Literatura

[D007]

Domesticália, o livro mais esperado do ano!

@Ana Maria Peres, amei o slogan do livro: "Pelos empregados se conhecem os patrões".  Que hino mesmo! Que frase tão icónica! Como é que nunca ninguém se tinha lembrado disto antes? Só mesmo uma diva como a Paula Bobone o poderia fazer. Aliás, até vou citar uma crítica que encontrei na internet, num blog chamado "A Gaffe e as avenidas", que diz:

Citação

Felizmente que neste planeta a estorricar de gente parola e pobre, ainda sopra a brisa do irrepreensível bom gosto e da mais refinada sofisticação.

in http://agaffeeasavenidas.blogs.sapo.pt/a-gaffe-patroa-738814

 

Totalmente de acordo!  Paula Bobone é, de facto, a personificação da sofisticação e do bom gosto. Aliás, a Gaffe Patroa (a senhora do tal blog) atreve-se mesmo a ir mais longe ao dizer: "Há gente que devia ser canonizada"! E eu não podia estar mais de acordo!!! Quero Paula Bobone canonizada já!

Ah, mas este artigo ainda tem mais pérolas!

Citação

A Gaffe só espera que as imbecis que posaram para a fotografia da capa, não se atrevam a dar um empurrãozito no balde para onde a Bobone trepa mesmo quando não tem uma corda ao pescoço. Há gente pobre - pessoal doméstico, na sua maioria -, que não sabe ler e, como é evidente, vai ignorar as páginas da bíblia.

Reparem! A "Domesticália" já é considerada uma bíblia!  Bíblia essa que obviamente aquela criadagem nunca conseguirá ler, pois não aprenderam essa faculdade.

Concluindo, este livro é um must! De leitura obrigatória. Aliás, até sugiro ao senhor ministro da Educação, @TiagoBrandãoRodrigues, que ponha este livro no plano de leitura das escolas.  As criancinhas têm de aprender desde pequeninas a saberem domesticar os seus empregados.

[Ana Maria Peres]

Análise soberba, @D007.  Vou tão comprar este livro e dá-lo à criadagem, para ver se ela aprende a ouvir a palavra da Deusa futuramente canonizada, que escreveu uma Bíblia de uma envergadura tal, que nunca visto.

E sim, concordo com a inclusão deste livro do saber no Plano Nacional de Leitura. Porém, só para colégios privados ou para escolas públicas com muito gosto. Não quero ver uma rapariga da Margem Sul, que já está a repetir o 1º ano há 5 anos, a comprá-lo; ainda fica com ideias de que pode ser alguém na vida, enquanto nunca passará de uma simples criada, que viverá entre lixívias e os seus 39 filhos.   

Spoiler

Se pensais que eu penso assim, estais mal enganados.  

 

Editado 19 de novembro 2017 por Ana Maria Peres

[D007]

há 3 minutos, Ana Maria Peres disse:

Análise soberba, @D007.  Vou tão comprar este livro e dá-lo à criadagem, para ver se ela aprende a ouvir a palavra da Deusa futuramente canonizada, que escreveu uma Bíblia de uma envergadura tal, que nunca visto.

E sim, concordo com a inclusão deste livro do saber no Plano Nacional de Leitura. Porém, só para colégios privados ou para escolas públicas com muito gosto. Não quero ver uma rapariga da Margem Sul, que já está a repetir o 1º ano há 5 anos, a comprá-lo; ainda fica com ideias de que pode ser alguém na vida, enquanto nunca passará de uma simples criada, que viverá entre lixívias e os seus 39 filhos.   

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Se pensais que eu penso assim, estais mal enganados.  

 

Pois, lá nisso tens razão. O que seria se as classes baixas, para além de continuarem a ser baixas e incultas, começassem a ter a mania de que eram gente. Ainda começavam a tratar mal os patrões e as deusas futuramente canonizadas como a Paula Bobone.

Spoiler

Para quê fingir @Ana Maria Peres?

