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A Teia


Pedro M.

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há 13 minutos, Tiago João disse:

Eu gosto muito das novelas do Artur e isso não é novidade. Não digo que sejam "intelectuais" ou coisa que se pareça, mas que são pura e simplesmente para um público mais restrito, são. Nem toda a gente as sabe apreciar (e com isto não estou desmerecer ninguém, mas é um facto, como se pode comprovar pelas opiniões que se viram neste tópico), mas dizer que são más é um exagero.

No caso de Santa Bárbara, foi óbvio que ele não quis dar à novela o rumo convencional nem se limitar a fotocopiar a versão mexicana (ou lá o que era) ou contar uma história da forma que já foi contada mil vezes. Ele pediu mais a si mesmo. O próprio horário pedia mais do que jogar pelo seguro. Tentou arriscar e conseguiu introduzir alguns núcleos bastante "corrosivos" para sociedade e algumas cenas muito bem conseguidas e raras na tv portuguesa, bem como uma vilã como poucas vezes vimos na televisão nacional. Também não foi pelo caminho de triunfar com o bem, pelo que mostrou com a Gabriela que muitas vezes a bondade, as boas intenções e a força de vontade não são suficientes para vencer o mal. E surpreendeu novamente com a doença da Antónia , que acabou por ser a sua própria ruína, com um retrato da sua fase terminal que, para mim, foi genial. O autor não procurou ir agradar as massas com confrontos a toda a hora entre a vilã e a heroína, nem com grandes alaridos nas revelações, nem nada do género, fazendo tudo meio pela "calada", mas sempre com revelações e acontecimentos que noutra novela seriam motivo de promos massivas e grande impacto, mas ali eram parte da atmosfera da novela. Uma novela silenciosa, mas que tocava em muitos pontos que muitas novelas não tocam (o da clínica psiquiátrica foi muito bem abordado, não me lembro de nada do género noutra novela portuguesa). Era fria. Isso era. E quanto às citações, não acho que tivessem sido colocadas do nada, para mim faziam todo o sentido com os personagens, altamente modelados e complexos, coisa rara nas novelas portuguesas (vamos olhar para as novelas da Mira e, Deus do Céu, só personagens planas e quando alguma muda é logo enorme motivo de destaque). Aliás, em JD é que se vê claramente isso, a minha opinião nunca se mantêm sobre um personagem porque o autor está, e muito bem, diga-se, a mostrar vários lados, bons e maus, de cada um. As novelas do Artur são para ser interpretadas como um todo e não como algo folclórico como são as novelas da 1ªfaixa. Para alguns pode ser uma seca, para outros uma obra de arte, é assim. 

Mas a Gabriela era uma "mosca morta" na segunda fase... Em todas as novelas que há guerra entre a protagonista e a vilã há confrontos e isso rende grandes cenas (se forem bem escritas, claro). Nessa novela, a vilã e a protagonista praticamente não contracenaram uma com a outra e isso não é normal. Naquela festa que a Gabriela organizou que era suposto revelar-se, não o fez e toda a gente esperava isso, porque era uma cena impactante. O Artur tanto quis ir pelo lado filosófico que tornou-se um sono. Prefiro uma novela mais "simples", com encadeamento lógico e um bom desenvolvimento e ritmo do que uma novela que parece um recital de citações. Mas tiro-lhe o chapéu por ter criado uma grande vilã como a Antónia, que praticamente carregou a novela às costas, brilhantemente interpretada pela São José Correia e por ter criado boas personagens como a Paula Montemogue ou a Patrícia e mesmo o núcleo da clínica psiquiátrica (a Luísa e a Rosa eram grandes cabras). Já de Jogo Duplo, do que vi, agradou-me mais.

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há 10 minutos, João_O disse:

Mas a Gabriela era uma "mosca morta" na segunda fase... Em todas as novelas que há guerra entre a protagonista e a vilã há confrontos e isso rende grandes cenas (se forem bem escritas, claro). Nessa novela, a vilã e a protagonista praticamente não contracenaram uma com a outra e isso não é normal. Naquela festa que a Gabriela organizou que era suposto revelar-se, não o fez e toda a gente esperava isso, porque era uma cena impactante. O Artur tanto quis ir pelo lado filosófico que tornou-se um sono. Prefiro uma novela mais "simples", com encadeamento lógico e um bom desenvolvimento e ritmo do que uma novela que parece um recital de citações. Mas tiro-lhe o chapéu por ter criado uma grande vilã como a Antónia, que praticamente carregou a novela às costas, brilhantemente interpretada pela São José Correia e por ter criado boas personagens como a Paula Montemogue ou a Patrícia e mesmo o núcleo da clínica psiquiátrica (a Luísa e a Rosa eram grandes cabras). Já de Jogo Duplo, do que vi, agradou-me mais.

