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Atualidade & Política


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há 18 minutos, bacalhaucomnatas disse:

preconceito: os mestrados pós-bolonha são as licenciaturas pré

Para quem tem preconceito até estás bastante otimista.

Aos estagiários que eu recebo que já têm licenciatura, têm o primeiro ano do mestrado nas costas, e vêm fazer estagio para a tese, eu diria que mais parece que têm o 9º ano, pois sabem 0 da área, ZERO. Muitos acabam o estágio a dizer "Tudo o que aprendi foi aqui convosco, antes disso não sabia nada."

Eu acho que o ensino está muito banalizado honestamente, chutas uma pedra e encontras quatro "mestres". No entanto, não é desculpa para salários tão baixos, se nem as pessoas com diplomas têm salários decentes, só restam mesmo os muito ricos, metade deles herdeiros, e para mim isso é gravíssimo. 

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há 1 hora, Duarte com D disse:

Para quem tem preconceito até estás bastante otimista.

Aos estagiários que eu recebo que já têm licenciatura, têm o primeiro ano do mestrado nas costas, e vêm fazer estagio para a tese, eu diria que mais parece que têm o 9º ano, pois sabem 0 da área, ZERO. Muitos acabam o estágio a dizer "Tudo o que aprendi foi aqui convosco, antes disso não sabia nada."

Eu acho que o ensino está muito banalizado honestamente, chutas uma pedra e encontras quatro "mestres". No entanto, não é desculpa para salários tão baixos, se nem as pessoas com diplomas têm salários decentes, só restam mesmo os muito ricos, metade deles herdeiros, e para mim isso é gravíssimo. 

eu às vezes navego pelos repositórios académicos abertos e encontro com cada dissertação de mestrado pós-bolonha que me pergunto: como foi possível? esta gente anda a comer gelados com a testa? por outro lado, culpo as propinas e os custos de frequência do ensino superior pelo facto dos estudantes serem apressados, não se quererem arriscar a demorar mais anos para a conclusão como deve ser dos cursos 

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há 25 minutos, bacalhaucomnatas disse:

eu às vezes navego pelos repositórios académicos abertos e encontro com cada dissertação de mestrado pós-bolonha que me pergunto: como foi possível? esta gente anda a comer gelados com a testa? por outro lado, culpo as propinas e os custos de frequência do ensino superior pelo facto dos estudantes serem apressados, não se quererem arriscar a demorar mais anos para a conclusão como deve ser dos cursos 

Esquece na Universidade do Minho, na minha área é uma vergonha.

Quando tive que escrever a minha tese (mesmo durante o primeiro ano de mestrado), tive que analisar teses dos anos anteriores para ir ganhando "noção" do que é escrever de facto uma tese, para me inspirar em temas e ter a ideia por onde queria explorar o meu futuro estagio na área, e digo-te que experiencia. :ph34r: 

Além dos erros ortográficos, que além de inadmissíveis por serem naturalmente mal escritos, mais inadmissíveis eram, porque uma tese não se trata de um comentário nas redes sociais e tem de ser lida umas 300 vezes, já para não falar que o aluno possui um professor universitário como orientador do estágio e da construção da tese, e para além desses erros, muitos tinham "gatos escondidos com o rabo de fora", como, por exemplo, tentaram manter o anonimato da instituição ao longo da tese, inventando nomes fictícios, e depois nos agradecimentos ou na caracterização da instituição espalharam-se, pois não diziam o nome da instituição/organização, mas diziam os premios que estas tinham ganho e o ano em que os ganharam, faz-se um "google" rápido e sabe-se logo onde ocorreu o estágio, anonimato 0. Isto em teses de 16 valores para cima, imagino as que têm 10.  :ph34r:

Editado por Duarte com D
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Eu não sou fã do capitalismo e nem considero que estas medidas sejam, de longe, o suficientes para resolverem os problemas irresolúveis mesmo num capitalismo com forte estado social. (Por exemplo, a questão das propinas, nem falando do óbvio problema ainda anterior que é a inexistência de habitação social e/ou residências universitárias, mas mesmo as propinas, que num mundo capitalista têm pouca ou nenhuma utilidade legítima, são uma óbvia afronta ao direito universal e inerente da formação ao mais alto nível para todos.)

