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Festival Eurovisão da Canção 2019


Colorida

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Portugal arrebatou o Barbara Dex Award 2019

Então desde 1997 que o site songfestival.be premeia o mau gosto presente em cada Festival Eurovisão da Canção.

Com este espírito os cerca de 4 mil votantes expressaram-se maioritariamente pelo outfit de Conan Osíris e seu bailarino.  No Top5 do mau gosto, segundo os votantes do referido site estão os seguintes países:
1º Portugal – Conan Osíris
2º Chipre – Tamta
3º Bielorrússia – Zena 
4º Bélgica – Eliot
5º Macedónia do Norte – Tamara Todevska

https://festivaiscancao.wordpress.com/2019/05/26/portugal-arrebatou-o-barbara-dex-award-2019/

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há 11 horas, AGUI disse:

Os júris são essenciais. Júri e televoto acabam por anular os erros uns dos outros. Era o que mais faltava ter uma Noruega ou uma Macedónia a ganhar este ano. Juntos deram-nos uma extraordinária Holanda. Simplesmente alguns dos métodos de pontuação têm de ser revistos. E países menores, sem júri, acabariam por ser totalmente ofuscados, o que desencadearia o desinteresse de vários canais participantes. 

Aparte: Aquele Dima Bilan não merecia ter vencido nem a corrida dos espermatozóides na barriga da sua mãe. q

Acho que este ano vocês estão todos muito gratos ao júri porque no compto geral este permitiu a vitória da Holanda, mas dizer coisas como "Era o que mais faltava ter uma Noruega (...) a ganhar este ano." quando milhões de pessoas (de várias zonas geográficas) votaram naquela canção é bastante presunçoso! E dizer que "países menores, sem júri, acabariam por ser totalmente ofuscados..." também me parece ser incorrecto uma vez que já se viu que as pessoas conseguem ter muito menos pudor em votar nas canções independentemente do país que elas representem! Como já disse, este ano até tenho de agradecer aos júris por terem permitido à minha preferida chegar ao top 10, mas num caso em que estivéssemos, por exemplo, num duelo Macedónia vs Noruega eu nunca conseguiria apoiar a vitória da Macedónia pois tinha sido a Noruega a conseguir o apoio do público em geral! Este é um espectáculo feito para o público e chamar ao voto do público um erro quando ele não coincide com o nosso favorito é algo que eu não consigo fazer, mesmo que não o perceba muito bem (como o caso da Noruega este ano, que realmente vejo como uma música capaz de ter sucesso nos círculos eurovisivos mas que nunca imaginei a ter sucesso junto do público comum). Mas o que eu posso dizer é parabéns à Noruega por terem conquistado o voto do público! Parabéns aos Il Volo em 2015 e parabéns ao Sergey em 2016 e a todos que venceram junto do público mas que não conseguiram a vitória geral, pois num desfile de 26 canções conseguiram captar a atenção de milhões! E eu não posso ser presunçosa e chamar a isso um erro!

Nem vou comentar esse aparte do Dima Bilan.

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Em Portugal, os jurados premeiam o que é cultural e artístico, mas muitos jurados pela Europa são de gravadoras discográficas ou da rádio e premeiam aquilo que acreditam que teria sucesso e com quem assinariam contrato se aparecessem lá para ter um disco. São lógicas diferentes e acho que são ambas aceitáveis.

Acho que devia haver mais jurados por país e devia estar definido que X são de discográficas, X compositores, X produtores de espetáculos, X músicos, etc, para que o júri seja mais heterogéneo e prestigiante. Mas, mesmo assim, acho que o peso do júri devia diminuir para 40%, para que o público sinta mais que o seu voto conta.

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há 57 minutos, Colorida disse:

Em Portugal, os jurados premeiam o que é cultural e artístico, mas muitos jurados pela Europa são de gravadoras discográficas ou da rádio e premeiam aquilo que acreditam que teria sucesso e com quem assinariam contrato se aparecessem lá para ter um disco. São lógicas diferentes e acho que são ambas aceitáveis.

