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Sexualidade


Rodolfo

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  • 3 semanas depois...
On 22/02/2021 at 20:01, Pimpolho disse:

Gente... Olá. Desculpem o desabafo, mas eu preciso mesmo de deitar cá para fora com alguém ou então... ah, não dá bom resultado (apetecia-me escrever uma asneira - censurada, claro - mas não sei se posso, e não quero ser recambiado para a Bertrand no dia em que faço este desabafo).

Pronto, resumindo e concluindo, sem entrar em grandes pormenores... acho que tenho disforia de gênero (não diagnosticada, por isso pode ser da minha cabeça...). Tá dito.

Eu apresentei-me no fórum como rapariga (como Alice, acho). E ao longo dos tempos tenho usado pronomes femininos ou conjugado os verbos na forma feminina e tenho corrigido os foristas quando se referem a mim como rapaz (sorry about that!). Menos agora, agora o "recambiado" (que escrevi acima) foi propositadamente em masculino, porque... é isso que sou (*shocked pikachu face*) – provavelmente a maior parte sempre pensou que eu fosse rapaz, porque não leram a minha linda apresentação, mas whatever. Isto não vem de agora. Em criança as minhas brincadeiras era pegar nas toalhas de mesa da minha avó e fazer delas vestidos, pegar nos panos de cozinha e por na cabeça para fingir que tinha cabelo grande... Passava o tempo a ver as Winx e os filmes da Barbie. Brincava aos casamentos (em que fazia de noiva, claro). Já estive noutro fórum em que também me fiz passar por rapariga (não vamos relembrar). Afff... Enfim! Por aí. Mas de há uns anos para cá que eu me tenho vindo a sentir cada vez mais disfórico em relação ao meu corpo. Eu não vivo a 100%. Vivo a 50%. Eu sinto que podia estar a dar muito mais de mim às pessoas e a mim mesmo (a nível de gozo e de experiências) e não o faço porque não me sinto bem neste corpo. Sinto-me preso. E tenho medo de se me soltar que as pessoas me olhem de lado. Já o fazem. A minha própria família. Eu tenho vindo a construir toda uma persona para camuflar o meu eu feminino, para o deixar bem nas profundezas, e essa persona é calma, calada, ponderada, ajuizada... Tipo menino de coro estão a ver? Menino da mamã, que não parte um prato, o filho pródigo que tira boas notas e vai à missa ao domingo (ok, a parte da missa não, mas vocês perceberam a ideia ). E sempre que ajo fora dos padrões, sempre que rio um bocado mais alto ou digo um ai quando devia ou costumo dizer ui, os meus pais ficam espantados. Do género: nunca pensei que ele pudesse fazer uma coisa destas. E não é propriamente no sentido depreciativo que eles dizem isso, mas acaba por condicionar-me, porque sinto que estou a fazer algo que não devia estar a fazer. Eles depois dizem que ficaram surpresos mas para eu fazer à vontade, que foi só porque os apanhei de surpresa, mas é limitador. E não falo de coisas drásticas, tipo apanharem-me a esfregar o rabo à uma esfregona (wtf? - juro que nunca o fiz, embora pareça tentador)... falo de coisas básicas. E depois pergunto-me: se com estas mini coisas eles têm estas reações, que seria se eu dissesse que era gay ou pior, se dissesse que queria mudar de sexo? E depois calo-me, continuo a representar, esta minha performance digna de óscar, e sinto que está a crescer um grande buraco negro dentro de mim. Porque eu engulo tudo (meu deus, a minha mente é tão uhh... o que eu pensei logo) e reprimo o meu eu e reprimo inclusive a minha tristeza, não me permito chorar ou desleixar um bocado porque... que justificação daria eu por me verem a chorar? Enfim. 

E ultimamente, tenho vindo a pensar cada vez mais e mais na mudança de sexo. Num dia quero imenso, no outro ainda quero mas tenho medo de o fazer, no outro quero mais, no outro quero menos... É tão confuso. Eu tenho acompanhado youtubers trans que falam do seu processo de transição e parece tão... difícil. Eu juro que se vivesse no país das maravilhas, ou uma comparação melhor... Juro que se fosse uma Wanda desta vida (meus companheiros de Wandavision vão perceber) e pudesse criar o meu hex, alterar o que as pessoas acham e pensam sobre mim e a forma como me veem, se eu pudesse estalar os dedos e puff, eu fazia-o. Mas não posso. É todo um processo para o qual não sei se estou preparado (sei que é para isso que servem os psicólogos, but still... eu sofro de ansiedade desde os 7 fucking anos, 7... sou pessimista, sinto que não tenho estrutura mental para passar por um processo desses), e muito menos se os meus familiares estão preparados...

