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TDT - Televisão Digital Terrestre


João

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há 47 minutos, zent disse:

Tecnicamente codificar/descodificar, e consequente descodificadores, está correto neste caso, porque o sinal da TDT, assim como todos os outros sinais digitais, têm uma codificação binária, ou seja a informação analógica da imagem e som é codificada em 0s e 1s. O que não existe é a cifragem (ou mais vulgarmente encriptação) do sinal, tal como existia na maioria dos canais de cabo, em que só era possível decifrá-los com a chave correta.

Sim, mas o termo descodificador neste contexto representa sempre um aparelho receptor com capacidade de decifrar a chave que encripta o sinal. E a própria PT referiu em 2012 que no contexto da TDT é um receptor, porque nunca há sinal para desencriptar.

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17 minutes ago, JDaman said:

Sim, mas o termo descodificador neste contexto representa sempre um aparelho receptor com capacidade de decifrar a chave que encripta o sinal. E a própria PT referiu em 2012 que no contexto da TDT é um receptor, porque nunca há sinal para desencriptar.

Esse é um terreno um pouco complicado porque há vários conflitos entre aquilo que é tecnicamente correto e os termos que se popularizam ou que são promovidos por departamentos de marketing, etc.

Por exemplo, as redes móveis 4G aquando do lançamento e que as que ainda fazem exclusivo uso do LTE, não são tecnicamente redes de quarta geração uma vez que o 3GPP só preconiza a norma LTE-Advance como a quarta geração pelo débito máximo teórico que permite, mas isso não impediu o uso na sigla 4G pelo marketing apesar das equipas técnicas não concordarem.

O mesmo se aplica às boxes, o termo "descodificador" foi importado do uso que já era feito para as "caixas" usadas no cabo, e que de facto descodificavam mas também decifravam o sinal DVB-C. Contudo, as caixas no caso do sinal da TDT (DVB-T) apenas o descodificam, e o problema advém é do uso errado em que se associa descodificar=decifrar. Além disso, o uso receptor também é incorreto porque o equipamento não é responsável por fazer a receção do sinal, isso é a função da antena, é preferível o uso da palavra "leitor" do que "receptor".

Editado por zent
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5G: Saiba como se vai processar o teste-piloto de TDT em Odivelas na quarta-feira

Devido à tecnologia 5G, o serviço TDT vai ter de passar para outra faixa de frequências. O processo de migração só vai ter início em 2020, mas para preparar a mudança vai ter lugar um teste-piloto no concelho de Odivelas esta semana.

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O arranque da 5.ª geração de rede móvel está previsto para 2020 e vai obrigar a uma reestruturação da Televisão Digital Terrestre (TDT) na União Europeia (UE). A tecnologia 5G vai permitir ligações móveis mais rápidas e a possibilidade de servir um número muito maior de dispositivos numa determinada área. A sua implementação será gradual e estima-se que, em 2025, cerca de 30% das ligações móveis serão feitas através de 5G.

Esta alteração surge numa altura em que a quantidade de utilizadores da plataforma TDT continua em decréscimo. A causa pode estar relacionada, em parte, com a implementação ruinosa da plataforma, com pouca oferta de canais e problemas técnicos crónicos de receção de sinal.

No final do primeiro semestre de 2019, cerca de 86% das famílias portuguesas tinham acesso a um serviço de TV por subscrição (aumento de 1,7% em relação a 2018). Destes, 96% aderiram a um serviço de TV incluído num pacote (por exemplo, com internet e telefone fixo).

Foi decidido, em maio de 2017, que a tecnologia 5G vai utilizar a banda dos 700 MHz em toda a UE. Uma vez que, em Portugal, esta faixa é ocupada pela TDT, o serviço vai ter de passar a utilizar outra faixa de frequências para libertar a banda dos 700 MHz para a tecnologia 5G.

Novas frequências TDT: teste-piloto no emissor de Odivelas

A mudança começa com um teste-piloto na zona de Odivelas, a 27 de novembro, realizado pela MEO. Existem 3 centros emissores no concelho de Odivelas: Odivelas Centro, Serra da Amoreira e Póvoa de Santo Adrião. Mas o teste-piloto restringe-se a Odivelas Centro. Com a intervenção, a emissão será feita no canal 35 (em vez do atual canal 56) e poderá afetar quase todo o concelho de Odivelas, mas também residências nas freguesias de Lumiar, Carnide e Santa Clara, em Lisboa, e Encosta do Sol, na Amadora.

Depois do teste-piloto, o processo global de adaptação de frequências inicia-se no sul do território continental, no final de janeiro ou início de fevereiro. Nos meses seguintes vai prosseguindo para o norte de Portugal, onde deve chegar na altura da primavera. Na fase final estarão as regiões dos Açores e Madeira. Tudo terá de estar concluído até 30 de junho de 2020.

Estas intervenções costumam demorar horas, mas o sinal ficará indisponível para o utilizador apenas durante alguns minutos. A MEO irá socorrer-se de emissores portáteis que vão garantir a emissão durante a intervenção no emissor de Odivelas Centro. Esses emissores portáteis vão, depois, ser usados durante todo o processo global de adaptação de frequências no território continental e ilhas para minimizar os tempos de interrupção do serviço.

Como se processa a mudança

A MEO desliga o emissor de Odivelas Centro e os utilizadores com as antenas direcionadas para este emissor ficam com o ecrã negro; é ligado o emissor portátil e, no espaço de minutos, a imagem volta, no mesmo canal 56);
passadas algumas horas e terminada a intervenção no emissor, é desligado o emissor portátil; o emissor principal é ligado já a emitir na nova frequência (canal 35, no caso de Odivelas); o utilizador deve fazer nova sintonia de canais para voltar a ter receção de sinal TDT.

As equipas da MEO estarão no terreno alguns dias após a intervenção para prestar o apoio local necessário. Este teste vai servir para verificar a eficácia das campanhas de comunicação e informação planeadas, muito focadas na comunicação de proximidade.

Estão a ser feitos protocolos com câmaras municipais e juntas de freguesias. No caso do teste-piloto, por exemplo, há um protocolo com a câmara de Odivelas e serão projetados vídeos explicativos na rede de transportes públicos. Estão ainda planeadas sessões de esclarecimento locais, distribuição de folhetos e cartas da Anacom com o folheto informativo nas caixas de correio. Poderá também haver cartazes nas autarquias e nos espaços públicos e a publicação da informação da Anacom em vários sites (por exemplo, nas redes sociais das câmaras municipais). Também está prevista uma carrinha que dará apoio local e que vai percorrer as várias zonas onde decorrerão as alterações de frequência.

