunha, a série registou no dia de estreia uma audiência média de 628 mil telespectadores e um share de 15.7%. Já a RTP1 estreou o novo programa de Fátima Campos Ferreira. Depois de ter concluído Prós e Contras a jornalista apresenta Primeira Pessoa, programa dedicado a entrevistas a várias figuras portuguesas. No dia de estreia, a entrevista ao político António Barreto contou com uma audiência média de 543 mil telespectadores.

No detalhe por período horário, as noites (00h00-2h30, com 17.8% de share), madrugadas (2h30 – 7h30, com 11.3% de share) e as manhãs (7h30 – 12h30, com 14% de share) foram lideradas pela TVI. Já os períodos de hora de almoço (12h30-14h30, com 24.5% de share), tarde (14h30-18h30, com 16.8% de share), pré-prime (18h30-20h00, com 19.2% de share) e prime-time (20h00 – 24h00, com 22.1% de share) foram liderados pela SIC.

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Fonte:https://www.meiosepublicidade.pt/2020/11/outubro-sic-tvi-separadas-22-pontos-mes-subida-da-rtp1/

 

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Audiências TV: Consumo atinge dos valores mais altos do ano

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Novembro começa com o consumo televisivo a atingir um dos valores mais elevados do ano: 5h56m, apenas superado durante o período do estado de emergência total. O tempo médio de visionamento diário cresceu cerca de 10 minutos relativamente à semana anterior.

No share de audiência, o Cabo subiu para os 37,6%; comportamento seguido pela SIC, que chegou aos 18,7%. Sentido inverso registou a TVI, cujo share desceu para os 16,1%. A RTP1 cresceu para os 12,3% e o Outros (inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) para os 13,2%.

Em semana de eleições nos EUA e de anúncio das novas medidas do estado de emergência os canais informativos obtiveram uma dupla vantagem, quer na subida de posições, quer no incremento de audiência. A SIC Notícias, ultrapassou a Globo, e subiu ao segundo lugar, com uma audiência de 65,9 mil telespectadores diários. Já a TVI 24 que passou a ocupar o quarto lugar, subiu duas posições na tabela, com um desempenho de 45,9 mil telespectadores, retorno superior ao registado pelo Hollywood e pela TVI Reality, que caíram para os lugares seguintes. Fox e Cartoon Network asseguraram as posições anteriores. No fim da tabela, Fox Life passa à frente do Disney Channel, que caiu para a décima posição. No topo a CMTV fortifica a sua posição de líder, ao crescer para os 103,1 mil telespectadores/dia.

Nos programas mais vistos, o futebol, com equipas nacionais continua no topo das audiências. Com 16,0% de audiência média, o jogo do Benfica foi o líder. Já o encontro do Porto ocupou o 2o lugar, com 15,8%. A edição de quarta-feira do Jornal da Noite fechou o pódio, com 14,0% de audiência. O quarto lugar pertenceu a Nazaré/Segunda Temporada, e o seguinte ao formato principal do programa de Ricardo Araújo Pereira.

Golos/Benfica x Sp.Braga ocupa a liderança da programação dos Pay TV. Seguem-se outros conteúdos CMTV. Na quarta posição encontra-se a novela Alma Gémea da Globo, e a fechar o Jornal 6 de sábado da CMTV.

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Fonte:https://www.meiosepublicidade.pt/2020/11/audiencias-tv-consumo-atinge-dos-valores-altos-do-ano/

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TV: Os programas que lideraram audiências, gravações e redes sociais em Outubro

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Em Outubro, o futebol dominou o top 10 de programas com 7 presenças. Destaque para o jogo da Liga das Nações entre a França e Portugal, transmitida na RTP1 na 11 de Outubro, com 2.288.300 espectadores.

Na sétima posição ficou o primeiro programa “não futebol”. Trata-se do magazine de Ricardo Araújo Pereira, Isto é Gozar com Quem Trabalha, transmitido na SIC a 11 de Outubro.