Dito isso, nem sendo do PS, não vejo significativo problema nas medidas que o PS oferece aos jovens aqui. Reconhecendo que o sentimento a favor da direita liberal está a crescer - e percebe-se (por alto) o porquê, principalmente devido à questão dos salários baixíssimos e fraca progressão salarial para pessoas com níveis superiores de educação (mais uma razão para que o ensino superior seja universal e não restrito a apenas aqueles que 'querem' [na verdade, muito mais pessoas iriam querer se o acesso em termos económicos fosse ilimitado]) - e que é urgente tomar medidas para incorporar o nosso proletariado jovem e evitar que este migre para outros países em que, obviamente, iriam ganhar mais dinheiro, é um pacote que cumpre a pouco prazo.

Concordo com o @Fernando que são medidas que se calhar soam melhor do que realmente ajudam em estancar todos os problemas da faixa jovem, mas, mesmo assim, devolução de propinas e isenção de IRS no primeiro ano são medidas minimamente apelativas, principalmente na questão de reter trabalhadores jovens. Mas como já foi dito pela Federação Académica de Lisboa, pouco faz por aqueles que ainda estão a estudar. Mesmo assim, mais vale isto do que nada.

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há 13 minutos, Johnman disse:

Eu não sou fã do capitalismo e nem considero que estas medidas sejam, de longe, o suficientes para resolverem os problemas irresolúveis mesmo num capitalismo com forte estado social. (Por exemplo, a questão das propinas, nem falando do óbvio problema ainda anterior que é a inexistência de habitação social e/ou residências universitárias, mas mesmo as propinas, que num mundo capitalista têm pouca ou nenhuma utilidade legítima, são uma óbvia afronta ao direito universal e inerente da formação ao mais alto nível para todos.)

Dito isso, nem sendo do PS, não vejo significativo problema nas medidas que o PS oferece aos jovens aqui. Reconhecendo que o sentimento a favor da direita liberal está a crescer - e percebe-se (por alto) o porquê, principalmente devido à questão dos salários baixíssimos e fraca progressão salarial para pessoas com níveis superiores de educação (mais uma razão para que o ensino superior seja universal e não restrito a apenas aqueles que 'querem' [na verdade, muito mais pessoas iriam querer se o acesso em termos económicos fosse ilimitado]) - e que é urgente tomar medidas para incorporar o nosso proletariado jovem e evitar que este migre para outros países em que, obviamente, iriam ganhar mais dinheiro, é um pacote que cumpre a pouco prazo.

Concordo com o @Fernando que são medidas que se calhar soam melhor do que realmente ajudam em estancar todos os problemas da faixa jovem, mas, mesmo assim, devolução de propinas e isenção de IRS no primeiro ano são medidas minimamente apelativas, principalmente na questão de reter trabalhadores jovens. Mas como já foi dito pela Federação Académica de Lisboa, pouco faz por aqueles que ainda estão a estudar. Mesmo assim, mais vale isto do que nada.

Jovens e PS É como Agua e Azeite.

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há 1 minuto, Johnman disse:

Ora, amig, por isso é que eles têm de fazer alguma coisa para inverter essa tendência :cryhappy:

(digo isso como se apoiasse o PS, putz)

Culpa própria, fazem politicas apenas propagandistas e eleitoralistas para os idosos com fraca escolaridade, os jovens já não vão na mesma conversa(Felizmente tem mais educação e as redes sociais/internet - Globalização) veio dar mais conhecimento.

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há 7 minutos, Foid disse:

Culpa própria, fazem politicas apenas propagandistas e eleitoralistas para os idosos com fraca escolaridade, os jovens já não vão na mesma conversa(Felizmente tem mais educação e as redes sociais/internet - Globalização) veio dar mais conhecimento.

Normal que o façam, os idosos com fraca escolaridade também são cidadãos portugueses com direitos e não são menos seres humanos que os jovens só por não terem habilitações literárias. Os seus direitos não são menos do que os de seja quem for. Não estou a dizer que deve haver uma preocupação com uns em detrimento de outros (e bem sei que apostar nos jovens é apostar a longo prazo) - muito pelo contrário, há que apelar a que todos sejam universalmente bem recebidos por um movimento político.

