Representatividade na Ficção

[Buwayh]

há 27 minutos, Dimitri disse:

diz-me uma que tenha tido um comportamente desses sem alguma personagem recriminar?

Quase todas as novelas pré-2010 normalizavam e promoviam a homofobia e o machismo, e o mesmo aconteceu com várias da década de 2010. MCA era um festival de preconceito, apesar de terem tentado incluir alguma representatividade nas últimas temporadas. Amar Demais é o exemplo mais recente de como ainda normalizam a homofobia na ficção. 

há 26 minutos, Vieira disse:

O Fanã e o Sandro. E são "cómicos".

A própria Vanda, que é suposto ser moderna, fez comentários homofóbicos sobre a possível homossexualidade do filho. 

há 22 minutos, Free Live disse:

Isso é zero comparado com o casal lésbico de Valor da Vida. Mulher A bate na Mulher B. Separam-se. Mulher A junta-se com mulher C e sofre violência doméstica. Mulher A redime-se e Mulher B volta para ela. Faz algum sentido? Foi um desserviço terrível.

Já nem valo das violações masculinas, que foram utilizadas em tom de humor. Ou do vilão que foi castrado pela enteada, salvo erro, com quem até andou enrolado. Um show de horrores.

Essa da castração sem castigo foi o cúmulo. 

Editado 15 de maio 2021 por Buwayh

[Vieira]

há 5 minutos, Free Live disse:

Isso é zero comparado com o casal lésbico de Valor da Vida. Mulher A bate na Mulher B. Separam-se. Mulher A junta-se com mulher C e sofre violência doméstica. Mulher A redime-se e Mulher B volta para ela. Faz algum sentido? Foi um desserviço terrível.

Já nem valo das violações masculinas, que foram utilizadas em tom de humor. Ou do vilão que foi castrado pela enteada, salvo erro, com quem até andou enrolado. Um show de horrores.

Essa novela (Valor da Vida) é de longe a pior da autora. O tema principal até era inovador, mas foi muito mal conduzido, já para não falar desse show de horrores que falas. Tinha cada cena e plot mais parvinho...

[Dimitri]

há 7 minutos, Buwayh disse:

Quase todas as novelas pré-2010 normalizavam e promoviam a homofobia e o machismo, e o mesmo aconteceu com várias da década de 2010. MCA era um festival de preconceito, apesar de terem tentado incluir alguma representatividade nas últimas temporadas. Amar Demais é o exemplo mais recente de como ainda normalizam a homofobia na ficção. 

isso não é verdade, Mistura Fina, Ninguém Como Tu, Tempo de Viver tiveram o tema da homossexualidade, bissexualidade e todas as personagens homofóbicas ou se redimiram ou foram expostas. MCA 2 havia uma personagem lésbica e sim houveram comentários a própria Cláudia Vieira que era de quem a rapariga lésbica gostava defendia-a, em MCA7 tambem houve muita defesa da comunidade especialmente com a Mariana, Papoila sempre a dar para trás a piadas homofobicas. MCA 9 lembro-me especificamente de uma cena onde todas as raparigas se uniram contra um estudante machista. Na SIC, O Jogo em 2003 foi revolucionário, Resistirei que abordou o tema muito bem, Podia Acabar o Mundo. O que disseste não é de todo verdade, e como dito a cima há novelas de 2010 para cima que foram um maior desserivço como o exemplo de Valor da Vida

Editado 15 de maio 2021 por Dimitri

[Buwayh]

há 49 minutos, VINTAGE disse:

Concordo totalmente. Eu defendo que não devemos querer mudar as coisas à força toda. Assim fica impossível de mudar alguma coisa. 

Mas fico fora de mim quando dizem que as lutas devem ser banalizadas, que hoje em dia não se pode dizer nada e que a militância é a maior inimiga dos tempos atuais. Ela não é. A outra coisa disfarçada de militância é que arruína qualquer possibilidade de evolução. Essas pessoas acham que os outros têm de nascer ensinados. 