 

[Duarte]

há 17 horas, Ana Maria Peres disse:

Análise soberba, @D007.  Vou tão comprar este livro e dá-lo à criadagem, para ver se ela aprende a ouvir a palavra da Deusa futuramente canonizada, que escreveu uma Bíblia de uma envergadura tal, que nunca visto.

E sim, concordo com a inclusão deste livro do saber no Plano Nacional de Leitura. Porém, só para colégios privados ou para escolas públicas com muito gosto. Não quero ver uma rapariga da Margem Sul, que já está a repetir o 1º ano há 5 anos, a comprá-lo; ainda fica com ideias de que pode ser alguém na vida, enquanto nunca passará de uma simples criada, que viverá entre lixívias e os seus 39 filhos.   

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Se pensais que eu penso assim, estais mal enganados.  

 

@Ana Maria Peres, não meteste a Paula Bobone na votação para nova entidade gifada porquê, ela já assinou contrato de exclusividade, é? 

[Forbidden]

Quero ver se este ano leio mais livros, o ano passado acho que só li dois

Um foi "A Vida num Sopro", que eu AMEI (adoro os livros do Jose Rodrigues dos Santos), o outro foi péssimo, nem me lembro do título mas foi mauzinho...

[BBFF]

@Ivo, a Ana Maria Magalhães e a Isabel Alçada vão lançar uma coleção dedicada às gémeas de Uma Aventura.

As Gémeas Fazem Anos: As gémeas fazem anos e querem convidar toda a turma e mais uns amigos para a festa surpresa  que os pais lhe estão a preparar. O presente especial que vão receber é um cão  pequenito, com o pelo cheio de caracóis... Esta é a primeira de muitas aventuras para os mais novos. 

Eu vou sentir-me algo ridículo, mas vou ler isto. Não me interessa que seja para miúdos de 7 anos... Eu adoro Uma Aventura e quero saber tudo sobre as personagens... 

[Vieira]

há 2 minutos, BBFF disse:

@Ivo, a Ana Maria Magalhães e a Isabel Alçada vão lançar uma coleção dedicada às gémeas de Uma Aventura.

As Gémeas Fazem Anos: As gémeas fazem anos e querem convidar toda a turma e mais uns amigos para a festa surpresa  que os pais lhe estão a preparar. O presente especial que vão receber é um cão  pequenito, com o pelo cheio de caracóis... Esta é a primeira de muitas aventuras para os mais novos. 

A sério? Não sei o que achar, mas pode ser giro.

 

[BBFF]

Agora mesmo, Ivo disse:

A sério? Não sei o que achar, mas pode ser giro.

 

Afinal, o primeiro livro é que é dedicado às gémeas. A coleção é dedicada a todas as personagens de UA. Eu acho que vou ler. Tenho curiosidade por saber mais sobre elas.

[Duarte]

há 23 horas, BBFF disse:

Afinal, o primeiro livro é que é dedicado às gémeas. A coleção é dedicada a todas as personagens de UA. Eu acho que vou ler. Tenho curiosidade por saber mais sobre elas.

E a coleção-mãe em si, vai morrer? Tão bons momentos 

[Forbidden]

Acabei de ler "O mistério da estrada de Sintra", de Eça de Queirós, gostei muito, é um ótimo livro de mistério, muito bem escrito.

Comecei hoje a ler um livro de uma autora de quem nunca li nada, "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector. Do pouco que li parece ser um livro bem diferente dos últimos livros que li, acho que nem tem propriamente uma história, parece mais uma coleção de pensamentos.

[BBFF]

On ‎27‎/‎01‎/‎2018 at 21:16, Duarte disse:

E a coleção-mãe em si, vai morrer? Tão bons momentos 

Desculpa! Só vi agora! Não sei, mas duvido! É que os livros dessa nova coleção só têm 40 páginas, das quais 5/6 devem ser desenhos, por isso... 