Acho que devia haver mais jurados por país e devia estar definido que X são de discográficas, X compositores, X produtores de espetáculos, X músicos, etc, para que o júri seja mais heterogéneo e prestigiante. Mas, mesmo assim, acho que o peso do júri devia diminuir para 40%, para que o público sinta mais que o seu voto conta.

Acho sinceramente e sem patriotismos que os jurados portugueses em 2018 e 2019 até não foram dos piores.

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há 2 horas, AGUI disse:

Eu vou dar um exemplo extremista: imaginemos que Say Na Na Na era a favorita do público e, numa utopia em que não existia júri, ganhava San Marino. Primeiro, era perigoso simplesmente porque, sendo uma canção vista como "troll" e com qualidade inferior a metade das outras propostas (e aqui admitindo a qualidade como sendo um fator pouco subjetivo), além afetar a credibilidade do concurso, criaria um descontentamento de parte dos países e um aumento da vontade em não participar (exemplo parecido ao que aconteceu em 1969, em que ganharam 4 países). Segundo, devido a essa vitória para a "música preguiçosa, fácil, sem qualidade musical ou vocal, etc", levaria a uma segunda falta de vontade dos países e dos artistas em arriscar, em trazer música mais trabalhada ou cultural. O júri existe para fazer esse equilíbrio. Assim como para corrigir os votos por bloco que o televoto claramente faz (este sim é um aspeto que quase nunca foi cumprido e tem que ser alertado), porque os 5 pontos do televoto de Portugal a Espanha em 2017 não me digam que foi porque o público português achou que fosse das melhores canções e com mais qualidade das 26. Não digo que os votos do televoto sejam um erro, mas, para a credibilidade e durabilidade do concurso, existindo maneira de "corrigir"/"equilibrar", não vejo razão para dispensar. É o mesmo em concursos como Fator X, Ídolos ou The Voice. É necessário existir um júri para analisar e recompensar a parte musical. O público também sabe reconhecer a qualidade, mas existe parte dele que só vota nas caras bonitas.

Mas para quê invocar o caos dos 4 vencedores em 1969 para defender a existência de júris? Nesse ano havia não havia televoto. Foi o júri que deu a vitória a quatro países! Estás a dar o exemplo da Say Na Na Na, mas temos o exemplo real de 2007 com a "Dancing Lasha Tumbai" (essa sim, era uma canção verdadeiramente "troll" e não uma canção divertida cantada pelo tio Serhat num num bar de karaoke quando já está com os copos) e que com 100% televoto não conseguiu bater a "Molitva". Mas pronto, mesmo que a "Dancing Lasha Tumbai" tivesse vencido, como é que isso levaria a uma falta de vontade de arriscar? Pelo contrário! Provavelmente até faria mais concorrentes arriscarem livremente com as suas ideias mais loucas! O júri existe para corrigir os votos por bloco que o televoto faz claramente? *Os júris da Grécia e Chipre (entre outros) entram no chat*. Por outro lado, no caso que referes de Espanha 2017, se houvesse assim tanta lealdade do público em relação ao seu bloco, o Manel tinha tido 12 de Portugal! Mas não teve! Apesar do "gallo" que ele nos ofereceu, a canção remetia-nos para o ambiente de praia e consigo totalmente imaginar alguém português a votar naquilo por querer (não apenas por ser do país vizinho). Nem vou continuar com isto! Ou o júri é composto por pessoas que realmente percebem de música ou para continuar nos moldes actuais não vale a pena!

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há 13 minutos, RPSG disse:

Mais uma cagada nas votações e mais um potencial semifinalista trocado...

O Jon Ola Sand que vá até ao Vaticano de joelhos acender muitas velhinhas e rezar. Meu Deus. Que a Holanda nos salve disto. Pelo menos enganaram-se para o lado do bem e não deixaram que aquele mico da Lituânia pusesse os pés naquela arena no sábado. 