A fechar a tabela ficou o Jornal da Noite da SIC, do dia 25 de Outubro, com 1.330.900 espectadores.

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Nos programas gravados e visionados no próprio dia, o melhor programa foi Isto é Gozar com Quem Trabalha transmitido na SIC a 11 de Outubro. Nas gravações de 7 dias, a liderança pertenceu a um episódio especial da novela Quer o Destino, transmitido a 15 de Outubro. Esta novela viria a terminar a 26 de Outubro.

Nas redes sociais, na primeira posição da tabela mantém-se em destaque o reality show Big Brother.

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Em segundo lugar ficou a telenovela “Quer o Destino” que terminou este mês na TVI, e na terceira posição encontra-se a série “Morangos Com Açúcar”.

Em quarto lugar, encontra-se o programa exibido ao domingo à noite na RTP, The Voice Portugal.

Na quinta e sexta posição estão duas telenovelas da TVI, Bem Me Quer, que estreou este mês, e  Amar Demais.

O programa da SIC O Noivo é que Sabe ocupa o sétimo lugar da tabela.

Para finalizar este Top 10, encontram-se também os programas Dia de Cristina, Mais Futebol e Casa Feliz.

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Fonte:https://www.meiosepublicidade.pt/2020/11/tv-os-programas-lideraram-audiencias-gravacoes-redes-sociais-outubro/

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  • 2 semanas depois...

Como é feita a medição de audiências em Portugal?

Bernardo Ferreira • 21 Novembro, 2020

São indicadores que aparecem regularmente nas notícias sobre o mundo do entretenimento, influenciam os decisores das principais estações televisivas e movem um mercado publicitário que vale 300 milhões de euros. Para o bem e para o mal, as audiências são fundamentais para os media e ganham um peso acrescido quando se fala em televisão.

Mas, afinal, o que são as audiências, como se medem e quem o faz? Se estas são perguntas que já colocaste, este é o artigo certo. A propósito do Dia Mundial da Televisão, que se assinala este sábado (21), o Espalha-Factos falou com os principais intervenientes no processo para tentar clarificar como funciona, então, a medição de audiências televisivas em Portugal.

Amostra e rotatividade

Pela impossibilidade de se recolher dados de todos os indivíduos da população, é necessário, em primeiro lugar, constituir uma amostra, cujos dados são depois “ponderados tendo em conta o total da população“. Definiu a Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM) — entidade responsável por todo o processo em Portugal — que “a recolha de audiências é feita através de um painel de 1.100 lares, cerca de 3000 pessoas“.

Pode surgir aqui uma dúvida: como é que a amostra é, então, constituída de modo a representar a população? O processo de seleção dos 1.100 lares que compõem a amostra engloba duas etapas. Sempre que uma nova empresa passa a deter a medição e há a necessidade de se criar um painel do zero, é feito um estudo-base, que envolve entrevistas presenciais a 10 mil lares.

Esses 10 mil lares são escolhidos aleatoriamente, tendo por base a informação constante nos Censos. “Na primeira entrevista, nós vamos perceber a composição dos lares: vamos perceber quem vive nos lares, se tem ou não tem televisão por subscrição“, explica Joelma Garcia, responsável pela área de audiências televisivas da GfK, a empresa que faz a recolha das audiências desde 2012. Recolhida uma informação mais pormenorizada, que serve igualmente para a caracterização dos lares de Portugal continental, “fazemos depois a seleção dos lares, de acordo com determinados critérios porque queremos também ter uma amostra representativa da população“.

Audiências

A responsável salienta que, apesar de o painel ser constituído por lares, existe a preocupação de que o número de elementos envolvidos na medição seja representativo do total da população. “Há uma variável que nós utilizamos que é o número de elementos dentro do lar que cruza com todas as outras variáveis – região, subscrição, classe social – e essa é a variável que nos permite a representatividade daquilo que são os indivíduos“, pontua.