Ainda não está garantida a divulgação deste processo na televisão, nos canais que estão na TDT. Até ao momento, apenas o Canal Parlamento já se comprometeu a divulgar a informação. Os restantes 3 canais (RTP, SIC, TVI) poderão ter a informação da zona onde está a ser feita a alteração de frequência em rodapé, mas, pelo que conseguimos apurar, ainda não existem acordos estabelecidos.

A Anacom criou uma linha telefónica gratuita de apoio dedicada à TDT, em coexistência com a atual da MEO, a funcionar desde 15 de novembro (800 102 002, das 9 h às 22 h). Quando a solução não se consegue por via telefónica, é encaminhada para técnicos da Anacom que se deslocam a casa da pessoa para ajudar a sintonizar de novo os canais de forma gratuita.

Os mesmos equipamentos, mas nova sintonização

O roteiro nacional de libertação da faixa dos 700 MHz prevê a adoção do cenário mais simples de migração: mantém-se a tecnologia atual (DVB-T MPEG4) e não se estabeleceu qualquer período de transmissão simultânea (simulcast). Significa que cada estação emissora será desligada para que se possa proceder à alteração da frequência e restantes ajustes necessários, sendo ligada logo de seguida, já a emitir na nova frequência. Na grande maioria dos casos, vai implicar apenas uma sintonização da nova frequência. Não será necessário comprar equipamentos, nem reorientar as antenas ou aderir a serviços de televisão. Se for aliciado para tal, denuncie.

De acordo com a Anacom, esta mudança não põe em causa nem inviabiliza qualquer solução que se venha a adotar para o futuro alargamento da oferta da TDT em Portugal. Neste cenário, continua também a existir capacidade disponível na rede para poderem ser criados dois novos canais em sinal aberto, em definição standard, tal como acontece atualmente – o que fará subir a contagem de canais em sinal aberto para 9.

Roteiro nacional do processo de migração

A mudança vai ser feita por regiões, de acordo com o planeamento divulgado pela Anacom.

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Algumas das regiões vão dispor de duas frequências. Uma das mudanças, em relação ao inicialmente previsto, foi a manutenção da atual rede overlay MFN. Embora pouco eficiente do ponto de vista de eficiência espetral (são alocados mais canais de emissão), serve para evitar a necessidade de reorientações de antena por parte de quem já está a usar os emissores em overlay. Na prática, nestas regiões, apenas o emissor principal, que hoje usa a frequência alternativa, vai manter a frequência atual.

A situação atual (canais adicionais ao Canal 56, que cobre a totalidade do território, onde há cobertura TDT):

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Alteração não deve prejudicar consumidores

A mudança de frequências e a extinção da rede de frequência única (SFN) tem um grande potencial de melhorar a qualidade de receção por parte dos utilizadores, permitindo maior estabilidade com a diminuição dos fenómenos de auto interferências.

O processo vai, certamente, conduzir a algumas alterações de cobertura TDT por antena. No geral, espera-se um aumento da cobertura em várias regiões do País. Caso esteja numa zona “sombra”, ou seja, atualmente sem cobertura TDT, informe-se junto da Anacom ou da MEO sobre a possibilidade de vir a poder usufruir da receção por antena terrestre. Este tipo de receção traz algumas vantagens óbvias, como a não necessidade de usar uma caixa descodificadora DVB-S (da MEO) por cada televisor em casa. Na realidade, basta uma antena no telhado a fazer a distribuição do sinal pela rede coaxial da casa. Desta forma, o sinal passa a estar disponível em todas as tomadas.

Apenas os televisores mais antigos podem não incluir o respetivo sintonizador e precisar de um sintonizador TDT (de qualquer forma, mais barato).

Outro aspeto importante, embora pouco provável, é a possibilidade de estas alterações de canais de transmissão terem o efeito contrário em zonas muito específicas: ou seja, a perda de cobertura por via terrestre. Se acontecer, denuncie a situação para ser reembolsado de todas as despesas que já teve com a adaptação para a TDT.

Conflito de interesses pode comprometer melhorias na qualidade da TDT

A alteração de frequências pode trazer benefícios para os consumidores, uma vez que vem impulsionar a implementação da multifrequência que há muito defendemos como fundamental para a melhoria da qualidade da transmissão da TDT. Mas é preciso não esquecer as conclusões do estudo solicitado pela Anacom, que alerta para um possível conflito de interesses da MEO na gestão da TDT.

De acordo com o estudo, “os países bem-sucedidos em termos de penetração de TDT são os países onde o operador tem interesses em desenvolver a plataforma para oferecer aos utilizadores um serviço atrativo”. Ora, a MEO é igualmente um operador de televisão paga, pelo que não terá nenhum interesse evidente na melhoria do serviço de televisão digital terrestre.

Desde o início do processo de implementação da TDT em Portugal, temos vindo a alertar para esta questão e para a forma como os consumidores foram lesados ao longo do processo, mal conduzido pelo regulador (a Anacom). Faltou informação às populações, mas também um período de simulcast (período de transmissão simultânea) suficiente para apoiar uma migração espontânea. Estes fatores sustentaram a nossa ação em tribunal instaurada contra a Anacom em 2013, que reclama uma indemnização global de 42 milhões de euros pelos danos causados aos consumidores.

É imprescindível que o processo de migração para a rede de multifrequência fique concluído antes de junho de 2023, data em que termina a concessão de exploração atribuída à MEO. De acordo com o planeamento atual, deverá estar concluído até junho de 2020.

Operadora alega tempo insuficiente para a mudança

A recente “guerrilha” entre a Altice (grupo a que pertence a MEO) e a Anacom, inclusive com ameaças de impugnação do processo por parte da Altice, em nada ajuda ao sucesso desta operação, que já tem problemas suficientes.

“A Altice Portugal reafirma que se trata de um calendário que será impossível de cumprir, como aliás, desde há um ano, tem vindo a reiterar e justificar repetidamente desde o início da atividade do grupo de trabalho (que definiu a migração da TDT)”, refere a operadora.

A Altice informa, ainda, que acionou as ordens de encomenda de novos equipamentos de rede, que deverão assegurar a migração de frequências, mas também reitera que estas encomendas podem demorar um “período mínimo de quatro meses” a serem cumpridas. O que, no melhor dos cenários previstos pela Altice, “vai levar a que só estejam reunidas condições para iniciar o ‘roll-out’ (lançamento) a partir da segunda semana de fevereiro”.

