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Representatividade na Ficção


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há 2 minutos, Buwayh disse:

A frase à qual a Carla se referiu foi dita num contexto que era suposto ser engraçado e que, por si só, validou a ideia expressa porque ela não foi contestada por nenhuma personagem, por isso foi normalizada. Se uma Nazaré Tadesco da vida proferisse algo problemático em circunstâncias onde se percebesse que aquilo era errado e condenável, a função do texto seria educativa. Ou seja, ao normalizarem a gordofobia, estão a ser coniventes com ela e com o sofrimento de todos os que sofrem com ela. 

Tens estes dois exemplos da Nazaré Tedesco:

Nestas cenas a Nazaré não foi contestada por nenhuma personagem. 

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há 11 minutos, Filipe disse:

A atriz esclareceu que foi improvisação dela no momento de gravar. Esta novela funciona muito à  base do improviso...

Então a ideia partiu dela? xD Realmente pertencer a uma minoria não torna obrigatoriamente as pessoas mais respeitadoras e conscientes em relação a outras realidades opressivas. 

agora mesmo, D91 disse:

Tens estes dois exemplos da Nazaré Tedesco:

Nestas cenas a Nazaré não foi contestada por nenhuma personagem. 

De certa forma, as ideias foram normalizadas, mas ela era a vilã e representava "o mal", "o exemplo que não se deve seguir", por isso os contextos ainda são diferentes. 

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há 2 minutos, Buwayh disse:

Então a ideia partiu dela? xD Realmente pertencer a uma minoria não torna obrigatoriamente as pessoas mais respeitadoras e conscientes em relação a outras realidades opressivas. 

De certa forma, as ideias foram normalizadas, mas ela era a vilã e representava "o mal", "o exemplo que não se deve seguir", por isso os contextos ainda são diferentes. 

Mais uma vez aconselho a ver o vídeo da Ines a explicar, caso nao o tenham visto. Ela explica muito bem tudo e responde ao que estao a dizer. Nota para o facto de que os disparates da personagem foram censurados por outra personagem. Depois de ela ter dito aquilo tudo, o padre mandou-a para o confessionário, perante tantas parvoíces.

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há 4 minutos, D91 disse:

Tens estes dois exemplos da Nazaré Tedesco:

Nestas cenas a Nazaré não foi contestada por nenhuma personagem. 

Não tem comparação. É uma novela de 2004 onde essas atitudes eram normais aos olhos da sociedade da época. Estamos em 2021 e, embora muita gente mantenha pensamentos atrasados, a ficção tem também o papel de educar de forma natural. Fazer de pautas importantes uma comédia é inadmissível. Mas também não me admira que uma novela como FEF recorra a essa "comédia" tacanha pra alegrar os portugueses (que são para lá de preconceituosos). O que esperar de um país que acha piada ao Fernando Rocha? É só um exemplo. 

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há 2 minutos, joaop disse:

Mais uma vez aconselho a ver o vídeo da Ines a explicar, caso nao o tenham visto. Ela explica muito bem tudo e responde ao que estao a dizer. Nota para o facto de que os disparates da personagem foram censurados por outra personagem. Depois de ela ter dito aquilo tudo, o padre mandou-a para o confessionário, perante tantas parvoíces.

Hm... Não seria por ela se querer exibir com um par de mamas king size? :haha:

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Com todas as explicações que ela possa dar, continuo a dizer que ela é a menos culpada (a não ser que tenha ido ter com a senhora sua esposa e tenha dito, fiz uma cena tão engraçada que tem que ir para o ar, o que de certeza não fez) não é a Inês Heredia que decide a edição de um episódio e o que vai para o ar. Mesmo que tenha sido improviso como ela diz e feito ao primeiro take, há um realizador que diz corta, um editor que monta as cenas. Um diretor de produção que vê o episódio finalizado e um diretor que autoriza a sua emissão. E se essa cadeia não achou nada de mais, alguma coisa está errada. 

Não esquecer do que está a acontecer nos últimos dias no mundo do jornalismo português por causa de uma determinada palavra. Pode ter sido um jornalista a usar a expressão. Mas quem está acima assumiu o erro. 

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há 9 minutos, Buwayh disse:

Hm... Não seria por ela se querer exibir com um par de mamas king size? :haha:

Acho que foi por todo aquele monte de disparates que a personagem atirou. Como a Inês disse, a Nelinha é uma bully autêntica, ela ridiculariza tudo e todos, e vive obcecada com a sua imagem e passa a vida a criticar a dos outros. Tanto que as personagens que com ela interagem nunca concordam com as suas piadas foleiras, e o exemplo do padre a mandar para o confessionário é um desses exemplos. Ela é a típica pessoa que nunca está contente com a sua imagem e projeta as suas frustrações nos outros, não é uma personagem bem resolvida e sem preconceitos que diz uma piada daquelas, é uma personagem super mal resolvida e que vive agarrada aos preconceitos da imagem.

