Sexualidade

[Pedro Ponte]

On 8/12/2021 at 11:59 AM, agui said:

acho que talvez falte este ponto:

- pedofilia

Talvez não tenha sido suficientemente explicito. Obviamente que me refiro a casais maiores de idade, género um com 25, outro com +35/40. Se envolvesse menores, a sensatez far-me-ia não concordar, claro.

 

On 8/12/2021 at 12:58 PM, Visky de Santa Cruz said:

E porque é que se está a diferenciar as relações homossexuais das heterossexuais? 

É a minha situação em específico (podiam ser heterossexuais, claro).

Mas acho que a situação é sempre mal vista ou difícil para ambos os casos. No entanto, no caso dos homossexuais que já têm de lidar com uma série de dificuldades de afirmação, a nível social e familiar, etc., (que a maioria heterossexual não tem), este é um mais um problema com que têm de lidar e enfrentar...

[AndreRob]

On 14/08/2021 at 11:33, Pedro Ponte disse:

Talvez não tenha sido suficientemente explicito. Obviamente que me refiro a casais maiores de idade, género um com 25, outro com +35/40. Se envolvesse menores, a sensatez far-me-ia não concordar, claro.

 

É a minha situação em específico (podiam ser heterossexuais, claro).

Mas acho que a situação é sempre mal vista ou difícil para ambos os casos. No entanto, no caso dos homossexuais que já têm de lidar com uma série de dificuldades de afirmação, a nível social e familiar, etc., (que a maioria heterossexual não tem), este é um mais um problema com que têm de lidar e enfrentar...

acho que o problema é idêntido nos outros casais... quantas vezes se vê a critica a uma mulher de 20 e poucos andar com um tipo mais velhos ou vice versa... nos homossexuais junta-se o preconceito a duplicar.... mas por exemplo alguém de 20 e pouco com alguém de 40 não vejo que seja problema. No fundo é não nos preocupar-mos com o que os outros pensam porque isso pode também minar as chances de alguém ser feliz.

[Phoenix]

Não acho que no caso dos casais homossexuais haja mais preconceito com a grande diferença de idades (pelo contrário, pois as idades diferentes podem acentuar as "diferenças de poder" entre os intervenientes numa relação, diferenças estas que já são mais vincadas numa relação heterossexual pois os intervenientes são de sexo diferente, além de que no caso das relações heterossexuais a questão da reprodução pode vir à baila e depois temos "uma jovem com um velho que já devia ser avô" ou "um jovem com uma mulher que já não lhe pode dar filhos").

Pessoalmente, não sou fã de grandes diferenças de idade (imaginem, mais do que uns 6 anos de diferença) pois mesmo que não haja repercussões agora, haverá no futuro quando uma pessoa tiver 50 anos e a outra 70, o que se vai reflectir ao nível da energia e uma delas ainda tiver de trabalhar pelo menos mais 15 anos até à reforma e a outra já estiver reformada há muito tempo. Além de que são pessoas que vão muito provavelmente ter referências e até valores diferentes (por exemplo, imaginem alguém que já era adulto no 25 de abril casar com alguém que ainda só era uma criança nessa altura... tiveram toda uma diferente noção do que era a liberdade e das coisas que, por exemplo, uma mulher pode ou deve poder fazer). 

Em suma: para mim, relações amorosas só fazem sentido com alguém que tenha uma idade semelhante à nossa para estarmos na mesma fase (ou fase aproximada) biológica da vida e que tenha mais ou menos as mesmas referências culturais.

[Dimitri]

Como é ser LGBT onde vivem? Qual é a opinião das pessoas?

[pxp]

há 17 minutos, Dimitri disse:

Como é ser LGBT onde vivem? Qual é a opinião das pessoas?

Amanhã pergunto-lhes o que acham e logo te respondo.

[Vitória]

há 1 hora, Dimitri disse:

Como é ser LGBT onde vivem? Qual é a opinião das pessoas?

Uma porcaria. Não há quase gays nenhuns por aqui. Quanto às pessoas, são extremamente preconceituosas. No meu núcleo de amigos é super tranquilo. Todos sabem da minha sexualidade e nunca demonstraram problemas com isso. Mas é natural já que temos os mesmos valores. 

[D23]

On 04/09/2021 at 21:25, Dimitri disse:

Como é ser LGBT onde vivem? Qual é a opinião das pessoas?

Na aldeia onde eu vivo, as pessoas praticamente deixaram de me falar quando me assumi. E eu estou a lixar-me para isso. xD 

Mas sim, ainda há muito preconceito. O meu pai é das pessoas mais conhecidas aqui, e então torna-se um bocado difícil para ele, mas já se vai habituando. 