Foi exatamente isso que eu referi no meu comentário. Ele não quis ir pelo convencional. Agradou a uns, desagradou a outros :P

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há 20 horas, João_O disse:

Mas a Gabriela era uma "mosca morta" na segunda fase... Em todas as novelas que há guerra entre a protagonista e a vilã há confrontos e isso rende grandes cenas (se forem bem escritas, claro). Nessa novela, a vilã e a protagonista praticamente não contracenaram uma com a outra e isso não é normal. Naquela festa que a Gabriela organizou que era suposto revelar-se, não o fez e toda a gente esperava isso, porque era uma cena impactante. O Artur tanto quis ir pelo lado filosófico que tornou-se um sono. Prefiro uma novela mais "simples", com encadeamento lógico e um bom desenvolvimento e ritmo do que uma novela que parece um recital de citações. Mas tiro-lhe o chapéu por ter criado uma grande vilã como a Antónia, que praticamente carregou a novela às costas, brilhantemente interpretada pela São José Correia e por ter criado boas personagens como a Paula Montemogue ou a Patrícia e mesmo o núcleo da clínica psiquiátrica (a Luísa e a Rosa eram grandes cabras). Já de Jogo Duplo, do que vi, agradou-me mais.

Eu devo ter visto uns 40% de SB, achei boa até. A Antónia era um arraso. 

Mas para mim JD é a melhor novela do autor.

Eu amo demais JD.:wub:

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Eu, apesar de adorar o Artur, também não o queria ver escrever uma novela de má vontade... Aliás, parece que isto começa a ser algo transversal a todos os autores e escrevem novelas só para terem ganha pão e cada vez se preocupam menos com a sua qualidade de brio...

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  • 3 semanas depois...

Gravações arrancam em setembro, e não há nenhum autor, nem elenco, nem nada..... bem, se for o João Matos - e Deus queira que seja -, alinho 100%. Mundo ao Contrário e OBdE (com o Barreira) foram bombas. Devia mesmo ser ele, pois a TVI quase não tem autores disponíveis :lol: A Mira nem devia voltar por muitos anos, a Costa está a fazer Valor da Vida, o Ribeiro tem Jogo Duplo agora e ainda falta encontrarem a Elisa, o Barreira já o perderam para a SIC, a Sandra Santos também está na SIC e ocupada com Vidas Opostas.... dos últimos anos, os únicos disponíveis são o Matos e as autoras de Mulheres (Eduarda Laia e Raquel Palermo). E qualquer programador com dois dedos de testa jamais gastava o regresso do Vilhena no 2º horário e sem um elenco monstruoso e bem caro.

Quanto às novelas do Artur Ribeiro, eu acho-o muito fascinante como autor, porque ele claramente tem uma percepção muito diferente e bem mais fria do conceito de novela do que aquilo que estamos habituados. Nota-se que são obras muito controversas, mas eu até curto. Gosto dos diálogos, gosto da complexidade das personagens e da atmosfera no geral. Belmonte foi muito boa, os primeiros tempos de Jogo Duplo foram praticamente da qualidade de um Vilhena no seu A-game (depois ficou um bocado seca, mas mesmo assim tem mais coisas boas que muitas outras), e até Santa Bárbara foi decente. Não é para todos, mas eu acho piada.

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há 13 minutos, O Informador disse:

Não me parece que a substituta de JD comece a gravar em Setembro, mas sim lá mais para o início de 2019.

Isso é muito tarde. E Jogo Duplo ficava no ar quase 1 ano e meio? É que começando a gravar em Janeiro, só estreava em Março ou Abril na melhor das hipóteses.

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há 4 horas, Ivo disse:

Isso é muito tarde. E Jogo Duplo ficava no ar quase 1 ano e meio? É que começando a gravar em Janeiro, só estreava em Março ou Abril na melhor das hipóteses.

Ele está a dizer isso por causa da Elisa, que pode estrear em Outubro para o lugar de Jogo Duplo.

Assim, esta novela só devia arrancar em Janeiro.

