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Literatura


_zapping_

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  • 4 semanas depois...
  • 1 mês depois...

Em relação às revistas de BD da Disney não me parece que durem muito mais... todos os verões ia aos quiosques de praia para comprar e havia sempre agora nunca há, até mesmo nos hipermercados... Já em 2006 aconteceu o mesmo e só voltaram em 2012. E mesmo quando as vejo à venda já nem compro porque as histórias estão cada vez mais infantis e chatas, prefiro ler as antigas dos meus pais...

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há 11 minutos, goncalomr disse:

Eu comprei no outro dia numa promoção duas comix em que só se pagava uma, e até gostei. Prefiro as antigas que o meu padrinho me deu já há muitos anos, mas estas também gosto.

Eu andava a gostar e tb daquelas especiais (as de Verão liam-se mt bem na praia) mas agora acabaram com elas... eu já nem estou a par do que sai, dantes todas as semanas passava numa papelaria ou num supermercado para comprar.

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Carlos Drummond de Andrade: EU, ETIQUETA Em minha calça está...

EU, ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comparo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam
e cada gesto, cada olhar
cada vinco da roupa
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.

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  • 1 mês depois...
há 5 minutos, Ambrósio disse:

Sim, era escusado essas palavras, mas ela tem uma certa razão. Claro que é ridículo comparar o Bob Dylan ao Quim Barreiros, mas a verdade é que esta distinção foi, no mínimo, surpreendente. Também fiquei parvo para a vida, embora admita a competência artística do cantor. Mas quer dizer há prémios que celebram o talento para compor música. Não acho que o Nobel da Literatura seja adequado para isso. Há montes de gente que merecia receber o Nobel em vez do Dylan. Resta saber o que vai acontecer daqui para a frente, porque este Nobel abre o prémio e o debate sobre o que é a literatura e a arte para novas dimensões. 

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há 13 minutos, Daniel_TV disse:

Sim, era escusado essas palavras, mas ela tem uma certa razão. Claro que é ridículo comparar o Bob Dylan ao Quim Barreiros, mas a verdade é que esta distinção foi, no mínimo, surpreendente. Também fiquei parvo para a vida, embora admita a competência artística do cantor. Mas quer dizer há prémios que celebram o talento para compor música. Não acho que o Nobel da Literatura seja adequado para isso. Há montes de gente que merecia receber o Nobel em vez do Dylan. Resta saber o que vai acontecer daqui para a frente, porque este Nobel abre o prémio e o debate sobre o que é a literatura e a arte para novas dimensões. 

Eu também não concordei com a distinção, mas não gostei muito das palavras dela. @Ana Maria Peres tens de fazer uma Panóplia com a Alice Vieira :P 

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  • 3 semanas depois...

Comecei a ler "Harry Potter e a criança amaldiçoada".
Já chorei com o facto do
 

Spoiler

Harry e o Albus se darem mal.

Do que já li, acho que a autora conseguiu criar uma história acessível que pode perfeitamente ser lida por quem não conhece a saga. É pena que não vá haver filme.
Faz-me apenas confusão o facto de estar escrito em forma de teatro, estava tão habituado aquelas descrições e escrita pormenorizada da J.K
 

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Se queres dançar e não tens par
Chama o António, chama o António
Se queres sair para curtir
Chama o António, chama o António

Se queres mudar para melhorar
Chama o António, chama o António
Se queres ter maior prazer
Chama o António, chama o António

-----

Esta poesia devia de ganhar um Prémio Nobel! Interpretação belíssima, letra maravilhosa, com uma profundidade... Enfim, o Toy é muito subvalorizado na nossa cultura! Julguem-me ou não, mas é a minha opinião. Não podemos desvalorizar um belíssimo poema só por ser associado a um estilo de música que não é bem aceite.

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Soneto de Fidelidade

Vinicius de Moraes


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

 

Gosto muito deste :girlsigh:

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  • 2 semanas depois...

Aquela pindérica da Malveira (a Cristina Ferreira) já publicou aquela coisa? Ela sabe escrever? Credo, eu não sei como é que há gente que vai comprar aquilo. Só mesmo um povo como o português! :punish: Eu até podia gozar com isso no DDT, mas nem para piada essa pindérica serve!

Sai um Trump para aqui para acabar com essa escória, se faz favor!

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  • 1 mês depois...

Estive a ver páginas antigas do tópico e realmente interessei-me por algumas coisas que li! Bem, estou a pensar em comprar o pack do livro "A Guerra dos Tronos", por 10€. Acho que vai ser uma boa compra, visto ver apenas critícas ótimas e ao facto de poder poupar quase 10€ pois comprando o livro "normal" ficaria a 19,03€!! Acho que apesar dos contras que a versão bolso possa ter (papel branco, em vez de mais amarelado, folhas com letras pequenas e quase sem margens), compensa mais comprar a versão mais barata. 

Cada vez mais estou a pensar em começar a comprar livros em inglês. Descobri recentemente que uma loja relativamente perto de mim, a Bertrand, também vende livros em inglês, principalmente em versão bolso, e isso economiza bastante o custo do livro!!

Apesar disso, com o Forbidden a falar sobre requisitar livros na Biblioteca (não sei se ainda faz isso), também estou a pensar começar a fazer isso! Realmente, para quê comprar livros se os podemos ler grátis? Acho que vou começar a apostar em os livros que tenho menos interesse ler pela biblioteca e aqueles que sinto mesmo muita vontade de ler e quero tê-los só para mim! 

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