@Fabien Silvano, já leste Loucos por Amor, de Sam Shepard? Eu vou ler, porque foi referido em JD (a Leonor estava a ler). Eu sinto que, se a Patrícia ler Violetta, eu também vou ler 

[fscd]

há 13 minutos, BBFF disse:

Desculpa! Só vi agora! Não sei, mas duvido! É que os livros dessa nova coleção só têm 40 páginas, das quais 5/6 devem ser desenhos, por isso... 

@Fabien Silvano, já leste Loucos por Amor, de Sam Shepard? Eu vou ler, porque foi referido em JD (a Leonor estava a ler). Eu sinto que, se a Patrícia ler Violetta, eu também vou ler 

Já ouvi falar e já tive com ele na mão mas ainda nao li Ahahah também adorava lê-lo! 

[Francisca]

On 27/01/2018 at 21:16, Duarte disse:

E a coleção-mãe em si, vai morrer? Tão bons momentos 

Eu acho que elas vão continuar a lançar um por ano 

Ainda me lembro que, no 2º ciclo, uma professora da minha escola andava a traficar autógrafos de Uma Aventura porque ela é mãe das raparigas que fizeram de gémeas no filme 

[tjspy]

Acabei de ler o "A Confissão da Leoa" de Mia Couto. 

É um livro fortíssimo, um tanto chocante, tendo em conta a suavidade com que aborda certos temas alheios ás suas 260 páginas que pensei que se resumissem apenas a uma caçada de um livro juvenil, recomendado para a minha faixa etária pelo o Plano Nacional de Leitura. Enganei-me. É um livro adulto, e bem adulto. 

A história é mais ou menos esta: uma aldeia moçambicana, localizada, mais ou menos, no meio do mato, está a ser atacada por leões. Já foram registados inúmeros mortos, todos do sexo feminino. A mais recente foi Silência, irmã de uma das protagonistas, Mariamar, filha de Hanifa e Genito, uma das nativas da aldeia que narra a história a duas vozes em conjunto com Arcanjo, o caçador mobilizado para acabar com os leões, alternando o porta-voz da história a cada capítulo. Arcanjo e Mariamar já se haviam conhecido, há 16 anos atrás, quando este também veio caçar um crocodilo na aldeia (de Kulumani), tendo Mariamar se apaixonado por ele. 

A partir deste mote seria expectável uma história de caça e de romance entre Mariamar e Arcanjo. E, quando comecei a ler, era exatamente o que parecia. Isto até à página 130 (mais ou menos) em que o caçador chega a aldeia e começa a fazer as suas primeiras atuações... É a partir daqui que se começa a aprofundar ainda mais o passado destas duas personagens e, página após página, surgem sucessivas bombas que chocam o leitor. A partir daqui o livro deixa de ser uma aventura romântica ambientada numa aldeia conservadora e passa a ser uma roda-viva de revelações do passado e do presente que metem à prova a definição de vida humana e do papel da mulher. O foco não só deixa de ser a caça aos leões como quase que nos esquecemos do (hipotético) romance entre os narradores, a história passa a ser toda uma retratação, potencialmente metafórica, do que seria viver sem vida e que, a cada página, nos mostra até onde esta vida pode chegar, sempre aguçada pelas crenças desta povoação e pelo mistério da origem dos leões daí decorrente. 

A versão de Mariamar acaba com algo completamente impensável quando lêmos o início da história, é quase como se esta nos tornasse personagens de uma trama em que só ela vive e nos confronte e revele o seu maior segredo no final, algo completamente mórbido que obriga o leitor a reler os últimos parágrafos, incrédulo. 

Por outro lado, a Versão do Caçador termina de forma lírica, mas intrigante. Eu não percebi. Aliás, gostava que alguém daqui que já tivesse lido me ajudasse a entender o final   ( @BBFF tu que adoras português, és capaz de me ajudar?)

No geral, adorei o livro, foi delicioso de ler e se demorei algum tempo a entrar na história, consegui ler as últimas 140 páginas à velocidade da luz, extremamente vidrado na história, não tanto pelo seu ritmo, mas pelo seu conteúdo. 

