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Sociedade


João_O

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Agora mesmo, Forbidden disse:

Se tu ainda não percebeste que existem pessoas que não tem capacidade para se matarem a elas próprias, e que por isso mesmo é que se está a discutir e eutanásia, então nem sei o que estamos a discutir. Porque se a pessoa se pudesse matar a eutanásia não estaria a ser discutida, são assuntos  diferentes que tu misturas de forma ilógica e bizarra.

A partir do momento em que não têm capacidade de se matarem a elas próprias e querem morrer ao ponto de pedirem a alguém que as mate, então passa a ser homicídio. Como vês, as terminologias sempre existiram. E de facto, é incrível como ainda não percebeste que a eutanásia não se aplica só àqueles que não têm capacidade para se matarem a elas próprias...

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Teoricamente eu até consigo ser a favor da despenalização da eutanásia, mas num país em que nem sequer se permite o uso de cannabis para fins medicinais considero que é "pôr a carroça à frente dos bois". Se não esgotámos todas as possibilidades que actualmente sabemos permitir atenuar a dor das pessoas que sofrem de certas doenças, vamos permitir a eutanásia? Não faz sentido.

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@Ruben Fonseca não me admira essa tua posição contra a eutanásia, não precisas é de fazer textos tão longos para tentar justificar o injustificável. eu sou e sempre serei a favor da eutanásia, porque a pessoa deve ter o direito a querer morrer. Tive um caso na familia, de um homem que pediu ao médico para morrer, porque não queria viver num lar de idosos. o médico disse que não e ele no dia seguinte deu um tiro na cabeça cim uma espingarda. ficaram os miolos espalhados na cozinha, a mulher dele entrou, viu aquela cena e hoje está na ala da psiquiatria e nunca mais de lá deve sair. a familia mais próxima ficou toda afetada, pela escolha tão violenta de morrer e isso poderia e bem ter sido evitado.

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há 7 minutos, Mr. Robot disse:

@Ruben Fonseca não me admira essa tua posição contra a eutanásia, não precisas é de fazer textos tão longos para tentar justificar o injustificável. eu sou e sempre serei a favor da eutanásia, porque a pessoa deve ter o direito a querer morrer. Tive um caso na familia, de um homem que pediu ao médico para morrer, porque não queria viver num lar de idosos. o médico disse que não e ele no dia seguinte deu um tiro na cabeça cim uma espingarda. ficaram os miolos espalhados na cozinha, a mulher dele entrou, viu aquela cena e hoje está na ala da psiquiatria e nunca mais de lá deve sair. a familia mais próxima ficou toda afetada, pela escolha tão violenta de morrer e isso poderia e bem ter sido evitado.

Desculpa, mas se a eutanásia é supostamente para ser usada em pessoas que estão de tal forma débeis que não conseguem acabar com o seu próprio sofrimento e o homem chegou a casa e se suicidou é porque não deveria ter acesso à mesma. Ainda por cima com a justificação de que não queria viver num lar de idosos. :|

E embora eu tenha dito em cima que sou teoricamente a favor, além de sentir que ainda não se permite aos doentes deste país tudo o que já se sabe que pode melhorar a sua qualidade de vida, tenho também reservas quanto a factores relacionados com as condições hospitalares e sociais do país. Acabo por ter um pouco de receio de que num país com hospitais a abarrotar e com falta de profissionais e em que, por exemplo, os familiares têm de deixar de trabalhar para cuidar de uma pessoa doente, a alternativa da eutanásia seja colocada em cima da mesa mais vezes do que as realmente necessárias. Imaginem o caso de uma pessoa idosa acamada cujo filho deixou de trabalhar. Se calhar a pessoa acaba por pedir a eutanásia porque se sente um fardo para o filho e não propriamente porque está a morrer (coisa que também iria acontecer mais cedo ou mais tarde porque já é idosa). Desta forma, a decisão não é feita a pensar em si, mas sim naqueles que estão à sua volta. Não é assim que uma decisão para recorrer à eutanásia deveria ser feita. Deveria ser feita dentro de um quadro em que tudo o que podia ser feito para a pessoa ter qualidade de vida o foi e já não há mais nada a fazer.

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há 2 horas, Mr. Robot disse:

@Ruben Fonseca não me admira essa tua posição contra a eutanásia, não precisas é de fazer textos tão longos para tentar justificar o injustificável. eu sou e sempre serei a favor da eutanásia, porque a pessoa deve ter o direito a querer morrer. Tive um caso na familia, de um homem que pediu ao médico para morrer, porque não queria viver num lar de idosos. o médico disse que não e ele no dia seguinte deu um tiro na cabeça cim uma espingarda. ficaram os miolos espalhados na cozinha, a mulher dele entrou, viu aquela cena e hoje está na ala da psiquiatria e nunca mais de lá deve sair. a familia mais próxima ficou toda afetada, pela escolha tão violenta de morrer e isso poderia e bem ter sido evitado.