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há 18 horas, AGUI disse:

O Jon Ola Sand que vá até ao Vaticano de joelhos acender muitas velhinhas e rezar. Meu Deus. Que a Holanda nos salve disto. Pelo menos enganaram-se para o lado do bem e não deixaram que aquele mico da Lituânia pusesse os pés naquela arena no sábado. 

Enganaram-se para o lado do bem? Amore, sem esse erro a Lituânia passava em vez da Dinamarca e nós não iríamos ouvir aquele aborto novamente na final. :cryhappy: 

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há 29 minutos, Gabriel disse:

Enganaram-se para o lado do bem? Amore, sem esse erro a Lituânia passava em vez da Dinamarca e nós não iríamos ouvir aquele aborto novamente na final. :cryhappy: 

A Dinamarca até pode ser aborto, mas a Lituânia nem a espermatozóide chegou :cryhappy: E morto com a cadelinha do Hugo a tentar escorar-se em si para finalmente poder admitir sem culpas que sempre adorou aquele mico genérico da Lituânia :cryhappy:

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há 2 minutos, AGUI disse:

A Dinamarca até pode ser aborto, mas a Lituânia nem a espermatozóide chegou :cryhappy: E morto com a cadelinha do Hugo a tentar escorar-se em si para finalmente poder admitir sem culpas que sempre adorou aquele mico genérico da Lituânia :cryhappy:

A música da Lituânia pode ser genérica, mas a da Dinamarca nem música chega a ser. Por isso entre uma e outra, venha aquela que pelo menos dá para ouvir. :cryhappy: 

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agora mesmo, Gabriel disse:

A música da Lituânia pode ser genérica, mas a da Dinamarca nem música chega a ser. Por isso entre uma e outra, venha aquela que pelo menos dá para ouvir. :cryhappy: 

Amore, love is forever and for everyone. Largue preconceitos e deixe-se invadir pelo amor. Leões não existem nem na Lituânia e nem aqui, só mascotes robotizadas no zoo, mas amor há em cada esquina. É aquele ditado: "and who are we to judge?".

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há 31 minutos, AGUI disse:

Amore, love is forever and for everyone. Largue preconceitos e deixe-se invadir pelo amor. Leões não existem nem na Lituânia e nem aqui, só mascotes robotizadas no zoo, mas amor há em cada esquina. É aquele ditado: "and who are we to judge?".

Prefiro dar walking out do mico que seria defender a Dinamarca e chamar aquilo de música. :cryhappy: 

 

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On 05/06/2019 at 23:37, AGUI disse:

De vítima da Ucrânia a possuída pela arrogância. E morre uma lenda :cryhappy:

 

Hi, Maruv, welcome to Tel Aviv, the city where Duncan won.

:cryhappy: 

A arrogância, misturado com alguma falta de bom-senso... Realmente, a Maruv conseguiu bem interpretar um papel, mas a máscara caiu. Felizmente, Jamala permancerá sempre como uma das melhores vencedoras da Eurovisão real e sempre honrará o seu país e a sua tão amada Crimeia, enquanto o suposto top3 da Maruv (improvável, porque os jurados iam odiar isto, não estou a imaginar os nossos do music is feeling a darem mais do que um 15 a isto :cryhappy:) nunca se concretizará. 

Mas amamos um país com mais divas e dramas por metro quadrado. :cryhappy: Coitado do Jon Ola Sand, para o ano não admirava nada que os jurados votassem todos ao contrário e prejudicassem todos a Ucrânia. :cryhappy: 

há 8 horas, AGUI disse:

Gente, e a Grécia que foi o país menos votado pelo televoto português? Como assim o mesmo televoto atribui 12 pontos ao Conan no FdC e o 23º lugar à pérola grega?