Editado 31 de janeiro 2018 por Tiago João

[BBFF]

@Tiago João, desculpa, mas eu não li esse livro.

[Forbidden]

ESGOTEI O MEU MAL

Esgotei o meu mal, agora
Queria tudo esquecer, tudo abandonar,
Caminhar pela noite fora
Num barco em pleno mar.

Mergulhar as mãos nas ondas escuras
Até que elas fossem essas mãos
Solitárias e puras
Que eu sonhei ter

Sophia de Mello Breyner Andresen

[Forbidden]

Acabei os dois livros da Sophia ("Contos Exemplares" e "Dia do Mar") um de contos e outro de poesia, adorei os dois. Ela é sem dúvida das melhores autoras portuguesas, a escrita dela é ao mesmo tempo simples e complexa, na medida em que não é difícil de ler mas tem muitos simbolismos. Lembro-me que quando era mais novo li "Os Tres Reis do Oriente" e acho que na altura não entendi a conotação cristã que o conto transmite, sendo a estrela a representação de Deus. É engraçado que se dá as obras dela na escola, mas depois quando se lê mais tarde tem-se uma outra compreensão... aliás, o cristianismo está muito presente na sua obra, muito mais do que eu me lembrava. "O Jantar do Bispo" é um conto genial, assim como "A Viagem".

Agora chegou a vez de mergulhar de novo no universo "clariceano", com "Uma aprendizagem ou livro dos prazeres". E se com a Sophia me sinto português ao lê-la, porque ela representa tão bem a alma lusitana, com a Clarice sinto-me humano, sinto-me eu. A Clarice tem um apelo mais universal na minha ótica.

[D007]

há 1 hora, Forbidden disse:

Lembro-me que quando era mais novo li "Os Tres Reis do Oriente" e acho que na altura não entendi a conotação cristã que o conto transmite, sendo a estrela a representação de Deus. É engraçado que se dá as obras dela na escola, mas depois quando se lê mais tarde tem-se uma outra compreensão... aliás, o cristianismo está muito presente na sua obra, muito mais do que eu me lembrava. "O Jantar do Bispo" é um conto genial, assim como "A Viagem".

Ah, agora que falas, lembro-me de ler esses dois na escola, long time ago.

[Forbidden]

"Entrou em casa como uma foragida do mundo. Era inútil esconder: a verdade é que não sabia viver. Em casa estava bom, ela se olhou ao espelho enquanto lavava as mãos e viu a "persona" afivelada no seu rosto. "

Como é bom ler Clarice Lispector.

[Forbidden]

Estou a a mais ou menos a meio de "A Terra das Ameixas Verdes" de Herta Müller e é sem dúvida o livro que mais me está a custar a ler este ano... nunca pensei que fosse tão dificil, está a ser um desafio. Em primeiro lugar, a escrita é muito fragmentada (não existem capitulos, mas sim textos soltos), e é um livro muito pesado. Mas tenho que dizer que o livro traduz na perfeição o que eu acho que deve ser viver numa ditadura, o medo e o silencio estão em cada página... a própria estrutura fragmentada do livro é fruto disso mesmo.

[BBFF]

@Forbidden, @Tiago João e outros leitores, não é para nos basearmos nas opiniões publicadas no Goodreads, pois não? Há livros ótimos, com uma média de 3 estrelas ou menos. E há, claramente, pessoas que avaliaram Os Maias com uma estrela, só porque foram obrigadas a ler. Que tristes! Apanhei o mesmo choque, quando vi, pela primeira vez, as avaliações do IMDb  

[Forbidden]

há 6 horas, BBFF disse:

@Forbidden, @Tiago João e outros leitores, não é para nos basearmos nas opiniões publicadas no Goodreads, pois não? Há livros ótimos, com uma média de 3 estrelas ou menos. E há, claramente, pessoas que avaliaram Os Maias com uma estrela, só porque foram obrigadas a ler. Que tristes! Apanhei o mesmo choque, quando vi, pela primeira vez, as avaliações do IMDb  

Opiniões há para todos os gostos, mas eu não me fio nas avaliações desses sites (goodreads, imdb, etc), pois cada um tem os seus gostos, então só porque um livro/filme tem uma nota baixa não quer dizer que não vás gostar, e o contrário também se aplica.