Deste um exemplo exatamente para o qual a despenalização da eutanásia não deve ser aprovada. "Quero morrer porque não quero viver num lar de idosos"? Chamas a isto "justificar o injustificável"? É triste quando uma pessoa consegue ser egoísta (talvez não o melhor termo para definir esse homem, mas de facto não consigo arranjar outro) ao ponto de se matar, colocando em choque aqueles que lhe são mais próximos, ainda para mais devido a razões como não querer ir para um lar de idosos, mas não confundam isso com o direito a querer morrer, nem usem isso como razão para despenalizar a eutanásia. Não erradicámos doenças, nem nos superámos continuamente como espécie em vários aspetos, para o Estado permitir a morte de alguém só porque não quer viver num lar de idosos. O foco do Estado deve ser em melhorar a RNCCI, em melhorar as condições de todos aqueles abrangentes pelos projetos de lei, não em dar-lhes uma morte fácil só porque sim.

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há 11 minutos, Ruben Fonseca disse:

Deste um exemplo exatamente para o qual a despenalização da eutanásia não deve ser aprovada. "Quero morrer porque não quero viver num lar de idosos"? Chamas a isto "justificar o injustificável"? É triste quando uma pessoa consegue ser egoísta (talvez não o melhor termo para definir esse homem, mas de facto não consigo arranjar outro) ao ponto de se matar, colocando em choque aqueles que lhe são mais próximos, ainda para mais devido a razões como não querer ir para um lar de idosos, mas não confundam isso com o direito a querer morrer, nem usem isso como razão para despenalizar a eutanásia. Não erradicámos doenças, nem nos superámos continuamente como espécie em vários aspetos, para o Estado permitir a morte de alguém só porque não quer viver num lar de idosos. O foco do Estado deve ser em melhorar a RNCCI, em melhorar as condições de todos aqueles abrangentes pelos projetos de lei, não em dar-lhes uma morte fácil só porque sim.

desculpa, mas quando querem forçar uma pessoa de 85 anos a ir para um lar, só porque não querem ter de lidar com ela, livrarem-se dele, é normal que queira morrer. Eu não vejo problema nenhum, visto que a pessoa não tem sentido nenhum para viver, quase não se consegue mexer e  não quer passar o resto da vida num local forçado. vocês estão para aí a dizer isto e aquilo, mas é porque não consegurm colocar-se na pele de um idoso que se sente desprezado por os familiares mais próximos (filhas, filhos) e que sente uma mágoa profundamente grande. uma pessoa que estava habituada a ser independente e de repente, fica de tal forma debilitada, que deixa de poder tratar de si e essa pessoa já viveu a vida toda, tem direito a querer encurtar a vida, de forma digna e consentida. Não estou a dizer que a eutanasia possa ser aplicada em todos os casos, em muitos casos, o suicídio continua a ser a melhor opção. 

Editado por Faded
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há 28 minutos, Mr. Robot disse:

desculpa, mas quando querem forçar uma pessoa de 85 anos a ir para um lar, só porque não querem ter de lidar com ela, livrarem-se dele, é normal que queira morrer. Eu não vejo problema nenhum, visto que a pessoa não tem sentido nenhum para viver, quase não se consegue mexer e  não quer passar o resto da vida num local forçado. vocês estão para aí a dizer isto e aquilo, mas é porque não consegurm colocar-se na pele de um idoso que se sente desprezado por os familiares mais próximos (filhas, filhos) e que sente uma mágoa profundamente grande. uma pessoa que estava habituada a ser independente e de repente, fica de tal forma debilitada, que deixa de poder tratar de si e essa pessoa já viveu a vida toda, tem direito a querer encurtar a vida, de forma digna e consentida. Não estou a dizer que a eutanasia possa ser aplicada em todos os casos, em muitos casos, o suicídio continua a ser a melhor opção. 

Pelo contrário, deve-se acabar com estigma de que viver num lar de idosos é livrar-se de uma pessoa. Existem lares de idosos com condições perfeitamente aceitáveis (e não são necessariamente fora do alcance de todos os idosos, se bem que isso já depende da zona). Qualquer pessoa, nova ou velha, tem de se mentalizar que o corpo humano vai enfraquecendo com a idade. Felizmente, é um estigma mais presente na camada idosa da sociedade do que na nossa geração e na geração dos nossos pais e mesmo na camada idosa vai-se aceitando aos poucos, com um pouco de insistência por parte da família. Outras formas como Centros de Dia, que distribuem refeições às casas das pessoas em muitos casos, também podem ser consideradas pela família. 