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Já agora, eu sei que isto é tudo gostos e tal, mas acho que alguns exageram mesmo no hate ao Artur Ribeiro. Sim que ele faz escolhas muito frias e que não apelam muito à força emocional, e às vezes faz escolhas que simplesmente não funcionam muito bem criativamente, mas é uma aproximação original ao formato e tem muito que se aprecie. Santa Bárbara e "desastre" são tão sinónimas como "eletricidade" e "banheira cheia de água". Tomara todas as novelas terem uma vilã ou uma qualidade de diálogo daquelas. Foi uma novela muito inconvencional, e muitos episódios eram mais parados que a estátua do Marquês de Pombal, mas "desastre" só lhe chama quem acha aquilo ao nível de uma Louco Amor ou uma Dolorosas, e acho que mesmo quem não gosta muito do estilo do Ribeiro consegue arranjar alguma coisa de valor em todas as coisas que ele escreveu até agora.

Mas pronto, como já disse, todos têm os seus gostos, portanto não vou bater mais no ceguinho. Vou dizer isto: espero bem que ele não escreva isto, já que seria a sua quarta em relativa sucessão rápida (SB-Elisa-JD-esta). Repito que João Matos é a melhor opção. Não estou é a ver quem é que fará parte do elenco.... quase apostava que o Catarré transita diretamente de JD para aqui. Talvez Benedita Pereira e/ou São José?

Editado por Johnman
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há 15 horas, Johnman disse:

Já agora, eu sei que isto é tudo gostos e tal, mas acho que alguns exageram mesmo no hate ao Artur Ribeiro. Sim que ele faz escolhas muito frias e que não apelam muito à força emocional, e às vezes faz escolhas que simplesmente não funcionam muito bem criativamente, mas é uma aproximação original ao formato e tem muito que se aprecie. Santa Bárbara e "desastre" são tão sinónimas como "eletricidade" e "banheira cheia de água". Tomara todas as novelas terem uma vilã ou uma qualidade de diálogo daquelas. Foi uma novela muito inconvencional, e muitos episódios eram mais parados que a estátua do Marquês de Pombal, mas "desastre" só lhe chama quem acha aquilo ao nível de uma Louco Amor ou uma Dolorosas, e acho que mesmo quem não gosta muito do estilo do Ribeiro consegue arranjar alguma coisa de valor em todas as coisas que ele escreveu até agora.

Mas pronto, como já disse, todos têm os seus gostos, portanto não vou bater mais no ceguinho. Vou dizer isto: espero bem que ele não escreva isto, já que seria a sua quarta em relativa sucessão rápida (SB-Elisa-JD-esta). Repito que João Matos é a melhor opção. Não estou é a ver quem é que fará parte do elenco.... quase apostava que o Catarré transita diretamente de JD para aqui. Talvez Benedita Pereira e/ou São José?

Parem com isso do "hate", ninguém odeia ninguém. Simplesmente eu (e outros) não gostamos do trabalho do Artur RIbeiro e queremos ver outros autores... até porque nos últimos anos tem sido uma enchente de novelas dele, não dão espaço a outros autores!

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há 2 horas, Forbidden disse:

Parem com isso do "hate", ninguém odeia ninguém. Simplesmente eu (e outros) não gostamos do trabalho do Artur RIbeiro e queremos ver outros autores... até porque nos últimos anos tem sido uma enchente de novelas dele, não dão espaço a outros autores!

mas que outros autores é que eles têm? o João Matos, ele ainda sequer trabalha na/para a TVI? O Barreira teve AI e depois decidiu ir embora. A Mira tá com AH e a MJC vai fazer VdV. Têm todos rodado um bocadinho, não percebo o drama. 

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há 1 hora, Duarte disse:

mas que outros autores é que eles têm? o João Matos, ele ainda sequer trabalha na/para a TVI? O Barreira teve AI e depois decidiu ir embora. A Mira tá com AH e a MJC vai fazer VdV. Têm todos rodado um bocadinho, não percebo o drama. 

Se calhar é porque está na hora de dar espaço a autores secundários.

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há 1 hora, Free Live disse:

Se calhar é porque está na hora de dar espaço a autores secundários.

Tipo o André Ramalho, filho da Mira. Podem criticar mas gostava de ver uma novela só dele, até poderia ter potencial. :)

A Sara Rodi fez MF e nunca mais fez nada, se lhe dessem uma oportunidade até poderia surpreender, nunca se sabe. :P

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