“Ao manter a data de 30 de junho de 2020 para o final do processo, a Anacom encurtou o período de ‘roll-out’, eliminando qualquer possibilidade de fazer face a imponderáveis que venham a motivar a suspensão temporária dos trabalhos”, refere a Altice, escalando de seguida no tom das críticas à reguladora das comunicações: “Esse calendário da Anacom não inclui qualquer margem para imprevistos, o que só demonstra amadorismo e irresponsabilidade no planeamento”.

Mudar frequências pela qualidade do serviço TDT

A atual rede TDT em Portugal é ainda, sobretudo, uma rede de frequência única (SFN – Single Frequency Network), que emite no canal 56 (750-758 MHz) e é composta por cerca de 240 emissores.

A existência de uma única frequência para todo o território é um dos principais motivos para as recorrentes falhas de emissão, uma vez que potencia interrupções frequentes. Estas falhas já motivaram milhares de reclamações desde que o sinal analógico foi desligado no nosso país.

Pudemos comprovar esta situação em dois estudos que realizámos com o objetivo de avaliar a qualidade do sinal da TDT: em 2012, foram analisadas 8 regiões nos meses que antecederam o switch-off (ocorrido em abril de 2012); em 2016, analisámos 10 regiões de norte a sul do País.

Ambos os estudos mostraram de forma conclusiva que a rede SFN sempre foi afetada por problemas recorrentes de auto interferência.

Apesar de o regulador não ter levado em consideração os nossos alertas decorrentes dos estudos que realizámos, conclusões em tudo similares foram apresentadas em estudos realizados posteriormente e solicitados pela própria Anacom, que revelam que estes problemas resultam, sobretudo, da utilização de uma frequência única de emissão na totalidade do território nacional.

A libertação da faixa dos 700 MHz implica a migração desta rede única para uma nova faixa de frequências, o que vem alavancar o processo de transição para uma rede multifrequência (MFN – MultiFrequency Network).

Sempre considerámos que a implementação de uma rede MFN – em que as diversas regiões do País recorrem a diferentes frequências de emissão e não apenas a uma única frequência utilizada por todo o território continental – seria a solução mais adequada para minimizar os problemas de receção da TDT e garantir a qualidade do serviço.

Contudo, até agora, são poucas as zonas do País cobertas por emissores de frequências alternativas. Além de moroso, este processo de transição para a multifrequência, que está a cargo da MEO (do grupo Altice), detentora da licença de utilização da rede TDT, tem vindo a revelar-se pouco efetivo e apenas reativo: os emissores com frequências alternativas vão sendo implementados apenas para minorar os problemas de receção nas zonas identificadas como mais problemáticas.

Fonte:https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/5g-concelho-de-odivelas-vai-ter-teste-piloto-de-tdt-na-quarta-feira-517657

Portugal podia ter seis TDT, mas só tem uma. Que volta a mudar a partir de hoje

A TDT começa hoje a mudar com a 5G no horizonte. Desta vez, tudo começa com um teste piloto em Odivelas. Até junho de 2020, cerca de 1,4 milhões de portugueses já deverão estar a sintonizar as novas frequências entre os 470 MHz e os 694 MHz. Entrevista ao responsável da Anacom pelo processo de migração de frequências

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Miguel Henriques, chefe de Divisão de Consignação de Frequências e Licenciamentos da Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom), faz a antevisão da migração de frequências da Televisão Digital Terrestre (TDT) que arranca esta quarta-feira com um teste piloto com o emissor que transmite para o município de Odivelas. Até junho de 2020, terá de ficar concluída a migração do Modo de Frequência Única, que não deixa muitas saudades devido às interferências, para um Modo de Multifrequência, que prevê atribuição de diferentes faixas a 12 regiões do País. Mais de dois milhões de pessoas deverão tirar partido desta mudança sem ter de reorientar antenas ou substituir boxes. Cerca de 30% destes cidadãos já usam as novas frequências. A Anacom prevê um processo de migração sem sobressaltos.

Porque é que a TDT tem de mudar de frequências?

É algo que decorre da aprovação da decisão 899/17 da Comissão Europeia, que determinou que os estados-membros, a partir de 30 de junho de 2020 têm de disponibilizar a faixa dos 700 MHz para os serviços de comunicações eletrónicas terrestres – o que quer dizer para os telemóveis. Atualmente, a rede de TDT está na faixa dos 700 MHz. A nossa rede de TDT é constituída por 267 emissores, mas 242 desses emissores operam em frequências nessa faixa dos 700 MHZ. E por isso estes emissores têm de mudar de frequências de forma a libertar a faixa dos 700 MHz, para que seja atribuída aos serviços móveis.

Em que frequência é que vão passar a operar esses 242 emissores?

A faixa da atual TDT vai dos 470 MHz aos 790 MHz. A decisão da Comissão Europeia indica que dos 690 MHz aos 790 MHz vão passar para serviços móveis em junho de 2020. Logo, esses 242 emissores têm passar a transmitir na faixa de frequências entre os 470 MHz e os 694 MHz.

Não há perda de qualidade do sinal?

Não. Neste processo, o âmbito da cobertura da TDT vai aumentar, porque os emissores começam a emitir em frequências mais baixas (e que por isso têm maior alcance). Estes 242 emissores partilhavam quase todos a mesma frequência…

…No Modo de Frequência Única (SFM)!

Exatamente, nomeadamente no Território Continental (português). O que se passa é que (depois da migração de frequências) o Território Continental vai ser subdividido em 12 áreas (com frequências diferentes), o que vai mitigar em muito as situações de auto-interferência que hoje se verificam. As auto-interferências são hoje consideradas zonas de não cobertura por via terrestre (a TDT também pode ser transmitida por satélite). Hoje, um emissor do Algarve tem a mesma frequência que emissores de Lisboa, Coimbra, Porto ou do Minho. Com esta migração, um emissor do Algarve só passa a ter a mesma frequência das estações que lhe estão próximas. Logo, quando vierem as alterações de propagação do sinal de TDT, que acontecem geralmente no verão, o emissor do Algarve não vai, passe a expressão, “chatear” o emissor do Minho, porque este emissor já se encontra numa frequência diferente.