Quase todos nós tivemos avós durante vários anos e sabemos que custa, para uma pessoa que sempre conseguiu fazer as coisas, deparar-se que já não pode cuidar de animais, já não pode cozinhar em condições, já não pode fazer um monte de coisas que dava como adquiridas. Se isso é uma razão para se suicidar, ou até mesmo para a eutanásia? Não. Qual é o ponto de termos uma esperança média de vida acima dos 80 anos se depois queremos morrer assim que perdemos várias das nossas capacidades? O dever do Estado, do SNS, de todos os profissionais de saúde, não é encurtarem a vida dos cidadãos. Isso do "ter direito a querer encurtar a vida, de forma digna e consentida" é uma frase bonita para dizer "ter direito a matar-se". Em nenhum país civilizado se deve dar o direito a um profissional de saúde matar um utente só porque este alega ter problemas. Não só é de um facilitismo extremo, como é ignorar outros problemas que deveriam merecer o foco de quem fez estes projetos de lei.

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há 9 horas, Ruben Fonseca disse:

Pelo contrário, deve-se acabar com estigma de que viver num lar de idosos é livrar-se de uma pessoa. Existem lares de idosos com condições perfeitamente aceitáveis (e não são necessariamente fora do alcance de todos os idosos, se bem que isso já depende da zona). Qualquer pessoa, nova ou velha, tem de se mentalizar que o corpo humano vai enfraquecendo com a idade. Felizmente, é um estigma mais presente na camada idosa da sociedade do que na nossa geração e na geração dos nossos pais e mesmo na camada idosa vai-se aceitando aos poucos, com um pouco de insistência por parte da família. Outras formas como Centros de Dia, que distribuem refeições às casas das pessoas em muitos casos, também podem ser consideradas pela família. 

Quase todos nós tivemos avós durante vários anos e sabemos que custa, para uma pessoa que sempre conseguiu fazer as coisas, deparar-se que já não pode cuidar de animais, já não pode cozinhar em condições, já não pode fazer um monte de coisas que dava como adquiridas. Se isso é uma razão para se suicidar, ou até mesmo para a eutanásia? Não. Qual é o ponto de termos uma esperança média de vida acima dos 80 anos se depois queremos morrer assim que perdemos várias das nossas capacidades? O dever do Estado, do SNS, de todos os profissionais de saúde, não é encurtarem a vida dos cidadãos. Isso do "ter direito a querer encurtar a vida, de forma digna e consentida" é uma frase bonita para dizer "ter direito a matar-se". Em nenhum país civilizado se deve dar o direito a um profissional de saúde matar um utente só porque este alega ter problemas. Não só é de um facilitismo extremo, como é ignorar outros problemas que deveriam merecer o foco de quem fez estes projetos de lei.

Os EUA por exemplo tem o suicídio assistido legalizado em vários estados, assim como a Suiça e Canadá. Ou seja, nesses casos não é o médico a dar a tal substância química, mas sim o própria pessoa que o quer fazer. Fica assim contornada essa questão dos médicos terem que o fazer (que nem tinham, visto que existe a objecção de consciência como já falei).

Editado por Forbidden
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há 13 horas, Ruben Fonseca disse:

Pelo contrário, deve-se acabar com estigma de que viver num lar de idosos é livrar-se de uma pessoa. Existem lares de idosos com condições perfeitamente aceitáveis (e não são necessariamente fora do alcance de todos os idosos, se bem que isso já depende da zona). Qualquer pessoa, nova ou velha, tem de se mentalizar que o corpo humano vai enfraquecendo com a idade. Felizmente, é um estigma mais presente na camada idosa da sociedade do que na nossa geração e na geração dos nossos pais e mesmo na camada idosa vai-se aceitando aos poucos, com um pouco de insistência por parte da família. Outras formas como Centros de Dia, que distribuem refeições às casas das pessoas em muitos casos, também podem ser consideradas pela família. 

 

Não é um estigma, é um facto. A maior parte dos idosos que vão para lares são muitas vezes abandonados pelas suas famílias ou por grande parte dela. Os idosos são um "estorvo" para muita gente. Não admira que o senhor que o @Mr. Robot referiu tenha pedido para se suicidar, ele provavelmente saberia que ia ficar ao abandono no lar. Para não falar que os lares são um autentico "matadouro" e um roubo. Não me venham com tretas que existem baratos, porque isso não acontece na prática. Os lares podem sempre uma "jóia" ( e isso, pelo que sei, é ilegal pedir) para a pessoa entrar e depois cobram a reforma. Acham que isso é acessível? Os lares são um roubo e os idosos merecem mais do que isso.

Eu tive um caso na familia e espero nunca vir a repetir a experiência em lares, os casos que ouço são muito maus para serem verdade!