Por acaso, foi o Reino Unido (quem se ia lembrar daquele stage copiado do Montenegro?), mas a Grécia ficou injustiçadamente em 25º lugar de 26. Foi depois dos Países Baixos, muita gente deve ter ficado emocionada e tocada com aquela atuação, que nem sequer esteve atenta. :cryhappy: 

Vamos lá com esta desculpa, que assim sempre é melhor do que evidenciar o óbvio de um país que dá 12 à Estónia e a Espanha (mas aqui é vira o disco e toca o mesmo quase todos os anos). E estou a gozar, cada um vota no que quer, que fique claro. :mosking: 

Editado por Ana Maria Peres
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Estou muito atrasada. Sei bem disso, mas eu tenho andado bastante ocupada, principalmente em termos profissionais. Assim sendo, decidi hoje apresentar o meu comentário mais elaborado da Grande Final da Eurovisão 2019. Já passou praticamente um mês desde que Tel Aviv foi palco de um dos espetáculos dos quais sou mais fã. Quase passou 30 dias desde que Duncan Laurence conseguiu trazer o troféu para os Países Baixos. Esta reflexão para dizer que o tempo tem passado muito rápido. :mosking: Voltando ao tema que me trouxe aqui, vou comentar um pouco de tudo, mas vou centrar-me nos resultados. 

Começando pela introdução, gostei muito da maneira como apresentaram os artistas. Achei a ideia do avião muito engenhosa e a introdução foi assim a um nível fantástico. Adorei imenso a maneira como desenvolveram a ideia e sempre foi mais criativa que o ano passado (nós tivemos muitas coisas melhores que Israel, mas nos interval acts há que dizer que eles nos humilharam). O espetáculo foi-se desenvolvendo e depois de 4 horas lá tivemos um vencedor. Destaco a enorme duração do espetáculo: para mim, quanto mais tempo melhor, no entanto, para quem não vê o ESC com o fanatismo que eu vejo talvez tenha sido demasiado. E tudo por causa da Madonna, uma atuação que vocalmente foi péssima, mas que visualmente foi incrível - tenho de adjetivar como fantástica a maneira como ela nos colocou noutro mundo. Em contrapartida, a voz esteve péssima e, ainda para mais, aquela última música nova que ela cantou é assim terrível. 

No final de tanto tempo, os Países Baixos foram os grandes ganhadores. Merecidamente. Era a minha favorita desde do dia que saiu. A subtileza, a magia, a emoção, a fragilidade, a autenticidade... Tudo ali foi bem explorado e resultou maravilhosamente. Em termos cénicos, talvez trocaria por um piano maior, contudo, foi a melhor atuação da noite, sem dúvida. Um pacote absolutamente delicioso. Não ganhou nenhuma das parcelas dos votos, no entanto, ficou muito perto disso - continua, na mesma, a ser uma vitória incrível! :D Além disso, ganharam os Países Baixos: não sei quanto a vocês, mas eles assustavam-me no ESC nos anos anteriores: era índios, era uma fábrica de chocolate, era tudo horrível. A Holanda desiludia-me imenso no tocante ao ESC e a saga dos 8 anos sem ir à Final - à exceção de um ou outra -, foi justíssima. Mandavam coisas completamente insossas e tenebrosas. Felizmente, a Anouk mudou percepções e conseguiu fazer com que o seu país - 6 anos depois -, conseguisse vencer. É deste tipo de empurrão que o Reino Unido, Espanha ou a Irlanda precisam. Porque um país da Europa Ocidental pode ganhar e ter sucesso. 

Aliás, o segundo classificado também não veio de muito longe: os italianos conseguiram novamente entrar no top5. Eu digo mais: Itália é o símbolo da contemporaneidade e da autenticidade na Eurovisão. Não há ninguém que consiga dominar tão bem como eles o ESC, muito por culpa daquela final nacional maravilhosa que realizam todos os anos. Soldi ganhou imenso ao vivo (especialmente por causa do Mahmood, porque em termos de cenografia... Podia ter sido melhor) e convenceu-me imenso, aliás, sempre apoiei esta música e considero que este é o rumo pelo qual os países têm de ingressar: canções modernas, que podiam passar em qualquer rádio e não descartes de suecos. E mais um mito cai por terra: os Big5 podem triunfar na Eurovisão. Se um dia Roma vencer, substituirá a Suécia como maior potência eurovisiva. 

