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Sociedade


João_O

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Na tarde de ontem, um livro que publicámos, dois autores e uma livraria da cidade de Lisboa foram alvos de uma ameaça à liberdade de expressão. Na apresentação pública do livro “No meu bairro”, escrito por Lúcia Vicente e ilustrado por Tiago M., irrompeu na livraria um protesto intimidatório, de megafone na mão, tentando silenciar as vozes da autora e das apresentadoras, e confrontando diretamente o público que assistia.

 

 

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Impossível estar do lado de pessoas que pretendem calar os outros. Felizmente não se queimam livros por não gostarmos do que está lá escrito.

Dito isto, essa história do todes é ainda pior que o acordo ortográfico. É preciso ter muito ódio à língua portuguesa e à gramática para fazer este tipo de considerações.

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há 18 horas, Wesley Gibson disse:

Impossível estar do lado de pessoas que pretendem calar os outros. Felizmente não se queimam livros por não gostarmos do que está lá escrito.

Dito isto, essa história do todes é ainda pior que o acordo ortográfico. É preciso ter muito ódio à língua portuguesa e à gramática para fazer este tipo de considerações.

Podes explicar?

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Podes explicar?
Dando o exemplo do todos, é um pronome indefinido que inclui toda a gente. Logo o todes não faz qualquer sentido.

A Joana Marques fez hoje uma boa análise através da comédia. Ou seja o senhor é um anormal, homofóbico que acha que deve retirar um livro de circulação apenas porque não concorda com ele. E depois foi lida uma passagem do livro com a tal linguagem inclusiva que praticamente não se percebia nada. Até disseram, com alguma razão, que parecia catalão ou latim.

Estes exageros com a linguagem e afins só geram mais anti corpos para a comunidade lgbt e colocam em risco conquistas anteriores. Todes? Bem-vindes? Não, "obrigades".

Dito isto, não me causa nenhum problema a existência do livro. Apenas não é para mim.
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há 19 horas, Wesley Gibson disse:

Dando o exemplo do todos, é um pronome indefinido que inclui toda a gente. Logo o todes não faz qualquer sentido.

A Joana Marques fez hoje uma boa análise através da comédia. Ou seja o senhor é um anormal, homofóbico que acha que deve retirar um livro de circulação apenas porque não concorda com ele. E depois foi lida uma passagem do livro com a tal linguagem inclusiva que praticamente não se percebia nada. Até disseram, com alguma razão, que parecia catalão ou latim.

Estes exageros com a linguagem e afins só geram mais anti corpos para a comunidade lgbt e colocam em risco conquistas anteriores. Todes? Bem-vindes? Não, "obrigades".

Dito isto, não me causa nenhum problema a existência do livro. Apenas não é para mim.

Entendo o teu ponto de vista, mas não concordo com ele. A linguagem é algo vivo que pode e deve acrescentar novos termos se assim for necessário. Entendo que se possa tornar difícil para adultos/idosos introduzirem estes novos termos no seu vocabulário. Mas se as crianças aprenderem desde novas a existência e significado destes pronomes, será algo totalmente normal para as mesmas e nem sequer será "um tema". Pelo menos é a minha opinião.

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Entendo o teu ponto de vista, mas não concordo com ele. A linguagem é algo vivo que pode e deve acrescentar novos termos se assim for necessário. Entendo que se possa tornar difícil para adultos/idosos introduzirem estes novos termos no seu vocabulário. Mas se as crianças aprenderem desde novas a existência e significado destes pronomes, será algo totalmente normal para as mesmas e nem sequer será "um tema". Pelo menos é a minha opinião.
E foi evoluindo ao longo do tempo conforme as necessidades. O acordo ortográfico é um exemplo de uma má evolução porque criou confusão e não há nenhum aspecto desse acordo que fosse urgente ou necessário. A introdução de novas palavras é um processo normal da evolução da linguagem e acontece sempre que necessário. Não me parece ser o caso.

O todos não está a excluir ninguém excepto nas mentes mais radicais e que felizmente não representam toda a comunidade. Ou seja, este livro falha ao atropelar a língua portuguesa e falha na ajuda à causa LGBT.
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há 3 minutos, Wesley Gibson disse:

E foi evoluindo ao longo do tempo conforme as necessidades. O acordo ortográfico é um exemplo de uma má evolução porque criou confusão e não há nenhum aspecto desse acordo que fosse urgente ou necessário. A introdução de novas palavras é um processo normal da evolução da linguagem e acontece sempre que necessário. Não me parece ser o caso.