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Não percebo tanto drama à volta disto. É ficção. Então por ai não se retratava a xenofobia, homofobia, mortes, violações porque eram só ofendidos da vida. Os gordos e os magros existem e isto é apenas uma história a ser contada.


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É uma novela cómica, podem ou não achar piada, isso vai de cada um, eu não acho, não é o tipo de humor que aprecie, no entanto, vamos lá parar de ser todos uns coninhas de sabão. Quanto tempo até as loiras irem fazer manifestações por causa das piadas que fazem sobre elas? O politicamente correto está a ir longe demais e já não é de agora.

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há 1 minuto, Pamsf998 disse:

Não percebo tanto drama à volta disto. É ficção. Então por ai não se retratava a xenofobia, homofobia, mortes, violações porque eram só ofendidos da vida. Os gordos e os magros existem e isto é apenas uma história a ser contada.


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Se sofresses opressão a ponto de a tua qualidade de vida ser arruinada, se calhar percebias. 

há 2 minutos, Hugo disse:

É uma novela cómica, podem ou não achar piada, isso vai de cada um, eu não acho, não é o tipo de humor que aprecie, no entanto, vamos lá parar de ser todos uns coninhas de sabão. Quanto tempo até as loiras irem fazer manifestações por causa das piadas que fazem sobre elas? O politicamente correto está a ir longe demais e já não é de agora.

O politicamente correto só existe na cabeça das pessoas que não suportam que os seus preconceitos e os seus comportamentos discriminatórios sejam questionados.

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há 4 minutos, Hugo disse:

É uma novela cómica, podem ou não achar piada, isso vai de cada um, eu não acho, não é o tipo de humor que aprecie, no entanto, vamos lá parar de ser todos uns coninhas de sabão. Quanto tempo até as loiras irem fazer manifestações por causa das piadas que fazem sobre elas? O politicamente correto está a ir longe demais e já não é de agora.

O problema está em ti então. Se te incomoda tanto o politicamente correto é porque esse tipo de lutas não fazem parte do teu quotidiano. 

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Não é suposto a ficção retratar coisas que acontecem na rotina? Não é suposto retratar coisas, boas ou menos boas, que as pessoas dizem? É ficção. Na realidade acontecem todos os dias coisas que são mais graves e não há um julgamento público desta forma em muitos casos.

Se acho correto alguém dizer? Claro que não. Mas isso nem se coloca em questão. Se alguém diz isto? Tanta gente. 

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Se uma novela retratar a temática LGBT, podem desenvolver um ambiente onde não há preconceito, ou colocar personagens homofobicas,e  nao é por isso que a novela está a ser homofóbica, é criado essa personagem para mostrar algo que acontece, assim como a Nelinha que representa os preconceitos.

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A Rita Lello respondeu ao desabafo da Carla de uma forma simples e muito boa.

 

Então e a Carla que em Amar Demais a sua personagem só sabia comer. É por ser forte? Ou os gordos são gordos por estarem sempre a comer?
E a personagem do Ricardo que, no início da novela (atualmente não me recordo), tinha vergonha por ter sido gordo no passado? É vergonha ser-se gordo e esconder?

 

No contexto em que foi dito e pela personagem que é, não é "descabido". Logo a seguir, o padre manda-a ir confessar-se, mostrando que teve uma atitude errada.

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A ficção é real até certo ponto. Por isso que é ficção. Para abordar esses assuntos é preciso cuidado e só conheço uma autora que o faz: A Glória Perez. 

Ninguém está a dizer que a realidade tem de ser abordada como se fosse um mundo ideal. Não é. Nunca vai ser. Mas muitos dos nossos comportamentos e pensamentos advêm do que vemos na televisão ao longo dos anos. Uma novela, ao não normalizar o que ainda não é normal na cabeça de muita gente, está precisamente a impedir a evolução da sociedade. Ao abordar de forma natural e consistente, pode não mudar o pensamento, mas pelo menos coloca a questão em cima da mesa para as pessoas refletirem. 

Editado por VINTAGE
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O politicamente correto só existe na cabeça das pessoas que não suportam que os seus preconceitos e os seus comportamentos discriminatórios sejam questionados.

Então vamos deixar que o preconceito nunca mais seja retratado na ficção porque ele existe na realidade e as pessoas ficam ofendidas com isso.
Já vi pessoas negras a serem chamados de pretos e gays a serem tratados como bichas e paneleiros em novelas e nunca houve tanto drama em torno disso...