A regulação internacional acabou por resolver um problema que havia na TDT nacional…

A Rede de Frequência Única foi uma opção tomada quando se introduziu a TDT em Portugal. Teria sido possível dizer à Meo para mudar as frequências devido às auto-interferências, mas isso daria uma sensação de que o erário público iria pagar à Meo para resolver os problemas da rede. O que não faz sentido nenhum. Portanto, é com a imposição da decisão da Comissão Europeia que arranjamos um argumento para, uma vez que aquela faixa de frequências vai ter de ser libertada, determinar como é que a TDT teria de passar a ser emitida.

E o que acontece aos 25 emissores que não foram escolhidos para fazer esta migração?

Há cinco ou seis nos Açores e cerca de 20 no território continental. Esses emissores não vão mudar, porque já emitem nas frequências pretendidas. Quem está sintonizado nesses emissores não vai ter de fazer nada. Para suprimir o problema das interferências, nomeadamente em 2012, foi instalada uma rede de multifrequências, em diferentes canais. E quase toda essa rede já está a operar em frequências que não têm de ser alteradas. Só esses emissores cobrem cerca de 30% da população que hoje vê da TDT – e que não tem de fazer nada para sintonizar as novas frequências.

O que é que as pessoas têm de fazer para sintonizar a TDT nas novas frequências? De certeza que não é necessário ou reorientar antenas?

De certeza absoluta. Todo o processo foi feito para se aplicar à atual rede. Como as frequências vão ser mais baixas, a intensidade do sinal necessária para captar o serviço é mais baixo e posso garantir uma certeza de 99,99% que não haverá um caso de alguém que tem TDT e que depois deixa de a ter. Não é preciso adquirir equipamentos. Todos os estados membros vão ter de passar por este processo – uns com mais emissores; e outros com menos. Há estados-membros que, com a redução da faixa de frequências disponível da TDT, aproveitaram este processo para migrar para novas tecnologias, nomeadamente, para o DVB-T2 e para um formato de compressão de vídeo mais eficiente.

A TDT portuguesa não adotou o protocolo DVB-T2?

 

Não. (É usada a primeira versão do DVB-T) Mantivemos a tecnologia porque a atual rede tem capacidade para nove serviços de programas televisivos (canais de TV) – mas a rede não transporta esses nove serviços de programas, apenas tem sete. Portanto, não faz sentido haver uma evolução da tecnologia para ter uma rede com mais capacidade, porque a rede continua a ter uma capacidade totalmente excedentária. Por outro lado, a população que usa a TDT, que corresponde às pessoas com mais baixos recursos, não tem de comprar novos equipamentos, uma vez que os equipamentos que têm em casa continuam a receber o sinal.

E do ponto de vista tecnológico, não faria sentido migrar para o protocolo DVB-T?

Portugal tem (espetro disponível para) seis redes de TDT planeadas. Estamos a utilizar uma. Há espetro para mais cinco. Se o Governo e a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) assim o entenderem, podem ter DVB-T, porque estão preparadas para isso. A política do audiovisual não cabe à Anacom. À Anacom compete criar condições técnicas para política audiovisual do País. Mas a política audiovisual do País compete ao Governo e à ERC. Será o Governo, em conjunto com a ERC, que nos dirá se será preciso lançar um concurso público para criar mais uma, duas ou três redes de TDT, de forma a que essas redes consigam contemplar o número de serviços que entenderem.

Se alguma vez vierem a ser lançadas, essas redes de TDT até poderão concorrer com as redes fixas que já existem.

Sim.

O que nos leva a acreditar que os problemas registados em 2012 não se repetem durante 2020?

A TDT foi lançada em 2009, mas o que aconteceu é que as pessoas só migraram para a TDT, quando foram obrigadas, com o desligamento das estações analógicas, cuja primeira fase ocorreu em janeiro de 2012. Por isso é que se diz que a introdução da TDT foi em 2012. Houve um período de três anos em que coexistiram a tecnologia analógica e a tecnologia digital. O problema é que, como não houve qualquer incentivo para a migração, as pessoas só migraram quando foram obrigadas…

… eventualmente, os equipamentos compatíveis também estavam longe de abundar!

Havia equipamentos, o que não havia era incentivos para as pessoas migrarem, apesar de estarem previstos… como um canal de alta definição e um novo canal de televisão generalista. Só que, por questões que não dizem respeito à Anacom, e dirão mais respeito à ERC e ao Governo, nem o canal de alta definição nem o novo canal viram a luz do dia. Esses eram dois grandes incentivos para as pessoas migrarem da tecnologia analógica para a tecnologia digital. Com mais serviços disponíveis as pessoas migrariam com mais vontade…

E esse cenário de corrida de última hora não se poderá repetir?

Não há incentivo nenhum para a migração e as pessoas só poderão migrar quando o emissor mudar de frequência. Vamos fazer este piloto esta quarta feira, na zona de Odivelas, porque temos um conjunto de ações para auxiliar a população neste processo. E queremos ver num ambiente limitado se estas ações são boas, e se se adequam às necessidades da população, de forma a que, entre esta quarta-feira e o início do processo de lançamento no País, que deverá ocorrer na primeira quinzena de fevereiro, possamos saber da necessidade de adaptar as ações previstas para apoiar a população.

É verdade que a migração da TDT está a atrasar o processo de lançamento das redes de quinta geração de telemóveis (5G)?

Portugal não está atrasado, porque a Anacom, em outubro, determinou que a Meo deveria concluir a libertação das faixas de frequências da TDT até 30 de junho de 2020. Que é também a data definida pela Comissão Europeia. Por outro lado, não basta libertar a faixa para que a 5G apareça. Há que atribuir o espetro que foi libertado aos diversos operadores. De acordo com a consulta pública sobre a limitação dos direitos de utilização de frequências para a 5G, prevê-se que o leilão ocorra em junho de 2020 e que os títulos habilitantes para que os operadores comecem a usar a faixa dos 700 MHz sejam concluídos até agosto de 2020. Quando os operadores receberem os títulos habilitantes já a faixa dos 700 MHz estará liberta da TDT. Pelo que o processo da TDT não influi de modo nenhum em atrasos da 5G, nomeadamente, na utilização da faixa dos 700 MHz… além disso, a 5G não vai ser introduzida apenas na faixa dos 700 MHz. Vai aproveitar essencialmente a faixa dos 3,4 aos 3,6 GHz.

Quantos utilizadores de TDT há em Portugal?