As duas entidades frisam igualmente que o sistema é atualizado todos os anos: “há lares que saem, lares que são recrutados de novo“, afirma o diretor executivo da CAEM, Fernando Cruz. Para isso, são feitos “dois estudos por ano, com 2500 entrevistas cada um; portanto, 5000 entrevistas“. Esses estudos permitem “saber qual a penetração da subscrição e a estrutura das classes sociais“, possibilitando a criação de “uma nova base de recrutamento com novos lares a entrar no sistema“.

“Nós todos os anos reajustamos o painel de acordo com esse indicador, quer a própria amostra quer o sistema de ponderação, ou seja, este ano o sistema ponderou uma informação um pouco diferente de acordo com aquilo que são os dados das últimas estimativas do INE“, explica Joelma Garcia.

Acerca da rotatividade, a responsável diz que a GfK tenta uma renovação da amostra de 20%. “20% porque em princípio os lares só podem estar cinco anos no painel. Se for os 20%, nós vamos conseguir ter uma amostra fresca“.

Recolha e tratamento dos dados

Para o sistema de audimetria funcionar, são necessárias duas componentes, nota a GfK: “uma componente que é a parte humana e a outra que é a parte tecnológica“. A parte humana diz respeito à já abordada amostra da população que serve de ponderação para a população total enquanto a componente tecnológica se refere ao audímetro e restante tecnologia que faz com que o aparelho comunique com a central da GfK.

Nos lares alvo de análise é instalado “um audímetro por cada aparelho de televisão em uso“, de modo a gravar “o comportamento de visionamento televisivo dos diferentes membros da família“, pode ler-se no site da CAEM. Aos elementos dos lares painelistas, é pedido que “sinalizem a sua presença quando estão presentes na divisão onde a televisão está ligada” através do telecomando, que tem um perfil criado para cada elemento do agregado, explicam os responsáveis da GfK.

Audiências GFK

Esta é a única intervenção humana no processo, sendo tudo o resto desencadeado de forma automática – “Tudo o resto é o meter que regista: o canal, se a televisão está on, se está off“. O audímetro funciona através do sistema audiomatching: “temos o aparelho que regista tudo o que está a dar na televisão, através do som, que depois é convertido para um processo binário e esse som, quando chega ao nosso sistema, tem que cruzar com outro som que no fundo serve de referenciação“, explica Joelma Garcia.

O sistema faz, em primeiro lugar, a validação de toda a informação recebida – quantos lares enviaram informação e que informação foi essa. Depois, é feita a ponderação: a cada indivíduo que compõe a amostra é atribuído um peso, “para que o conjunto de indivíduos chamados nesse dia representem a população total“.

Atualmente, o sistema não mede apenas o consumo linear, considerando também a visualização com “diferimento

igual ou superior a 60 segundos em relação à emissão“, aponta a GfK. Dentro do consumo em diferido, encontra-se aquele que acontece no mesmo dia da emissão linear — o VOSDAL — e o visionamento nos sete dias seguintes ao dia da emissão — TSV 7 Dias.

“Diariamente, o sistema faz o cruzamento entre o som que chega do audímetro e a informação que nós temos aqui registada na nossa base ou nas nossas SSUs“, explica a responsável pela área da medição, acrescentando: “quando ele sincroniza aquilo que é recebido dos lares com aquilo que nós temos no nosso sistema de referenciação a audiência é LIVE“. A parte da informação que o sistema não reconhece logo, é depois cruzada com os programas que deram no dia anterior – a que diz respeito a medição – e nos sete dias anteriores.

Desse tratamento dos dados, que é feito de forma automática, resulta a informação das audiências a nível de períodos horários. “Da GfK a informação que segue para os clientes é informação dos horários, o canal e indivíduos“, afirma Joelma Garcia. Para se obter uma grelha de audiências a nível de programas, “é feito um visionamento – que, neste caso, é a Marktest que faz – de tudo o que deu em termos de programas, é dada uma classificação e toda essa informação é sincronizada com a nossa base de períodos horários e, então, eu sei que àquela hora estava a dar o programa x ou y“, esclarece a responsável.