Uma coisa é a militância e a outra é a intransigência de quem parte imediatamente para o insulto em vez de dialogar e não dá espaço para os outros manifestarem, sequer, as suas dúvidas.

há 11 minutos, Dimitri disse:

isso não é verdade, Mistura Fina, Ninguém Como Tu, Tempo de Viver tiveram o tema da homossexualidade, bissexualidade e todas as personagens homofóbicas ou se redimiram ou foram expostas. MCA 2 havia uma personagem lésbica e sim houveram comentários a própria Cláudia Vieira que era de quem a rapariga lésbica gostava defendia-a, em MCA7 tambem houve muita defesa da comunidade especialmente com a Mariana, Papoila sempre a dar para trás a piadas homofobicas. MCA 9 lembro-me especificamente de uma cena onde todas as raparigas se uniram contra um estudante machista. O que disseste não é de todo verdade, e como dito a cima há novelas de 2010 para cima que foram um maior desserivço como o exemplo de Valor da Vida

Eu sei isso tudo, mas o que é que não é verdade? 

Editado 15 de maio 2021 por Buwayh

[Dimitri]

há 1 minuto, Buwayh disse:

Eu sei isso tudo, mas o que é que não é verdade? 

que normalizavam essas ideias homofobicas e machistas. Haviam novelas que não tocaram no assunto, mas as que tocaram nunca abordaram de maneira a colocar os agressores em vantagem.

[Buwayh]

há 38 minutos, Dimitri disse:

que normalizavam essas ideias homofobicas e machistas. Haviam novelas que não tocaram no assunto, mas as que tocaram nunca abordaram de maneira a colocar os agressores em vantagem.

Eu disse que QUASE todas as novelas pré-2010 normalizavam a homofobia e o machismo. E não é a Liliana dos MCA2, o Pulga dos MCA5, os LGBT dos MCA7 e a rapariga dos MCA9 que apagam todos os comportamentos e comentários homofóbicos e sexistas que foram retratados nos MCA como sendo legítimos e inevitáveis, inclusive nas temporadas em que essas personagens existiam. O próprio Nuno dos MCA7 chegou a fazer um comentário jucoso sobre os gays efeminados enquanto desconstruía a homofobia do Fábio. 

há 1 hora, VascoSantos disse:

Acho que alguns não entenderam que a televisão não tem a missão de ensinar ninguém, muito menos um projeto de ficção.

Pode fazê-lo, mas não o tem. Programas de entretenimento até concordo, agora ficção? Espero bem que não façam isso.

E fazê-lo num projeto de ficção não quer dizer que esteja alinhado com o preconceito, nem que a pretensão seja ser conivente com o mesmo.

A pretensão de um projeto de ficção é ser um projeto de ficção. Ficção.

Quando normalizas uma problema, estás a ser conivente com ele, por isso tens duas hipóteses se não queres fazer parte dele: absténs-te ou opões-te a ele (e, consequentemente, educas).

Editado 15 de maio 2021 por Buwayh

[Rui Melo]

https://www.n-tv.pt/acontece/151-atores-que-desempenharam-personagens-gays-na-ficcao-portuguesa/39646/
 

Mas quem raio e que inventou que o Ruy de Carvalho era gay em Olhos nos Olhos?? Ja nao e a primeira vejo que vejo isso. Ele gostava da Eunice gente!

[D91]

há 1 hora, Rui Melo disse:

https://www.n-tv.pt/acontece/151-atores-que-desempenharam-personagens-gays-na-ficcao-portuguesa/39646/
 

Mas quem raio e que inventou que o Ruy de Carvalho era gay em Olhos nos Olhos?? Ja nao e a primeira vejo que vejo isso. Ele gostava da Eunice gente!

E existe outro erro. O Diogo Morgado e o Luís Gaspar formaram um casal gay no Aqui não há quem viva e não no 7 Vidas. 

[Rui Melo]

há 8 minutos, D91 disse:

E existe outro erro. O Diogo Morgado e o Luís Gaspar formaram um casal gay no Aqui não há quem viva e não no 7 Vidas. 

Essa nem percebi por acaso ahahah

[Rui Melo]

A Manuela Couto ja interpretou 3 vezes uma mãe de uma personagem LGBT: em Ninguém Como Tu, Ouro Verde e Alma e Coração. Diva 

[Rui Melo]

On 16/04/2021 at 16:18, D91 disse:

Acho que já houve mais alguns exemplos. Penso que em "Poderosas" houve uma cleptomaníaca.

Engraçado como as cleptomaníacas Sao sempre mulheres. Seria interessante uma personagem cleptomaníaca masculina numa próxima novela. Alem de que e uma realidade muito rara de ver na ficção nacional

[D91]

há 9 minutos, Rui Melo disse:

Engraçado como as cleptomaníacas Sao sempre mulheres. Seria interessante uma personagem cleptomaníaca masculina numa próxima novela. Alem de que e uma realidade muito rara de ver na ficção nacional

E acho que a Maria Emília Correia era cleptomaníaca na Floribella 2.

