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Ana Ao Cubo


Ana Maria Peres

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No episódio anterior:

Spoiler

- JoanaSantos ganha um prémio de 760;
- Diogo_M adota uma criança para chamar a atenção;
- Ana Jenny encontra Manu Tenry; 
- Armam um plano;
- Magazine é preso.

38º Episódio
A morte esteve à porta

Perante aquilo todos estavam impressionados. Magazine havia sido preso, uma vez que o filho de Gabriel estava acusado de atear fogo ao banco holandês. Impavidamente, entrega- às autoridades, sem negar absolutamente nada. É algemado e nem balbucia qualquer som. No entanto, pouco depois, pergunta a Ruben:

- Posso dizer uma coisa ao meu irmão?

- Pode, mas seja rápido.

- Magazine… Como é que foste capaz? – questiona JDuarte.

- Nunca conhecemos bem as pessoas… - insinua Ana Jenny.

- Bem, diz isto à mãe, ao pai, aos jornais e a quem quiseres. Fui eu que ateei fogo ao banco, sim. Contratei alguém para o fazer. Paralelamente, contratei o Filipe Luís para ele me vir avisar, de modo intencional, que o meu pai tinha intenção que eu não saísse no quarto no dia seguinte, no sentido de o culpar.

- Mas porquê, mano?

- Eu queria meter aquele sacana na cadeia! Eu odeio o pai! Foram anos a ser lacaio de ele! Eu queria a direção do banco, não estar subjugado aquele tirano…  Mas algo correu mal naquele dia; lá alterou os planos dele e tudo foi pelo cano abaixo...  Ao mesmo tempo, tentei avisar a mãe. O que ele fez durante toda a sua vida, especialmente nos dias anteriores… Foi um golpe muito baixo! E eu tinha de me vingar dele, de qualquer maneira.

- Bom, já chega. Vamos embora.

E saem, levando Magazine para a prisão, onde confessou tudo. Ficou em prisão preventiva. Quem ficou em choque foi o ex-namorado Ricardotv1; já não tinham uma relação, pois esta tinha-se deteriorado ao longo do mês. O secretário havia visto quais eram as suas verdadeiras intenções e o porquê ter havido aquela aproximação e ficou muito zangado. Ainda assim, não conseguia deixar de estar escandalizado com tamanha revelação.

Igual sentimento tiveram os pais. Gabriel_C, apesar disto, não deu importância ao assunto, enquanto herportrait, sim. De facto, os filhos não estavam nada bem… Dizia isto, não só derivado à situação do incendiário, como também de Forbidden; o rapaz havia endereçado uma carta a dizer que tinha ido viajar pelo mundo e que só voltava meses depois. O que é facto é que isto é mentira; o filho que só lia revistas continuava sequestrado no armazém velho. Filipe Luís havia-o mantido em cativeiro e não o deixava fugir, até ordem em contrário. O irmão de srcbica bem tentou várias vezes escapar, mas fora sempre apanhado…

 Assuntos negros e sérios. E há que se vai afigurar de igual feiura. Gabriel_C havia vindo, passado pouco tempo, para casa. Estava cansado. Assim, vai ter com a namorada do filho, que estava no quarto a pensar de que forma obteria o contacto das irmãs. É surpreendida quando lhe batem à porta. Abre-a e vê o banqueiro, que a cumprimenta:

- Olá.

- Olá, Gabriel. Veio brincar comigo? Sinto-me só, sem o cãozinho do seu filhinho perto de mim… Preciso que alguém me aqueça os pés…

- Quem sabe se daqui a um bocadinho, não brincamos, Ana… Mas, em primeiro lugar, preciso de conversar consigo.

- Sou toda ouvidos.

- Então, aconteceu um incidente lá no banco. Amanhã, vou nomear o novo diretor-geral holandês do banco. Decidi dar um tempo para o efeito da morte do anterior diretor passar.

- Sim, e?

- E… Ele vai verificar as minhas contas todas e vai descobrir… Bem, nem diria ilegalidades, mas diria coisas estranhas.

- Muito bem. – afirma Ana Jenny. – Não percebo onde é que eu entro no meio disto tudo…

- Entra, na medida em que eu necessito de si mais que nunca. O diretor-geral não pode descobrir aquilo que tenho das contas…

- Porquê?

- Porque, sabe, o mundo empresarial é movido por invejas. – diz Gabriel. – E se esse novo diretor geral descobrir o que tenho, provavelmente tentará dar o golpe do baú.

- Já compreendi. E o que deseja?

- Desejo transferir tudo o que meu para si, Ana Jenny.

A irmã de Ana Maria nem queria acreditar naquilo que ouvira. Toda a riqueza de um banqueiro ia para a sua conta, onde tinha apenas meia dúzia de tostões… Seria incrível e ficaria rica para toda a vida. Interrompendo os seus pensamentos, Gabriel continua:

- Sabe, eu não confio em ninguém e penso que nós os dois temos uma relação estável. Além de que a Ana nunca seria capaz de me trair…

- Claro que não!

Ana Jenny já tinha o esquema bem planeado: assinava o contrato, fugia com srcbica e nunca mais veria Gabriel. Seria um plano excelente; efetivamente, o seu coração dizia-lhe que era aquilo era uma ideia perfeita. Ficava rica e com o homem que tanto amava… O melhor de dois mundos! A seguir, o bancário conclui: 

- Amanhã vem comigo ao escritório e assina os termos, percebido?

- Claro, fá-lo-ei com todo o gosto.

- Agora… Agora, vamos falar outro tipo de assuntos… Mais picantes… - insinua Gabriel.

- Concordo…

Fazem amor, a seguir a terminarem a conversa. Depois, Gabriel saiu; tinha que falar com os advogados para tratar do caso filho. Já a irmã de Ana Maria, preferia dedicar-se a arranjar o número de telemóvel das manas.

Passando pelo quarto de Jduarte, Ana Jenny tem uma ideia! De facto, nem sabe como é que não se lembrara daquilo antes! O novo namorado de Oxi era amigo das irmãs e com certeza, deveria de ter o número delas. E o contexto ainda ajudou a nossa vilã: na sua suite, o rapaz estava a tomar banho, tendo deixado o telemóvel na mesinha de cabeceira. Pega nele e felizmente não tinha código de bloqueio. Rapidamente vê o número de Ana Pimpolho, mete-o no seu telemóvel e sai. Ninguém havia notado e a nossa protagonista manda um SMS à rapariga, dizendo: “Hospital Bem Viver: o Manu está quase a morrer. Venha-o ver antes que seja tarde. Ele pediu para trazer a sua irmã”.