Editado por Johnman
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há 4 minutos, SecretNavy disse:

Mais tristes que estas medidas (que se pensarmos bem, são realmente paliativas) é pensarem que se a direita estivesse no poder estaríamos melhor 😅

Precisávamos de um partido de centro que conseguisse fazer oposição ao PS, um partido mais à direita na economia e mais à esquerda nos direitos humanos, sem se radicalizar demasiado a um dos lados em qualquer que fosse o tema (excluindo os direitos fundamentais claro, que há muito partido aí espalhado que aboliria muitos deles sem pensar duas vezes).
O mais próximo disso é o PSD claro, mas é flopado atrás de flopado naquele partido, todos sem carisma. O Rui Rio até tinha carisma, mas todas as semanas mandava alguma ao lado que caía mal a toda a gente que sequer pensava em “desistir” do PS e votar no PSD, o Montenegro mal aparece e quando aparece é o que é. Enfim, uma tristeza de opções que temos sinceramente e ainda assim o PS é, na minha opinião claro, a menos péssima de todas.

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há 9 minutos, Hugo disse:

Precisávamos de um partido de centro que conseguisse fazer oposição ao PS, um partido mais à direita na economia e mais à esquerda nos direitos humanos, sem se radicalizar demasiado a um dos lados em qualquer que fosse o tema (excluindo os direitos fundamentais claro, que há muito partido aí espalhado que aboliria muitos deles sem pensar duas vezes).
O mais próximo disso é o PSD claro, mas é flopado atrás de flopado naquele partido, todos sem carisma. O Rui Rio até tinha carisma, mas todas as semanas mandava alguma ao lado que caía mal a toda a gente que sequer pensava em “desistir” do PS e votar no PSD, o Montenegro mal aparece e quando aparece é o que é. Enfim, uma tristeza de opções que temos sinceramente e ainda assim o PS é, na minha opinião claro, a menos péssima de todas.

Apesar de eu odiar todos os partidos à direita do PS, para isso tens a Iniciativa liveral. 

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há 19 minutos, Hugo disse:

Precisávamos de um partido de centro que conseguisse fazer oposição ao PS, um partido mais à direita na economia e mais à esquerda nos direitos humanos, sem se radicalizar demasiado a um dos lados em qualquer que fosse o tema (excluindo os direitos fundamentais claro, que há muito partido aí espalhado que aboliria muitos deles sem pensar duas vezes).
O mais próximo disso é o PSD claro, mas é flopado atrás de flopado naquele partido, todos sem carisma. O Rui Rio até tinha carisma, mas todas as semanas mandava alguma ao lado que caía mal a toda a gente que sequer pensava em “desistir” do PS e votar no PSD, o Montenegro mal aparece e quando aparece é o que é. Enfim, uma tristeza de opções que temos sinceramente e ainda assim o PS é, na minha opinião claro, a menos péssima de todas.

O grande problema do PSD é que tentam a mesma cassete do costume e depois do que aconteceu com Passos Coelho, esta simplesmente não funciona. Podem dizer que o PS vive no mundo da Lua em que tudo é perfeito, mas se o PS é assim o que acham que o PSD é? Nada bate certo naquele discurso com aquela que é a realidade de muitos fora da bolha política. Aliás, desde que a PàF saiu do poder em 2015 que o discurso é sempre o mesmo e já enjoa. Não funcionou na altura e certamente não vai funcionar agora. Quando no PSD se aperceberem disso e mudarem as suas prioridades, talvez consigam recuperar o eleitorado mais ao centro que oscila entre PS e PSD. Até lá, boa sorte.

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há 10 minutos, JDaman disse:

O grande problema do PSD é que tentam a mesma cassete do costume e depois do que aconteceu com Passos Coelho, esta simplesmente não funciona. Podem dizer que o PS vive no mundo da Lua em que tudo é perfeito, mas se o PS é assim o que acham que o PSD é? Nada bate certo naquele discurso com aquela que é a realidade de muitos fora da bolha política. Aliás, desde que a PàF saiu do poder em 2015 que o discurso é sempre o mesmo e já enjoa. Não funcionou na altura e certamente não vai funcionar agora. Quando no PSD se aperceberem disso e mudarem as suas prioridades, talvez consigam recuperar o eleitorado mais ao centro que oscila entre PS e PSD. Até lá, boa sorte.