Infelizmente, não concordei nada com o terceiro lugar. Se esperava? Sim. Nas minhas apostas, pensei que ficasse em quarto, portanto, não me enganei por muito (a Suíça também esteve a uns míseros pontos do Sergey). Se mereceu? Não. Uma canção boa, mas desfasada daquilo que se faz hoje em dia em termos musicais. Um palco de encher um olho, mas que soava artificial. Teve muitos pontos dos vizinhos e, pronto, fabricou-se esta posição, imerecida, por sinal.

O quarto, por outra parte, foi muito bem entregue. A Suíça esteve espetacular. A Confederação Helvética apostou forte, pela primeira vez desde há muito tempo: uma canção orelhuda, um cantor carismática, um palco fantástico (melhor cenografia! Incrível!) e lá está: não importa a cor da bandeira. Claro que se fosse Moscovo, provavelmente teria tido mais 100 pontos no televoto; ainda assim, é sempre bom ver uma nação marginalizada nas votações a alcançar tamanhos lugares. Para o ano, é para continuar, não é, Suíça? :cryhappy: Mas leva uma coisa mais tua. 

Quanto ao quinto lugar, também considero que tenha sido justo. Eu adoro Too Late for Love, acho o John um performer maravilhoso e o coro é uma delícia. Mas se merecia ganhar? Não. Porque os Países Baixos e Itália trouxeram algo com substância. Algo que enche a alma, que vem das entranhas. Já os suecos pecam por ser artificiais. Às vezes, resulta, no entanto, neste caso não. Esta música precisava de mais paixão - mesmo em palco -, o que não se coaduna muito com a maneira de fazer as coisas lá na Suécia. Mesmo assim, caracterizo tudo como brutal e prefiro muitíssimo mais ver Estocolmo em quinto do que Oslo. 