O que é feito das nossas manas boazinhas? Não soubemos nada delas! Por um lado, Ana Maria continuava na sua vida rotineira, assim como AGUI, que continuava a viver na casa desta. Os dois estavam cada vez mais próximos, mas ainda não tinham oficializado nada. Por outro, Ana Pimpolho havia começado a namorar com Ambrósio; ambos tinham uma relação muito feliz e eram muito compatíveis. Neste momento, estavam ambos no sofá a namorar, até que a “filha” de Manu recebe a mensagem. Ao lê-la, fica com cara de espanto, o que o filho de Magy estranhou. Por esse motivo, questionou:

- O Manu…. Tu sabes… O assassino dos meus pais, mas também o homem que me deu guarida… Está a morrer…

- E o que se passa?

- O Hospital diz que para eu ir ver… Está no seus últimos dias… - diz, entre choro.

- Queres ir?

- Quero. Apesar de tudo, ele criou-me e merece que eu o vejo pela última vez. De igual forma, também quer que a Ana Maria vá.

- Eu vou chamá-la então.

Após cumprir esta ordem, a irmã esclarece o que se havia passado. Embora não tendo concordado inicialmente, Ana Maria concedeu e perguntou à mana:

- Estás pronta?

- Sim. Preciso de o ver pela última vez.

- Vamos?

- Sim.

Dirigem-se ao hospital e encontram Visky na receção. As irmãs, depois de encontrarem Ana Jenny, tinham estabelecido uma relação muito próximo com aquele homem, que os tratava como suas filhas. Vendo-as, interroga:

- Olá, queridas! Que estão aqui a fazer?

- Viemos ver uma pessoa. – responde Ana Maria. É o Manu.

- Esse senhor está sob vigilância policial. Precisam de pedir uma autorização.

- Sim, claro.

Pedem-na e recebem-na. Voltam ao ex-marido de Magy, que lhes concede o cartão de visita. Sobem ao piso onde estava o rapaz e Ana Maria, antes de entrarem, pergunta:

- Pronta?

- Pronta.

Entram. Manu estava a olhar, como sempre, para a janela. Gira a cabeça, olha para aquelas duas raparigas. Ana Pimpolho olha para o pai com alguma indiferença; ainda assim, não consegue de não deixar de sentir pena por aquela situação. O idoso fitava-as intensamente e confessa:

- Não esperava que viessem…

Há um silêncio ensurdecedor. Ninguém diz nada, pela tensão da situação. Ainda assim, o interlocutor anterior continua:

- Estive 1 mês sem ver ninguém… Pimpolho, como é que foste capaz de não ter vindo ver o teu pai? Um homem doente, quase a falecer e numa situação tão complicada… No entanto, perdoo-te. Porque te amo muito.

- Compreenda-me. A deceção que sofri…

- Pimpolho, o nosso amor supera tudo. Trouxeste a tua irmã?

- Sim.

- Ana Maria… A difamadora…

- Se é para me acusar e virar a sua filha contra si, eu vou-me embora. – avisa Ana Maria. – Não estou para levar com esta diabolização.

- Não. Só estava a comparar… Há um mês, Aninha, achava-te isso. Agora já não acho.

- Não me diga que mudou?

- Claro que mudei, Ana Maria. Estar nesta cama mudou a minha perspetiva sobre ti.

O velhinho levanta-se de cama e chega-se perto da “filha”. A irmã distancia-se, enquanto a primeira deixa que essa aproximação aconteça. Toca-lhe na cara. Aproxima-se, em seguida, de Ana Maria, que rejeita qualquer aproximação física. Por causa disso, Manu diz:

- Nunca me vais perdoar, pois não?

- Não consigo. Você matou os meus próprios pais. Não consigo perdoar um homem cruel, sem escrúpulos e um criminoso.

- Pois… Eu sabia… É por isso que tirei isto.

Na sua mão, tinha uma faca bem afiada, conferida por uma empregada, que lhe havia dado no dia anterior para cortar uma peça de fruta. Manu não a havia dado de volta e assim tinha aquele objeto afiado na mão. Amedrontada, Ana Maria pede:

- Por favor, pouse isto. Ou grito.

- Gritas, Ana Maria? – diz numa voz calma Manu. – Assim que gritares, mato-te.

- Pai!

- E o mesmo se aplica a ti, Pimpolho. Quer dizer, a ti não era capaz de te assassinar, mas mato a tua maninha de forma cruel.

Mentia. Manu Tenry tinha uma intenção: matar Ana Maria. O homem sentia-lhe uma raiva exponencial e queria acabar com ela. Apesar de o idoso dizer o contrário, também ambas as raparigas sentiam o mesmo. Ana Maria pede:

- Por favor, Manu. Deixe-nos ir embora.

- Não… Não deixo. Sabes porquê? Porque não tenho nada a perder. Dentro de dias, saio daqui e vou para a cadeia. Por isso, não tenho nada a perder.

- Não está a morrer? – questiona Ana Pimpolho.

- Não. Isso deve ser uma desculpa qualquer inventada pela vossa maninha, a Ana Jenny... Sim, porque foi ela que veio ter comigo e deve ter entrado em contacto convosco.

- Aquela estúpida… - difama Ana Maria.

- Não, aqui a mais parva és tu… Querida.

Dizendo isto, o idoso pousa a faca no pescoço da sobrinha de Visky. A vítima só chorava, enquanto Ana Pimpolho fica muito aflita. Esta, para o tentar convencer a não fazer um crime, tenta-o convencer:

- Pai… Não faça isso… Por favor… Por mim… Não a mate…

- Eu só faço isto para não teres de viver com esta louca. Ela vai ter com os teus papás, enquanto nós ficaremos felizes para sempre. Sim, porque depois disto vamos fugir…

O medo era palpável naquela sala. As irmãs haviam sido postas numa embrulhada e não sabiam como sair dela. Agora não tinha AGUI, que lhes salvara a vida da última vez. Manu estava farto de esperar e afirma:

- Diz olá ao diabo por mim!