Temos uma estimativa quanto à percentagem que acede exclusivamente aos serviços de TDT que ronda os 13%. Se juntarmos os casos em que a TDT é usada como segunda ou terceira opção para clientes que também têm contratos de satélites ou IPTV em casa, o serviço deverá contar com cerca de 20% da população. Estimamos que 30% destes 20% não deverão ter de fazer nada (porque estão em áreas cobertas pelos 25 emissores que já procederam à migração para os sistemas multifrequência).

Fonte:http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2019-11-27-Portugal-podia-ter-seis-TDT-mas-so-tem-uma.-Que-volta-a-mudar-a-partir-de-hoje

 

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Parlamento discute hoje proposta para inclusão de todos os canais da RTP na TDT

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Os bloquistas vão entrar esta segunda-feira, no Parlamento, um projecto de resolução que recomenda ao Governo a adopção de medidas para alargar a oferta do serviço público disponível na televisão digital terrestre (TDT), avança o “Jornal de Negócios”. 

O objectivo, sabe o jornal, é incluir todos os serviços disponibilizados pela RTP na TDT, nomeadamente a RTP Madeira, Açores, África e Internacional, para que estes canais públicos não estejam apenas ao acesso de subscritores de serviços por cabo. O partido liderado por Catarina Martins considera que, por serem pagos pelos contribuintes, devem estar disponíveis em sinal aberto.

Desde Dezembro de 2016, que a RTP 3 e a RTP Memória passaram a estar na grelha da TDT,  juntando-se, assim, à RTP 1, RTP 2, SIC, TVI e Canal Parlamento. Agora, o Bloco de Esquerda pretende evitar uma maior segmentação do mercado publicitário, ficando os canais públicos sem publicidade nas respectivas emissões em TDT. Em Julho passado, o Parlamento aprovou uma recomendação idêntica do PSD.

Já os canais privados na TDT continuam em suspenso. O Governo prometeu abrir concurso para dois novos canais privados na TDT, um de informação e outro de desporto, há mais de três anos, com a intenção de concluir o processo antes das últimas legislativas. Em Setembro de 2018, remeteu o caderno de encargos, relativo à atribuição de duas novas licenças para operadores privados, para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Todavia, os dois espaços disponíveis na TDT continuam por ocupar.

Recorde-se que, a TDT sofreu uma mudança de frequências na passada quarta-feira, 27 de Novembro, no concelho de Odivelas. Esta alteração faz parte do projecto-piloto para recepção de 5G, prevista para 2020.

Fonte:https://executivedigest.sapo.pt/parlamento-discute-hoje-proposta-para-inclusao-de-todos-os-canais-da-rtp-na-tdt/

Bloco de Esquerda leva ao Parlamento mais canais da RTP na TDT
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O Bloco de Esquerda apresentou um projecto de resolução para que a Assembleia da República recomende ao governo a entrada de mais canais do universo RTP na TDT.Em Dezembro de 2016, a TDT passou a contar com os canais RTP 3 e RTP Memória, que se juntaram à RTP 1, RTP 2, SIC, TVI e Canal Parlamento. No entanto, no entendimento do partido de Catarina Martins, “permanecem indisponíveis todos os serviços de programa da RTP, nomeadamente os serviços das regiões autónomas – RTP Madeira e RTP Açores –, bem como a RTP Internacional e RTP África”.

O Bloco admite que a entrada destes quatro canais da televisão pública poderá levar à repetição de programas transmitidos na TDT, mas ressalva que, “tendo estes canais linhas editoriais próprias e sendo pagos por todos os portugueses, configura-se obrigatória a sua disponibilização através de sinal aberto”.

O texto do projecto de resolução relembra ainda que o anterior governo enviou para a Entidade Reguladora da Comunicação Social, em 2018, a documentação necessária para o lançamento dos concursos para um novo canal de informação e outro de desporto na TDT, sem que tenha havido qualquer desenvolvimento.

Fonte:https://www.meiosepublicidade.pt/2019/12/bloco-esquerda-leva-ao-parlamento-canais-da-rtp-na-tdt/

Editado por TekClub
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há 20 minutos, RPSG disse:

O BE não tem a menor ideia do que passa nesses canais da RTP, pois não? É que a maioria é conteúdo das RTP's que já estão na TDT!

Exatamente. Se o público já se queixava dos simultâneos RTP1/RTP3, imaginem só quando puserem a RTP Madeira e Açores...
Além do mais, se a TDT tivesse mais do que um multiplex, aí a história seria outra. Ora, como só é possível ter atualmente um máximo de 9 canais, acho um desperdício de espaço da rede TDT.

Editado por LP 98
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  • 1 mês depois...

Governo vai reavaliar concurso dos dois novos canais de TDT

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O Governo vai reavaliar a questão do concurso de novos canais privados da TDT, que previa a atribuição de duas novas licenças aos operadores privados na TDT, um temático na área de informação e outro desportivo.

“A nossa vontade de ocupar o espaço existente no primeiro multiplexer [bolsa de canais] da TDT é absoluta e total, ou seja, não faz sentido haver esse espaço e ele não ser ocupado”, afirmou Nuno Artur Silva, secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.

A oferta da televisão digital terrestre “deve ser completa, aquilo que aconteceu é que houve, por um lado, um certo impasse na negociação da Altice [que gere a TDT] em relação a esta plataforma”, apontou esta segunda-feira no Parlamento, citado pela Lusa. “E agora, mais recentemente, uma mudança no panorama televisivo que é conhecido não só em termos nacionais, com a situação da TVI [que está a ser comprada pela Cofina], mas também em termos internacionais, com o aumento das ofertas de streaming”.

“Parece-nos, e isso tem tido o acordo de todas as pessoas com quem temos falado, que esta nova situação dos media em Portugal e no mundo merece uma reavaliação da oferta da TDT em relação a esses dois canais”, considerou Nuno Artur Silva que assegura, citado pela Lusa, que “essa reavaliação será rápida”.

Em Junho de 2016, o Conselho de Ministros aprovou o alargamento da oferta da TDT, o que previa dois canais da RTP sem publicidade e outros dois para os privados, estes últimos atribuídos mediante concurso. As emissões da RTP3 e da RTP Memória na TDT arrancaram a 1 de Dezembro desse ano.

O Governo vai reavaliar a questão do concurso de novos canais privados da TDT, que previa a atribuição de duas novas licenças aos operadores privados na TDT, um temático na área de informação e outro desportivo.

“A nossa vontade de ocupar o espaço existente no primeiro multiplexer [bolsa de canais] da TDT é absoluta e total, ou seja, não faz sentido haver esse espaço e ele não ser ocupado”, afirmou Nuno Artur Silva, secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.