Sim não me lembro de ver um homem cleptomaníaco na ficção. Provavelmente os autores nem se lembram disso ou então acham mais interessante ser as mulheres a roubar.

Editado 1 de agosto 2021 por D91

[joanna]

gente mas que panca é essa pela cleptomania, como se fosse algo com uma necessidade gigante de ser representado? 

[Rui Melo]

há 18 minutos, joanna disse:

gente mas que panca é essa pela cleptomania, como se fosse algo com uma necessidade gigante de ser representado? 

Nao mas é educativo. Se bem que qualquer pessoa sensata quer uma pessoa cleptomaníaca longe, enquanto ainda não estiver curada.

[Bloody]

Os próprios canais portugueses já são cleptomaníacos a roubar atores e atrizes e apresentadores e etc. Imaginem se tornarem isso uma causa nas novelas. 

[D23]

A representação LGBTQIA+ foi completamente esquecida no Churrasco das generalistas? 

O "Go woke, go broke" chegou à SIC e TVI? 

[Guida]

há 2 horas, Faded disse:

A representação LGBTQIA+ foi completamente esquecida no Churrasco das generalistas? 

O "Go woke, go broke" chegou à SIC e TVI? 

o que é isso de Churrasco das Generalistas?

[Bloody]

A representação de minorias é um tema delicado atualmente, principalmente nos canais portugueses. Entendo a necessidade e eu gosto de ver representadas minorias como o LGBT (no qual me insiro), no entanto há vários exemplos em que colocam as mesmas minorias nos produtos de ficção por mero objetivo de colocarem lá, e os canais/produtores serem "bem vistos", ou então para aumentar audiências. Não acho que seja o principal objetivo quando se pretende representatividade, para nem dizer que por vezes a história é adulterada de tal forma que a noção de ficção perde-se a meio.

A crescente obsessão por colocarem minorias nestes produtos para os canais não serem "cancelados" é preocupante, pelo menos para mim. Não é por não colocarem uma personagem gay que subitamente o canal é homofóbico/transfóbico/etc. Não foi dito aqui, mas já vi vários comentários e reações assim... Há que ter noção.

Editado 2 de agosto 2021 por Bloody

[joanna]

há 5 minutos, Bloody disse:

A representação de minorias é um tema delicado atualmente, principalmente nos canais portugueses. Entendo a necessidade e eu gosto de ver representadas minorias como o LGBT (no qual me insiro), no entanto há vários exemplos em que colocam as mesmas minorias nos produtos de ficção por mero objetivo de colocarem lá, e os canais/produtores serem "bem vistos", ou então para aumentar audiências. Não acho que seja o principal objetivo quando se pretende representatividade, para nem dizer que por vezes a história é adulterada de tal forma que a noção de ficção perde-se a meio.

A crescente obsessão por colocarem minorias nestes produtos para os canais não serem "cancelados" é preocupante, pelo menos para mim. Não é por não colocarem uma personagem gay que subitamente o canal é homofóbico/transfóbico/etc. Não foi dito aqui, mas já vi vários comentários e reações assim... Há que ter noção.

pressão do twitter americano (generalizando) não se traduz para cá de todo, não sinto que os canais cá tenham ou sintam qualquer pressão para pôr representação lgbt. 

[Bloody]

há 1 minuto, joanna disse:

pressão do twitter americano (generalizando) não se traduz para cá de todo, não sinto que os canais cá tenham ou sintam qualquer pressão para pôr representação lgbt. 

Acabo por concordar, até porque os espectadores de canais portugueses são a maior parte idosos. 

[AndreRob]

Por exemplo quantas personagens ou actores com sindrome de down aparecem na ficção portuguesa... nem me lembro da ultima vez que o fizeram.

actores negros por exemplo eram uma coisa pontual, a Unica Mulher ajudou um pouco a abrir portas a mais actores em novelas mas mesmo assim os elencos continuam muito pouco representativos.

nas questões LGBT a dificuldade é introduzirem personagens com esse universo mas que não estejam logo acopladas a dilemas ligados ao mesmo , como o sair do armario ou adopção ou sofrerem estigma... o que a ficção americana fez foi generalizar essa representação  e portanto agora passou a ser quase tão normal um casal hetero como um casal gay em séries e filmes...