As pessoas na vida real até vão deixar de ser preconceituosas só porque não acontece na ficção.

Eu pessoalmente prefiro que as coisas sejam retratadas de uma forma nua e crua e mostrem o outro lado que é, a vítima de preconceito, de forma a abrir os olhos às pessoas que praticam esse mesmo preconceito, mas é só a minha opinião. Vale o que vale!


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há 25 minutos, Hugo disse:

É uma novela cómica, podem ou não achar piada, isso vai de cada um, eu não acho, não é o tipo de humor que aprecie, no entanto, vamos lá parar de ser todos uns coninhas de sabão. Quanto tempo até as loiras irem fazer manifestações por causa das piadas que fazem sobre elas? O politicamente correto está a ir longe demais e já não é de agora.

O politicamente correto está-se a tornar a ditadura do século XXI.

Hoje em dia não se pode dizer nada, porque vem logo um bando de histéricos com "cancelamentos".

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há 1 minuto, Figo disse:

O politicamente correto está-se a tornar a ditadura do século XXI.

Hoje em dia não se pode dizer nada, porque vem logo um bando de histéricos com "cancelamentos".

O maior problema nem são os cancelamentos, mas o que advém daí, não há o "vamos ensinar que não se deve fazer" mas sim o "fez? então cancelado". A "cancel culture" começou por ser boa em casos como o do Harvey Weinstein por exemplo, mas a partir do momento em que cancelam uma pessoa porque há 10 anos fez um tweet com a palavra "paneleiro" ou "gordo" lá no meio qualquer pessoa com o mínimo de compreensão percebe que se tornou tudo numa ditadura do ridículo.

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Em primeiro lugar, acho que o único ponto positivo daquela cena foi o debate que gerou.

As piadas foram de mau gosto e, segundo a atriz, aquela personagem é uma bully e ninguém valida o que ela diz. Tendo visto apenas aquela cena, senti que faltou no fim uma maior assertividade ou uma resposta mais elaborada do padre que não apenas "para o confessionário".

Eu não acho que se deva fingir que não há bullying, mas acho que é preciso que haja o cuidado de que sempre que ele aparece não restem dúvidas sobre o quão errado está. Não houve clareza na razão pela qual ela se vai confessar - é porque quer usar um coro de igreja para promoção própria, é pelo que disse das pessoas gordas...? Eu não acho que tenha existido uma vontade de discriminar ou gozar com alguém, mas penso que a cena não foi feliz.

A Inês não é a principal responsável, porque há várias pessoas acima dela na hierarquia que têm de fiscalizar se tudo cumpre os requisitos para ser emitido - desde o realizador até ao diretor do canal. 

Para quem diz "agora não se pode dizer nada", talvez não tenham lidado (ou tenham lidado bem, felizmente) com situações de bullying seja pelo que for. Convido-vos a pensarem nas crianças que naquele dia foram gozadas na escola e à noite viram aquilo. Acham que para elas ficou claro que aquilo está errado? Eu não acho. Vale o que vale... 

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há 4 minutos, Figo disse:

O politicamente correto está-se a tornar a ditadura do século XXI.

Hoje em dia não se pode dizer nada, porque vem logo um bando de histéricos com "cancelamentos".

"Já não se pode matar. Agora as pessoas implicam com os assassinos. Isto do politicamente correto é uma ditadura. JÁ NÃO SE PODE DIZER/FAZER NADA."

Entendam, esse tipo de comportamentos é crime e mata imensa gente. Já não estou a falar no caso da novela. Estou a falar da sociedade. Se alguma coisa é crime, é porque não pode ser praticada. Resumindo, não podemos ser racistas, homofóbicos, etc, porque é CRIME. 

Boa tarde. 

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Eu concordo que a piada envelheceu um pouco mal e espera-se mais de 2021, mas para ser sincero até achei alguma graça. É verdade que não sou gordo, mas quando vejo uma BOA piada com homossexuais, sou a primeira pessoa a rir-me.

Claro que não se deve normalizar o bullying aos gordos, mas se a personagem é repreendida em cena não vejo o drama. Ridículo seria se numa novela com 50 personagens, todas fossem super awake e para a frentex, principalmente numa aldeia. Faz-me lembrar o ridículo que Anatomia de Grey se tornou, com discursos raciais completamente vazios todo o santo episódio só porque sim.

A Carla Vasconcelos não tem moral para questionar a Herédia quando fez personagens de "gorda" muito pouco dignas durante anos e anos e nunca as questionou. É claro que deve ser muito difícil livrar-se desse estigma, mas então que não aponte o dedo aos outros com um tom agressivo.

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