 

Houve uma pessoa que foi ter com o meu pai e lhe perguntou: então tens um filho pane******? e ele quis bater na pessoa. 

Editado 11 de setembro 2021 por Morpheus

[Rui Melo]

On 04/09/2021 at 21:25, Dimitri disse:

Como é ser LGBT onde vivem? Qual é a opinião das pessoas?

Eu moro na capital super LGBTQI então grande parte das pessoas nem quer saber. Mas as gerações mais velhas as vezes parece que nunca viram um casal gay na rua. Incluindo os meus pais....

[D23]

há 16 minutos, Rui Melo disse:

Eu moro na capital super LGBTQI então grande parte das pessoas nem quer saber. Mas as gerações mais velhas as vezes parece que nunca viram um casal gay na rua. Incluindo os meus pais....

por incrível que pareça, a minha mãe é super liberal. posso ter conversas sobre tudo com ela. Ela sabe que tenho uma relação aberta e aceita isso. diz-me só para ter sempre cuidado e não ter sexo desprotegido. nisso, não me posso queixar. 

[PierreDumont]

Duas curiosidades sexuais a respeito do Brasil...

1) Como um jogo de azar ilegal e um desenho animado estereotipou homossexuais no Brasil:

"Viado" é uma gíria vulgar e pejorativa associada aos homossexuais masculinos no Brasil. A provável origem do termo teria sido do desenho animado "Bambi" da Disney de 1942. A fragilidade e feminilidade da personagem fez com que, paulatinamente, o público brasileiro associasse o homossexual ao pequeno animal. Outra teoria também diz que a fêmea do veado em francês é chamada de "biche" e, através da elite educada em francês, o termo "bicha" também tornou-se sinônimo de homossexual efeminado. Já que era muito comum o uso de palavras francesas no falar brasileiro (derrierè, toillete, etc). Curiosamente, em muitos países do Norte Europeu, o "veado" é um símbolo de masculinidade.

https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2019/04/24/sapatao-bicha-viado-os-motivos-possiveis-para-chamarem-lgbts-assim.htm

Entretanto, o mais surpreendente é que com a associação do "veado" ao homossexual, surgiu uma nova associação: o número 24 e que veio de um jogo de azar ilegal no Brasil: o jogo do bicho. Surgido no final do século XIX, visando estimular visitas a um zoológico, o jogo de azar consiste na escolha de um grupo de números associado a um 25 animais (o 24º animal é justamente o "veado"). A pessoa faz uma combinação de 4 números e concorre a um valor até 100 vezes maior que o valor da aposta. O único estado onde a prática não é ilegal é a Paraíba.



2) Como uma frase inocente em Portugal tornou-se indecente no Nordeste do Brasil:

As confusões entre as duas variantes da língua portuguesa já são velhas conhecidas, mas não as suas origens. Linguistas brasileiros deduzem que a frase "Vou gozar com a minha rapariga" foi de eufemismo à terminologia vulgar no Norte e Nordeste do Brasil. Vamos por partes: o termo "gozar" significa, originalmente, prazer, deleite, etc. Os colonos lusitanos que migravam para o Brasil começaram a usar o termo como eufemismo no sentido de "aproveitar a vida sexual" e com o passar do tempo passou a ser associado à ejaculação masculina e, em menor grau, ao orgasmo feminino.

Já "rapariga" era o eufemismo para uma jovem amante de um homem, muitas vezes casado. Com o passar do tempo tornou-se sinônimo de mulher vulgar, promíscua, amante e até de prostituta. Outro termo com o mesmo sentido é "catraia".

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/rapariga--no-brasil-e-em-portugal/10054

Editado 13 de outubro 2021 por PierreDumont

[AndreRob]

On 13/10/2021 at 23:55, PierreDumont disse:

Duas curiosidades sexuais a respeito do Brasil...

1) Como um jogo de azar ilegal e um desenho animado estereotipou homossexuais no Brasil:

"Viado" é uma gíria vulgar e pejorativa associada aos homossexuais masculinos no Brasil. A provável origem do termo teria sido do desenho animado "Bambi" da Disney de 1942. A fragilidade e feminilidade da personagem fez com que, paulatinamente, o público brasileiro associasse o homossexual ao pequeno animal. Outra teoria também diz que a fêmea do veado em francês é chamada de "biche" e, através da elite educada em francês, o termo "bicha" também tornou-se sinônimo de homossexual efeminado. Já que era muito comum o uso de palavras francesas no falar brasileiro (derrierè, toillete, etc). Curiosamente, em muitos países do Norte Europeu, o "veado" é um símbolo de masculinidade.

https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2019/04/24/sapatao-bicha-viado-os-motivos-possiveis-para-chamarem-lgbts-assim.htm

Entretanto, o mais surpreendente é que com a associação do "veado" ao homossexual, surgiu uma nova associação: o número 24 e que veio de um jogo de azar ilegal no Brasil: o jogo do bicho. Surgido no final do século XIX, visando estimular visitas a um zoológico, o jogo de azar consiste na escolha de um grupo de números associado a um 25 animais (o 24º animal é justamente o "veado"). A pessoa faz uma combinação de 4 números e concorre a um valor até 100 vezes maior que o valor da aposta. O único estado onde a prática não é ilegal é a Paraíba.