O todos não está a excluir ninguém excepto nas mentes mais radicais e que felizmente não representam toda a comunidade. Ou seja, este livro falha ao atropelar a língua portuguesa e falha na ajuda à causa LGBT.

Concordamos em discordar :laugh: I mean, em relação à causa LGBT, porque em relação ao acordo ortográfico, concordo a 100%.

Proponho aqui a visualização deste vídeo da Rita, que consegue expressar-se muito melhor que eu neste assunto. Sublinho este excerto: "As palavras carregam consigo histórias de transformações sociais. E essas alterações da realidade provocam alterações da linguagem. Mas é também importante saber que alterações da linguagem podem propor alterações da realidade".

 

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há 21 horas, Wesley Gibson disse:

Dando o exemplo do todos, é um pronome indefinido que inclui toda a gente. Logo o todes não faz qualquer sentido.

A Joana Marques fez hoje uma boa análise através da comédia. Ou seja o senhor é um anormal, homofóbico que acha que deve retirar um livro de circulação apenas porque não concorda com ele. E depois foi lida uma passagem do livro com a tal linguagem inclusiva que praticamente não se percebia nada. Até disseram, com alguma razão, que parecia catalão ou latim.

Estes exageros com a linguagem e afins só geram mais anti corpos para a comunidade lgbt e colocam em risco conquistas anteriores. Todes? Bem-vindes? Não, "obrigades".

Dito isto, não me causa nenhum problema a existência do livro. Apenas não é para mim.

Porque é que o todos pronome indefinido inclui toda a gente e o todas não? A discussão é justamente essa.

E quando dizes que o todos não exclui ninguém... Perante uma plateia com 100 mulheres e 1 homem, agradecias a presença a todas ou a todos? E uma com 100 mulheres e 1 uma pessoa não binária?

 

Não sei se o todes faz sentido. A própria autora do livro também não deve saber. Daqui a 5 anos, já este sistema elu pode ter caído completamente em desuso. Acho que a discussão é como é que podemos tornar mais inclusiva uma linguagem centrada no masculino, devido à História de opressão de mulheres e outras minorias que carrega.

Quando se inclui estas questoes num livro infantil, é justamente para consciencializar os miúdos para a diversidade e para que devem ser inclusivos na linguagem. Não é necessariamente para que comecem a usar o todes e o obrigades. 

Não percebo o que é que isto atropela a causa lgbt.

Editado por George
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Para não estar a fazer quotes porque torna a leitura do tópico mais difícil.

Todas também é um pronome indefinido. Todas as pessoas por exemplo. Não há necessidade de novos vocábulos se quisermos ter uma linguagem que soará mais inclusiva. Estas "lutas" são percepcionadas pela sociedade como fúteis e mesquinhas e não trazem nenhuma vantagem à comunidade LGBT na minha opinião. Os direitos já conquistados e os que falta conquistar são demasiado importantes para perdermos tempo com estas questões que só alimentam os anti LGBT que aparecem logo como se viu na apresentação deste livro. Se o livro teve publicidade, também aquele homofóbico desprezível conseguiu o seu palco.

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há 30 minutos, Wesley Gibson disse:

Para não estar a fazer quotes porque torna a leitura do tópico mais difícil.

Todas também é um pronome indefinido. Todas as pessoas por exemplo. Não há necessidade de novos vocábulos se quisermos ter uma linguagem que soará mais inclusiva. Estas "lutas" são percepcionadas pela sociedade como fúteis e mesquinhas e não trazem nenhuma vantagem à comunidade LGBT na minha opinião. Os direitos já conquistados e os que falta conquistar são demasiado importantes para perdermos tempo com estas questões que só alimentam os anti LGBT que aparecem logo como se viu na apresentação deste livro. Se o livro teve publicidade, também aquele homofóbico desprezível conseguiu o seu palco.

Mas o problema é que estas "lutas" vão sempre parecer insignificantes para quem não as "vive na pele".

No entanto, são cruciais para as pessoas que se identificam com elas. E sempre foi assim historicamente.

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Lá está. Viver na pele que num evento um apresentador diga Boa noite a todos, parece-me claramente um exagero, uma mudança que não é necessária nem urgente para os problemas de ninguém.

Como já disseste antes, discordamos neste aspecto mas penso que não no mais importante. Que é, não se queimam livros porque não concordamos com o que está lá escrito.

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