Curva de audiências

Curva de audiências por períodos horários, de 12 de novembro de 2020. Fonte: CAEM/GfK

Audiência, rating e share

Nos comunicados que as estações televisivas regularmente emitem sobre as audiências conquistadas e mesmo nos relatórios diários publicados aqui no Espalha-Factos, aparecem termos técnicos como rating e share que muitos podem não conhecer o real significado, à partida. Importa, por isso, elucidar aqui os leitores acerca destas definições mais técnicas.

Comecemos pelo termo audiência que, define a GfK, “é o número de indivíduos expostos a um ‘suporte’“. Em televisão, a audiência corresponde, assim, ao conjunto de indivíduos que contactam com um dado programa ou canal. O rating corresponde à “percentagem da população portuguesa que vê um programa“, segundo o Infominuto da RTP. Tendo em conta que o universo da população no Continente é — segundo as estimativas da PORDATA — de 9,7 milhões de pessoas, 1% de rating corresponderá aproximadamente a 97 mil espectadores.

Já o share indica, segundo a mesma fonte, a percentagem de espectadores com televisão ligada que, durante um intervalo horário, viu um dado canal. Estes dois indicadores podem também ser apresentados como audiência média e quota de mercado, respetivamente.

Concurso de medição de audiências

A GfK é a responsável pela medição de audiências televisivas em território nacional desde 2012. A empresa venceu o concurso lançado em 2010, sendo então contratada pela CAEM para prestar o serviço aos seus associados. A CAEM é uma associação de direito privado tripartida, constituída pelos anunciantes, pelos meios de comunicação e suportes publicitários e pelas agências, agências de meios e agências criativas.

No caso da televisão — já que a associação diz respeito também a outdoor, imprensa, rádio e digital —, “é a entidade que faz a decisão metodológica sobre o processo de medição de audiências, que tem também um contrato com uma empresa que faz a recolha de dados diários de audiência de televisão e, por seu lado, assegura a distribuição desses dados diariamente por todos os associados e todas as entidades que tenham contratado o licenciamento da utilização desses dados“, explica Fernando Cruz, diretor-geral.

Para a CAEM, os contratos com as empresas que medem as audiências devem ser de cinco anos, embora “várias circunstâncias do mercado” tenham levado à prorrogação do contrato com a GfK, que ainda vigora. Da última vez, aponta o responsável, “foi feita uma consulta internacional a várias empresas que estavam ligadas à medição de audiências de televisão“.

É, depois, “lançado um concurso, com caderno de encargos e com especificações técnicas do sistema, aquilo que se pretende que seja assegurado pela empresa que vai fazer a medição de audiências, e as empresas têm, normalmente, 1 mês e meio a 2 meses para entregar as suas propostas“.

As propostas são, depois, avaliadas pelo conselho técnico e aquelas que cumprem uma percentagem mínima obrigatória do caderno de encargos passam à fase comercial, em que a empresa faz a sua proposta de valor e existe uma negociação. “Foi, depois, escolhida a empresa que cumprindo os critérios de qualidade que existiam para o sistema, tinha o melhor valor“, aponta o responsável.

Em julho do ano passado, a CAEM lançou um novo concurso para encontrar o operador que vigorará no período de 2021 a 2025. A consulta internacional contou, tal como em 2010, com as empresas GfK, Kantar Media, Marktest e Nielsen. Três empresas passaram a fase da avaliação técnica, cumprindo mais de 90% dos critérios.

Espalha-Factos

Editado por Diogo O.
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Saudades da Marktest que inflacionava a audiência da RTP e da TVI com o seu painel constituído por pessoas mais velhas. A GFK, que só ganhou por ser mais barata, inflaciona a SIC e o Cabo. Mal posso esperar para que a Nielsen ganhe o concurso do próximo ano e dê vantagem à RTP2 e à CMTV, o novo ciclo da tv portuguesa :clap:

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