2) Como uma frase inocente em Portugal tornou-se indecente no Nordeste do Brasil:

As confusões entre as duas variantes da língua portuguesa já são velhas conhecidas, mas não as suas origens. Linguistas brasileiros deduzem que a frase "Vou gozar com a minha rapariga" foi de eufemismo à terminologia vulgar no Norte e Nordeste do Brasil. Vamos por partes: o termo "gozar" significa, originalmente, prazer, deleite, etc. Os colonos lusitanos que migravam para o Brasil começaram a usar o termo como eufemismo no sentido de "aproveitar a vida sexual" e com o passar do tempo passou a ser associado à ejaculação masculina e, em menor grau, ao orgasmo feminino.

Já "rapariga" era o eufemismo para uma jovem amante de um homem, muitas vezes casado. Com o passar do tempo tornou-se sinônimo de mulher vulgar, promíscua, amante e até de prostituta. Outro termo com o mesmo sentido é "catraia".

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/rapariga--no-brasil-e-em-portugal/10054

Essa da rapariga fiquei meio chocado porque eu trabalhei com brasileiros e muitas vezes eles ficavam meio atrapalhados quando se referia a 'a rapariga ' até que percebi que realmente eles associam a prostituta... o gozar é algo que em portugal se percebeu por causa dos filmes porno mas é sempre motivo de atrapalhação quando alguém diz 'epá estava a gozar'...

uma das mais engraçadas é o 'gira'... porque eles como é natural assumem o significado do verbo 'girar' e não ao bonito... acho que foi a Susana Vieira que veio cá e numa sessão de fotos o fotografo estava sempre a dizer 'gira ' e ela sem entender girava feita louca na sessão de fotos até que o fotografo lhe perguntou 'porque é que está às voltas' 'você disse para eu girar eu girei' até que ele explicou que para nos queria dizer 'bonita linda'

[srcbica]

Qui est Ludovic Mohamed Zahed ?

https://qr.ae/pG6vyS

Leiam! Se não souberem francês, vejam no tradutor. Eu achei incrível a história dele, principalmente porque ele continua vivendo-a.

Editado 1 de janeiro 2022 por srcbica

[Dimitri]

 

[Vitória]

há 9 minutos, Dimitri disse:

 

Quanta ignorância. O pior é que não mudou quase nada. 

[srcbica]

há 15 minutos, Dimitri disse:

 

Há este vídeo de 2016, que ao menos dá para rir.

 

[Dimitri]

há 5 minutos, Vitória disse:

Quanta ignorância. O pior é que não mudou quase nada. 

para a altura acho que a generalidade das opiniões nem foram tão más quanto poderiam ser, mas há muitas opiniões más.

[Guizcastrose]

há 1 minuto, Dimitri disse:

para a altura acho que a generalidade das opiniões nem foram tão más quanto poderiam ser, mas há muitas opiniões más.

concordo. infelizmente muitas pessoas pensam assim e acham que é uma escolha 

Editado 9 de janeiro 2022 por Guizcastrose

[Vitória]

há 10 minutos, Dimitri disse:

para a altura acho que a generalidade das opiniões nem foram tão más quanto poderiam ser, mas há muitas opiniões más.

Claro. Concordo absolutamente. 

Mas ficou evidente que até hoje a aceitação e o respeito andam muito mascarados. Acho que essa é a forma como, na generalidade, as pessoas lidam com a homossexualidade em Portugal. 

Algumas pessoas que "aceitam" não têm uma informação profunda em relação a esse assunto. Ainda acham que é uma opção, etc... 

As redes sociais mobilizaram a informação e muitos jovens têm um domínio maior ao falar deste assunto, apesar de muitos deles falarem uma coisa e praticarem outra. 

A maioria dos adultos, idosos e alguns jovens, estão longe de perceber o que é realmente esta sexualidade. E ainda acham que é um assunto que necessita de "opinião". 

Bom, isto é baseado nas minhas vivências.