A oferta da televisão digital terrestre “deve ser completa, aquilo que aconteceu é que houve, por um lado, um certo impasse na negociação da Altice [que gere a TDT] em relação a esta plataforma”, apontou esta segunda-feira no Parlamento, citado pela Lusa. “E agora, mais recentemente, uma mudança no panorama televisivo que é conhecido não só em termos nacionais, com a situação da TVI [que está a ser comprada pela Cofina], mas também em termos internacionais, com o aumento das ofertas de streaming”.

“Parece-nos, e isso tem tido o acordo de todas as pessoas com quem temos falado, que esta nova situação dos media em Portugal e no mundo merece uma reavaliação da oferta da TDT em relação a esses dois canais”, considerou Nuno Artur Silva que assegura, citado pela Lusa, que “essa reavaliação será rápida”.

Em Junho de 2016, o Conselho de Ministros aprovou o alargamento da oferta da TDT, o que previa dois canais da RTP sem publicidade e outros dois para os privados, estes últimos atribuídos mediante concurso. As emissões da RTP3 e da RTP Memória na TDT arrancaram a 1 de Dezembro desse ano.

Fonte:https://www.meiosepublicidade.pt/2020/01/governo-vai-reavaliar-concurso-dos-dois-novos-canais-tdt/

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  • 3 semanas depois...
On 21/01/2020 at 00:18, Televisão 10 disse:

Não se entende como é que a TDT portuguesa não permite tantos canais quanto as de outros países europeus.

Além disso, os canais não são em HD!

Questões técnicas. Só temos um MUX e não parece que haja vontade política ou das empresas de media em abrir outro.

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  • 2 semanas depois...
On 20/01/2020 at 21:22, ATVTQsV disse:

A Saorview até parece a nossa TDT 25.0. Parece o rumo que a nossa TDT devia seguir! Canais em HD! Rádios! Teletexto digital! E nós continuamos a ser retrógrados?

Os canais da TDT portuguesa estão em SD? que vergonha! aqui estão a dar todos os canais em Full HD (infelizmente muitos canais são de igreja :banghead:)

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agora mesmo, PierreDumont disse:

Os canais da TDT portuguesa estão em SD? que vergonha! aqui estão a dar todos os canais em Full HD (infelizmente muitos canais são de igreja :banghead:)

É verdade, olhe que até Singapura tem menos canais na TDT deles do que nós (seis - o Okto fechou no ano passado) e estão todos em HD, e nós continuamos presos com este esboço de TDT europeia de 2003 :banghead:

Dentro dos PALOPs estou a ver um grande progresso na TDT cabo-verdIana. Sei que Angola adoptou o vosso formato (ISDB-T) no ano passado (igual ao do Botswana) mas ainda não vi desenvolvimentos.

Aqui podes ver um anúncio aos serviços interactivos da Botswana Television (em setswana, mas com anotações em inglês):

 

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há 14 minutos, ATVTQsV disse:

É verdade, olhe que até Singapura tem menos canais na TDT deles do que nós (seis - o Okto fechou no ano passado) e estão todos em HD, e nós continuamos presos com este esboço de TDT europeia de 2003 :banghead:

Dentro dos PALOPs estou a ver um grande progresso na TDT cabo-verdIana. Sei que Angola adoptou o vosso formato (ISDB-T) no ano passado (igual ao do Botswana) mas ainda não vi desenvolvimentos.

Aqui podes ver um anúncio aos serviços interactivos da Botswana Television (em setswana, mas com anotações em inglês):

 

Fui aceder à plataforma da TDT de Cabo Verde na Internet e descobri que eles estão a dar 2 canais em língua francesa (France 24 e TV5 Monde). Tu sabes o porque destes canais estarem na TDT cabo-verdiana?

Fiquei deveras surpreso com a adoção angolana da norma nipo-brasileira (ISDB-T), acreditava que a tendência natural seria o DVB-T, seguindo o exemplo português. Acredito que o único período em que todos os países lusofónos adotaram o mesmo padrão foi com a TV em cores com a adoção da norma PAL em todos os países que falam a língua de Camões. 

A TDT brasileira não é exemplo para nenhum país. A começar que cada canal tem seu emissor em separado dos demais e, sendo assim, não existe uma plataforma. Os canais digitais são exatamente os mesmos analógicos que haviam antes. E agora, mais que nunca, os canais religiosos se multiplicaram na velocidade da luz. A minha única esperança é com a TDT do satélite que, aos poucos, está substituindo os velhos canais analógicos da antena parabólica. Desde o fim do ano passado, a plataforma SAT HD Regional está dando o canal TV Diário, após 10 anos do seu sumiço forçado. Com a chegada do 5G, se discute a possibilidade de migrar a TDT satelital para a Banda Ku, eliminando a necessidade de antenas de grande porte (as antenas parabólicas da Banda C exige uma grande antena cujo o diâmetro vai de 1,5 a 2 metros). 

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há 13 minutos, PierreDumont disse:

Fui aceder à plataforma da TDT de Cabo Verde na Internet e descobri que eles estão a dar 2 canais em língua francesa (France 24 e TV5 Monde). Tu sabes o porque destes canais estarem na TDT cabo-verdiana?

Provavelmente tem algo a ver com o envolvimento da França nos países subdesenvolvidos em África, quer sejam colónias antigas ou não. Sei que a TV5MONDE emite em via hertziana em São Tomé e Príncipe.

  • Surpresa 1
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há 1 hora, PierreDumont disse:

Os canais da TDT portuguesa estão em SD? que vergonha! aqui estão a dar todos os canais em Full HD (infelizmente muitos canais são de igreja :banghead:)

Sim. Ainda chegou a haver um HD que emitiu o AXN HD e o Syfy HD numa altura em testes, mas depois ficou a preto. Foi substituído pela RTP3 e pela RTP Memória no final de 2016.

há 1 hora, PierreDumont disse:

Fui aceder à plataforma da TDT de Cabo Verde na Internet e descobri que eles estão a dar 2 canais em língua francesa (France 24 e TV5 Monde). Tu sabes o porque destes canais estarem na TDT cabo-verdiana?

Fiquei deveras surpreso com a adoção angolana da norma nipo-brasileira (ISDB-T), acreditava que a tendência natural seria o DVB-T, seguindo o exemplo português. Acredito que o único período em que todos os países lusofónos adotaram o mesmo padrão foi com a TV em cores com a adoção da norma PAL em todos os países que falam a língua de Camões. 

