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Super Nanny


Pedro M.

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É a primeira vez em largos anos que ponho os olhos num programa da SIC aos domingos à noite, se bem que muito em conta ao facto de querer perceber a polémica em torno do programa. :mosking: Sim, há aqui componentes que são feitas para o programa resultar. Não é nada de novo, não é o primeiro programa a fazer isso (Pesadelos na Cozinha também os tem e não deixou de ser o melhor programa dos últimos anos a aparecer na TV). Embora entenda algumas das críticas, sinceramente não estou a ver a razão para tanta polémica. Até parece que Portugal inteiro se vai lembrar de toda e qualquer criança que aqui aparecer e irão para sempre julgá-la pelos maus hábitos que tinha. Se nem os restaurantes com baratas impediam algumas pessoas de continuar lá a comer, vai ser mesmo isto que vai causar um traumatismo enorme na criança e vai ser mesmo isto que vai dar azo a situações de bullying. :rolleyes: E é como já aqui disseram: o programa não é nada de novo. Não foi uma invenção SIC, ele já existe há anos e já foi transmitido em países diferentes. Por isso, qual é o espanto? É de ser em Portugal? Já se sabe que hoje se critica por tudo e por nada, mas um pouco menos de hipocrisia calhava bem.

Quanto ao programa em si, gostei bastante. É leve, vê-se bem e sinceramente acho que a SIC tem aqui uma oportunidade de tirar a barriga de misérias. Pode até vir a decrescer com o tempo, mas pelo menos para a semana deverá ter um resultado ainda melhor. O próprio resultado de ontem foi bastante positivo.

A culpa em casos como o da Margarida é essencialmente dos pais (ou, neste caso, da mãe). Se eu, algum dia, tivesse o descaramento de empurrar a minha mãe (ou outra pessoa qualquer) das escadas, levava logo um par de estalos e uns bons berros. O mesmo digo para o "estúpida" e para muitas situações que se passaram ao longo do programa. É o problema de muitos pais, e em parte da sociedade e desta mentalidade politicamente correta de muitos nos dias de hoje: acham que não se pode bater nos filhos porque ao mínimo estalo eles ganham traumas psicológicos para o resto da vida. Quando começam a crescer, ficam logo admirados que os filhos acham que são intocáveis e que podem fazer o que quiserem independentemente daquilo que os pais dizem e depois os pais não sabem como dar a volta a situação ou pensa que é a escola que vai incutir regras às crianças. Regras de respeito e boa educação aprendem-se principalmente em casa, não na escola. Se os pais falharem nesse aspeto, então o mais provável é que quando os filhos crescerem, as palmadas com pouca força e as tentativas de mandar em casa tenham outros contornos.

Tive casos na minha família assim. Quando era criança os pais davam-lhe tudo e ele fazia tudo o que queria. Manteve essa mentalidade até chegar aos 20 anos e depois as birras deram lugar a discussões e altos dramas dignos de aparecerem em programas destes. Como este, certamente haverá muito mais. Limites (e estalos também) não fazem mal a ninguém. Eu levei a minha dose e posso apostar que muitos de nós aqui também e penso que, a termos problemas psicológicos, não foi certamente pelo estalo dado a 12 de abril de 2004 às 22:34h. Claro que não é preciso exagerar, mas se uma criança não aprende a ter respeito pelos mais velhos nessa idade, inclusive pelos próprios pais e avós, não será com 20 ou 30 anos que irá começar a ter.

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há 6 minutos, joanna disse:

mas qual é a necessidade de ser usada sequer? é perfeitamente normal haver gente contra e, há 10,15, 20 anos seria igual, não é do politicamento correto.

Nao, não é igual. A sociedade mudou e bastante. Não é apenas uma questão de ser a favor e contra. Mas se nao consegues compreender a diferença, eu também não te consegui explicar melhor xD

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há 56 minutos, Maciel disse:

Nao, não é igual. A sociedade mudou e bastante. Não é apenas uma questão de ser a favor e contra. Mas se nao consegues compreender a diferença, eu também não te consegui explicar melhor xD

mudou claro, mas haveria sempre gente contra este tipo de programas, não tens é essa percepção precisamente pela falta de redes sociais antigamente.