Editado 9 de janeiro 2022 por Vitória

[Rui Melo]

Ontem na Canção Nova, estava uma atrasada mental (desculpem mas não tem outro nome) a dizer coisas do género “A Igreja não condena a homossexualidade, apenas pede aos homossexuais a castidade”, “Mesmo que se casem, nunca serão um casal, mas apenas um par”, “Podem adotar uma criança, mas não é filho dessa união”, “Pedem à Igreja que se adapte, apenas para se sentirem melhor”

Sou católico e respeito muito a Igreja, mas ha muita coisa que nao concordo nem nunca hei de cumprir a risca todas as regras. Até porque se assim fosse nem nunca seria feliz, nem me divertia. Por isso baseio a minha crença apenas na minha relação com Deus, pois as “regras” no fundo foi a Humanidade que as criou (e adaptou mal).

[Vitória]

A essência da Igreja perdeu-se há muito tempo, infelizmente. 

Os escritos, os valores, tudo foi deturpado... O amor é uma farsa, deixou de ser a prioridade. 

A minha crença é muito ambígua. Acredito e não acredito ao mesmo tempo. 

[tjspy]

há 2 horas, Rui Melo disse:

“A Igreja não condena a homossexualidade, apenas pede aos homossexuais a castidade”, “Mesmo que se casem, nunca serão um casal, mas apenas um par”, “Podem adotar uma criança, mas não é filho dessa união”, “Pedem à Igreja que se adapte, apenas para se sentirem melhor”

Essas frases, tirando a que meti a negrito, são o que a doutrina realmente diz, tanto quanto sei.

Acredito que já seja uma evolução na medida em que antigamente acho que nem havia o esforço de dizer "não condena" Mas a igreja é aquele atraso. Daqui a 100 anos já diz o queremos que dissesse já hoje, contudo daqui a 100 anos já estamos a pedir que ela diga outras coisas xD

De qualquer forma, a igreja não pede "castidade" só aos homossexuais, também o pede a todos os heterossexuais que não estejam casados

 

[Rui Melo]

há 8 minutos, tjspy disse:

Essas frases, tirando a que meti a negrito, são o que a doutrina realmente diz, tanto quanto sei.

Acredito que já seja uma evolução na medida em que antigamente acho que nem havia o esforço de dizer "não condena" Mas a igreja é aquele atraso. Daqui a 100 anos já diz o queremos que dissesse já hoje, contudo daqui a 100 anos já estamos a pedir que ela diga outras coisas xD

De qualquer forma, a igreja não pede "castidade" só aos homossexuais, também o pede a todos os heterossexuais que não estejam casados

 

Sim isso! 
Curiosamente descobri ha pouco tempo que a Igreja na Idade Média permitia e celebrava até “casamentos” homossexuais. Não era bem um casal que se definia, mas havia uma celebração e depois iam viver juntos. Seja como for penso que foi o Tomas de Aquino que acabou com isso...

[D91]

há 1 minuto, Rui Melo disse:

Sim isso! 
Curiosamente descobri ha pouco tempo que a Igreja na Idade Média permitia e celebrava até “casamentos” homossexuais. Não era bem um casal que se definia, mas havia uma celebração e depois iam viver juntos. Seja como for penso que foi o Tomas de Aquino que acabou com isso...

Por acaso, lembro-me de ler uma vez que há uns séculos a homossexualidade era aceite pela sociedade e depois a partir de uma certa altura na História deixou de o ser.

[Rui Melo]

há 33 minutos, D91 disse:

Por acaso, lembro-me de ler uma vez que há uns séculos a homossexualidade era aceite pela sociedade e depois a partir de uma certa altura na História deixou de o ser.

Na Antiguidade Clássica era do mais banal! Na Grécia e Roma Antigas sobretudo! Foi a partir da Idade Média que as coisas começaram a mudar para pior. Mas foi em tudo. So no século XIX se recuperaram os niveis de civilização da AC. O respeito pela homossexualidade penso que só começa a surgir após a Segunda Guerra Mundial e a Carta dos Direitos Humanos. E so em 1990, é que a OMS retirou da lista de doenças psiquiátricas...

[D91]

há 7 minutos, Rui Melo disse:

Na Antiguidade Clássica era do mais banal! Na Grécia e Roma Antigas sobretudo! Foi a partir da Idade Média que as coisas começaram a mudar para pior. Mas foi em tudo. So no século XIX se recuperaram os niveis de civilização da AC. O respeito pela homossexualidade penso que só começa a surgir após a Segunda Guerra Mundial e a Carta dos Direitos Humanos. E so em 1990, é que a OMS retirou da lista de doenças psiquiátricas...

Houve várias ditaduras, guerras, revoluções a sociedade ficou mais oprimida. Aliás nas côrtes europeias, em alguns casos, a homossexualidade nem era mal vista. Depois acho que talvez a partir do final da Idade Média tudo mudou.

Editado 9 de janeiro 2022 por D91