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há 21 minutos, Fernandovisão disse:

Não é um estigma, é um facto. A maior parte dos idosos que vão para lares são muitas vezes abandonados pelas suas famílias ou por grande parte dela. Os idosos são um "estorvo" para muita gente. Não admira que o senhor que o @Mr. Robot referiu tenha pedido para se suicidar, ele provavelmente saberia que ia ficar ao abandono no lar. Para não falar que os lares são um autentico "matadouro" e um roubo. Não me venham com tretas que existem baratos, porque isso não acontece na prática. Os lares podem sempre uma "jóia" ( e isso, pelo que sei, é ilegal pedir) para a pessoa entrar e depois cobram a reforma. Acham que isso é acessível? Os lares são um roubo e os idosos merecem mais do que isso.

Eu tive um caso na familia e espero nunca vir a repetir a experiência em lares, os casos que ouço são muito maus para serem verdade!

Define-me "ser abandonado pela família". É o quê, visitar os pais uma vez por acaso? Não visitar de todo? É que sim, há casos desses, mas a maior parte das pessoas vai para os lares porque já não consegue cuidar de si mesmo e, obviamente, os filhos não têm disponibilidade para cuidar dos pais porque também têm as suas vidas próprias. Não é um "estorvo", é a realidade. Ou vais-me dizer que toda a gente tem tempo para cuidar dos idosos em suas casas e que têm condições para isso mesmo e só não o faz porque não quer? Aliás, ainda estás num tempo onde há pouca gente que acabou por viver muito longe da zona onde cresceram e podem perfeitamente visitar os pais de vez em quando, porque quando for a geração dos nossos pais a ficar mais velha, terás um número bem maior de pessoas que tiveram que emigrar para outros países ou, no caso daqueles que estão no interior, tiveram que ir para Porto ou Lisboa porque não arranjaram trabalho aqui. Isto para nem falar que passámos de 7 ou 8 filhos por casal para apenas um ou dois, por isso não tenho a mínima dúvida que os lares vão ser o destino final de muitos da geração dos nossos pais, mais ainda do que a geração dos nossos avós.

Por isso, sim, é que é importante combater esse estigma. O lar não é suposto ser um abandono. Não estás lá sozinho e tens profissionais de saúde que vão lá regularmente para assegurar que tens as condições necessárias. Além de que aquilo que dizes são casos extremos. Dizer que não existem lares baratos/acessíveis quando uma boa parte dos idosos vive com uma reforma mínima e mesmo assim os lares estão longe de estarem vazios, das duas, uma, ou andas a ver lares de forma muito seletiva, ou então tens uma visão completamente distinta da realidade. Pode é não ser na zona, os meus avós também tiveram que ir para zonas não muito perto de onde originalmente viviam, mas de uma forma ou outra acabas por arranjar. Além de que, como já disse, tens também Centros de Dia, tens as várias Santa Casa da Misericórdias espalhadas por todo o país e, em outros casos, tens pessoas que são pagas para cuidar de idosos. Se as condições forem más, bem, nos casos em que as autoridades podem e devem fiscalizar essas instalações, cabe ao governo reforçar meios para isso mesmo, e não ficar à espera da próxima reportagem da Ana Leal na TVI.

Dizer que os idosos merecem mais do que viver em lares e isso significa chegarem a um hospital e dizerem que querem morrer, por favor, isso não é avanço, isso é pura e simplesmente matar pessoas só porque sim.

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há 7 minutos, Ruben Fonseca disse:

Define-me "ser abandonado pela família". É o quê, visitar os pais uma vez por acaso? Não visitar de todo? É que sim, há casos desses, mas a maior parte das pessoas vai para os lares porque já não consegue cuidar de si mesmo e, obviamente, os filhos não têm disponibilidade para cuidar dos pais porque também têm as suas vidas próprias. Não é um "estorvo", é a realidade. Ou vais-me dizer que toda a gente tem tempo para cuidar dos idosos em suas casas e que têm condições para isso mesmo e só não o faz porque não quer? Aliás, ainda estás num tempo onde há pouca gente que acabou por viver muito longe da zona onde cresceram e podem perfeitamente visitar os pais de vez em quando, porque quando for a geração dos nossos pais a ficar mais velha, terás um número bem maior de pessoas que tiveram que emigrar para outros países ou, no caso daqueles que estão no interior, tiveram que ir para Porto ou Lisboa porque não arranjaram trabalho aqui. Isto para nem falar que passámos de 7 ou 8 filhos por casal para apenas um ou dois, por isso não tenho a mínima dúvida que os lares vão ser o destino final de muitos da geração dos nossos pais, mais ainda do que a geração dos nossos avós.