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Quando era miúdo,  cheguei a chamar estúpida à minha mãe,  e depois escrevi uma carta a dizer que me is matar e que a culpa era dela (só para a torturar psicologicamente - tinha 12 anos).levei dois pares de estalos e continuei a fazer o mesmo, até ter idade para perceber que isso era injusto para com ela. Não foram os estalos que me fizeram mudar, muito pelo contrário,  os estalos e castigos, só me faziam ter um comportamento pior. O que quero dizer é que não somos todos iguais, e os métodos  para educar crianças tb não podem ser iguais.

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há 2 minutos, João F. disse:

Quando era miúdo,  cheguei a chamar estúpida à minha mãe,  e depois escrevi uma carta a dizer que me is matar e que a culpa era dela (só para a torturar psicologicamente - tinha 12 anos).levei dois pares de estalos e continuei a fazer o mesmo, até ter idade para perceber que isso era injusto para com ela. Não foram os estalos que me fizeram mudar, muito pelo contrário,  os estalos e castigos, só me faziam ter um comportamento pior. O que quero dizer é que não somos todos iguais, e os métodos  para educar crianças tb não podem ser iguais.

12 anos, é diferente... Eu também acho que quanto mais se cresce, menos eficaz é um estalo. E eu prefiro um bom castigo a um estalo. Para mim é mais eficaz obrigar a criança a estar quieta, sem televisão nem nada (tipo o banquinho de ontem). Mas com cinco, seis anos uma palmada na altura certa pode ser necessário e em nada prejudica a criança.

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Não vou comentar todo este aparato porque acho que já foi dito tudo e eu tenho uma opinião muito formada em relação a tudo isto... outra coisa, para além das várias entidades que têm surgido estava a passar pelo Twitter e já há figuras públicas que criticam o programa, também... é uma publicidade ótima para o formato, mas temo que isto siga o caminho dos golfinhos, se é que me entendem :unsure:

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O Dolphins With The Stars era um programa novo no mercado, a situação era bem diferente. Isto estreou originalmente há catorze anos. Desde aí, foram feitas n temporadas em n países diferentes. A SIC estava ciente das críticas que poderiam surgir, não se metia nisto sem estar bem preparada e com todos os contratos e autorizações necessárias. Nunca esta polémica causará o cancelamento do programa.

Editado por Pedro M.
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há 8 minutos, Pedro M. disse:

O Dolphins With The Stars era um programa novo no mercado, a situação era bem diferente. Isto estreou originalmente há catorze anos. Desde aí, foram feitas n temporadas em n países diferentes. A SIC estava ciente das críticas que poderiam surgir, não se metia nisto sem estar bem preparada e com todos os contratos e autorizações necessárias. Nunca esta polémica causará o cancelamento do programa.

E o dos Golfinhos só tinham gravado um programa, não tiveram o prejuízo que poderiam ter com este que já deve estar quase todo gravado suponho.

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A Super Nanny respondeu a algumas perguntas no Facebook:

Como seria de esperar, não falaram das críticas.

 

há 31 minutos, João Fernandes disse:

Pois o meu medo é esse, a SIC não aguenta com polémicas, ainda cancelam isto.

A própria SIC já veio dizer que não há problema nenhum com o programa. 

No dos golfinhos, a SIC veio dizer que tinha procedido mal ou algo do género. Não cancelam, de certeza.

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há 12 horas, Pedro M. disse:

12 anos, é diferente... Eu também acho que quanto mais se cresce, menos eficaz é um estalo. E eu prefiro um bom castigo a um estalo. Para mim é mais eficaz obrigar a criança a estar quieta, sem televisão nem nada (tipo o banquinho de ontem). Mas com cinco, seis anos uma palmada na altura certa pode ser necessário e em nada prejudica a criança.

Exatamente. Eu, também com 13 anos, fartei-me dos estalos. Fartei-me. Pura e simplesmente, fartei-me. Então, passei a peitar. Inicialmente, a reação é receber mais e eu dizia para continuarem, eu dava a outra face sem o menor problema. Foram os melhores estalos que levei na vida, porque, finalmente, eles já não me afetavam. Eu já não guardava rancor, depois de os receber. Eu tinha ganho teimosia, convicção pelas minhas opiniões. Eu continuava o mesmo. Eu senti que a minha personalidade estava construída e que a adolescência apenas a iria amadurecer. Sei que pode parecer loucura, mas desafiar os estalos foi como os adolescentes de uma tribo amazónica sentirem a picada de um monte de formigas, como os rapazes de Vanuatu praticam naghol pela primeira vez ou como os ocidentais experimentam álcool ou erva. Ter desafiado os estalos foi exatamente como isso tudo, um ritual para a vida adulta.