A TDT brasileira não é exemplo para nenhum país. A começar que cada canal tem seu emissor em separado dos demais e, sendo assim, não existe uma plataforma. Os canais digitais são exatamente os mesmos analógicos que haviam antes. E agora, mais que nunca, os canais religiosos se multiplicaram na velocidade da luz. A minha única esperança é com a TDT do satélite que, aos poucos, está substituindo os velhos canais analógicos da antena parabólica. Desde o fim do ano passado, a plataforma SAT HD Regional está dando o canal TV Diário, após 10 anos do seu sumiço forçado. Com a chegada do 5G, se discute a possibilidade de migrar a TDT satelital para a Banda Ku, eliminando a necessidade de antenas de grande porte (as antenas parabólicas da Banda C exige uma grande antena cujo o diâmetro vai de 1,5 a 2 metros). 

Provavelmente esses canais estão na TDT caboverdiana devido a alguma influência francófona nessa zona do continente. Tenho ideia que também é normal receber-se emissões de rádio em francês por aquelas bandas.

Quanto a Angola, a mudança supostamente deve-se a uma questão de custos, segundo o que refere o governo angolano. A meu ver quem perde são os angolanos, que passam de uma norma com um mercado inundado de oferta a nível de equipamentos, para um muito escasso nisso. Além disso, torna quase todas as TVs actuais vendidas em território angolano em pisa-papéis para quem quer ver TV terrestre.

Editado por JDaman
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há 14 horas, JDaman disse:

Quanto a Angola, a mudança supostamente deve-se a uma questão de custos, segundo o que refere o governo angolano. A meu ver quem perde são os angolanos, que passam de uma norma com um mercado inundado de oferta a nível de equipamentos, para um muito escasso nisso. Além disso, torna quase todas as TVs actuais vendidas em território angolano em pisa-papéis para quem quer ver TV terrestre.

Suspeito que a adesão de Angola ao padrão nipo-brasileiro ISDB tenha alguma relação com as mudanças políticas que ocorreram por lá. Não sei se houveram mudanças no DVB, mas um dos motivos para o Brasil não ter adotado a norma europeia foi a necessidade do uso da rede telefônica para a emissão de canais digitais em telemóveis e demais aparelhos portáteis.. Imagino que o Sr. João Lourenço não queira uma parceria da TPA com a Unitel da polêmica Sra. Isabel dos Santos. 

A oferta de equipamentos para a emissão em TV Digital em ISDB para Angola não será um grande problema, já que 20 países adotaram a supracitada norma. A questão é a inutilização de vários aparelhos de ecrã plano, vendidos sob a norma europeia.  A minha surpresa é não terem adotado a norma chinesa DTMB como fez Timor Leste.

A título de curiosidade: por influência brasileira, o ISDB foi adotado pela maior parte dos países da América Latina, exceto dois: Colômbia e Panamá, que adotaram a norma DVB. Por sua vez, Angola e Botswana foram os únicos países a adotarem a norma ISDB na África. 

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há 16 horas, JDaman disse:

Provavelmente esses canais estão na TDT caboverdiana devido a alguma influência francófona nessa zona do continente. Tenho ideia que também é normal receber-se emissões de rádio em francês por aquelas bandas.

Se não estiver enganado,  a TV5MONDE já esteve lá desde os tempos do analógico, e é emitida em São Tomé e Príncipe e na Guiné-Bissau também salvo erro.

A TDT deles tem 7 canais: TCV, TIVER, RecordTV Cabo Verde, RTP África, RTP 3, TV5MONDE e France 24. Só a RTP 3 e a France 24 são os canais que estão "a mais" face à plataforma analógica. Há também quatro rádios mas não sei quais são. Salvo erro, a RCV, a Rádio Morabeza e talvez a RCV+ e a Crioula FM (da Global Diffusion? Pois aparenta usar o logo antigo da Record FM de Lisboa). E segundo esta imagem, estão a testar o Sistema Terra Verde (canal de música por cabo) e canais em HD.

Cabo Verde usa a norma DVB-T2, que Portugal devia ter adoptado em 2012, mas depois ameaçaram com uma meta para implementar até 2015. Portugal parece que continua com uma TDT no nível de Angola.

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há 22 horas, PierreDumont disse:

Suspeito que a adesão de Angola ao padrão nipo-brasileiro ISDB tenha alguma relação com as mudanças políticas que ocorreram por lá. Não sei se houveram mudanças no DVB, mas um dos motivos para o Brasil não ter adotado a norma europeia foi a necessidade do uso da rede telefônica para a emissão de canais digitais em telemóveis e demais aparelhos portáteis.. Imagino que o Sr. João Lourenço não queira uma parceria da TPA com a Unitel da polêmica Sra. Isabel dos Santos. 

A oferta de equipamentos para a emissão em TV Digital em ISDB para Angola não será um grande problema, já que 20 países adotaram a supracitada norma. A questão é a inutilização de vários aparelhos de ecrã plano, vendidos sob a norma europeia.  A minha surpresa é não terem adotado a norma chinesa DTMB como fez Timor Leste.

A título de curiosidade: por influência brasileira, o ISDB foi adotado pela maior parte dos países da América Latina, exceto dois: Colômbia e Panamá, que adotaram a norma DVB. Por sua vez, Angola e Botswana foram os únicos países a adotarem a norma ISDB na África. 

Sim, diria que as questões políticas tiveram mais a ver com isso do que a desculpa oficial dada para a troca. Mas não deixa de colocar os angolanos em desvantagem, a meu ver, tendo em conta a disponibilidade de equipamentos, a transmissão de conteúdos noutras plataformas em normas DVB (satélite e cabo) e o facto das normas DVB serem sempre trabalhadas com vista a melhorias de eficiência (basta ver como o DVB-T e o ISDB quase se igualam a nível de eficiência, mas depois são ambos batidos por melhorias de norma no DVB).

há 20 horas, ATVTQsV disse:

Se não estiver enganado,  a TV5MONDE já esteve lá desde os tempos do analógico, e é emitida em São Tomé e Príncipe e na Guiné-Bissau também salvo erro.