 

[D23]

há 16 horas, Robalinho disse:

Por exemplo quantas personagens ou actores com sindrome de down aparecem na ficção portuguesa... nem me lembro da ultima vez que o fizeram.

actores negros por exemplo eram uma coisa pontual, a Unica Mulher ajudou um pouco a abrir portas a mais actores em novelas mas mesmo assim os elencos continuam muito pouco representativos.

nas questões LGBT a dificuldade é introduzirem personagens com esse universo mas que não estejam logo acopladas a dilemas ligados ao mesmo , como o sair do armario ou adopção ou sofrerem estigma... o que a ficção americana fez foi generalizar essa representação  e portanto agora passou a ser quase tão normal um casal hetero como um casal gay em séries e filmes...

 

Já eu, acho que podiam apostar em novas vertentes com o tema das pessoas LGBTQIA+, como pessoas gays ou trans idosas e os dramas que as mesmas vivem, em vez de apostarem sempre em padrãozinhos. Mas a aposta em doenças como paralisia cerebral, sindrome down, autismo, etc, também poderiam enriquecer as novelas. 

[Diogo O.]

há 19 horas, Faded disse:

A representação LGBTQIA+ foi completamente esquecida no Churrasco das generalistas? 

O "Go woke, go broke" chegou à SIC e TVI? 

Tens muita representação LGBT n' O Clube e na Generala.  Na era Gabriela, tinhas em exagero... quase todas as novelas tinham um casal. Só tivemos uma na era Daniel e virou heterossexual. Mas sim, deveriam existir mais personagens trans nas novelas...

[Duarte com D]

há 1 hora, Diogo O. disse:

Tens muita representação LGBT n' O Clube e na Generala.  Na era Gabriela, tinhas em exagero... quase todas as novelas tinham um casal. Só tivemos uma na era Daniel e virou heterossexual. Mas sim, deveriam existir mais personagens trans nas novelas...

E é exagero porquê?

As novelas têm por norma 20 personagens regulares durante toda a trama, não ter nenhum gay quando muitas vezes têm núcleos/personagens que nem historias têm, e praticamente só servem para encher linguiça, acho escandaloso ter esses personagens e não ter gays e lésbicas.

Casal gay e/ou lésbica com um numero de personagens tão grande que existe por cada novela, deveria sim existir pelos menos um em todas elas.

há 17 horas, Robalinho disse:

nas questões LGBT a dificuldade é introduzirem personagens com esse universo mas que não estejam logo acopladas a dilemas ligados ao mesmo , como o sair do armario ou adopção ou sofrerem estigma... o que a ficção americana fez foi generalizar essa representação  e portanto agora passou a ser quase tão normal um casal hetero como um casal gay em séries e filmes...

Exato, acho que é isto que falta, haver personagens gays que tenham as suas próprias histórias e que sejam desconexas à sua orientação sexual, que sejam vilões (se bem que aqui em Portugal já não os sabem escrever), pessoas com vicio em álcool, uma doença ou outra trama que não tenha nada relacionado com o que disseste em cima.

As series já fizeram melhor nesse aspeto, agora o gay está a voltar a ser o melhor amigo Flamboyant da protagonista feminina, Riverdale, Zoey Extraordinary Playlist, Emily em Paris são alguns exemplos,  e mesmo series que não são assim, os personagens Gays acabam por andar lá a encher linguiça, How To Get Away with Murder e Elite são bons exemplos disso, os gays estão lá apenas como adereços.

E quando o gay é preto, já se sabe que será inútil durante toda a trama, só lá está para fazer dois checks na lista ao mesmo tempo, representatividade negra e LGBT, já se sabe que será inútil durante toda a historia.

há 1 hora, Faded disse:

Já eu, acho que podiam apostar em novas vertentes com o tema das pessoas LGBTQIA+, como pessoas gays ou trans idosas e os dramas que as mesmas vivem, em vez de apostarem sempre em padrãozinhos. Mas a aposta em doenças como paralisia cerebral, sindrome down, autismo, etc, também poderiam enriquecer as novelas. 

Já tentaram isso no Brasil por exemplo, com a novela Babilonia, e o país que vibrou com Felix e Niko, foi o mesmo que repudiou Fernanda Montenegro e Natalia Timberg num casal lésbico sénior. Casal idoso LGB nunca resulta pois muitas das pessoas que apoiam os gays na ficção são gays e meninas adolescentes, e fazem-no por conta dos ships e mais não sei quê, e isso só resulta nos padrãozinhos.

[Vitória]

O caminho é serem personagens normais, com histórias próprias que não se resumem à orientação sexual. 

Colocar um casal gay, uma personagem trans, etc, só por colocar, não é o caminho correto.