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Memórias RTP1


João

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Por acaso foi naquela época que a RTP começou a emitir em estéreo, mas em programas seleccionados com a indicação "Stereo" no canto esquerdo, como o parabéns e em algumas estreias de filmes na Lotação Esgotada , como o "Die Hard 2(Assalto ao Aeroporto)" e o T2, que deram na altura da nova temporada, ah, e como agora falo nisso:

Eu tenho (ou se calhar, tinha) este folheto ou desdobrável como o Zé Fialho lhe chamava ali em casa da minha bisavó em Caldas de Aregos, Rezende, num lado tinha um jogo de tabuleiro onde se passa nos estúdios de Televisão e no outro lado era um poster promocional em que tinha gafe super hilariante, referia:

..."Exterminador Implacável 2" e o "Dia do Julgamento"...

:rofl::rofl::rofl::rofl:

Mas já não vou lá desde de há 2 anos porque está lá um primo do meu pai que é bêbado :alcoholic: que anda lá a partir e a roer tudo lá dentro, e ainda não temos solução defenitiva para tirar-lhe lá e reparar os estragos causados. Pena:80::negative::banghead::crying: 

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Por esta altura a Comercial já só emitia em FM estéreo (ou já cederam os emissores em onda média antes de 1993), e nos últimos meses como rádio pública chegou a emitir o Telejornal nestas condições. Algo que acho que aconteceu noutros países, mas devo estar a confundir-me todo.

Por acaso, este é outro exemplo de um noticiário em simultâneo com uma rádio:

(O Mabat é emitido todas as noites em simultâneo com a Reshet Bet - 95.5 FM)

Actualmente o Telejornal da RTP não tem emissão simultânea com alguma rádio, mas que eu saiba, os noticiários televisivos da Coreia do Sul (pelo menos parte deles) são emitidos nestas condições também.

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Entre o final dos anos 90 e o incio dos anos 2000 a RTP apostou em talk shows para as tardes, talvez para fazer concorrência ao programa que a Fátima Lopes tinha nas tardes da SIC.

"Amigo Público", "Vencedores", "Emoções Fortes" foram algumas das apostas.

Eu lembro-me em especial do "Boa Tarde".:haha: Sim  a RTP1 também teve o seu "Boa Tarde".

 

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há 1 hora, Rangel disse:

Talvez o primeiro programa da RTP gravado totalmente a cores, a 28-02-1977
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/comunicacao-ao-pais-do-primeiro-ministro-mario-soares-2/ 

A primeiríssima experiência a cores, no especial das Eleições de 1976, foi apenas parte da emissão, certo?

E curioso que no final desse vídeo aparece o "logo da antena" da RTP, só que a versão com a esfera armilar ao centro, sendo que no Logopedia diz que a esfera desapareceu em 1968... Para mim, a esfera só terá sido retirada em 1974/75 com o fim do Estado Novo, a passagem da RTP a Empresa Pública, a criação da RDP... etc. Mas enfim, não deixa de ser curioso ainda o utilizarem em 1977.

Editado por LP 98
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13 hours ago, LP 98 said:

A primeiríssima experiência a cores, no especial das Eleições de 1976, foi apenas parte da emissão, certo?

Sim. 

https://www.publico.pt/2006/04/25/jornal/25-de-abril-de-1976-o-dia-da-revolucao-da-cor--na-televisao-portuguesa-75477

Embora existam imagens das eleições de 1975 também a cores, mas julgo que a emissão foi toda a preto e branco. Em qualquer dos casos, no formato SECAM, cedido por franceses. Em 1977 a RTP escolheu em definitivo o formato PAL.

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há 12 minutos, LP 98 disse:

Olhem só o que encontrei... No minuto 3:14, não vos soa familiar? ;)

 

"Achievements of man", mais conhecido como o tema do telejornal da RTP entre 83-84.