Ana Pimpolho fechou os olhos e pensara que a irmã já estava morta. O seu coração ficou pesado e a tristeza começara a invadir o seu corpo. Até que abre os olhos. O idoso continuava com a faca na mão, sem reação, enquanto Ana Maria havia escapado já daquela posição. Manu volta a fitá-las e pergunta:

- Quem são vocês? Onde é que eu estou? Ajudem-me!

Fruto dos gritos, entra a polícia, que o vê com a faca na mão e a retira, prendendo-o.

No próximo episódio

Spoiler

- Odeio-te, Ana Jenny! Nunca mais me dirijas a palavra! - grita srcbica.
- Não me deixes... Eu perdi tudo... - diz Ana Jenny.
----------
- Ambrósio, fica com o café. É teu. - diz Magy.
- A sério?
---------
- O quê que está aqui a fazer? - pergunta Gabriel.
- Isso pergunto-lhe eu! - responde Magy.

Tudo está a acabar! Incluindo a vossa personagem! O tempo da ação está a dissipar-se e tudo está pronto para o final! Como é que gostavam que o vosso? Não se esqueçam que AMANHÃ, sai o penúltimo episódio! Não percam! 

 
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No episódio anterior:

Spoiler

- Magazine é preso;
- Gabriel planeia transferir todo o seu dinheiro para a conta de Ana Jenny;
- A rapariga pensa fugir com o dinheiro;
- Ana Pimpolho e Ana Maria vão de encontro com Manu;
- Manu tenta matar Ana Maria.

39º Episódio
Derrocada Final

Choravam. As nossas duas protagonistas estavam em estado de choque, depois de Ana Maria ter quase morrido, nas mãos de Manu. O idoso que apenas não a matou, porque, subitamente, teve um ataque de Alzheimer que o fez olvidar de tudo, inclusivamente o que estava ali a fazer e quem era. De facto, o homem havia mostrado sinais de demência, assim como de padecer da doença durante o último mês, mas foi naquele momento que tudo implodiu. Foi uma obra de sorte, sem dúvida.

O nosso velhinho não terá terminará os seus dias de melhor forma. Simplesmente, irá sofrer de crises cada vez maiores da doença que agora tinha, numa instituição prisional especial. E pior: ninguém estará lá para ele: nunca ninguém o irá visitar, nem se preocupar com ele. O único amor que ele conseguira ao longo da vida, a denominada “filha”, não conseguia perdoar as tamanhas crueldades praticadas ao longo da sua vida. Não é um final bonito de se ver, mas confessemos que, depois de tanto mal e de ter destruído uma família inteira por uma paixão platónica, é um final de vida merecido. Dos fracos não reza a história; nem dos fracos, nem daqueles cuja única função na vida foi destruir a felicidade dos outros.

Um dia passou. As nossas duas irmãs continuavam a sentir o coração pesado e uma sensação de medo, que não as deixava sequer reagir, fosse de que maneira fosse. Por essa razão, Ambrósio veio consolar a sua nova namorada:

- Pronto, querida. Lembra-te que aquele homem… Aquele homem, a partir de hoje, terá uma vida muito infeliz

- Eu não quero saber, Ambrósio. Para mim, aquele homem morreu. Chega.

Houve um minuto de silêncio. As palavras proferidas pela rapariga haviam sido cruéis, a resvalar para o ódio. No entanto, ainda vai mais longe:

 - Custa-me muito dizer isto, Ambrósio. Ele foi a única referência que eu tive ao longo da minha vida. Ele foi o farol que me guiou, foi ele que me levou a este porto que é agora a minha vida... E louvo-o por isso. Apesar de ter morto os pais e de ter praticado crimes hediondos, conseguiu criar-me de uma maneira equilibrada. É assim que eu me quero lembrar dele. Daquela maneira, daquelas palavras carinhosas que me disse ao longo da vida. Não como um assassino, um louco e um criminoso. Não esqueço isto, mas… Mas prefiro recordar o bom, em invés do mau.

- Fazes bem. Sem dúvida que demonstra a tua maturidade, Ana Pimpolho. Indiscutivelmente, mostra a tua génese. – concorda Ambrósio. – Tu és a prova que, por muito infértil que seja o solo, este pode criar uma flor linda e com o coração cheio de amor.

Aquelas palavras deram origem a uma ação: um beijo de amor. O telefone de Ambrósio, entretanto, toca. Era a sua mãe, que queria falar com ele. Atende:

- Estou?

- Estou, Ambrósio. Preciso que venhas aqui ao café.

- Estou de folga, mãe…

- Eu sei. Mas não é para vires trabalhar. É para outra coisa.

- OK.

Ambrósio comunica onde teria de ir à namorada e sai de casa de Ana Maria. Esta que estava a ser confortada por AGUI, que insistia com ela:

- Ana Maria, acalma-te. Já passou.

- Eu sei, mas continuo a sentir medo. Sei lá, ter a faca apontada ao meu pescoço foi…

- Vê pelo lado positivo: nunca mais terás contacto com aquele homem.

- Espero bem que não. Nunca mais o quero ver na minha vida. Nunca mais, nem que a Ana Pimpolho vá de joelhos a Fátima.

- É preciso ser tão exagerada? – ri-se AGUI.

- É! Aquele homem… Não o quero ver nas próximas 10 eternidades!

Os dois fitam-se nos olhos e o clima aquece. É verdade; a rapariga continuava apaixonada por aquele professor de Educação Visual que, em tempos, havia disputado com a irmã. Já quando a ele… De facto, o rapaz cada vez mais se sentia atraído por ela. Mas não aconteceu nada de especial e continuaram os dois a conversar.

Por sua vez, Ambrósio já havia chegado ao café. Surpreendentemente, estava fechado; o filho estranhou esta atitude da mãe, uma vez que ela nunca o havia fechado. Batendo à porta, entra e Magy, que estava a limpar o balcão, dizendo:

- Chegaste. Ainda bem.

- Sim. O quê que a mãe deseja?

- Desejo que fiques com este café.

- O quê? Mas isto é a sua vida.

- Vai deixar de o ser. – comunica Magy. – Sabes, estou farta desta vida. Saturada de aturar clientes, absolutamente cansada desta vida de escrava. Assim, decidi que vou para Londres. Vou morar para lá.

- A mãe? Com que dinheiro?