Indo do sexto ao décimo, vamos lá começar a surpresa do ano: os Keiino a vencer o televoto. Sempre pensei que fossem fazer top 5 junto ao televoto (sempre os comparei com a Dinamarca 2018, se bem que Spirit in The Sky esteja a anos-luz) e sempre previ que os jurados os fossem chacinar. Porém, ganhar o televoto? Nunca, se me dissessem isso, rir-me-ia. Gosto da música, acho-a divertida, a voz da Alexandra é uma preciosidade, só não aprecio o joik. Ressalvo, contudo, que é este canto tradicional que a torna distinta e memorável. Sem ela, provavelmente não teria tido metade do sucesso. E isto é uma prova de que a Noruega, se quiser, facilmente vencerá na década de 20. O sétimo lugar foi algo completamente inesperado, todavia, justíssimo. Eu nunca apreciei muito a cantiga macedónia, principalmente inicialmente: foi-me conquistando com o tempo e com o passar do tempo, percebi a mensagem. Mas quanto a vi na semifinal, aí é que entendi mesmo o que a Tamara quis interpretar. Deixou completamente a sua alma e o seu coração em palco. Tudo ali era real. Era palpável. Um momento de partilha fenomenal, que levou a também menosprezada Macedónia do Norte ter o seu melhor de sempre. Ainda que em studio prefira Dance Alone ou Lost and Found, quando as comparo em palco... Proud reluz. O oitavo lugar está mais ou menos conforme. Truth é um bop, é uma canção excelentemente bem produzida, que pode passar em qualquer rádio em qualquer parte do mundo. Dou-lhe os parabéns por isso, mas não gostei do palco: não percebi a simbologia por detrás. O azeri só brilhou na bridge, porque, de resto, foi backing vocalists ft. Chingiz. Ainda assim, foi uma boa proposta, mas Skeletons, por exemplo, era melhor. Destaco ainda a azia que deitou sobre os resultados: foi de muito mau tom! Relativamente ao nono lugar, a Kate conseguiu-o pela cenografia excelente e um palco absolutamente fora de nível. A música, per se, não o merecia: é demasiado excêntrica e não tem estrutura, se bem que eu até goste. No entanto, não é um desafio, não é nada que se consiga destacar.  A sua posição acabou por estar de acordo com o pacote em geral: nunca me acreditei na vitória australiana e pressenti sempre que os jurados não se ia deitar por isto. Juntamente ao facto de estarmos a falar da Austrália, que em termos de televoto é sempre medíocre, até que nem esteve nada mal. Termino este parágrafo longo, com o décimo lugar dos Hatari. E mais um que considerei absolutamente legítimo - o vocalista esteve mal na Final. No entanto, é um risco, é uma canção vanguardista, que sem dúvida mereceu ficar numa posição tão avantajada. Precisamos de estas coisas diferentes, de outros estilos, no ESC e Hatrid Mun Sigra materializa esta tendência. Destacarei ainda a mostra das bandeiras palestinianas: muito mau tom. Eu sei bem que a situação entre Israel e a Palestina deteriora-se de dia para dia, mas a música já era explícita e era uma alfinetada bem grande ao caso. Não era necessário mostrar as bandeiras e adotar uma postura tão controversa. E acho curioso que tanta gente censurou (e bem!) a Ucrânia pelo comportamento da Jamala, mas acabou por aplaudir a atitude dos Hatari, se, no fundo, e por muito que as situações sejam divergentes, acabam por ser a mesma coisa: trazer política para o campo musical. 