Ou tema do think again da BBC

E esta hein:

https://www.apmmusic.com/albums/KPMK-1348/KPM_KPMK_1348_00101

2a faixa

 

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Uma pergunta, especialmente para ti @Rangel, o grafismo da chegou primeiro ás auto-promoções ou foi tudo de uma vez tendo em consideração estes dois vídeos:

 

No 2º video era mesmo assim, o video foi editado ou era por acaso?

E mais uma coisa aqui fica um relógio antecedendo o bloco de noticias de sábado:

 

rtp-10a.jpg.c7b9f60f73bc40008d5c9ee684f120f7.jpg

Editado por Vascof2001
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Não tenho 100% de certeza, mas creio que houve uma altura em que misturaram os dois grafismos (até porque o separador da publicidade parece estar 'acelerado' relativamente à versão original). Diria que isso foi assim a partir de 16 de outubro, que foi quando a informação da RTP1 foi renovada.

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38 minutes ago, Vascof2001 said:

Deve ter sido, até porque sempre foi assim para a 2.

Aqui tens a noticia desta mudança

http://www.record.pt/fora-de-campo/detalhe/desporto-com-espaco-alargado-no-telejornal.html

Boa escavação! 
Confirma-se a ideia que tinha que o noticiário na RTP2 nunca chegou a mudar, ou melhor, só mudou em Janeiro/Fevereiro de 2002,  já com Emídio Rangel na direcção. E o Jogo Falado que aí é referido também não teve alterações. Podem ver no ecrã gigante que utilizou até ao fim (em 2002) o grafismo de 98:

 

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há 27 minutos, Rangel disse:

Confirma-se a ideia que tinha que o noticiário na RTP2 nunca chegou a mudar, ou melhor, só mudou em Janeiro/Fevereiro de 2002,  já com Emídio Rangel na direcção.

Pelo que se vê Neste video de 2001, o Jornal 2 já usava o novo cenário, se calhar só alteram o cenário e mantiveram o grafismo em 2000.

Edit: grafismo de natal 2001 da 2, prestem atenção ao final:

 

Editado por Vascof2001
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Essa música da publicidade do Contra era mítica.

2 hours ago, Vascof2001 said:

Pelo que se vê Neste video de 2001, o Jornal 2 já usava o novo cenário, se calhar só alteram o cenário e mantiveram o grafismo em 2000.

Pena nesse vídeo não aparecerem os oráculos... nem o genérico.

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A tua história de subestação: capítulo 9: O Tal Canal

Ano de 1983. A televisão em Portugal estava restrita a dois canais no continente e um canal para as regiões autónomas. Quem vivia perto da fronteira apanhava o monopólio de nuestros hermanos. Cá, a RTP era vítima de dezenas de alterações com regularidade: alterações no mapa-tipo, taxa, redução do horário. O humor no ecrã lusitano estava reduzido a revistas à portuguesa e poucos produtos derivados. Um exemplo destes era o Riso e Ritmo (de 1964) que consistia pura e exclusivamente em anedotas contadas por dois homens (o riso) intercalada por canções (o ritmo). Nos anos 70, Herman José entra em cena. No Nicolau no País das Maravilhas, uma das rábulas populares era a canção do Sr. Feliz e Sr. Contente, cujo refrão mantinha-se igual. Só mudava a letra consoante as notícias da semana. O único que sobrevive fala sobre o preço dos ovos - em 2017 isto ainda é relevante?