Por isso, sim, é que é importante combater esse estigma. O lar não é suposto ser um abandono. Não estás lá sozinho e tens profissionais de saúde que vão lá regularmente para assegurar que tens as condições necessárias. Além de que aquilo que dizes são casos extremos. Dizer que não existem lares baratos/acessíveis quando uma boa parte dos idosos vive com uma reforma mínima e mesmo assim os lares estão longe de estarem vazios, das duas, uma, ou andas a ver lares de forma muito seletiva, ou então tens uma visão completamente distinta da realidade. Pode é não ser na zona, os meus avós também tiveram que ir para zonas não muito perto de onde originalmente viviam, mas de uma forma ou outra acabas por arranjar. Além de que, como já disse, tens também Centros de Dia, tens as várias Santa Casa da Misericórdias espalhadas por todo o país e, em outros casos, tens pessoas que são pagas para cuidar de idosos. Se as condições forem más, bem, nos casos em que as autoridades podem e devem fiscalizar essas instalações, cabe ao governo reforçar meios para isso mesmo, e não ficar à espera da próxima reportagem da Ana Leal na TVI.

Dizer que os idosos merecem mais do que viver em lares e isso significa chegarem a um hospital e dizerem que querem morrer, por favor, isso não é avanço, isso é pura e simplesmente matar pessoas só porque sim.

Óbvio que se um filho deixa os pais num lar e não os visita, isso é abandono. E é algo muito triste que muitos idosos tem que lidar, por isso que muitos deles não querem ir para um lar. Para muitos isso é pior que morrer, é estar ali abandonado, como um objectado descartado no lixo. Se tiveres um pouco de empatia e te puseres no lugar desse idoso vais compreender. Mas é usando a emoção e não essas teorias que na prática não funcionam assim.

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há 1 minuto, Forbidden disse:

Óbvio que se um filho deixa os pais num lar e não os visita, isso é abandono. E é algo muito triste que muitos idosos tem que lidar, por isso que muitos deles não querem ir para um lar. Para muitos isso é pior que morrer, é estar ali abandonado, como um objectado descartado no lixo. Se tiveres um pouco de empatia e te puseres no lugar desse idoso vais compreender. Mas é usando a emoção e não essas teorias que na prática não funcionam assim.

Entende isto: essa realidade de deixar os pais num lar e não os visitar vai ser ainda mais acentuada no futuro. Não tenho dúvidas nenhumas disso. Primeiro, porque ainda tens muita gente que ainda recebe visita de um ou dois filhos dos 7 ou 8 que teve. Segundo, porque no futuro, como já disse, tens imensa gente que para vingar nas suas áreas teve de ir para o Reino Unido, França, Alemanha ou até ainda mais longe, e não vai deixar a sua vida lá para estar com os pais mais vezes, estejam eles num lar ou não. A geração dos nossos pais já se vai habituando mais a isso mesmo; a geração dos nossos avós não tanto por razões óbvias, daí também se sentirem dessa forma. Quando a sociedade parar de tratá-los e vê-los como um objeto descartado no lixo e houver investimento para que os idosos tenham condições e apoios suficientes para deixarem de se sentir dessa forma, isso sim é empatia. Não é à toa que vês imensos jovens da área da saúde e mesmos professores universitários na casa dos 30 contra a eutanásia. É porque sabemos que há outras alternativas e que há espaço para se fazer mais do que administrar a morte a alguém. Isso sim é ter empatia. Quando me dizes que a solução mais misericordiosa para essas pessoas é a morte, isso não é usar a emoção, nem nada do que se pareça. Isso é romantizar a morte de alguém através de falácias e argumentos fáceis enquanto ignoras os problemas que de facto deveriam merecer a atenção das pessoas neste tema.

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há 19 minutos, Ruben Fonseca disse:

Define-me "ser abandonado pela família". É o quê, visitar os pais uma vez por acaso? Não visitar de todo? É que sim, há casos desses, mas a maior parte das pessoas vai para os lares porque já não consegue cuidar de si mesmo e, obviamente, os filhos não têm disponibilidade para cuidar dos pais porque também têm as suas vidas próprias. Não é um "estorvo", é a realidade. Ou vais-me dizer que toda a gente tem tempo para cuidar dos idosos em suas casas e que têm condições para isso mesmo e só não o faz porque não quer? Aliás, ainda estás num tempo onde há pouca gente que acabou por viver muito longe da zona onde cresceram e podem perfeitamente visitar os pais de vez em quando, porque quando for a geração dos nossos pais a ficar mais velha, terás um número bem maior de pessoas que tiveram que emigrar para outros países ou, no caso daqueles que estão no interior, tiveram que ir para Porto ou Lisboa porque não arranjaram trabalho aqui. Isto para nem falar que passámos de 7 ou 8 filhos por casal para apenas um ou dois, por isso não tenho a mínima dúvida que os lares vão ser o destino final de muitos da geração dos nossos pais, mais ainda do que a geração dos nossos avós.