Hoje, eu posso de facto dizer que mudei muito pouco desde essa altura e o que foi mudado foi pelo mundo, pela descoberta de que a humanidade é uma grande porcaria e uma grande obra da Mãe Natureza concomitantemente. Graças a esta minha educação e genética, eu hoje prefiro, tal como o Pedro, um bom castigo a um estalo, mas sei perfeitamente que não há problema algum em dar uma palmada quando a criança é uma peste como a da série "The Slap" ou as que hão de aparecer neste programa. Ao mesmo tempo, sei perfeitamente que estalos não resolvem necessariamente o problema. Depende, gente. Depende de indivíduo para indivíduo.

Editado por srcbica
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há 2 horas, Fabien Silvano disse:

Não vou comentar todo este aparato porque acho que já foi dito tudo e eu tenho uma opinião muito formada em relação a tudo isto... outra coisa, para além das várias entidades que têm surgido estava a passar pelo Twitter e já há figuras públicas que criticam o programa, também... é uma publicidade ótima para o formato, mas temo que isto siga o caminho dos golfinhos, se é que me entendem :unsure:

Oh! Agora, queria mesmo saber a tua opinião...

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há 7 horas, BBFF disse:

Oh! Agora, queria mesmo saber a tua opinião...

Por um lado, gosto da dinâmica do programa e da temática que o envolve. É uma espécie de doc-reality e é sempre viciante. Em termos de aspetos de edição, conteúdo, duração... o formato está muito bem conseguido, como já tinha dito. Por outro lado, quando soube da existência deste programa fui espreitar a alguns países no que consistia e tenho a dizer que havia sempre alguma coisa que não gostava e percebi que era essa integridade das crianças, os pais permitirem essa exposição, fazia-me confusão. É que alguns miúdos são cruéis e os que veem aquilo vão rotular a rapariga de uma ou de outra forma. Agora, nao ando a gritar aos setes ventos a minha moralidade de entidade divina, dona da razão, não o tenho que fazer. A responsabilidade é dos pais, a transmissão é da SIC. Pessoalmente, eu não consigo acompanhar, mas respeito quem acompanha, até porque há público para este tipo de formato e muito por sinal.  :happy:

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Mãe recebeu mil euros para expor filha na SIC

Contrato assinado entre produtora e pais prevê pagamento e gravações em casa durante uma semana. 

Os pais que aceitarem expor os casos dos seus filhos no programa ‘Supernanny’, da SIC, recebem em troca mil euros e têm de estar disponíveis durante uma semana para gravações em casa, apurou o CM.

Os pais que aceitaram expor os casos dos seus filhos no programa ‘Supernanny’, da SIC, recebem em troca mil euros e têm de estar disponíveis durante uma semana para gravações em casa, apurou o CM.

Foi este o caso da família apresentada no primeiro episódio, que teve como protagonistas Patrícia, uma mediadora de seguros de 36 anos, que vive em Loures, e a filha Margarida, de 7. Estreado domingo à noite, o formato está a gerar muita polémica devido à exposição a que a criança foi sujeita. A Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens considerou ontem "existir um elevado risco" do programa "violar os direitos das crianças", nomeadamente o direito à reserva da vida privada.

Uma posição à qual se associou o Instituto de Apoio à Criança e a UNICEF Portugal, que apelaram à intervenção do Estado e que se mostraram preocupados com o surgimento de mais casos nas próximas semanas (a primeira temporada de ‘Supernanny’ em Portugal terá oito episódios). Já a Ordem dos Psicólogos, que em 2016 tinha dado parecer negativo ao formato por considerar que "a intervenção psicológica não deve ser associada a programas em que se exponham publicamente casos particulares", disse ter recebido queixas, que irão agora ser analisadas pelo Conselho Jurisdicional. À ERC também já chegaram várias queixas, que serão analisadas nos próximos dias. Entretanto, e face ao coro de críticas que se estendeu às redes sociais, a SIC emitiu um comunicado no qual assegura que ‘Supernanny’ "cumpre a lei, tendo sido obtidas as necessárias autorizações para o efeito". E defende que o programa, exibido em 15 países, não é exibicionista. Já a ‘Supernanny’ Teresa Paula Marques afirmou "não estar no programa como psicóloga", apesar de ser essa a sua profissão, e remeteu explicações para a produtora Warner Bros, que não se pronunciou.

Editado por tiaguito
FONTE: CMTV
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