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Representatividade na Ficção


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há 1 minuto, Cláudio. disse:

O politicamente correto é o maior nojo do tempo em que vivemos, vergonhoso o facto de tudo ser alvo de polémica, eu sou gordo, sempre o fui toda a minha vida e a ri imenso com a cena da Inês qual é o problema daquela cena? Ah já sei, dar na TVI.

Antes fosse esse o problema, porque acredito que se desse noutro canal qualquer, também fosse alvo de polémica.

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E desculpem a franqueza, mas não gosto das comparações de homofobia/transfobia com gordofobia. Claro que as duas são nocivas, claro que são forma de bullying e afetam as crianças, mas ninguém morre por ser gordo. Não é ilegal ser gordo. Não dá prisão ser gordo. Até porque, em muitos casos, ser gordo é algo momentâneo: ser gay ou trans é para a vida.

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há 1 minuto, Cláudio. disse:

O politicamente correto é o maior nojo do tempo em que vivemos, vergonhoso o facto de tudo ser alvo de polémica, eu sou gordo, sempre o fui toda a minha vida e a ri imenso com a cena da Inês qual é o problema daquela cena? Ah já sei, dar na TVI.

Mas isso não invalida o sofrimento de outras pessoas em relação a esses assuntos. Eu próprio, toda a minha vida sofri e sofro ataques da minha família por causa do meu peso. Hoje não me afeta, mas no passado isso destruiu a minha autoestima. 

Mas pronto, não vale a pena tentar explicar às pessoas algo que elas nunca passaram ou já superaram. (não estou a falar de ti). Ajudar as pessoas e lutar por causas que visam a igualdade de direitos humanos virou "militância". E é mesmo. A militância é positiva. As pessoas é que distorceram totalmente o seu significado. O que as pessoas reproduzem por aí não é militância. De todo. 

agora mesmo, Dimitri disse:

Se for assim é melhor queimar as fitas do prédio do vasco, todas as classes sociais, grupos, etnias, comunidades são alvo de piadas no programa :ok: 

Outra época lol. 

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Nunca vi esta novela mas já li sobre esta "polémica", a única coisa que tenho a dizer é que a sociedade está muito sensível. Eu quando vejo programas mais antigos como o "Gato Fedorento" ou o Camilo ou mesmo o "Aqui Não Há Quem Viva", percebo que actualmente seriam impossíveis de se fazer. Basta lembrar um episódio do "Camilo o Pendura" em que supostamente o Camilo está doente e aparece um médico preto em casa...e o Camilo diz ao filho "não quero um médico preto"...e depois quando o médico se encontra com o Camilo, o Camilo diz "vai uma banana?". Se isto fosse feito agora o Camilo de Oliveira seria visto como racista e a sua imagem de grande comediante português seria totalmente mudada.

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há 1 minuto, VINTAGE disse:

Mas isso não invalida o sofrimento de outras pessoas em relação a esses assuntos. Eu próprio, toda a minha vida sofri e sofro ataques da minha família por causa do meu peso. Hoje não me afeta, mas no passado isso destruiu a minha autoestima. 

Mas pronto, não vale a pena tentar explicar às pessoas algo que elas nunca passaram ou já superaram. (não estou a falar de ti). Ajudar as pessoas e lutar por causas que visam a igualdade de direitos humanos virou "militância". E é mesmo. A militância é positiva. As pessoas é que distorceram totalmente o seu significado. O que as pessoas reproduzem por aí não é militância. De todo. 

A discussão é importante. A Carla tem todo o direito de se manifestar.

Não em tom agressivo e claramente despropositado. Não é assim que se muda mentalidades.

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há 12 minutos, Free Live disse:

E desculpem a franqueza, mas não gosto das comparações de homofobia/transfobia com gordofobia. Claro que as duas são nocivas, claro que são forma de bullying e afetam as crianças, mas ninguém morre por ser gordo. Não é ilegal ser gordo. Não dá prisão ser gordo. Até porque, em muitos casos, ser gordo é algo momentâneo: ser gay ou trans é para a vida.

Eu concordo que este drama em volta do comentário da Herédia é exagerado.

Mas ninguém morre por ser gordo? A obesidade está só associada com imensas comorbilidades, nomeadamente problemas cardíacos e cancro que são a principal causa de morte em Portugal. Mas eu entendo aquilo que queres dizer: Ninguém vai perseguir alguém gordo a ponto de matar. E, ser gordo é, infelizmente, quase sempre, algo não momentâneo.

E eu sou gay e sei exatamente o preconceito que sofri e a dificuldade que foi em aceitar-me. Mas não posso dizer que alguém gordo não sinta ou mesmo ou ainda pior. São situações diferentes, sim. Mas nada me diz que alguém gordo não tenha sofrido mais que eu. Ainda mais nos dias de hoje em que, felizmente, a homossexualidade é cada vez mais aceite, mas a pressão para teres a imagem perfeita é cada vez maior. Correndo o risco de estar eu a ser preconceituoso agora, mas se tu fores daqueles gays "masculinos" nem ninguém te diz nada. Se fores gordo é visível, mais facilmente és alvo de ataque por gente parva.

Editado por aprendeaescrev
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Compreendo as críticas, aceito que as façam, porque acredito que tenham existido pessoas ofendidas. 

Agora eu, pessoalmente, mesmo sendo contra qualquer tipo de comentário gordofóbico ou afins, achei piada e ri-me imenso com a cena e a postura da Herédia. 

Já aconteceu há uns meses a mesma história com a Pipoca, por causa de uma situação no seu stand up e ela foi arrasada por causa de uma piada. Tem de se levar as coisas mais naturalmente, embora dentro do aceitável, claro. 

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há 1 minuto, Free Live disse:

A discussão é importante. A Carla tem todo o direito de se manifestar.