- Sim, eu. Ambrósio, o dinheiro… Tenho as minhas poupanças. Já comprei bilhete e vou hoje à tarde. Para não deixar isto abandonado… Fica para ti. De facto, já passei para o teu nome.

- Obrigado… Agradeço bastante. Mas não tem medo?

- Medo de quê? Não tenho ninguém, o único filho que me respeito és tu… Não tenho nada a perder. Aquilo que tenho é demasiado pouco.

Não dizem nada. A mulher tinha uma mala e diz para o filho:

- Sê feliz. E diz aos teus irmãos que os amo muito. Adeus.

- Adeus, mãe.

A ex-dona do café vai-se embora, já para o aeroporto. Terá uma surpresa ligeiramente desagradável. Daqui a pouco, vamos ver quem e como tudo se vai desenrolar.

Mudando de cenário, Ana Jenny estava muito contente naquele momento. Ia ficar com todo os bens e dinheiro do banqueiro de quem era amante. Dirigia-se, neste momento, ao banco. Havia-se levantado cedo, deixando srcbica a dormir, pois esteve estava muito cansado, dado que tinha feito o turno da noite. Estava na limousine com Gabriel e este diz-lhe:

- Vamos subir, que o notário já está lá

- Notário?

- Sim, é uma lei que agora há para transferir os bens.

Sobem à sala de direção. O responsável já havia preparado tudo. Só faltava assinar. A irmã de Ana Pimpolho lê por alto o contrato, mas rapidamente se cansa. A sua cabeça estava na sua futura fuga com o namorado que tanto amava, pensamentos esses que só foram interrompidos quando o notário questionou:

- Ana Jenny, confirma que recebe todos os ativos, ações e bens do doutor Gabriel?

- Sim.

- Então assine.

A rapariga confirma. A rapariga assenta. Naquele momento, sentia-se a mulher mais feliz do mundo: a mais milionária, a mais amada, em suma: a melhor pessoa do mundo. Tinha tudo: um amor, estava riquíssima e teria, provavelmente, a melhor vida de todo o universo. Quando a assinatura acaba, comunica ao banqueiro:

- Bem, se não precisarem mais de mim… Eu vou para casa.

- Eu vou também.

- Como?

- Vou a casa. Preciso de tratar lá umas coisas.

O plano de Ana Jenny não previa que o bancário a acompanhasse a casa. De facto, isso simplesmente ia atrasá-la, o que não era lá muito positivo, pois só teria o dinheiro na sua conta durante 24 horas.

Apesar de contrariada, foram os dois para casa. Dentro do carro, pouco depois, já na garagem de casa, Gabriel disse:

- Ana, espero que seja fiel. Eu confio em si, como confiei sempre. Não me desiluda.

- Nunca. Nunca o desiludirei.

Ao dizer isto, beijam-se. Os dois vilões fazem um pacto naquele momento. Saem do carro e, muito infelizmente, tinha um espectador, que começou a dizer:

- O quê? Ana Jenny? Pai?

- Srcbica… Não é o que estás a pensar…

- Não é o que eu estou a pensar? Eu vi-te aos beijos com o meu pai. Foste tu que tomaste a iniciativa, Ana…

Era srcbica. Havia visto tudo e, ao mesmo tempo, o seu coração quebrara-se. O seu amor, o endeusamento daquela rapariga havia, naquele segundo, acabado imediatamente. Ana Jenny não se podia acreditar; como é que tivera sido tão desajeitada? Defendendo-se continua:

- Não é nada o que estás a pensar… Tu viste mal… Foi na cara…

- Não gozes com a minha cara, Ana! Eu vi-te a beijar o meu pai… Acabou!

- Viste mal. Por favor, srcbica, não faças isso… - suplica Ana Jenny.

- Faço-o. És a maior desilusão da minha vida.

- Foi o teu pai… Foi ele que me convenceu ou tirava-me o emprego…

- Não me meta na conversa. – pede Gabriel. – Filho, sabe… Nós os dois já somos amantes há muito. Esteve a ser enganado este tempo todo. O quê que esta mulher disse de si… Banana, otário… Foi tudo.

- Cala-te, Gabriel! É mentira! Não ligues ao que ele diz, é mentira, por favor…

- Só tenho uma coisa para dizer: vocês os dois estão bem um para o outro. Pai, nunca mais me dirija a palavra; Ana Jenny está tudo terminado. Já agora, a polícia está lá dentro à sua espera, pai.

- Não! – chora Ana Jenny. – Não me deixes!

Srcbica ignora-a e entra em casa. Gabriel segue-os. Diante deles, está a Polícia Judiciária, liderada por Ruben Fonseca, que grita:

- Doutor Gabriel, está preso por ilegalidades fiscais e roubo!

- Desculpe? – questiona Gabriel.

- Ouviu bem. Acompanhe-nos e não mostre resistência, será melhor para si.

- Mas eu não sou dono de qualquer banco… Não sou o proprietário… Como podem ver neste papel, a dona é aquela rapariga de ali.

Ana Jenny… Ana Jenny naquele momento sentiu que, tudo o que tinha conquistado até então, se havia dissipado. Percebeu imediatamente que aquilo havia sido uma tramoia de Gabriel, gritando:

- Não! Não! Não fui eu! Eu só sou dona do banco há minutos… Eu não fiz nada! Este homem é que me tramou!

- Minha querida, não me difame. Já tem demasiados problemas, não se meta noutro.

- Assim sendo… - refere Ruben. – Está detida, Ana Jenny.

- Não! Não pode ser! EU NÃO FIZ NADA! – grita a irmã de Ana Maria. – Como é que foste capaz, Gabriel? Como é que foste capaz de fazer isto? Eu vou-me vingar de ti e acabar contigo! – acabando isto, tenta agredir o bancário, acabando por ser travada pela polícia.

- Minha querida… Sabe, eu adoro gente como você, aliás, foi por isso que me envolvi consigo: era o alvo perfeito. Julga-se mais esperta, mais inteligente, mais perspicaz e afinal de contas… No final, acaba sempre por ficar mal.

- Eu mato-te, Gabriel!

- Tenha calma. A agressividade ainda aumentará a sua pena. Mas bem, eu já estou atrasado: tenho de ir para o aeroporto. Tenho um avião para apanhar. Podem levá-la.