Olhem. Acho que me fico por aqui. Fiquei muito na superfície do assunto e já nem me lembro do que escrevi, até acho que perdi o fio condutor e o texto ficou confuso, um belo de um nada, mas só precisava de deixar sair um bocadinho cá para fora. Estava muito cheio e começava a sufocar.

Expus-me muito. Sinto-me nu. E não acho que seja uma visão muito agradável!... Jokes aside... Eu sei que devia estar a ter esta conversa com uma psicóloga e que provavelmente vos estou a constranger por falar nisto, a deixar-vos numa posição desconfortável porque não sabem o que dizer... Mas não precisam de responder... eu só precisava de escrever mesmo e sentir que partilhava com alguém, tipo confessionário nas igrejas. Deitar cá para fora. Que alguém está a ouvir, neste caso, a ler. A psicóloga virá depois, o quanto antes certamente, mas para isso preciso de primeiro falar com os meus pais sobre o porquê de precisar de ir a uma psicóloga... E isso não sei como fazer! Acho que depois disto tudo, afinal até consigo resumir em: não sei como fazer o coming out! Sinto que seria tudo muito mais fácil se pudesse falar abertamente sobre isto. Sinto que seria mais fácil se os meus pais aceitassem. Mas também não sei se o fazem ou não porque ainda não os confrontei. Eu não li o texto, por isso peço desculpa algum erro ou se ficou desconexo ou muito básico... Como disse, foi só o arranhar da superfície para soltar algo cá para fora e arranjar espaço para conseguir respirar mais à vontade. E serve também para fazer uma espécie de coming out no fórum, já estava a ser difícil encontrar formas de escrever certas palavras em que não tivesse de revelar que era rapaz mas também não queria continuar a alimentar a mentira do ser rapariga (god, dito assim, soa um bocado estranho) – tipo, escrever “estou em choque” para não ter de escrever “estou chocado ou chocada”, embora pudesse usar “chocad” ou “chocadx”… Mas é tudo muito confuso.

Sei que isto já está super hiper mega longo e que já disse umas dez vezes que ia acabar, but… só para dizer que já tenho este texto escrito há algumas semanas, mas faltava-me a coragem para publicar! E que, fazendo um update, acho que consegui controlar tudo isto. Ou seja, mais uma vez, reprimir tudo cá para dentro. Tem corrido bem, até ao dia… Resumindo (sinto que já resumi este longo textão umas mil vezes, mas eu próprio já perdi o fio condutor, a minha tendência para divagar é enorme – isso aliado à confusão da situação em si, claro): não sei o que quero, sei que estou confuso e que não estou bem, preciso de falar com uma psicóloga, mas primeiro preciso de falar com os meus pais… Dado o meu enorme medo em fazer isso, decidi falar com alguém antes disso tudo e esse alguém calhou a ser vocês. Sorry :lol: Além de que funcionou também como espécie de treino: se não conseguisse expor-me aqui, num sítio onde ninguém sabe quem sou, então que seria cara a cara com alguém.

No caso de responderem, por favor sejam carinhosos, a minha mente é frágil. :lol:

Esqueci-me de dizer que a juntar a isto tudo, está a porcaria da FDUC. Direito na FDUC é uma bostinha. Pronto, mas isso é outro assunto e outro tópico. Apenas para dizer que todo o stress da faculdade também tem contribuído para este buraco negro galopante... Embora por outro lado me ajude a distrair…

(agora vou só ali esconder-me, bye)

Acima de tudo és uma grande pessoa, e quando tiveres a coragem de ser como queres ser, cumpriste parte da tua missão, que te foi entregue, pelo o Universo. Espero que consigas tu e todos. 

Editado por Dinis F.
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  • 2 semanas depois...
  • 4 semanas depois...
  • 1 mês depois...

Já vos aconteceu falarem imenso com uma pessoa duma app durante uns dias e ela desaparecer antes do primeiro date?

Confesso que há quase um ano que não me sentia tão entusiasmado para sair com alguém. Não sei se sou apenas eu, mas se não sinto que clico bem com a pessoa virtualmente, não consigo arranjar motivação para conhecê-la em pessoa. Parece que não há um factor diferenciador.

Talvez eu seja estranho mesmo.

 

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há 9 horas, Free Live disse:

Já vos aconteceu falarem imenso com uma pessoa duma app durante uns dias e ela desaparecer antes do primeiro date?

Confesso que há quase um ano que não me sentia tão entusiasmado para sair com alguém. Não sei se sou apenas eu, mas se não sinto que clico bem com a pessoa virtualmente, não consigo arranjar motivação para conhecê-la em pessoa. Parece que não há um factor diferenciador.