Por isso, sim, é que é importante combater esse estigma. O lar não é suposto ser um abandono. Não estás lá sozinho e tens profissionais de saúde que vão lá regularmente para assegurar que tens as condições necessárias. Além de que aquilo que dizes são casos extremos. Dizer que não existem lares baratos/acessíveis quando uma boa parte dos idosos vive com uma reforma mínima e mesmo assim os lares estão longe de estarem vazios, das duas, uma, ou andas a ver lares de forma muito seletiva, ou então tens uma visão completamente distinta da realidade. Pode é não ser na zona, os meus avós também tiveram que ir para zonas não muito perto de onde originalmente viviam, mas de uma forma ou outra acabas por arranjar. Além de que, como já disse, tens também Centros de Dia, tens as várias Santa Casa da Misericórdias espalhadas por todo o país e, em outros casos, tens pessoas que são pagas para cuidar de idosos. Se as condições forem más, bem, nos casos em que as autoridades podem e devem fiscalizar essas instalações, cabe ao governo reforçar meios para isso mesmo, e não ficar à espera da próxima reportagem da Ana Leal na TVI.

Dizer que os idosos merecem mais do que viver em lares e isso significa chegarem a um hospital e dizerem que querem morrer, por favor, isso não é avanço, isso é pura e simplesmente matar pessoas só porque sim.

O abandono é não ir visitar os pais ou ir uma vez por acaso porque se lembrou que eles existem, isso é um abandono. Tudo bem que os filhos não tem vida para andar com os idosos para aqui ou para acolá durante, mas para isso existem centros de dia que ajudam as pessoas durante o dia e à noite voltam para juntos dos seus familiares. Isso sim é de louvar, mas muita gente não quer ficar com o idoso durante a noite porque dá trabalho, é a realidade. As pessoas podem tentar fazer sacrifícios, eu faria isso pelos meus pais e pela minha avó.Acho que é preferível deixar os idosos durante o dia num local e à noite irem para casa, acho que não custa assim tanto.

Os lares levam a reforma dos idosos e quando ela já não chega, sabes onde vão buscar o resto? Aos bens do utente, vão buscar a casa, as contas, é por isso que eles aceitam as pessoas com baixos rendimentos. Os lares são um negócio muito obscuro e que jogam com muito dinheiro, claro que há uns que não fazem tanto isso e outros que tem excelentes equipas mas a maior parte daqueles que eu cheguem a ir ver com o meu pai para a minha falecida avó eram muito maus, com quatro camas por casa quarto, preços astronômicos, entre outros.

Esta minha fobia a lares tem a ver com muita coisa, mas eu não sou muito a favor de lares

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há 19 minutos, Fernandovisão disse:

O abandono é não ir visitar os pais ou ir uma vez por acaso porque se lembrou que eles existem, isso é um abandono. Tudo bem que os filhos não tem vida para andar com os idosos para aqui ou para acolá durante, mas para isso existem centros de dia que ajudam as pessoas durante o dia e à noite voltam para juntos dos seus familiares. Isso sim é de louvar, mas muita gente não quer ficar com o idoso durante a noite porque dá trabalho, é a realidade. As pessoas podem tentar fazer sacrifícios, eu faria isso pelos meus pais e pela minha avó.Acho que é preferível deixar os idosos durante o dia num local e à noite irem para casa, acho que não custa assim tanto.

Os lares levam a reforma dos idosos e quando ela já não chega, sabes onde vão buscar o resto? Aos bens do utente, vão buscar a casa, as contas, é por isso que eles aceitam as pessoas com baixos rendimentos. Os lares são um negócio muito obscuro e que jogam com muito dinheiro, claro que há uns que não fazem tanto isso e outros que tem excelentes equipas mas a maior parte daqueles que eu cheguem a ir ver com o meu pai para a minha falecida avó eram muito maus, com quatro camas por casa quarto, preços astronômicos, entre outros.

Esta minha fobia a lares tem a ver com muita coisa, mas eu não sou muito a favor de lares

Tu tens de entender que nem toda a gente tem horários fixos, principalmente atualmente. Eu, num hospital, posso fazer o turno da manhã (que é das 8h às 16h), como posso fazer um turno da tarde no dia a seguir (das 16h à meia-noite), como posso fazer o turno da noite (da meia-noite às 8h). Isto para nem falar de emergências ou outra coisa que possa ocorrer. Agora diz-me a mim como é que eu poderia ter os meus avós ou, no futuro, os meus pais ao meu encargo quando eu nem lhes consigo garantir a que horas estou em casa? Isso do fazer sacrifícios é tudo muito bonito na teoria, mas na prática nem sempre é viável. Até porque, quer queiramos, quer não, um idoso dá imenso trabalho e os filhos não vão, compreensivelmente, depois de um dia de trabalho, esgotarem-se completamente a cuidarem deles. Não é triste, não é uma visão pouco emotiva disto ou daquilo, é a realidade. Aliás, nem os idosos são parvos ao ponto de não se considerarem fardos quando têm de ir para a casa dos filhos e têm de ser os filhos a tratar deles. É que mesmo quando eles têm casa e têm mobilidade suficiente, se não tiverem pessoas responsáveis para tratar da casa ou da comida, eles têm de recorrer aos filhos e isso implica transporte e implica toda uma panóplia de outras coisas que nem sempre podem ser asseguradas. Vais-me dizer que a única solução para eles é matarem-se?