Vou comentar de soslaio os lugar de 11º ao 20º. República Checa: amei que os checos tivessem terminado tão bem, o que nunca contei. :wub: Friend of a friend sempre teve um lugar especial no meu coração e então depois de ver aquela atuação... Adorei! :D Ainda bem que os jurados souberam apreciar estes três minutos de boa-disposição e de alegria. A posição matou-os por completo: se tivessem sido os oitavos ou nonos a atuar, talvez tivessem entrado nos 10 primeiros e tivessem tido um televoto substancialmente melhor. Pronto, tudo rosas, mas agora vamos soltar algum veneno: porque raio a Dinamarca terminou em 12º lugar? Expliquem-me, digam-me lá, europeus. Eu gosto da Love Is Forever, é querida, é fofinha, a Leonora esteve até bem e nada nervosa, mas agora premiar isto e colocá-la numa posição tão boa? Eu estou chocada. O lugar dinamarquês devia ser no top15, nunca a dois lugares do top10. Foi imerecido. Depois, tivemos a minha maior desilusão do ano: o Chipre. :( Eu adoro Replay, é assim aquela canção de verão, good vibes e que tem uma produção brutal. É um pop de muita qualidade e, aliás, penso que o 11º lugar dos jurados - com uma canção tão sensual (das quais eles costumam fugir) -, mostram-o bem. Agora, o palco? É um não. A Tamta esteve mázinha vocalmente (então, no refrão... :unsure:), os movimentos eram constrangedores e tudo tornou-se demasiado insosso. Só adorei foi a atitude dela e a maneira como ela desfrutou de estar em cima daquele palco: os seus olhos brilhavam imenso. Agora, a performance... Fuego estava a anos-luz. Balanceando tudo, um lugar justo. A seguir, vem uma injustiça. Malta tinha de ficar no top10. Não é que tenha ficado muito longe, ainda assim, não tolero. Chameleon é a melhor música pop deste ano, facilmente vence todas as outras: a mescla entre pop, reggaeton e assim um travo tropicaliente adjetiva-se como incrível. Adoro tudo nesta canção. Porém, o palco... Muito bem e moderno, agora a Michela... Não nasceu para cantar isto. Não, não nasceu, é demasiado robótica, os movimentos dela quase que me afligiam, coitada da rapariga, parecia que tinha sido torturada (se bem que na Final tenha estado muito melhor que na semi). Com outra vocalista, isto poderia ter terminado no top3, mas com a Michela, eu só pedia um nono ou um décimo, mas é a vida. Quanto à Eslovénia, talvez devessem ter ficado melhor. Sebi apaixonou-me e em palco, aquela química extravasa palavras ou melodias. Gostei muito e é esta onda que Ljubljana tem de surfar: chega de levar propostas antiquadas. Movendo para França, é aquela coisa: Roi é uma música fraca. Não tem atrativo nenhum, é assim uma coisa básica, com uma letra de meter medo ao susto. O que vale aqui é a história, mas acabou completamente abafada, porque o Bilal não teve o carisma necessário para se impor. Porém, dou o braço a torcer e confesso que me surpreendeu: a mensagem foi bem passada e até gostei do palco. E pronto, sou um disco riscado: deviam ter mandado a Seemone. Passando para os lugares 17º-20º: não aprecio por aí além nenhuma das músicas expostas e tiveram lugares razoáveis, alguns até exagerados. A Albânia nunca me cativou por inteiro: reconheço a potência vocal da Jonida e das backing vocalists - que deve ser valorizado -, mas a canção nunca me chamou à atenção, ainda que se tenha saído muito bem, tendo em conta que foi a segunda a atuar (está bem que foi quase tudo dos vizinhos, mas pronto). A Sérvia resume-se a: seca. Tudo muito bonito, mas não houve sentimento. A música era insignificante e não fosse a diáspora do país, tinha acabado completamente esquecida nos últimos - e penso que Belgrado está a precisar de um abanão. É pena: um país que levou Nije Ljubav Stvar Oro, Molitva, três pérolas musicais, está-se a tornar completamente insignificante, levando propostas desenxabidas e que, se não fosse a vizinhança, terminaria completamente esquecida. É pena. Em relação à Estónia, nem da semi devia ter passado - voz fraca, canção fraca, o palco até foi o melhorzinho, mas, mesmo assim, isto é material para ter retido na sua semifinal. Até teve muitos pontos, infelizmente. Vamos agora falar do polémico São Marino e que teria ficado décimo no televoto. Décimo. Vamos já deixar-nos de ideias e vamos apoiar os jurados, ok? É que este argumento basta. :mosking: Estou a brincar, mas como é que um homem que canta fora de tom terminaria em décimo, frente a proposta tão melhores? Eu entendo: é orelhuda e cativa o público alvo mais velho, que geralmente não tem muito por onde escolher, mas alguém tinha de pôr ordem na casa.

