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Cantinho do Off-Topic


Rodolfo

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Encontrei uma notícia do Público de Abril de 1999, quando o Braga Parque estava quase a nascer:

"Daqui a três meses, Braga vai passar a ter um novo "shopping", que será o maior da cidade. O empreendimento vai constituir uma extensão do hipermercado Feira Nova e conta com mais de cem lojas e sete cinemas que o transformarão, pela certa, num novo local de "peregrinação" dos bracarenses. Perante este cenário, a Associação Comercial de Braga alerta para "os graves problemas sociais" que podem surgir no comércio tradicional.

O maior centro comercial da cidade de Braga, agregado ao hipermercado Feira Nova, deverá ser inaugurado daqui a três meses, em finais de Abril, segundo apurou o PÚBLICO. O Bragaparque vai contar com mais de cem lojas e fica situado na zona nascente da cidade, no mesmo eixo rodoviário do já existente Minho Center, contíguo ao hipermercado Carrefour. Como que antecipando a festa de inauguração, na próxima terça-feira vai ser feita a entrega simbólica das chaves aos lojistas que já cativaram lugar. Só nessa altura é que os promotores do empreendimento - a Urbaminho, uma sociedade constituída pelo grupo Jerónimo Martins, pela Mundicenter e pela Rodrigues & Névoa, uma imobiliária local - vão revelar o montante investido neste novo "shopping". Números, contudo, que deverão rondar, pelo menos, os cinco milhões de contos.O Bragaparque vai contar com uma área total superior a cinquenta mil metros quadrados, distribuídos por quatro pisos. Dois deles destinam-se apenas a estacionamento automóvel, com setecentos lugares disponíveis, e os outros dois a estabelecimentos de comércio e lazer, onde não faltam as habituais "lojas-âncora", pertencentes a cadeias de renome internacional. O "shopping" inclui noventa lojas para comércio e serviços, treze restaurantes, sete cinemas explorados pela Warner-Lusomundo e com um total de 1500 lugares, um "health club" e uma zona de diversão, com "bowling" e outro tipo de jogos. Exteriormente, conforme revelou ao PÚBLICO Vítor Ruivo, da Mundicenter, a arquitectura do Bragaparque - concebida por Frederico Valsassina - vai ficar marcada pela existência de uma torre que englobará quatro relógios, um em cada face, e servirá como ponto de referência do centro comercial.O empreendimento terá uma ligação, pelo interior, ao hipermercado Feira Nova, construído há cerca de dez anos, e posteriormente as actuais galerias comerciais adjacentes a esta grande superfície serão também renovadas, enquadrando-se no novo espaço. Aliás, reagindo à instalação, na mesma zona da cidade, do hipermercado Carrefour, desde há algum tempo que o espaço exterior do Feira Nova tem sido alvo de alguns melhoramentos. O aparecimento do Bragaparque implicou também a construção de um túnel de ligação ao hipermercado e ao "shopping" para os automobilistas que circulem no sentido da rotunda das piscinas, evitando assim que tenham de contornar esta rotunda para inverter a marcha. Com a inauguração do Bragaparque não vão concluir-se, contudo, as obras naquela zona da cidade. Por um lado, porque a conclusão da variante entre o nó de Infias e a chamada "rotunda do Feira Nova" só está prevista para Agosto - isto se não houver contratempos motivados pelas condições climatéricas - e, por outro lado, porque a própria Urbaminho irá construir e comercializar dois prédios em terrenos contíguos ao novo centro comercial, que serão integrados na estética do "shopping", conforme consta do plano de pormenor para aquela zona. Mas isso só acontecerá daqui a dois anos. Como seria de esperar, a construção do maior centro comercial de Braga está a desassossegar, mais uma vez, o comércio tradicional. O presidente da Associação Comercial de Braga - uma das mais dinâmicas do país -, Alberto Pereira, considera que deveria "haver mais contenção" no licenciamento destes "shoppings", uma vez que a cidade "não suporta a existência de mais espaços deste género". "Naturalmente que não vejo com bons olhos esta situação, porque o comércio tradicional vai ser prejudicado, numa altura em que está a tentar modernizar-se", afirmou ao PÚBLICO o líder dos comerciantes bracarenses. E, perspectivando o futuro próximo, Alberto Pereira alerta para "os graves problemas sociais" que podem advir de um eventual colapso do comércio tradicional. Além disso, acrescenta, com este novo "shopping" o centro histórico "vai ficar mais pobre e mais deserto", por via da forte atracção que o Bragaparque vai exercer sobre os bracarenses. Apesar de acreditar que o Ministério da Economia "está a rever" o licenciamento de novas grandes superfícies, Alberto Pereira deixa cair o desabafo da impotência: "Neste processo, nós somos meros espectadores...""

Em 2002 (ou 2003?) a zona de diversão, o Big Fun, encerrou. Porém criou "graves problemas sociais", já que desde a minha infância que notei um declínio do comércio tradicional. A zona do Feira Nova era anteriormente ocupado por um pequeno centro comercial que esteve presente desde 1989, quando o primeiro Feira Nova foi fundado.

20092010036.jpg

Aqui temos uma imagem do primeiro símbolo do Feira Nova num guia turístico de Braga em 1994, pouco depois de ser comprada pela Jerónimo Martins, e antes de adoptar o primeiro símbolo azul e laranja. Inclui uma foto só para ter uma ideia de como era a zona do Braga Parque antes do mesmo ser construído.

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