Não em tom agressivo e claramente despropositado. Não é assim que se muda mentalidades.

Concordo totalmente. Eu defendo que não devemos querer mudar as coisas à força toda. Assim fica impossível de mudar alguma coisa. 

Mas fico fora de mim quando dizem que as lutas devem ser banalizadas, que hoje em dia não se pode dizer nada e que a militância é a maior inimiga dos tempos atuais. Ela não é. A outra coisa disfarçada de militância é que arruína qualquer possibilidade de evolução. Essas pessoas acham que os outros têm de nascer ensinados. 

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há 30 minutos, Pamsf998 disse:

Então vamos deixar que o preconceito nunca mais seja retratado na ficção porque ele existe na realidade e as pessoas ficam ofendidas com isso.
Já vi pessoas negras a serem chamados de pretos e gays a serem tratados como bichas e paneleiros em novelas e nunca houve tanto drama em torno disso...

Porque isso acontecia mais há uns anos, quando a homofobia e o racismo não eram tão problematizados.

há 30 minutos, Pamsf998 disse:

As pessoas na vida real até vão deixar de ser preconceituosas só porque não acontece na ficção.

Se a televisão alinhar no preconceito, está a ser conivente com ele e perde autoridade para o combater. 

há 30 minutos, Pamsf998 disse:

Eu pessoalmente prefiro que as coisas sejam retratadas de uma forma nua e crua e mostrem o outro lado que é, a vítima de preconceito, de forma a abrir os olhos às pessoas que praticam esse mesmo preconceito

Retratar o preconceito de forma educativa é diferente de o normalizar.

Editado por Buwayh
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Acho que alguns não entenderam que a televisão não tem a missão de ensinar ninguém, muito menos um projeto de ficção.

Pode fazê-lo, mas não o tem. Programas de entretenimento até concordo, agora ficção? Espero bem que não façam isso.

E fazê-lo num projeto de ficção não quer dizer que esteja alinhado com o preconceito, nem que a pretensão seja ser conivente com o mesmo.

A pretensão de um projeto de ficção é ser um projeto de ficção. Ficção.

Editado por VascoSantos
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há 42 minutos, Dimitri disse:

Se uma novela retratar a temática LGBT, podem desenvolver um ambiente onde não há preconceito, ou colocar personagens homofobicas,e  nao é por isso que a novela está a ser homofóbica, é criado essa personagem para mostrar algo que acontece, assim como a Nelinha que representa os preconceitos.

Quem reage com indiferença a discursos problemáticos é tão culpado como quem os reproduz. Muitas vezes os "neutros" unem-se aos agressores para culpabilizarem as vítimas por serem demasiado fracas para se defenderem ou para as acusarem de serem neuróticas quando se manifestam e propagam a positividade tóxica para as envergonharem e silenciarem. 

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há 1 minuto, Buwayh disse:

Quem reage com indiferença a discursos problemáticos é tão culpado como quem os reproduz. Muitas vezes os "neutros" unem-se aos agressores para culpabilizarem as vítimas por serem demasiado fracas para se defenderem ou para as acusarem de serem neuróticas quando se manifestam e propagam a positividade tóxica para as envergonharem e silenciarem. 

mas em nenhuma novela portuguesa houve algum comportamento discriminatório que não fosse recriminado por outra personagem ou a personagem castigada mais tarde...

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há 6 minutos, EFMR disse:

Vão ao insta da Maria João Costa. Ela defende a Herédia e os autores de FeF e descrebiliza a Carla dizendo que ela alterou os textos de AD+ e a mensagem que a MJC queria passar não foi passada ..choquei

A mesma que se fartou de normalizar a homofobia e o machismo em Amar Demais. Não estou surpreendido. 

agora mesmo, Dimitri disse:

mas em nenhuma novela portuguesa houve algum comportamento discriminatório que não fosse recriminado por outra personagem ou a personagem castigada mais tarde...

LOOOL! Quantas novelas portuguesas viste?

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há 1 minuto, Buwayh disse:

A mesma que se fartou de normalizar a homofobia e o machismo em Amar Demais. Não estou surpreendido. 

Ela já deu a entender muitas vezes, até na própria novela através dos diálogos, que é daquelas que perpetua a frase "já não se pode dizer nada". Não me surpreende. 

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há 9 minutos, EFMR disse:

Vão ao insta da Maria João Costa. Ela defende a Herédia e os autores de FeF e descrebiliza a Carla dizendo que ela alterou os textos de AD+ e a mensagem que a MJC queria passar não foi passada ..choquei

Acho desnecessário vir armar polémica com uma atriz do seu elenco. Se a Carla mudava os seus textos, pelo menos quer dizer que é coerente, porque é o que diz na sua resposta.

De qualquer forma, já vi situações nas novelas da MJC bem piores do que este comentário sobre gordos...

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há 5 minutos, VINTAGE disse:

Ela já deu a entender muitas vezes, até na própria novela através dos diálogos, que é daquelas que perpetua a frase "já não se pode dizer nada". Não me surpreende. 

Retratou a transsexualidade em Ouro Verde (cuja personagem, por acaso, matou :mico:) de uma forma tão positiva e agora normaliza comportamentos problemáticos. Não se percebe. 

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Isso é zero comparado com o casal lésbico de Valor da Vida. Mulher A bate na Mulher B. Separam-se. Mulher A junta-se com mulher C e sofre violência doméstica. Mulher A redime-se e Mulher B volta para ela. Faz algum sentido? Foi um desserviço terrível.

Já nem valo das violações masculinas, que foram utilizadas em tom de humor. Ou do vilão que foi castrado pela enteada, salvo erro, com quem até andou enrolado. Um show de horrores.

Editado por Free Live
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