[tjspy]

há 6 horas, BBFF disse:

@Forbidden, @Tiago João e outros leitores, não é para nos basearmos nas opiniões publicadas no Goodreads, pois não? Há livros ótimos, com uma média de 3 estrelas ou menos. E há, claramente, pessoas que avaliaram Os Maias com uma estrela, só porque foram obrigadas a ler. Que tristes! Apanhei o mesmo choque, quando vi, pela primeira vez, as avaliações do IMDb  

Concordo com o Forbidden. Muitas vezes isso não quer dizer nada, outras simplesmente a maioria não gosta e nós gostamos. Eu acho que podemos ver caso estejamos muito indecisos mesmo, mas não é nada para se levar muito a sério, porque nada melhor que termos a nossa opinião

Por falar em Maias, comecei ontem a ler e não passei da quarta página, de tal forma que a aquilo é completamente o oposto do que eu gosto num livro, descrição excessiva. Mas, por outro lado, há quem adore, portanto nada melhor que ler para descobrirmos a nossa opinião

Editado 22 de abril 2018 por Tiago João

[Forbidden]

há 6 minutos, Tiago João disse:

Concordo com o Forbidden. Muitas vezes isso não quer dizer nada, outras simplesmente a maioria não gosta e nós gostamos. Eu acho que podemos ver caso estejamos muito indecisos mesmo, mas não é nada para se levar muito a sério, porque nada melhor que termos a nossa opinião

Por falar em Maias, comecei ontem a ler e não passei da quarta página, de tal forma que a aquilo é completamente o oposto do que eu gosto num livro, descrição excessiva. Mas, por outro lado, há quem adore, portanto nada melhor que ler para descobrirmos a nossa opinião

"Os Maias" é um livro demasiado complexo pra se dar no secundário na minha opinião, eu quando o comecei a ler na altura achei-o pesado e chato e não o acabei de ler, depois mais tarde peguei de novo nele e acabei de o ler e gostei. Mas gostei mais dos outros dois livros que li do Eça, "A tragédia da rua das Flores" (este esteve muito à frente do seu tempo e só foi publicado depois da morte do autor) e "O mistério da estrada de Sintra" (este sim devia ser dado no secundário, é mais leve e uma ótima introdução ao Eça). Assim como tenho pena que dêem o Memorial do Saramago na escola, quando é uma péssima introdução à obra dele, é dos livros mais pesados dele... deviam dar o "Ensaio sobre a cegueira". Infelizmente a escola afasta as pessoas da leitura porque não dão livros apropriados à idade dos alunos.

[tjspy]

há 1 hora, Forbidden disse:

"Os Maias" é um livro demasiado complexo pra se dar no secundário na minha opinião, eu quando o comecei a ler na altura achei-o pesado e chato e não o acabei de ler, depois mais tarde peguei de novo nele e acabei de o ler e gostei. Mas gostei mais dos outros dois livros que li do Eça, "A tragédia da rua das Flores" (este esteve muito à frente do seu tempo e só foi publicado depois da morte do autor) e "O mistério da estrada de Sintra" (este sim devia ser dado no secundário, é mais leve e uma ótima introdução ao Eça). Assim como tenho pena que dêem o Memorial do Saramago na escola, quando é uma péssima introdução à obra dele, é dos livros mais pesados dele... deviam dar o "Ensaio sobre a cegueira". Infelizmente a escola afasta as pessoas da leitura porque não dão livros apropriados à idade dos alunos.

A minha setôra de Inglês diz exatamente o mesmo e diz que devíamos dar "A Cidade e as Serras" de Eça, que é muito mais curto, mais divertido, mas com uma crítica social e retrato da sociedade da altura ainda mais vincadas do que nos Maias. Nos Maias eu já comecei a bocejar à terceira página e tem mais de 600