A TDT deles tem 7 canais: TCV, TIVER, RecordTV Cabo Verde, RTP África, RTP 3, TV5MONDE e France 24. Só a RTP 3 e a France 24 são os canais que estão "a mais" face à plataforma analógica. Há também quatro rádios mas não sei quais são. Salvo erro, a RCV, a Rádio Morabeza e talvez a RCV+ e a Crioula FM (da Global Diffusion? Pois aparenta usar o logo antigo da Record FM de Lisboa). E segundo esta imagem, estão a testar o Sistema Terra Verde (canal de música por cabo) e canais em HD.

Cabo Verde usa a norma DVB-T2, que Portugal devia ter adoptado em 2012, mas depois ameaçaram com uma meta para implementar até 2015. Portugal parece que continua com uma TDT no nível de Angola.

Portugal não adoptou DVB-T2 em 2012, porque as primeiras implementações do mesmo na Europa surgem numa altura em que o caderno de encargos da Anacom já tinha ditado há anos que seria DVB-T com H.264. Não se pode adoptar o que ainda não existe, que eu saiba. E a mudança para DVB-T2 só compensa se eventualmente criarem um mux para emitir os canais actuais da oferta em HD em H.265/HEVC e mais alguns testes em 4K. Mas já todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo.

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  • 2 semanas depois...
On 25/02/2020 at 00:04, PierreDumont disse:

Os canais da TDT portuguesa estão em SD? que vergonha! aqui estão a dar todos os canais em Full HD (infelizmente muitos canais são de igreja :banghead:)

Para falar a verdade acho que o que falta na TV portuguesa é diversidade, não tenho qualquer interesse em ver a Cristina Ferreira ou o Goucha em alta definição, simplesmente não vejo. Por isso como utilizador da TDT que sou dou preferência a mais canais em SD do que a canais HD. De qualquer forma já não existe largura de banda no actual mux para transportar mais do que um canal em HD.

Em dias de propagação, consigo apanhar alguns mux's espanhois, não todos. Um desses mux's transporta apenas 4 canais e mais algumas estações de rádio. Os canais de televisão são: Disney Channel, Paramount, DMax e Gol. E é isto mesmo que falta na TDT portuguesa, é diversidade. O espanhois num único mux têm mais diversidade do que a nossa TDT.

Defendo, e sempre defendi que os novos canais deveriam ser atribuídos por áreas de interesse, um canal de informação (já lá está, é a RTP3, não é preciso outro), um canal infanto-juvenil, um canal de desporto e finalmente um canal de entretenimento (seja ele de filmes/séries ou até mesmo algo do género do DMax espanhol).

Faltam atribuir dois canais SD na nossa TDT, se removêssemos a ArTV (300 telespectadores por dia, a sério o que é que aquilo está lá a fazer, neste momento está a custar mais de 10 mil euros por telespectador) ficavam a faltar 3 canais SD. É exactamente o que falta para escolher os canais das áreas de interesse que citei acima.

De todas as áreas de interesse, julgo, que apenas o canal infanto-juvenil não seria possível, simplesmente porque não deverá haver mercado publicitário.

E é assim que eu vejo a TDT em Portugal. Seria bem melhor com mais mux's, pois poderiamos por finalmente canais em HD, não entanto não abdico do mínimo dos mínimos, e o mínimo é ter uma TDT estruturada para fornecer, mesmo na sua limitação natural de apenas ter um mux, diversidade. E esta é a palavra chave, DIVERSIDADE.

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há 2 horas, Tuor disse:

Para falar a verdade acho que o que falta na TV portuguesa é diversidade, não tenho qualquer interesse em ver a Cristina Ferreira ou o Goucha em alta definição, simplesmente não vejo. Por isso como utilizador da TDT que sou dou preferência a mais canais em SD do que a canais HD. De qualquer forma já não existe largura de banda no actual mux para transportar mais do que um canal em HD.

Em dias de propagação, consigo apanhar alguns mux's espanhois, não todos. Um desses mux's transporta apenas 4 canais e mais algumas estações de rádio. Os canais de televisão são: Disney Channel, Paramount, DMax e Gol. E é isto mesmo que falta na TDT portuguesa, é diversidade. O espanhois num único mux têm mais diversidade do que a nossa TDT.

Defendo, e sempre defendi que os novos canais deveriam ser atribuídos por áreas de interesse, um canal de informação (já lá está, é a RTP3, não é preciso outro), um canal infanto-juvenil, um canal de desporto e finalmente um canal de entretenimento (seja ele de filmes/séries ou até mesmo algo do género do DMax espanhol).

Faltam atribuir dois canais SD na nossa TDT, se removêssemos a ArTV (300 telespectadores por dia, a sério o que é que aquilo está lá a fazer, neste momento está a custar mais de 10 mil euros por telespectador) ficavam a faltar 3 canais SD. É exactamente o que falta para escolher os canais das áreas de interesse que citei acima.

De todas as áreas de interesse, julgo, que apenas o canal infanto-juvenil não seria possível, simplesmente porque não deverá haver mercado publicitário.

E é assim que eu vejo a TDT em Portugal. Seria bem melhor com mais mux's, pois poderiamos por finalmente canais em HD, não entanto não abdico do mínimo dos mínimos, e o mínimo é ter uma TDT estruturada para fornecer, mesmo na sua limitação natural de apenas ter um mux, diversidade. E esta é a palavra chave, DIVERSIDADE.

Nada supera a TDT italiana em termos de diversidade. Por lá são mais de 120 canais com qualidade SD ou HD. É um exemplo não só para Portugal como para todo o Mundo. 
 

Mas, acredite, é melhor ver a Cristina que a inundação de pastores e padres da TDT brasileira. Por decreto, é proibida a criação de MUXs de uso comercial e não existe a figura do operador de sistema. Sendo assim, a ocupação de frequências é anti-econômica e o espectro ficou rapidamente cheio. Não existem canais segmentados na TDT daqui e se quiser maior diversidade, terás que recorrer a uma antena parabólica de 1,5 a 2m e buscar os múltiplos satélites. 

 

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há 18 minutos, PierreDumont disse:

Nada supera a TDT italiana em termos de diversidade. Por lá são mais de 120 canais com qualidade SD ou HD. É um exemplo não só para Portugal como para todo o Mundo. 
 

 

A TDT italiana por incrível que pareça está inundada por 1357 clones do Canale Italia, televisões locais e canais de "televendita". Muitos dos clones do Canale Italia nem sequer são nacionais, parece que chegam a ter um grau de superioridade fictício por terem mais canais do que a Rai ou do que a Mediaset, o que é chocante e/ou consternante.

Boa parte destes canais (que não estão no vídeo) até parecem ter vindos da sétima camada da deep web!

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