Eu penso mesmo que o PSD nunca mais conseguiu reerguer-se em absolutamente nada após aquelas eleições de 2015. Nem na sua ideologia, nem nas lideranças, nem no discurso, nem nos programas eleitorais ou perspetivas de futuro a nível interno e para o país. Acho que tudo corre mal desde aquelas eleições, nunca conseguiram fazer oposição decente, nunca conseguiram fazer oposição ao PS, precisamente porque o PS tem diversas políticas estruturais que são as mesmas que o PSD faria, vamos ser honestos. Aliás isso vem de trás porque ambos assinaram o memorando da troika e o PS teria de cumpri-lo, calhou ao Passos.  

O mesmo para o BE/PCP, são dois partidos que eu sinto que desde que a gerigonça descambou lá para 2018-2019, nunca mais conseguiram reerguer-se. Acho que só este ano é que, com as mudanças de liderança as coisas podem eventualmente melhorar, mas continua a ser difícil para a esquerda fazer oposição a um primeiro-ministro com quem já assinaram acordos parlamentares para que ele governassse. 

Em suma, vejo a esquerda (sem exceção) e a direita tradicional completamente perdidas, e isso dá força ao PS. Não é propriamente porque o PS é fenomenal, mas sim porque é o único partido que consegue ir buscar eleitorado à esquerda e à direita, e ocupa todo o centrão, com políticas intervencionistas mas também de mão dada com o mercado sempre que é possível. E também muito bem visto pelas instituições europeias, o que permite que o PS esteja confortável durante mais uns bons anos. 

A única ameaça é o Chega, é o único partido que como terceira força política ainda consegue bater no PS com algum sucesso (eleitoral), mas também não tem nenhuma visão para o país em nada. 

Editado por Patiño
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há 14 minutos, Patiño disse:

Eu penso mesmo que o PSD nunca mais conseguiu reerguer-se em absolutamente nada após aquelas eleições de 2015. Nem na sua ideologia, nem nas lideranças, nem no discurso, nem nos programas eleitorais ou perspetivas de futuro a nível interno e para o país. Acho que tudo corre mal desde aquelas eleições, nunca conseguiram fazer oposição decente, nunca conseguiram fazer oposição ao PS, precisamente porque o PS tem diversas políticas estruturais que são as mesmas que o PSD faria, vamos ser honestos. Aliás isso vem de trás porque ambos assinaram o memorando da troika e o PS teria de cumpri-lo, calhou ao Passos.  

O mesmo para o BE/PCP, são dois partidos que eu sinto que desde que a gerigonça descambou lá para 2018-2019, nunca mais conseguiram reerguer-se. Acho que só este ano é que, com as mudanças de liderança as coisas podem eventualmente melhorar, mas continua a ser difícil para a esquerda fazer oposição a um primeiro-ministro com quem já assinaram acordos parlamentares para que ele governassse. 

Em suma, vejo a esquerda (sem exceção) e a direita tradicional completamente perdidas, e isso dá força ao PS. Não é propriamente porque o PS é fenomenal, mas sim porque é o único partido que consegue ir buscar eleitorado à esquerda e à direita, e ocupa todo o centrão, com políticas intervencionistas mas também de mão dada com o mercado sempre que é possível. E também muito bem visto pelas instituições europeias, o que permite que o PS esteja confortável durante mais uns bons anos. 

A única ameaça é o Chega, é o único partido que como terceira força política ainda consegue bater no PS com algum sucesso (eleitoral), mas também não tem nenhuma visão para o país em nada. 

Sim, aliás, eu diria até que mais que ir buscar votos ao PSD, o grande trunfo do PS de Costa foi eventualmente roubar o eleitorado mais moderado do BE (que deu sucessivos tiros nos pés nos últimos anos da Catarina Martins) e do PCP que, imo, cometeu um grandessíssimo erro ao colocar Paulo Raimundo como secretário-geral, além do discurso em relação à invasão russa à Ucrânia deixar muitos de pé atrás.

