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Línguas/Idiomas


Ambrósio

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há 9 horas, Televisão 10 disse:

Ver Sankt Maik inspirou-te a aprender alemão? :mosking:

Tal como já escrevi no tópico das séries da RTP2, eu era para me ter inscrito num curso intensivo de alemão em setembro, mas não o fiz, porque já me tinha enfiado numa pós de medicina desportiva. É uma língua que quero aprender já há algum tempo e espero que consiga então enfiar no tal curso intensivo este ano.

Mas, sim, "Sankt Maik" inspira muito. :mosking: Ontem, vi o episódio 4 e aprendi a falar "Eu não sei". :mosking: (Ich weiss es nicht --> a minha mãe explicou-me que o "es" é um artigo, logo na verdade o Maik falou "Eu não o sei")

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  • 1 mês depois...
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Em Itália, existe uma expressão que significa "finge-te português" ou traduzido à letra "faz-te de português". É usada no contexto de uma pessoa tentar conseguir algo sem pagar.

Existem várias explicações para a origem da expressão, sendo a primeira a mais aceite, se não me engano:

Uma hipótese é que a expressão se refira a um acontecimento histórico ocorrido em Roma no século XVIII, quando o embaixador de Portugal junto ao Estado Pontifício convidou os portugueses residentes em Roma para assistirem gratuitamente a uma representação teatral no Teatro Argentina; não havia necessidade de convite formal, pois bastava declarar a nacionalidade. Muitos residentes e não residentes, no entanto, tentaram aproveitar a oportunidade fingindo ser portugueses, daí o aviso "não seja português" para alertar qualquer pessoa de fazer truques ou enganos para poder utilizar um serviço sem ter o título. A história, relatada por muitos dicionários, é também contada num livro português, O Barco Pescarejo, de José Coutinhas.

Outra hipótese é que o rei de Portugal tenha obtido do papa isenção do dever de entrar em Roma para os portugueses, após a doação do ouro usado para decorar a igreja de caixotões de Santa Maria Maggiore.

Outra hipótese é que a origem da expressão se encontra no texto Cancioneiro Geral de Almeida Garrett, um compêndio de contos folclóricos em que a prática de alguns habitantes rurais de se convidarem para festas galantes é descrita em tom humorístico.

 

Fonte: https://it.wikipedia.org/wiki/Fare_il_portoghese

 

Editado por srcbica
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  • 6 meses depois...
  • 3 meses depois...
agora mesmo, JDaman disse:

Vai eventualmente acontecer o mesmo com o nosso "pára", que com o Aborto Ortográfico passou para "para".

Tomara que sim. Bem sei que a acentuação depende do contexto, mas, por exemplo, em legendagem, torna-se difícil distinguir.

Aliás, várias alterações deveriam ser feitas ao Acordo Ortográfico. Não sou totalmente contra, mas acho que houve alterações sem qualquer lógica, nomeadamente cor-de-rosa escrever-se com hífen e cor de laranja já não.

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há 1 hora, Televisão 10 disse:

Tomara que sim. Bem sei que a acentuação depende do contexto, mas, por exemplo, em legendagem, torna-se difícil distinguir.

Aliás, várias alterações deveriam ser feitas ao Acordo Ortográfico. Não sou totalmente contra, mas acho que houve alterações sem qualquer lógica, nomeadamente cor-de-rosa escrever-se com hífen e cor de laranja já não.

Quando olho para o AO às vezes pergunto-me se aquilo foi mesmo obra de académicos ou se foi obra de algum tipo com demasiado tempo livre e sem qualquer tipo de formação académica em Linguística e que fez aquilo porque "lol posso".

Aliás, querer uniformizar a escrita de uma língua entre várias variantes já é por si um passo pateta demais, principalmente se tivermos em conta que o AO não ajudou em rigorosamente nada na projecção do Português como língua de instituições internacionais, como nos tentaram vender.

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  • 4 semanas depois...
há 3 horas, Dimitri disse:

Eu percebo bem o do Chile, realmente para mim o mais difícil é mesmo o de Espanha

Por incrível que pareça, infelizmente o sotaque de referência para ensino do espanhol no Brasil é o da Espanha. Quando eu soube disto, eu fiquei chocado. Até porque a referência que tínhamos do espanhol era dos nossos vizinhos. Tive de me esforçar para suprimir a influência espanhola e sua língua presa. Na minha percepção, o sotaque mais fácil, mais suave e mais inteligível é o peruano. Os terríveis são o andaluz, o chileno, o cubano e o dominicano. Particularmente, eu não acho que o argentino seja dificil de entender, só que o sotaque deles é muito "italiano" e um tanto "exagerado". Aliás, o chileno é tão difícil que outros países hispano-americanos dobram as novelas de lá.
 