- Não! – grita Ana Jenny. – Por favor, srcbica, faz alguma coisa por mim… Pelo que vivemos em conjunto... Salva-me! Tem dó de mim…

Todos lhes viram as costas, incluindo o médico, que nem sequer lhe fita os olhos. A irmã de Ana Maria é levada para a cadeia, chorando compulsivamente, onde fica em prisão preventiva. João_O traz umas nove malas ao doutor Gabriel e este sai para o aeroporto. Era invulgar que levasses tantas malas.

Chega ao aeroporto e entra rapidamente no avião. O destino da nossa personagem era, em primeira instância, Londres. Seguidamente, descolar-se-ia à Polinésia Francesa, no sentido de passar umas boas férias. Assim que se ia sentar, encontra uma cara conhecida: Magy. Vendo-o, a mulher que havia gasto todas as suas poupanças num bilhete em primeira classe, questiona:

- Que estás aqui a fazer?

- Isso pergunto-lhe eu. Em primeira classe, você?

- Sim, não é só banqueiros que destroem a vida aos outros que podem andar na primeira classe… Agora vou viver para Londres.

- Boa sorte. Vai precisar.

- Não preciso das tuas felicitações.

Sentam-se atrás um do outro. Que obra do destino duas das nossas personagens se terem juntado, ainda para mais com tamanho historial em comum. A viagem correu normalmente, até o desembarque, em que, Gabriel, que trazia um café na mão, e de forma não intencional, virou café em cima de Magy. Velozmente, esta grita:

- Ai, sujaste-me toda! Estúpido! Ai, até aqui tenho que contigo!

- Desculpe, foi um incidente.

- Foi? Achas que estás a falar com a tua ex-mulher, burra que nem uma porta?

- Posso tirar a minha mala?

Gabriel tira a mala e segue. Continuamente, quem o realiza é Magy. No aeroporto londrino, direciona-se à casa de banho para trocar de camisola, já que o banqueiro a tinha sujado.

Abre-a e nem quer acreditar no que vê. À sua frente, estavam inúmeras notas de 500€! É verdade: de facto, o pai de srcbica – e dado que as malas de ambos eram iguais -, tirou a mala da antiga dona do café, levando lá, apenas, roupa feminina. Contrariamente a ele, Magy pegou na mala que não era a dela. Gabriel_C havia escondido lá o dinheiro, retirado de um paraíso fiscal, tendo planeado, assim, uma fuga, onde poderia viver uma vida confortável.

A ex-mulher de Visky fica sem reação, que berra em alto e bom som:

- Estou rica! Obrigada, Deus! Estou milionária!

No próximo episódio:

Spoiler

Surpresa! É o último, não há nada! :cool: Leiam-no amanhã!

Meus queridos, está quase! Marquem na vossa agenda: amanhã, 6 de maio, o Ana ao Cubo acaba! Estejam prontos para um fim glorioso! Como é que acham que vai terminar a vossa personagem? Bem ou mal?! Dêem palpites!

 

 
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No episódio anterior:

Spoiler

- Magy passa o café para Ambrósio;
- Gabriel passa para Ana Jenny todos os seus bens;
- srcbica vê o pai a beijar a namorada, acabando com ela;
- Ana Jenny é detida.

40º Episódio (e último)
FIM

Passados 15 dias…

                Turbulência. A palavra que melhor define a situação na casa de Visky. Os pais deste iam-se embora para o Brasil, dois dias depois; é verdade: finalmente, Rafael A. havia assinado contrato e estava pronto para entrar numa nova novela da Globo. A sua esposa acompanhá-lo-ia nesta aventura e ambos estavam muito contentes com a situação. Para se despedirem da família, decidiram organizar um lanche, onde convidaram os netos, as namoradas dos netos e uma nova “adição”: as manas Ana Maria e Ana Pimpolho.

                Antes da organização desta festa, houve um problema: Joana fazia questão de convidar SIM, que havia sido expulso de casa. Neste espaço de tempo, o anterior compincha de Ana Jenny havia ficado a dormir numa residência e sustentava-se como podia, ainda que com dificuldades. A idosa queria que, antes de partir para o Rio de Janeiro, o esposo fizesse as pazes com o rapaz. Fruto de muita insistência, lá o conseguiu fazer, embora o futuro ator não prometesse que se iria reconciliar com ele.

                Estávamos a meia hora de tudo começar. A velhinha ultimava os pormenores de uma festa com rissóis, croquetes, batatas fritas, enfim, esse tipo de coisas que se costuma comer nestas celebrações, enquanto o marido falava com o agente Nuno.

                Chega o primeiro convidado. É ele Duarte, que diz:

                - Olá avozinhos!

                - Querido! Como estás?

                - Bem, avozinha. Quem diria que um dia, fruto de um vídeo, vocês iriam tornarem-se famosos, especialmente aqui o avô…

                - De facto, tenho que te agradecer. – diz Rafael. – E, já agora, a tua namorada não veio?

                - Não, ela foi levar o filho ao aeroporto. Infelizmente não pôde vir.

                É verdade: a ex-mulher de Gabriel foi levar srcbica, no sentido de este apanhar um avião. Depois do desgosto causado por Ana Jenny e da traição do pai, o rapaz sentia necessidade de mudar radicalmente de vida. Assim, decide ir fazer voluntariado para África, tendo-se despedido do anterior emprego no Hospital Bem Viver. Estavam ambos a despedir-se:

                - Filho! Tenho tanta pena que vás...

                - Mãe, eu preciso de mudar. Preciso de conhecer novas culturas, novas pessoas…

                - E também de curar o coração, não é? – questiona herportrait.

                - Sim. Bem, mãe… Até um dia!

                - Até um dia.

                Lá vai o anterior namorado da nossa vilã. Com uma mochila às costas, com um futuro brilhante à sua frente, de facto. O nosso médico irá conhecer uma das mais ricas raparigas da Guiné-Bissau e irá apaixonar-se por ela loucamente. Será recíproco e ambos terão uma família muito feliz.

                Herportrait volta para sua nova casa. À sua espera, na porta, tinha um homem misterioso, que nós conhecemos bem. Era Filipe Luís, que a cumprimenta:

                - Então?

                - Olá, Filipe. O que desejas de mim?

                - Desejo que me digas quando é que paramos com esta loucura de eu continuar a raptar o teu filho.