Quanto ao Chega, cresce porque o CDS-PP morreu e o PSD anda à deriva. O espaço deles é à direita e é pouco provável que ameacem o PS na sua base. Espero que nunca cheguem ao poder, mas se chegar vai ser giro ver malta a falar de boca cheia e a não conseguir fazer nada, porque dizer "vergonha" e "eles não fazem nada" toda a gente consegue, mas criar políticas estruturadas para os problemas do país é mais lixado.

Contudo, dói-me ver o PS, um partido que já teve governos com Guterres, Gago e podemos até falar em José Sócrates, ter um governo actual com tanta falta de ambição e arrojo em relação a políticas para o futuro do país. Os governos Costa pós-geringonça são das porcarias mais zombie que já em vida a governar este país.

Edit: Troquei "um" por "este" na última frase, porque lembrei-me que o governo de Merkel existiu na Alemanha e estamos agora a assistir ao bonito resultado de anos de passividade e zero investimento público na Alemanha.

Editado por JDaman
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há 33 minutos, Patiño disse:

Apesar de eu odiar todos os partidos à direita do PS, para isso tens a Iniciativa liveral. 

Por isso é que falei “sem se radicalizar demasiado a um dos lados em qualquer dos temas”. A IL é demasiado liberal na economia e a percepção que o público tem é que é o partido dos ricos e isso num país onde os ricos não são assim tantos, nunca vai vencer eleições.

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há 11 minutos, Hugo disse:

Por isso é que falei “sem se radicalizar demasiado a um dos lados em qualquer dos temas”. A IL é demasiado liberal na economia e a percepção que o público tem é que é o partido dos ricos e isso num país onde os ricos não são assim tantos, nunca vai vencer eleições.

Partidos dos ricos?  eu acho mais um eleitorado que quer uma mudança e um rasgo total da politica económica portuguesa dos últimos 50 anos

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há 8 horas, Fernando disse:

Muito engraçado o passe gratuito, mais engraçado será ver que os transportes públicos continuam iguais e a gratuitidade vai ser um bom bode expiatório :dog: 

O passe, para quem tem bolsa na universidade, já tem um desconto de 60%, o que por si só já é ótimo. Sou a favor da gratuitidade para quem não tem capacidade financeira para abarcar com o valor. Gratuidade é um medida populista e nem vai ser preciso esperar anos para se chegar a essa conclusão. Os transportes vão continuar com atrasos e com condições medíocres em alguns locais. 

O mesmo é válido para as propinas, se estivessem mais preocupados em promover uma habitação para universitários em vez de se discutir o valor da proprina, que é barata e, para quem tem bolsa, que é atribuida a pessoas com poucas posses, é gratuita. O maior entrave para a maior parte das famílias é a fraca habitação universitária, não a propina que é um valor irrisório. Mas, pronto, o populismo é bom e recomenda-se.

Tudo o que penso. Que palhaçada, só os cegos é que acham isto boas medidas... isto é dar uma mão cheia de nada. Bom marketing.

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Bastava a IL atinar, em vez de andarem a brincar às não-questões na maioria dos dias, que substituia facilmente o PSD como a principal força da oposição. Aliás, em algumas áreas já é a IL que influencia a defesa de certos temas. Bastava enveredarem por um liberalismo social (a sério) e iam bem mais longe. A IL ainda precisa de maturidade, não sei se a vai ganhar, há partidos com 20 e tal anos que ainda hoje não a têm e estão num lindo estado, vulgo, BE.

Editado por Fernando
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há 57 minutos, Fernando disse:

Bastava a IL atinar, em vez de andarem a brincar às não-questões na maioria dos dia, que substituia facilmente o PSD como a principal força da oposição. Aliás, em algumas áreas já é a IL que influencia a defesa de certos temas. Bastava enveredarem por um liberalismo social (a sério) e iam bem mais longe. A IL ainda precisa de maturidade, não sei se a vai ganhar, há partidos com 20 e tal anos que ainda hoje não a têm e estão num lindo estado, vulgo, BE.