Quanto aos lares, ninguém negou isso. Para procurar um lar para o meu avô foi preciso percorrermos imensos km. Mas também é senso comum que, se um lar não for rentável, seja por que razão for, ele deixa de existir. Se esse lar não tiver condições suficientes e as pessoas retirarem de lá os seus familiares ou chamar as autoridades competentes, ele deixa de existir. E se houver demasiada procura, mais tarde ou mais cedo terás novos lares, provavelmente até melhores - basta que haja foco e investimento nesse aspeto. 

Editado por Ruben Fonseca
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há 2 minutos, Ruben Fonseca disse:

Tu tens de entender que nem toda a gente tem horários fixos, principalmente atualmente. Eu, num hospital, posso fazer o turno da manhã (que é das 8h às 16h), como posso fazer um turno da tarde no dia a seguir (das 16h à meia-noite), como posso fazer o turno da noite (da meia-noite às 8h). Isto para nem falar de emergências ou outra coisa que possa ocorrer. Agora diz-me a mim como é que eu poderia ter os meus avós ou, no futuro, os meus pais ao meu encargo quando eu nem lhes consigo garantir a que horas estou em casa? Isso do fazer sacrifícios é tudo muito bonito na teoria, mas na prática nem sempre é viável. Até porque, quer queiramos, quer não, um idoso dá imenso trabalho e os filhos não vão, compreensivelmente, depois de um dia de trabalho, esgotarem-se completamente a cuidarem deles. Não é triste, não é uma visão pouco emotiva disto ou daquilo, é a realidade. Aliás, nem os idosos são parvos ao ponto de não se considerarem fardos quando têm de ir para a casa dos filhos e têm de ser os filhos a tratar deles. É que mesmo quando eles têm casa e têm mobilidade suficiente, se não tiverem pessoas responsáveis para tratar da casa ou da comida, eles têm de recorrer aos filhos e isso implica transporte e implica toda uma panóplia de outras coisas que nem sempre podem ser asseguradas.

Quanto aos lares, ninguém negou isso. Para procurar um lar para o meu avô foi preciso percorrermos imensos km. Mas também é senso comum que, se um lar não for rentável, seja por que razão for, ele deixa de existir. Se esse lar não tiver condições suficientes e as pessoas retirarem de lá os seus familiares ou chamar as autoridades competentes, ele deixa de existir. E se houver demasiada procura, mais tarde ou mais cedo terás novos lares, provavelmente até melhores - basta que haja foco e investimento nesse aspeto. 

Tu tens uma visão tão fria das coisas, e tão fora da realidade que eu até fico em choque com o que leio :O

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há 2 minutos, Forbidden disse:

Tu tens uma visão tão fria das coisas, e tão fora da realidade que eu até fico em choque com o que leio :O

Correção: não tenho a visão de um mundo cor-de-rosa que tu tens. Que fiques em choque não me surpreendo, ficas sempre cada vez que te refutam os argumentos que tens.

Aliás, é no mínimo irónico eu ter a visão fria das coisas e seres tu a defender a morte indiscriminada de alguém só porque já não está nas suas totais capacidades físicas e mentais. 

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há 2 minutos, Ruben Fonseca disse:

Correção: não tenho a visão de um mundo cor-de-rosa que tu tens. Que fiques em choque não me surpreendo, ficas sempre cada vez que te refutam os argumentos que tens.

Aliás, é no mínimo irónico eu ter a visão fria das coisas e seres tu a defender a morte indiscriminada de alguém só porque já não está nas suas totais capacidades físicas e mentais. 

Lá vais tu inventar coisas que não escrevi, és bom nisso.

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há 2 horas, Fernandovisão disse:

O abandono é não ir visitar os pais ou ir uma vez por acaso porque se lembrou que eles existem, isso é um abandono. Tudo bem que os filhos não tem vida para andar com os idosos para aqui ou para acolá durante, mas para isso existem centros de dia que ajudam as pessoas durante o dia e à noite voltam para juntos dos seus familiares. Isso sim é de louvar, mas muita gente não quer ficar com o idoso durante a noite porque dá trabalho, é a realidade. As pessoas podem tentar fazer sacrifícios, eu faria isso pelos meus pais e pela minha avó.Acho que é preferível deixar os idosos durante o dia num local e à noite irem para casa, acho que não custa assim tanto.

Os lares levam a reforma dos idosos e quando ela já não chega, sabes onde vão buscar o resto? Aos bens do utente, vão buscar a casa, as contas, é por isso que eles aceitam as pessoas com baixos rendimentos. Os lares são um negócio muito obscuro e que jogam com muito dinheiro, claro que há uns que não fazem tanto isso e outros que tem excelentes equipas mas a maior parte daqueles que eu cheguem a ir ver com o meu pai para a minha falecida avó eram muito maus, com quatro camas por casa quarto, preços astronômicos, entre outros.