                Com efeito, um dos mistérios da história está desvendado: é a própria mãe de Forbidden que, sucessivamente, dá ordens para o sequestrar. A razão? Herportrait não suportava aquele seu descendente, isto porque ele não era filho de Gabriel. Este nunca o saberá e o segredo fica entre nós. Este rapaz era fruto de uma memória muito negativa: numa saída à noite com as amigas, um homem que não se conhece a identidade agrediu-a e seguidamente violou-a, ficando grávida. Depois, inventou que aquele filho era do marido e nunca ninguém suspeitou de nada.

                Por esta razão, herportrait odiava Forbidden. Odiava o que ele simbolizava, odiava as memórias negativas que associava ao rapaz e desejava-o nunca mais o ver à frente. Decide sequestrá-lo vezes sem conta ao longo da sua vida, contratando Filipe, aliciando-o com 1.000.000€, transferindo-o para a sua conta há tempos. A vida do pobre filho resumir-se-á a isto: permanentemente raptado. Filipe fá-lo-á e continuará com a sua vida de criminoso. Raramente será apanhado e quando o for, conseguirá sempre dar a volta à situação.

                Voltemos à nossa festa. Continuam a chegar mais convidados: eis a vez de Ana Pimpolho, Ambrósio, Ana Maria e AGUI chegaram. Os dois primeiros continuavam apaixonados e eram donos agora de um café, cujo sucesso era imenso. Já os dois últimos… Haviam finalmente confessado o que sentiam um pelo o outro, assumindo uma relação amorosa. Por essa razão, Visky comenta:

                - Bem-vindo à família, AGUI.

                - Credo, coisa tão antiquada. – ri-se Ana Maria.

                - Mas até é fofinha… Não lhe ligue, ela critica sempre tudo… - depois de dizer isto, AGUI e a nova namorada beijam-se.

                Terão uma vida muito feliz, recheada de sucessos e de muito amor. E parece que a cegonha trará muito brevemente novidades. Entretanto, tocam à campainha novamente. Joana vai abrir e depara-se com o correio. Chegara uma encomenda para ela, rejubilando com isso.

                - Chegou o cartão do 760! Tenho 15.000€ para gastar, boa! Vou gastar tudo a ligar para o 760 lá no Brasil!

                - Ai, mulher… Eu vou receber um salário chorudo e tu andas com essas coisas dos números de telefones…

                - Lá estás tu! É o que sei o que faço com o dinheiro, é meu!

                - Desculpem, mas está a cheirar a queimado… - comunica Ana Pimpolho. – Não será nada no forno?

                - As minhas coxinhas de frango! – grita Joana, que pousa o cartão e a carta na mesa.

                A conversarem, estavam Ambrósio e Duarte. Os dois irmãos falavam sobre a mãe e refletiam sobre as suas atitudes. O cantor comentava:

                - Apesar de tudo o que me fez, até tenho saudades da sua loucura e dos seus planos.

                - Sim, o seu mau feitio…

                - Ela tem-te ligado?

                - Sim. Diz que se está a dar bem em Londres.

                Pois, mas a mulher mentia. Ela não estava em Londres. Após lhe ter saído literalmente a lotaria por ter ficado com a mala de Gabriel, partiu para a Polinésia Francesa e, dias depois, comprou uma ilha privada, onde passará os restos dos seus dias, com muitos homens ao seu redor. Hoje, chegava mais um, mas não era para Magy se “divertir”. Quem chegara era JoãoCruz, que ficara surpreendido com tudo, referindo:

                - Amiga, isto é que é um paraíso…

                - Eu sei! A vida decidiu ser minha amiga. E tua, também!

                - Claro que sim! Também eu quero ficar aqui para sempre, nunca mais quero voltar para aquela vida de escravo que tinha antes, amiga!

                - E tens com que te divertir…

                Ao mesmo tempo que pronunciava estas palavras, dois homens com o tronco desnudo chegaram e começaram a massajarem-lhe as costas. Magy decide brindar:

                - À nossa, João!

                - À nossa!

               Serão estes os dias da nossa personagem: calmos, repletos de sexo e muita diversão. Ali só entrava quem Magy queria, o que era ótimo. Quem sustentou esta vida da ex-mulher de Visky era Gabriel_C. O homem ficou incrédulo quando viu que, em vez da mala recheada de dinheiro, tinha uma mala cheia de roupa feminina. Gritou, fez inúmeras reclamações à companhia aérea, mas nada feito. Para mais, aquela mulher que havia sido sua amante – no mesmo dia em que chegou à capital britânica -, decidiu fugir para a Polinésia Francesa, não dando tempo sequer para a procurar.

              Vamos agora quebrar alguns clichés. O banqueiro devia acabar mal, após tanto mal que praticou às nossas personagens. E vai, sem dúvida, mas não vai morrer nem ser preso. A seguir a ficar sem o seu dinheiro, entra em contacto com um banqueiro inglês que o contrata para trabalhar num cargo pouco importante. Detesta fazê-lo; no entanto, tem de o realizar, isto se quiser ganhar dinheiro. Mas rapidamente a estirpe ambiciosa de Gabriel veio ao de cima e passado uns tempos já era subdiretor geral e depois… Diretor geral. Embora muitas das as suas atitudes sejam reprováveis, temos algo a reter desta personagem: nunca se deve desistir. Mesmo que a vida corra mal… Se se for persistente, como aquele homem, não poderá correr mal. Prova disso é que terá uma vida muito confortável após assumir o cargo mais importante daquele banco.

              Voltemos à festa. Todos estavam a celebrar e a despedirem-se daquele casal tão carismático. Até que tocam, novamente, à campainha. Desta feita, sim; era SIM quem chegara. Entrando cumprimenta a família:

             - Boa tarde. Eu trouxe este bolo…

             - Não era preciso. – reclama Rafael.

             - Rafael! Não sejas assim com o teu neto! Obrigada, filho.

             - De nada, avó, não me custou nada.

             O ambiente estava pesado e, por esse motivo, o filho de Magy decidiu ir falar com o avô, que lhe responde:

             - Sê rápido.

             - Sim. Avô, eu estou muito arrependido de lhe ter roubado a reforma. Estou-o honestamente. Refleti e estou muito triste por ter tido essa atitude.

             - Isso não muda o passado.

             - Mas muda o futuro. Avô, eu não peço que me perdoe. – afirma SIM. – Contudo, tente esquecer, só por hoje, tudo o que eu fiz.

             - Está bem. Vou mais longe: estás perdoado.

             - A sério?