IL é um partido com bastante eleitorado jovem, Qualificado e urbano/semi-urbano tem aqui um nicho. É Como quase um BE da direita. 

Também acho que a IL quando tiver "calo" vai ser o principal partido de Direita, posso estar a exagerar mas é o que vejo as "crianças" em que vem de famílias tipo eleitorado PSD /Social Democrata esta nova geração fugiu ou desertou para a IL. Porque alguém disso é um partido com algumas causas sociais e um PSD.2 mas + Liberal economicamente. Ou seja um PSD do Paços.

Editado por Foid
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há 13 horas, Foid disse:

Jovens e PS É como Agua e Azeite.

Nas grandes cidades.

Onde vivo apenas 4 deputados são eleitos para o parlamento, o que significa que votar em algo que não seja PS ou PSD (em breve talvez o Chega) é um voto inútil. O interior do país está esquecido devido ao sistema dos círculos eleitorais e os jovens não têm escolha. Entre votar no PS que já sei o que espero ou votar num PSD que a qualquer altura se pode juntar ao Chega, acho que a escolha é óbvia. 

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Como já foi dito, a IL é a única força da direita que realmente apresenta alguma visão concreta para fazer oposição ao PS, já que o PSD estagnou há anos, o CDS foi-se e o Chega é o Chega lol. O PSD viu muito do seu eleitorado migrar para o PS e não apresenta uma verdadeira diferenciação daquilo que o PS faria, nem apresenta lideranças coerentes e interessantes (Rio e Montenegro lmfao). O PS está consolidado no centrão que é moderado demais para ir para o Bloco/PCP e que não se revê na direita - o papel do PSD seria apelar ao grupo equivalente de direita (socialmente moderado, economicamente liberal social), mas o governo do Passos Coelho puxou muito para o liberalismo clássico e acho que isso afastou o eleitorado centrista.

A IL tem todo o potencial para superar o PSD nas faixas urbanas e jovens. Bem sabemos a fama que países com semelhantes medidas económicas têm entre a fanbase da IL. O problema é que muitas das medidas desse partido são agressivamente libertárias, podendo até ser interpretadas como radicais (o cheque-ensino, a redução de empresas e funcionários públicos até que o Estado seja praticamente fútil, a flat tax, etc.). Acho que isso, por enquanto, vai afastar eleitorado centrista de direita que prefere um modelo social-democrata.

Aliás, notei por experiência anedótica que a IL atrai juventude que acha que o partido irá implementar o modelo nórdico por cá - estando completamente a leste do facto que a IL e o modelo nórdico têm muitas distinções. A IL é mais tipo as economias do leste Europeu, que... têm problemas sérios lol.  É nesse nicho, que talvez se identifique mais com um modelo com um estado social bem delineado a complementar uma economia liberal, que o PSD se podia focar. Seria uma forma de fazer oposição ao PS, ganhar eleitorado jovem e não fugir às suas origens como partido de centro-direita. Isso, ou então a própria IL reforma as suas políticas para aderir a um modelo muito menos anti-social.

Digo isto totalmente contra mim, porque eu não tenho vontade nenhuma de ver a direita no poder :clap:  Dito isso, apesar de simpatizar com os partidos mais radicais à esquerda (venham lá as críticas), também não consigo dizer que sejam forte oposição ao PS. E reconheço as falhas destes - principalmente o PCP, que, sendo um partido Marxista-Leninista à antiga, desatualizado para o contexto português do séc. XXI, acaba por assumir posições, no mínimo, dúbias (como, por ex., esta questão da Ucrânia em que eles confundem anti-imperialismo com "defender o imperialismo oriental/russo se este consiste em atacar o imperialismo ocidental"; o terem dito que a Coreia do Norte é uma democracia; etc.). O Bloco é interessante como uma proposta de progressão socialista, mas em termos da sua apreciação em panorama nacional, fez-lhe muito bem a saída da Catarina Martins e a entrada da Mariana Mortágua na liderança; os últimos meses(/anos) da Catarina Martins foram, no mínimo, atribulados. O Livre e o PAN têm os seus prós e contras. Na verdade, não consigo bem definir qual o partido que realmente me identifico, talvez seja mesmo o Bloco? As diferenças entre este e o PCP não são extremamente acentuadas e tenho preocupações sobre as suas alas mais violentas, mas o Bloco assumir uma posição vincadamente trotskyista faz-me relacionar-me muito mais com este do que com o PCP. Por outro lado, "realisticamente", o Livre talvez seria o mais indicado para impor oposição ao PS.