 

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  • 2 semanas depois...

https://expresso.pt/opiniao/2023-07-20-O-portugues-de-Portugal-esta-em-risco--91c0daeb

Se o português falado no Brasil absorve, enriquecendo-se, o falado em Portugal segrega, murchando-se. O professor de português do meu filho no colégio renomado de Lisboa dizia-lhe que ele tinha de aprender o português “correto”. A secretária estrangeira de uma multinacional confessou-me que prefere falar inglês porque os chefes portugueses não gostam que ela fale ao telefone em português com sotaque. Espalmamos o português para se tornar mais nosso. E assim a língua vai-se isolando e envelhecendo. As minhas sobrinhas moleques usam as mesmas gírias que eu usava em Castelo Branco há 30 anos. A nossa necessidade de proteger a pureza da língua portuguesa não é meramente de ordem linguística. Até porque os linguistas sabem que a língua é viva e os dicionários estão permanentemente desatualizados. É sobretudo uma questão de poder. Protegemos a língua como uma mãe sufocante. Por isso, para que o idioma português preserve a sua relevância tem de deixar de ser antepassista, litúrgico e estático, tal como um dia foi o Latim Clássico.

 

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34 minutes ago, Dimitri said:

https://expresso.pt/opiniao/2023-07-20-O-portugues-de-Portugal-esta-em-risco--91c0daeb

Se o português falado no Brasil absorve, enriquecendo-se, o falado em Portugal segrega, murchando-se. O professor de português do meu filho no colégio renomado de Lisboa dizia-lhe que ele tinha de aprender o português “correto”. A secretária estrangeira de uma multinacional confessou-me que prefere falar inglês porque os chefes portugueses não gostam que ela fale ao telefone em português com sotaque. Espalmamos o português para se tornar mais nosso. E assim a língua vai-se isolando e envelhecendo. As minhas sobrinhas moleques usam as mesmas gírias que eu usava em Castelo Branco há 30 anos. A nossa necessidade de proteger a pureza da língua portuguesa não é meramente de ordem linguística. Até porque os linguistas sabem que a língua é viva e os dicionários estão permanentemente desatualizados. É sobretudo uma questão de poder. Protegemos a língua como uma mãe sufocante. Por isso, para que o idioma português preserve a sua relevância tem de deixar de ser antepassista, litúrgico e estático, tal como um dia foi o Latim Clássico.

 

Eu percebo o ponto mas não concordo de todo. Não é verdade que não haja a adoção de novas expressões e palavras em Portugal, aliás pelo contrário e o uso de anglicismos por uma grande parte das gerações < 40 anos está aí para o provar. Assim como vários termos e expressões entraram no léxico português por via de quantos vieram dos PALOPs para Portugal. Além disso, o facto de os portugueses na generalidade conhecerem muitas expressões e palavras Brasileiras mostra que não vivem em isolamento.

Contudo, o mundo empresarial, assim como o académico, são tradicionalmente mais conservadores e essa questão PT-PT vs PT-BR é semelhante ao que se passou/passa noutros países. Por exemplo, durante muito tempo havia no Reino Unido o foco e até a imposição, nomeadamente no meio escolar, para falar e escrever "proper English", ou seja pretendia deixar de fora termos e sotaques de outros territórios de língua inglesa e até de outras regiões do Reino Unido que não seguissem o Inglês padrão, algo que foi entretanto mais ou menos ultrapassado.

A questão com o Português do Brasil é semelhante, a que se junta para algumas pessoas uma certa ideia de o português de Portugal ser o correto, superior e até um certo nacionalismo e noção de identidade. Isto quando não é usado simplesmente como uma forma dissimulada de xenofobia.

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há 8 horas, zent disse:

A questão com o Português do Brasil é semelhante, a que se junta para algumas pessoas uma certa ideia de o português de Portugal ser o correto, superior e até um certo nacionalismo e noção de identidade. Isto quando não é usado simplesmente como uma forma dissimulada de xenofobia.

E no caso do português de Portugal é ainda mais "grave"... O facto de (quase) tudo estar baseado em Lisboa acaba por vários jovens por falar um dialeto mais próximo do lisboeta.

Ainda assim no Brasil, no caso na televisão, nos programas apresentados em rede (acho que nos telejornais) os jornalistas são tentados a falar num sotaque neutro, ou seja, sem influencias dos sotaques falados no Rio de Janeiro ou São Paulo, por exemplo.

 

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On 10/07/2023 at 01:15, PierreDumont disse:

Por incrível que pareça, infelizmente o sotaque de referência para ensino do espanhol no Brasil é o da Espanha. Quando eu soube disto, eu fiquei chocado. Até porque a referência que tínhamos do espanhol era dos nossos vizinhos. Tive de me esforçar para suprimir a influência espanhola e sua língua presa. Na minha percepção, o sotaque mais fácil, mais suave e mais inteligível é o peruano. Os terríveis são o andaluz, o chileno, o cubano e o dominicano. Particularmente, eu não acho que o argentino seja dificil de entender, só que o sotaque deles é muito "italiano" e um tanto "exagerado". Aliás, o chileno é tão difícil que outros países hispano-americanos dobram as novelas de lá.
 