             - Sim. – assenta Rafael. – Percebi que estás mesmo arrependido. Ai de ti que me faças outra.

             - Prometo que não. Obrigado, avô.

             - Vamos comer! – grita Joana.

             A família estava toda reunida. Todos estavam a desfrutar daquele momento. O espírito familiar, a atmosfera carinhosa e o bom ambiente que se respirava naquela casa era prova de que, a seguir da tempestade, vem sempre a bonança.

            SIM, a meio, decide-se levantar, no sentido de ir à casa de banho. Faz a sua necessidade e, a voltar para a cozinha, repara em algo que lhe suscitava inúmera curiosidade: um cartão de crédito. O caro leitor adivinhou: era aquele que Joana havia ganho, os seus 15.000€. Lendo a carta, o rapaz tem uma ideia e diz para si próprio:

           - Que pena… Destruir assim o sonho da minha avozinha… Logo agora que eles me tinham perdoado por apenas ter zelado pelo meu bem-estar… Ai, como que eu sou capaz de tamanha crueldade? Que mauzinho sou... Mas não faz mal! 

            Pegando no cartão de crédito, sai sem que ninguém note. Quando mete o pé na rua, fala para si mesmo:

            - Adeus, família inútil! Adeus, cambada de pobretanas! Ahahaha! Adeus!

            E o nosso malvado vai-se embora. Com este dinheiro, irá gastá-lo para comprar coisas como roupas, carros, perfumes… O dinheiro rapidamente desaparecerá, mas a sorte baterá novamente à sua porta: um dos perfumes comprados causam-lhe alergia e metem-no no hospital durante dias. Processa a fábrica da essência e fica milionário, pois ganha o processo. Vida estranha, esta.

           Com quem havia aprendido a ser assim? Provavelmente com Ana Jenny. E o quê é feito dela? Após ter sido levada para a cadeia, fica à espera de julgamento (com pulseira eletrónica) em casa que agora lhe pertencia, isto é, a mansão de Gabriel. Ficara completamente sozinha. João_O havia-se despedido; trabalhara agora com herportrait e adorava a sua nova patroa. TheSecret, o motorista da família,  foi despedido e teve um destino diferente...

           Estava no médico à espera de uma consulta. Ao seu lado, sentara-se um rapaz com olheiras muito carregadas e que viria a uma consulta de psiquiatria. Quem lá estava era Diogo_M. Não conseguira acabar com a relação de Oxi e Jduarte; com efeito, os dois rapazes terão um amor muito feliz e viverão felizes para sempre. Para curar-se de uma depressão causada pelo rompimento da relação, decide – aconselhado por herportrait -, a procurar ajuda médica. E foi aí que encontrou o seu novo amado! É verdade: The Secret e Diogo começarão a namorar e será o primeiro a retirar do estado depressivo em que se havia metido o ex-namorado do diretor do hospital. Não será uma relação fácil, mas eles sentirão uma conexão muito especial…

            Regressando a Ana Jenny, estava sempre sem ninguém. Nunca ninguém a viera visitar nestes últimos 15 dias. Não tinha dinheiro quase nenhum na conta, foi-lhe retirado, tendo ficado apenas com uma módica quantia para gastar.

            Entretanto, quem ficara na direção do banco havia sido, surpreendentemente, Ricardotv1. É verdade: o anterior secretário é agora o novo diretor de uma parte do estabelecimento financeiro, pois conhecia melhores que ninguém o interior do banco. Por esse motivo – e depois de uma reestruturação derivada da situação de falência que Gabriel causou -, foi ele o eleito para suceder na chefia. 

             Quem ficou irritado com tal nomeação foi Magazine. O incendiário do banco holandês estava na cadeia e jurava vingança de todos, neste momento. Porém, o futuro reservar-lhe-á outro tipo de negócios. Houve uma mudança de companheiro de cela e agora quem habitava com ele era D007, o antigo dono do bordel, que agora pertencia a João 94 e a Tiago João. Estes tinham a hegemonia das negociações da indústria do sexo, sendo um dos seus maiores trunfos Bloody – o antigo rececionista do Hospital Bem Viver, que havia mudado radicalmente de profissão.

              Essa preponderância não demorará muito tempo. O anterior enfermeiro convenceu o filho de herportrait a abrir um novo prostíbulo quando saírem da cadeia, que não será daqui a muito tempo. Por bom comportamento, sairão ambos dois anos depois, prontos para destruir o bordel de João e Tiago.

                Pela última vez, vamos focar em Ana Jenny. Estava deitada no sofá sozinha, até que ouve a campainha. Havia encomendado uma pizza e esperava por ela. Recebendo o entregador, diz:

                - Obrigada. Espere um pouco, vou buscar o dinheiro.

                - Oh, você vive nesta casa?

                - Sim, não nota?

                - E o doutor Gabriel? Eu uma vez, tipo, já vim a esta casa e é mesmo baril, adorei! É enorme e tem uma piscina fantástica! Quem me dera!

                Ana Jenny, escutando aquilo, havia tido uma ideia:

                - Gostava de viver aqui?

                - Claro! Tava’ sempre na piscina.

                - Como é que se chama?

                - Angel-O.

               Com efeito, o irmão de Filipe Luís entregava pizzas. Era a sua nova profissão, por incentivo do irmão. Continuando a conversa, Ana Jenny, devido a estar saturada de estar sozinha, comunica:

                - Bem-vindo à sua nova casa.

                A irmã de Ana Maria viverá com Angel-O. Será uma relação caricata, mas que resultará muito bem. Os dois viverão naquela mansão, não para sempre, mas durante algum tempo. É que Ana Jenny vai tentar mudar de vida, nomeadamente porque ainda não desistirá da ideia de vingança; e agora não tinha só as irmãs, como também mais uma série de personagens…

               Passaram uns dias. Joana e Rafael foram para o Brasil. O primeiro terá muito sucesso na representação.; já a segunda, mudará o seu gosto: de ligar para o 760 passou para apostas online, onde ganhará bastante dinheiro! Visky continuará no seu novo emprego e tudo estava a compor-se na vida de Ana Maria e Ana Pimpolho, que continuavam a dar aulas.           

                Surpreendentemente uma professora também de geografia, que não era nenhuma das duas, meteu baixa. Veio outra para a substituir, que ocuparia provisoriamente o seu lugar. Essa nova docente introduz-se às irmãs, apresentando-se:

                - Olá, sou a Ana Four.