Editado por Johnman
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1 hour ago, Johnman said:

Como já foi dito, a IL é a única força da direita que realmente apresenta alguma visão concreta para fazer oposição ao PS, já que o PSD estagnou há anos, o CDS foi-se e o Chega é o Chega lol. O PSD viu muito do seu eleitorado migrar para o PS e não apresenta uma verdadeira diferenciação daquilo que o PS faria, nem apresenta lideranças coerentes e interessantes (Rio e Montenegro lmfao). O PS está consolidado no centrão que é moderado demais para ir para o Bloco/PCP e que não se revê na direita - o papel do PSD seria apelar ao grupo equivalente de direita (socialmente moderado, economicamente liberal social), mas o governo do Passos Coelho puxou muito para o liberalismo clássico e acho que isso afastou o eleitorado centrista.

A IL tem todo o potencial para superar o PSD nas faixas urbanas e jovens. Bem sabemos a fama que países com semelhantes medidas económicas têm entre a fanbase da IL. O problema é que muitas das medidas desse partido são agressivamente libertárias, podendo até ser interpretadas como radicais (o cheque-ensino, a redução de empresas e funcionários públicos até que o Estado seja praticamente fútil, a flat tax, etc.). Acho que isso, por enquanto, vai afastar eleitorado centrista de direita que prefere um modelo social-democrata.

Aliás, notei por experiência anedótica que a IL atrai juventude que acha que o partido irá implementar o modelo nórdico por cá - estando completamente a leste do facto que a IL e o modelo nórdico têm muitas distinções. A IL é mais tipo as economias do leste Europeu, que... têm problemas sérios lol.  É nesse nicho, que talvez se identifique mais com um modelo com um estado social bem delineado a complementar uma economia liberal, que o PSD se podia focar. Seria uma forma de fazer oposição ao PS, ganhar eleitorado jovem e não fugir às suas origens como partido de centro-direita. Isso, ou então a própria IL reforma as suas políticas para aderir a um modelo muito menos anti-social.

Digo isto totalmente contra mim, porque eu não tenho vontade nenhuma de ver a direita no poder :clap:  Dito isso, apesar de simpatizar com os partidos mais radicais à esquerda (venham lá as críticas), também não consigo dizer que sejam forte oposição ao PS. E reconheço as falhas destes - principalmente o PCP, que, sendo um partido Marxista-Leninista à antiga, desatualizado para o contexto português do séc. XXI, acaba por assumir posições, no mínimo, dúbias (como, por ex., esta questão da Ucrânia em que eles confundem anti-imperialismo com "defender o imperialismo oriental/russo se este consiste em atacar o imperialismo ocidental"; o terem dito que a Coreia do Norte é uma democracia; etc.). O Bloco é interessante como uma proposta de progressão socialista, mas em termos da sua apreciação em panorama nacional, fez-lhe muito bem a saída da Catarina Martins e a entrada da Mariana Mortágua na liderança; os últimos meses(/anos) da Catarina Martins foram, no mínimo, atribulados. O Livre e o PAN têm os seus prós e contras. Na verdade, não consigo bem definir qual o partido que realmente me identifico, talvez seja mesmo o Bloco? As diferenças entre este e o PCP não são extremamente acentuadas e tenho preocupações sobre as suas alas mais violentas, mas o Bloco assumir uma posição vincadamente trotskyista faz-me relacionar-me muito mais com este do que com o PCP. Por outro lado, "realisticamente", o Livre talvez seria o mais indicado para impor oposição ao PS.

Basicamente a minha opinião também, mas conseguiste explicar bem melhor do que eu alguma vez conseguiria 😅 E em termos de posição política, também não serei muito diferente.