Talvez eu seja estranho mesmo.

 

Estranho não és, porque somos dois. É raro sentir-me motivado para ir. As vezes, acontece com pessoas por quem estou a desenvolver algum interesse. 
E quando vou, ou é um impulso ou começo a ter second thoughts

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há 16 horas, Free Live disse:

Já vos aconteceu falarem imenso com uma pessoa duma app durante uns dias e ela desaparecer antes do primeiro date?

Confesso que há quase um ano que não me sentia tão entusiasmado para sair com alguém. Não sei se sou apenas eu, mas se não sinto que clico bem com a pessoa virtualmente, não consigo arranjar motivação para conhecê-la em pessoa. Parece que não há um factor diferenciador.

Talvez eu seja estranho mesmo.

 

acontece comigo também. às vezes tenho receio daquilo que possa acontecer, de aumentar demais as expectativas. mas acabo sempre por ir, porque passo grandes temporadas solteiro e quero companhia eheh. 

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há 17 horas, Free Live disse:

Já vos aconteceu falarem imenso com uma pessoa duma app durante uns dias e ela desaparecer antes do primeiro date?

Confesso que há quase um ano que não me sentia tão entusiasmado para sair com alguém. Não sei se sou apenas eu, mas se não sinto que clico bem com a pessoa virtualmente, não consigo arranjar motivação para conhecê-la em pessoa. Parece que não há um factor diferenciador.

Talvez eu seja estranho mesmo.

 

Eu quando estava solteiro também era raro sentir essa conexão virtual. Mas ia a mais dates mesmo sem expectativa. Uma vez estava tao aborrecido que ja so dizia coisas em piloto automático kkkkkkkkk. 
No entanto conheci o meu namorado da forma mais simples e natural sem apps. Mas muita gente encontra o amor lá portanto é mesmo uma roleta russa

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Olá, peço desde já desculpa por esta observação parva. ?

É o seguinte. Vocês quando têm uma relação sexual com o vosso parceiro também vos apetece cada vez mais e não sair da cama para nada? Ou sou eu que estou a ficar viciado em sexo? ?

Editado por Mateus de Santa Cruz
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há 1 hora, Mateus de Santa Cruz disse:

Olá, peço desde já desculpa por esta observação parva. ?

É o seguinte. Vocês quando têm uma relação sexual com o vosso parceiro também vos apetece cada vez mais e não sair da cama para nada? Ou sou eu que estou a ficar viciado em sexo? ?

Não és de todo o único. ?

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há 2 minutos, RodrigoMarquês. disse:

Não és de todo o único. ?

Uff, é que ainda há bocado estive com ele, ainda por cima o trabalho que ele tem suscita em mim uma grande pica, para não dizer outra coisa, e quando está fardado, ainda é pior, faz-me ainda mais não querer sair de ao pé dele ahahah.

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On 13/07/2021 at 02:53, Free Live disse:

Já vos aconteceu falarem imenso com uma pessoa duma app durante uns dias e ela desaparecer antes do primeiro date?

Confesso que há quase um ano que não me sentia tão entusiasmado para sair com alguém. Não sei se sou apenas eu, mas se não sinto que clico bem com a pessoa virtualmente, não consigo arranjar motivação para conhecê-la em pessoa. Parece que não há um factor diferenciador.

Talvez eu seja estranho mesmo.

 

A pessoa desapareceu antes do date ou a vontade em a conhecer é que desapareceu? 

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agora mesmo, Mateus de Santa Cruz disse:

Uff, é que ainda há bocado estive com ele, ainda por cima o trabalho que ele tem suscita em mim uma grande pica, para não dizer outra coisa, e quando está fardado, ainda é pior, faz-me ainda mais não querer sair de ao pé dele ahahah.

Já agora diz a profissão, rapaz.

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há 1 minuto, Mateus de Santa Cruz disse:

Uff, é que ainda há bocado estive com ele, ainda por cima o trabalho que ele tem suscita em mim uma grande pica, para não dizer outra coisa, e quando está fardado, ainda é pior, faz-me ainda mais não querer sair de ao pé dele ahahah.

Parabéns por teres encontrado alguém que te suscite tanto apetite eheh isso é muito bom!  :calor: Também adoro fardas.:mosking:

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há 14 minutos, Mateus de Santa Cruz disse:

Eu sempre tive fetiches por fardas. A primeira vez que nos encontramos, até foi na esquadra enquanto ele fazia o turno da noite.

Hás de me explicar como é que encontraste um polícia gay. Lol

Já estive com um, mas quando soube que era casado (e com uma mulher) perdi o interesse... 

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