                As irmãs entreolharam-se e perceberam que tinham mais um membro na sua família…

FIM

Este foi o fim da história! :party: Gostaram? Não? Digam-me o que acham! Ana Ao Cubo - esse capítulo - está encerrado! A seguir colocarei um texto a falar sobre como foi o processo criativo e mais pormenores.

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Irmãs. História longa. Novela. Foram palavras da ordem do dia ao escrever esta novela.

Mas bom, acabou. Gosto sempre de terminar projetos; aliás, acabar algo é sempre positivo: mostra que conseguimos atingir alguns objetivos e que somos persistentes para fazer alguma coisa. Confesso que nunca, mas mesmo nunca, havia pensado em fazer uma história destas. Foi tudo graças ao @Visky, que colocou um post sobre uma nova professora de geografia no off-topic e pronto, eu inventei mais uma ideias, juntei tudo e criei uma sinopse. Sinceramente, nunca pensei criar uma história, era só uma brincadeira. Contudo, devido ao feedback recebido existente, decidi aumentar a história e criar algo que, por um lado, desse vitalidade a este sub-fórum da Ficção e, por outro, que fosse divertido. E penso que conseguiu atingir isto. :mosking: 

A maneira como o texto avançou foi de forma muito natural. Juro que nunca me senti pressionada a escrever; claro que houve pontos mortos (ou seja, onde não sabia como dar a volta à situação), mas consegui sempre dar a volta por cima, fruto da ideia base que tinha. Consegui-a expandir, de forma a que quase todas as personagens aparecessem regularmente. Não foi fácil, implicou alguma ginástica mental, mas todos os foristas envolvidos tiveram o seu "momento". Quanto à sua criação, a história foi escrita num tempo relativamente curto, ainda que alterasse alguns pormenores que anteriormente não tivera pensado inicialmente (é por isso que No próximo episódio apareceram coisas que não aconteceram; por causa disto). 

Pessoalmente, diverti-me imenso a escrever isto. Eu era uma eterna apaixonada a escrever o romance entre Ana @Jenny e @srcbica (shippo-os <3), diverti-me a escrever a história do @Rafael A. e da @JoanaSantos (a loucura pelo 760), assim como a personagem do @SIM@Angel-O e do @Gabriel_C que foram aquelas que eu mais gostei. :mosking: Sem falar do meu novo namorado @AGUI. Não há Globo para ninguém, enquanto não me satisfazer as vontades. :beee::haha: 

Encarei isto como uma maneira de relaxar, de incentivar a minha criatividade e criar algo mais composto. Sei que não é uma obra-prima e que dificilmente seria apreciada por um crítico ou assim, mas esse nunca foi o meu objetivo, como já disse anteriormente. Aliás, caso quisesse escrever algo mais elaborado, nunca escreveria uma novela, preferia outra coisa mais "pesada". Ainda assim, e embora tenha desfrutado, estou cansada e preciso de descontrair às terças, sextas e domingos, pois, houve vezes em que não consegui publicar (o que posso desculpa :mosking: ) e a minha vida não se coadunava com os horários. Deste modo, sinto que preciso de estar livre durante um pouco e por isso, uma sequela só em em 2039. :haha:

Em conclusão, espero que tenham gostado, que se tenham divertido e - acima de tudo - que tenham gostado da vossa personagem. Tentei que todos fossem carismáticas, mas houve algumas que falharam, como é óbvio. Por último, uma palavra de agradecimento ao @AGUI, especialmente por ter publicado alguns episódio e terem-me motivado a continuar com o projeto. :) 

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há 22 minutos, Ana Maria Peres disse:

Em conclusão, espero que tenham gostado, que se tenham divertido e - acima de tudo - que tenham gostado da vossa personagem. Tentei que todos fossem carismáticas, mas houve algumas que falharam, como é óbvio. Por último, uma palavra de agradecimento ao @AGUI, especialmente por ter publicado alguns episódio e terem-me motivado a continuar com o projeto. :) 

De nada, Ana Mary! Sempre ao dispor :girlsigh:

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Estas irmãs têm uma panca pela geografia... aposto que é por gostarem de mostrar uns certos lugares e estudar algumas regiões e os seus fenómenos :ph34r:

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E pronto, acabou :crying:Isto sim deixa saudades, não é como as novelas de 300 episódios das quais já estamos fartos muito antes do final! ;)

Antes de mais, quero agradecer à @Ana Maria Peres por ter aproveitado a ideia do @Visky (a quem também agradeço por ter sido o causador disto tudo :P) e ter desenvolvido esta bela história de 40 episódios, parabéns! Foi óptimo nestes 3 meses ao fim do dia vir aqui ler um episódio :D E fico também contente por me teres introduzido na história, confesso que ao início achei a personagem um bocadito chata e sem sal (trabalhador num café, a aguentar com os dramas da família, especialmente da mãe...), mas ainda bem que desenvolveste a minha personagem e muito bem, teve um final feliz!! :P No geral, gostei muito deste projecto de ficção!

Bem, até uma próxima (sim, porque não tarda algum canal vê isto e não só adaptará como fará de seguida um remake e uma sequela, seguida da sequela do remake :mosking:).

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Parabéns @Ana Maria Peres! Este projeto foi fantástico e mais uma vez mostras que és uma das pessoas mais criativas deste fórum! Gostei do destino da minha personagem e da forma como conduziste a trama no geral. Viu-se uma espécie de transferência de protagonismo das Anas para o Gabriel, mas isso é normal e foi muito bom, até porque ele era uma personagem com mais pano para mangas. É normal que te tenhas interessado na personagem. Espero que voltes com mais algum projeto e que venha agora também mais alguém para este subfórum e o dinamize como tu fizeste. Eu tenho uma ideia na gaveta, mas primeiro é preciso amadurecê-la e não deixar acumular com outro projeto que tenho em mãos.

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Ai! Adorei o meu final! Eu SÓ SÓ AMO PIZZA! :D 

Gostei muito de todos os episódios, foi uma boa ideia, e que resultou muito bem, e como o meu irmãozinho disse espero que este tópico não caia outra vez no esquecimento :P da minha parte farei os possíveis para que isso não aconteça... como a @Ana Maria Peres aka Teresa Casamenteira diria...

I'll be back :vampire:

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