Depois veio o Eu Show Nico, mais tarde o Sabadabadu, entre outros do género. Porém, a comédia televisiva ainda estava infectada pela revista à portuguesa. Ainda era considerada algo "monótona". Até que um belo dia, Herman José acidentalmente deita de uma assentada só duas bombas:

Pode não ter tido os efeitos malignos de Hiroshima e Nagasaki, mas a bomba Hiroshima era o estilo de humor e a de Nagasaki era a música: Herman José fez uma espécie de rap numa altura em que em Portugal havia pouco rap (no mesmo ano saiu Os Lusitansos, a história de Portugal em rap). Se há outra comparação a considerar, temos a do Feiticeiro de Oz: "I think I'm not in Sabadabadu anymore". Porque na altura em que o programa estreou, boa parte dos telespectadores ficaram consternados pelo tipo de humor que estava a ser tratado: humor sobre a televisãp. Claro, fazer rábulas sobre a televisão num programa destinado inteiramente a estes fins não foi uma novidade, pelo menos no velho continente, onde os britânicos foram os pioneiros com o Do Not Adjust Your Set, da Rediffusion. O conceito fora popularizado pela série canadiana (e posteriormente americana) SCTV, mais ou menos na mesma altura em que saiu (fim dos anos 70) a London Weekend Television faz outra série, End of Part One, que começava a satirizar uma telenovela tipo Coronation Street cujos episódios começavam com sketches de continuidade fictícios mas depois a série focou mais na sátira à continuidade. Cá em Portugal já se fez Moita Carrasco, considerada "a primeira telenovela portuguesíssima" mas as personagens tinham de falar com sotaque brasileiro, como na Rádio Cidade de outrora.

Mas um programa inteiro a satirizar a televisão, sobretudo os programas portugueses? Na altura era muito à frente, na altura era considerado ficção científica. O Tal Canal estreou a 22 de Outubro de 1983, às 20:30, a começar o horário nobre, depois do Telejornal. (Sim, miudagem, houve uma altura em que o Telejornal durava meia hora e o horário nobra começava mais cedo!)

Vamos então falar sobre como o programa surgiu: o Herman mudou várias vezes de maestro para o tema da série, sobretudo por causa do rap ser uma coisa "ritmada". Acabou por ser o Ramón Galarza para fazer o tema. Mais uma vez, tinha acabado de alterar o clima político da televisão e o Herman tinha contratado alguém progressista, qual membro das revoluções de Maio de 1968: o José Niza. O primeiro guião do Tal Canal voltou para trás censurado (supostamente algum "retrógrado" da RTP não gostou da ideia?) e deu o guião ao Herman. O sucesso do programa foi tal que a RTP decidiu encomendar treze episódios, mas o Herman quis ficar pelos doze porque o Herman já estava cansado de tanto escrever. Depois fez crónicas diárias para a TSF e cansou-se cada vez mais. Só voltou à escrita com o ICQ instalado no seu computador. Por causa disto, pediu ao Nuno Artur Silva para criar  as Produções Fictícias para que o Herman estivesse um pouco mais "confortável", e isto inclui a Herman Enciclopédia (mais detalhes brevemente).

O Tal Canal era, sketch atrás de sketch, semana atrás de semana, um dos programas que viriam a influenciar o longo caminho para as televisões privadas. O conceito geral do programa é uma simulação de um terceiro canal, recorrendo a sátiras de programas existentes, um par de programas criados de raiz para o canal, anúncios e uma locutora de continuidade. Eis aqui um resumo do canal:

-a locutora de continuidade d'"O Tal Canal, o melhor de Portugal", uma locutora de continuidade que aparentemente era mais entusiasmada do que as locutoras que a RTP nos servia;
-o Pr. Dr. Oliveira Casca, empresário egocêntrico e analfabeta presidente do canal e apresentador do programa cultural;
 -a Informação 3, sátira do Informação 2 (será que já houve um Informação 1?), apresentado por Carlos Filinto Botelho (sátira do Carlos Pinto Coelho interpretado por Herman José). Esta personagem iria ser reaproveitada tantos anos mais tarde no Culturismo da Herman Enciclopédia;
-o Momento Infantil, programa dito "pedagógico" apresentado por Palmira Peres, que tenta acalmar o pequeno Nelito (interpretado por... Herman José);
-O Esférico Rolando Sobre a Erva, apresentado por José Esteves (leia-se "José Estebes"), a personagem mais icónica criada nesta série pois já ultrapassou a própria série (até chegou a ser aproveitado na Herman Enciclopédia mas sem sucesso), programa emitido a partir do Centro de Produção do Porto (sim, O Tal Canal também teve um) em que o supracitado José Esteves (que por si só já tinha sempre ar de ter bebido tanto vinho) falava com personalidades do meio futebolístico;
-o Tempo dos Mais Velhos, não, não passava desenhos animados sobre velhotes, era um programa que punha os idosos a ginasticar;
-o Viva a Coltura, programa cultural em que Oliveira Casca (novamente o Herman José) lia poemas (um deles era patrocinado pelo TCC - Tal Canal Comercial e ligava os versos com os anunciantes);
-o Estamos Nesta, que era um programa de música para jovens;
-Jaquina, Jaquina, Jaquina (I've just met a girl named Jaquina, uma Jaquina para ti, outra Jaquina para mim, outra punha a apanhar...). Não sei que programa é que satirizava, mas era um programa para as mulheres e falava sobre a colecção Moda Crise 84. Como o nome indica, o programa era apresentado por várias Jaquinas (uma delas interpretadas pelo Herman) e no genérico aparecia uma ilustração tipo BD feita pelo próprio Oliveira Casca;
-O Tony Silva Super All-Star Show, personagem criada ainda no Passeio dos Alegres um pare de anos antes, tinha menos ar de sketch e sim mais ar de "show within a show" (como boa parte dos sketches), o "grande criador de toda a música ró" convidava algumas personalidades musicais e tocavam no "programa" dele. O facto com que tenha menos ar de sketch porque era mais comprido que os outros;
-O Diário de Marilu, baseado num romance da autora fictícia (aparentemente inglesa) Dorothy Perkins, adaptado pelo Oliveira Casca mas inspirado em duas primas do Herman que costumavam brincar com ele (a imitar filmes, por exemplo). De acordo com a Wikipédia:
"Trata-se da história de Marilu (Herman José), uma jovem inocente que trabalha como criada na casa da senhora dona Condensa da França (Lídia Franco). Aparentemente, Marilu nutre um amor muito puro pelo senhor John Smith (Vítor de Sousa), mas as diferenças sociais impedem a concretização desse sentimento. A única a compreender Marilu é a menina Cilinha (Helena Isabel), filha de Condensa, que é apaixonada por Inácio (Manuel Cavaco), o jardineiro. Entretanto, Graciete (Natália de Sousa), a enfermeira de Condensa, é uma agente infiltrada que pretende apoderar-se do diário de Marilu para o entregar ao seu amante, Fabrícius (Herman José). O diário de Marilu contém um terrível segredo e Fabrícius não tem escrúpulos em usar da violência para atingir os seus fins…";
-O Tal Rural, um TV Rural que só apareceu num episódio;
-a Tal & Escola, sátira à Telescola (aka Ciclo Preparatório TV) cuja única aula era uma de línguas em que os alunos (que não apareciam nas aulas da Telescola) irritavam o professor, sátira àquelas aulas do francês e do "repetez" (calculo eu);
-Página Três, sátira a um tal Página Um, também apareceu num episódio;
-o Fim de Programa (Fim-de-Semana) apareceu justamente no último episódio;
-os anúncios também eram uma constante, desde os Disparates de Natal ao tira-nódoas Benson;
-haviam também alguns sketches soltos como o Música Decâmara (onde podíamos ver um homem a tocar música numa câmara televisiva à moda antiga) ou o Costas de Portugal (que mostrava as costas de vários portugueses).

Espero que tenham gostado, fiz isto meio a correr, mas prometo que eu vou ter de actualizar este e outros capítulos da tua história de subestação.

[PUB]
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Não percam, muito provavelmente em Outubro, a análise grande daquela série licensiosa que é a Enciclopédia do Hermano.
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