Editado por zent
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há 4 horas, Johnman disse:

Como já foi dito, a IL é a única força da direita que realmente apresenta alguma visão concreta para fazer oposição ao PS, já que o PSD estagnou há anos, o CDS foi-se e o Chega é o Chega lol. O PSD viu muito do seu eleitorado migrar para o PS e não apresenta uma verdadeira diferenciação daquilo que o PS faria, nem apresenta lideranças coerentes e interessantes (Rio e Montenegro lmfao). O PS está consolidado no centrão que é moderado demais para ir para o Bloco/PCP e que não se revê na direita - o papel do PSD seria apelar ao grupo equivalente de direita (socialmente moderado, economicamente liberal social), mas o governo do Passos Coelho puxou muito para o liberalismo clássico e acho que isso afastou o eleitorado centrista.

A IL tem todo o potencial para superar o PSD nas faixas urbanas e jovens. Bem sabemos a fama que países com semelhantes medidas económicas têm entre a fanbase da IL. O problema é que muitas das medidas desse partido são agressivamente libertárias, podendo até ser interpretadas como radicais (o cheque-ensino, a redução de empresas e funcionários públicos até que o Estado seja praticamente fútil, a flat tax, etc.). Acho que isso, por enquanto, vai afastar eleitorado centrista de direita que prefere um modelo social-democrata.

Aliás, notei por experiência anedótica que a IL atrai juventude que acha que o partido irá implementar o modelo nórdico por cá - estando completamente a leste do facto que a IL e o modelo nórdico têm muitas distinções. A IL é mais tipo as economias do leste Europeu, que... têm problemas sérios lol.  É nesse nicho, que talvez se identifique mais com um modelo com um estado social bem delineado a complementar uma economia liberal, que o PSD se podia focar. Seria uma forma de fazer oposição ao PS, ganhar eleitorado jovem e não fugir às suas origens como partido de centro-direita. Isso, ou então a própria IL reforma as suas políticas para aderir a um modelo muito menos anti-social.

Digo isto totalmente contra mim, porque eu não tenho vontade nenhuma de ver a direita no poder :clap:  Dito isso, apesar de simpatizar com os partidos mais radicais à esquerda (venham lá as críticas), também não consigo dizer que sejam forte oposição ao PS. E reconheço as falhas destes - principalmente o PCP, que, sendo um partido Marxista-Leninista à antiga, desatualizado para o contexto português do séc. XXI, acaba por assumir posições, no mínimo, dúbias (como, por ex., esta questão da Ucrânia em que eles confundem anti-imperialismo com "defender o imperialismo oriental/russo se este consiste em atacar o imperialismo ocidental"; o terem dito que a Coreia do Norte é uma democracia; etc.). O Bloco é interessante como uma proposta de progressão socialista, mas em termos da sua apreciação em panorama nacional, fez-lhe muito bem a saída da Catarina Martins e a entrada da Mariana Mortágua na liderança; os últimos meses(/anos) da Catarina Martins foram, no mínimo, atribulados. O Livre e o PAN têm os seus prós e contras. Na verdade, não consigo bem definir qual o partido que realmente me identifico, talvez seja mesmo o Bloco? As diferenças entre este e o PCP não são extremamente acentuadas e tenho preocupações sobre as suas alas mais violentas, mas o Bloco assumir uma posição vincadamente trotskyista faz-me relacionar-me muito mais com este do que com o PCP. Por outro lado, "realisticamente", o Livre talvez seria o mais indicado para impor oposição ao PS.

Concordo com quase tudo o que disseste e revejo-me também na tua posição política, sendo que o partido mais próximo daquilo em que acredito é mesmo o Bloco (ainda não foi criado o partido em que eu apoie a 100%).

No entanto, não acho que o PCP seja realmente um partido marxista, pois, na minha opinião, nem o mesmo entendeu o que o Marxismo-Leninismo e as suas vertentes (sociais, económicas, etc) defendia. Esta questão da não condenação da Rússia pela guerra é só mais um exemplo disso mesmo. Tenho pena que, em Portugal e vários outros países, as pessoas acreditem que o Comunismo é esta ideologia que os partidos atuais como o PCP defendem 😕

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