 

Uma vez vi Metegol (Matraquilhos) no Canal 6 da Nicarágua, descarregaram um torrent em "neutro". Como acho que o sotaque de Buenos Aires é um saco de pancada para toda uma região, tiveram que fazer uma redobragem para o resto.

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há 22 horas, Dimitri disse:

https://expresso.pt/opiniao/2023-07-20-O-portugues-de-Portugal-esta-em-risco--91c0daeb

Se o português falado no Brasil absorve, enriquecendo-se, o falado em Portugal segrega, murchando-se. O professor de português do meu filho no colégio renomado de Lisboa dizia-lhe que ele tinha de aprender o português “correto”. A secretária estrangeira de uma multinacional confessou-me que prefere falar inglês porque os chefes portugueses não gostam que ela fale ao telefone em português com sotaque. Espalmamos o português para se tornar mais nosso. E assim a língua vai-se isolando e envelhecendo. As minhas sobrinhas moleques usam as mesmas gírias que eu usava em Castelo Branco há 30 anos. A nossa necessidade de proteger a pureza da língua portuguesa não é meramente de ordem linguística. Até porque os linguistas sabem que a língua é viva e os dicionários estão permanentemente desatualizados. É sobretudo uma questão de poder. Protegemos a língua como uma mãe sufocante. Por isso, para que o idioma português preserve a sua relevância tem de deixar de ser antepassista, litúrgico e estático, tal como um dia foi o Latim Clássico.

 

Historicamente, o PT-BR sempre foi muito mais flexível que o seu comparte europeu ao agregar várias vocábulos e expressões oriundas dos idiomas indígenas e africanos. Estima-se que, pelo menos, 10 mil vocábulos são originários da língua tupi e 1,5 mil dos idiomas africanos. Além de influências na estrutura gramatical, semântica e fonética, conforme o texto informa. Já existem especialistas, como Eni Orlandi e Marcos Bagno, que defendem a ideia de que tamanho é o distanciamento que o PT-BR já poderia ser considerado um idioma separado do PT-PT como ocorreu com o Urdu e o Africâner no século XX. Outros dizem que o PT-BR seria uma forma de "língua crioula" que ainda não se apartou completamente da estrutura original.

há 21 horas, zent disse:

A questão com o Português do Brasil é semelhante, a que se junta para algumas pessoas uma certa ideia de o português de Portugal ser o correto, superior e até um certo nacionalismo e noção de identidade. Isto quando não é usado simplesmente como uma forma dissimulada de xenofobia.

O PT-PT evoluiu e ainda evolui em uma linha que, naturalmente, se distancia do PT-BR. Ainda não sabemos o impacto real desta questão da imigração massiva de brasileiros em Portugal. Mas, com certeza, não será desprezível. Vide o caso da Islândia, que está sofrendo um acelerado processo de substituição idiomática [o islandês está sendo substituído pelo inglês]. 

há 13 horas, TV1_22 disse:

Ainda assim no Brasil, no caso na televisão, nos programas apresentados em rede (acho que nos telejornais) os jornalistas são tentados a falar num sotaque neutro, ou seja, sem influencias dos sotaques falados no Rio de Janeiro ou São Paulo, por exemplo.

Não são tentados e sim obrigados a falar em uma variante artificial do sotaque carioca criado por uma fonoaudióloga chamada Glorinha Buentimiller. Os falares regionais, embora persistam bem mais que Portugal, estão cada vez mais suavizados.

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On 25/07/2023 at 01:15, TV1_22 disse:

E no caso do português de Portugal é ainda mais "grave"... O facto de (quase) tudo estar baseado em Lisboa acaba por vários jovens por falar um dialeto mais próximo do lisboeta.

Ainda assim no Brasil, no caso na televisão, nos programas apresentados em rede (acho que nos telejornais) os jornalistas são tentados a falar num sotaque neutro, ou seja, sem influencias dos sotaques falados no Rio de Janeiro ou São Paulo, por exemplo.

 

Dialecto, não, mas sim sotaque. A variedade dialectal do português está praticamente morta há anos e sobram apenas o uso de expressões regionais e sotaques.

Aliás, mesmo a questão dos sotaques é alvo de ataque de pessoas que sempre foram ensinadas a odiarem-se a si mesmas. Desde crianças que muito cedo levam na cabeça porque a fonologia do seu "português" não é a correcta, quando isso é um absurdo. E tudo isto começa nas pequenas coisas, como as dobragens dos desenhos animados ou até mesmo a lidar com questões geográficas (experimentem dizer a um aveirense que ele é do Norte que vão adorar a reacção dele).

Editado por JDaman
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  • 2 semanas depois...

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