Esta minha fobia a lares tem a ver com muita coisa, mas eu não sou muito a favor de lares

Depende muito, por exemplo se for um idoso que precise de cuidados permanentes, pode não haver capacidade, a vários níveis, por parte dos familiares, para este ficar em casa. não significa obrigatoriamente que não gostem da pessoa ou que se queiram ver livres dela.
se há casos de abandono ou quase? há, mas não podemos diabolizar toda a gente que "mete" um familiar num lar.
num mundo ideal ninguém ia para um lar, mas infelizmente as coisas não funcionam assim. 

Editado por joanna
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Agora mesmo, joanna disse:

Depende muito, por exemplo se for um idoso que precise de cuidados permanentes, pode não haver capacidade a vários níveis, por parte dos familiares para este ficar em casa. não significa obrigatoriamente que não gostem da pessoa ou que se queiram ver livres dela.
se há casos de abandono ou quase? há, mas não podemos diabolizar toda a gente que "mete" um familiar num lar.
num mundo ideal ninguém para um lar, mas infelizmente as coisas não funcionam assim. 

Se calhar, as minhas palavras não foram as mais corretas. Mas,sim, há internamentos que são inevitáveis.E esses eu justifico e apoio.
Mas eu estava a referir-me em casos em que a pessoas perdeu um pouco a mobilidade e já não pode fazer certas coisas, mas ainda anda e está lúcida acho que não é motivo para colocarem uma pessoa num lar, no mínimo, para não deixarem a pessoa sozinha durante o dia, podem coloca-la num centro de dia para manter uma vida social quotidiana com outras pessoas. Mas à noite, a pessoa tem o direito de estar com a família, acho que devemos tratar os idosos com mais respeito. 

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há 35 minutos, Fernandovisão disse:

Se calhar, as minhas palavras não foram as mais corretas. Mas,sim, há internamentos que são inevitáveis.E esses eu justifico e apoio.
Mas eu estava a referir-me em casos em que a pessoas perdeu um pouco a mobilidade e já não pode fazer certas coisas, mas ainda anda e está lúcida acho que não é motivo para colocarem uma pessoa num lar, no mínimo, para não deixarem a pessoa sozinha durante o dia, podem coloca-la num centro de dia para manter uma vida social quotidiana com outras pessoas. Mas à noite, a pessoa tem o direito de estar com a família, acho que devemos tratar os idosos com mais respeito. 

Estou num sítio em que vejo e oiço muitos idosos e pelo que me vou apercebendo das conversas que oiço, há de todo.

Há aqueles que estão lá sempre, os chamados acamados; há aqueles que andam na sua vidinha e vão só lá dormir e há aqueles que passam lá o dia e vão dormir a casa. 

Não sei se as pessoas sabem, mas ir para um lar não significa que a pessoa não possa sair do sítio. Aquilo não é nenhuma prisão.

Muitos gostam do lar para ter uma companhia da sua idade e ter com quem conversar. 

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Eu sou a favor da eutanásia, mas creio que devia haver regras para evitar alguns abusos, como o "matar" idosos com doenças terminais e degenerativas. Um dos motivos que me leva a ser a favor é o ter conhecimento de pessoas que tiveram de abdicar de tudo para serem cuidadoras de pessoas com demência ou outras doenças degenerativas, outro dos pontos é a qualidade de vida ou a perda dela - será justo "manter" a vida de um doente com demências em estado terminal/vegetativo, completamente dependente (alimentado por sonda, acamado, sem consciência do que se passa à sua volta)?

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há 2 horas, jgsantos disse:

Eu sou a favor da eutanásia, mas creio que devia haver regras para evitar alguns abusos, como o "matar" idosos com doenças terminais e degenerativas. Um dos motivos que me leva a ser a favor é o ter conhecimento de pessoas que tiveram de abdicar de tudo para serem cuidadoras de pessoas com demência ou outras doenças degenerativas, outro dos pontos é a qualidade de vida ou a perda dela - será justo "manter" a vida de um doente com demências em estado terminal/vegetativo, completamente dependente (alimentado por sonda, acamado, sem consciência do que se passa à sua volta)?

Mas neste caso a pessoa não tem capacidade de decisão e a eutanásia não se aplica. De certa forma, esse é daquele tipo de situações em que cabe aos médicos desligar as máquinas ou não. Como quando alguém está cerebralmente morto mas os órgãos funcionam porque está ligado à máquina. Quando desligam não é eutanásia (não houve nenhuma decisão do doente). É simplesmente desligar a máquina.

Eu também gostava seriamente que a proposta de despenalização fosse mais clara, pois acho que dizer "despenalização da eutanásia" sem explicar bem a que tipo de casos se poderá aplicar é um pouco vago.

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