Os flops. É agora. Eu não me quero revoltar, mas como é que a Grécia terminou em 21º lugar? Alguém me explica? O LUGAR DE BETTER LOVE FOI UM DOS MAIORES CRIMES DESTE ANO. Música excelente, boa cantora (desafinou, mas não foi muito - aquela parte final compensa)... O que posso apontar de negativo, se bem que eu tivesse gostado, foi mesmo o palco, com tons de barroco, que pode ter desmotivado muitos a votarem. Contudo, o jurado deveria ter dado cobertura a isto. :( Abordemos agora os espanhóis: nunca adorei a canção, aliás, sempre a achei demasiado energética e sempre vi - de caras -, que o júri ia abominar isto. O palco também não me convenceu plenamente, mas ao menos viu-se que foi planeado. E até esteve bom, não considerei nada feio, porém, com aquela canção (e isto é subjetivo) não penso que poderiam ter feito grande coisa. No tocante a Israel: boa voz, música aceitável, palco igual. Não se destacava nada, mas é que mesmo nada, era uma balada como outras. A mim não me emocionava. Um lugar normal para um anfitrião. Falemos agora da menina Zena: confesso que elevou a sua canção para algo agradável, mas não foi suficiente. Na final, cantou mal que se desunhou, não percebi como é que mudou tanto da semi para o evento principal. A canção era mediana e tentaram salvá-la com muitos elementos, o que acabou por não ser suficiente. Em relação com a Alemanha, peço desculpa, mas não me lembro de nada. Que canção era? Falando a sério, que momento foi aquele? Eu não entendo a televisão alemã: eles são ricos, eles o ano passaram tiveram muito sucesso, e agora vieram-me com aquela pobreza? Duas raparigas a cantar uma música fraca a serem acompanhadas por duas fotografias dela, ou seja, nada? Eu às vezes penso que a delegação alemã gosta de ficar nos últimos lugares, é a conclusão a que chego. Basta comparar com a Bielorrússia: esta tentou encher o palco com algo, estas aqui borrifaram-se e deram-se por vencidas. Um 0 do televoto doí sempre, mas Berlim tem de entender que não pode abordar a Eurovisão desta forma. É que uma coisa é simplicidade, como - por exemplo -, a Macedónia nos apresentou, outra coisa é nada. E nesta onda, falemos do último lugar, que é exatamente o mesmo discurso. Primeiro, comecemos com isto: como é que o Reino Unido - com uma indústria musical de fazer inveja -, seleciona uma canção rejeitada do Melodifestivalen, ou que o cantor achou que não era competitiva o suficiente para o certame? Como é que a delegação britânica - com montes de artistas por onde escolher -, vai por este caminho? Eu não consigo compreender. Depois, que palco era aquele? Que nada era aquilo? Eu não sei quem é que controla os palcos deste país, mas tem de ser despedido, porque esteve uma penúria incrível. Se fosse o Montenegro, uma pessoa entende, agora o Reino Unido? Não é falta de dinheiro, nem de know-how: é simplesmente falta de interesse. E não me venham cá com o Brexit ou que ninguém gosta deles: tragam alguma coisa competitiva e apareçam.

Pronto, isto está já gigante. Só quero concluir, em termos do espetáculo:

Apresentadores muito melhor que esperava. A Bar foi a minha favorita, mas achei piada ao Assi. A Lucy e o Erez estiveram na mesma bem. Nós tínhamos a Filomena, mas não sei, em termos de equilíbrio, o quarteto israelita pareceu-me muito melhor do que o português - não houve tantos momentos constrangedores e o inglês deles era razoável. O palco era bonito, mas não encheu as medidas. O que adorei e me ficará para sempre deste certame foi os postcards: maravilhosos! :D Adorei a ideia de os cantores dançarem, ficou muito bem. Os intervals acts, à exceção da Madonna, foram muitíssimos bons e a Switch Song foi momento, então a parte da Eleni. <3 Que incrível.

Por fim, adjetivo esta edição como caótica. Quer em termos de falta de preparação que a televisão israelita foi demonstrando, quer os dramas criados desnecessariamente, quer os problemas nos ensaios, foi algo de muito negativo a apontar. Magicamente, no entanto, tudo resultou na final e acabaram por nos darem três espetáculos televisivos incríveis. Não penso que tenham sido melhores que 2018, mas superaram a milhas, por exemplo, 2017. :mosking: Se eu não tivesse sabido do que se passava nos bastidores, teria dito que tinha sido um excelente espetáculo, assim, terei de o qualificar como "bom". :yes: 

Editado por Ana Maria Peres
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Quanto ao Festival Eurovisão da Canção Júnior 2019, parece que já há uma desistência. Israel não vai participar na edição deste ano.

Entretanto, já estão confirmadas as participações da Albânia, Austrália, França, Geórgia, Holanda, Irlanda, Macedónia do Norte, Malta, País de Gales, Polónia, Portugal, Rússia, Sérvia e Ucrânia.

Editado por Televisão 10
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