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Sexualidade


Rodolfo

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há 1 hora, Fernando disse:

Tu sabes que a própria língua muda, certo? A forma como tu falas, escreves e até ouves as palavras não é a mesma como há uns anos, as palavras vão caindo em desuso, surgem estrangeirismo que são aportuguesados e por aí adiante. Eu entendo que existam reservas sobre a forma como a língua neutra se está a impor, uma vez que não é um movimento orgânico e ainda está cingido a um pequeno grupo de pessoas, o que dificulta a sua generalização. Porém, virem com argumentos de defesa da língua é cómico, nem no meu entender faz sentido, isso é dar a ideia que a língua é imutável e tudo o que é imutável e fica preso no passado morre. No meu entender, defender a língua é deixar que ela mude e receber de bom grado essas mudanças. A língua é das pessoas e são as pessoas que constroem, esperar que um coisa que depende das pessoas vá ficar estática é como esperar por um barco no meio do deserto.

Já agora, muitas pessoas não binárias lutam para que se tratem as pessoas pelo nome. 

As pessoas não binárias devem ser respeitadas, isso estamos de acordo. Mas essas mudanças na linguagem no mundo inteiro, se vierem a acontecer, vão demorar décadas ou mesmo gerações até se concretizar. 

As pessoas não binárias são uma pequena minoria, praticamente imperceptível na sociedade, não acho que se deva mudar tudo. Talvez encontrar um "espaço" na sociedade onde se possam encaixar. Talvez a ciência possa no futuro ajudar a explicar a forma de pensar destas pessoas. 

Por exemplo, não se pode mudar as palavras pai e mãe. Eles quando tem filhos como querem ser chamados? Eu não sei muito sobre este tema...

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há 1 minuto, bacalhaucomnatas disse:

sou defensor de um "back to basics". para mim há mulheres, homens e hermafroditas (o politicamente correto agora chama-lhes "intersexo" porque supostamente o termo ancestral "hermafrodita" é ofensivo; eu li Platão e não percebo porquê...), tudo o mais é ideologia de "attention seekers" a precisar de divã :adoro_jj:

Amiga deixo-te a mensagem do filosofo Bruno Nogueira.

 

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há 50 minutos, D91 disse:

As pessoas não binárias devem ser respeitadas, isso estamos de acordo. Mas essas mudanças na linguagem no mundo inteiro, se vierem a acontecer, vão demorar décadas ou mesmo gerações até se concretizar. 

As pessoas não binárias são uma pequena minoria, praticamente imperceptível na sociedade, não acho que se deva mudar tudo. Talvez encontrar um "espaço" na sociedade onde se possam encaixar. Talvez a ciência possa no futuro ajudar a explicar a forma de pensar destas pessoas. 

Por exemplo, não se pode mudar as palavras pai e mãe. Eles quando tem filhos como querem ser chamados? Eu não sei muito sobre este tema...

Não é por ser uma minoria que não tem o direito de ser respeitado da mesma forma que têm os da maioria 

As mudanças na linguagem demorarão o tempo necessário. E sim vai levar décadas, mas não significa que não se deva mudar. 

Pai e mãe pode não se mudar. Pode simplesmente estar relacionado como a pessoa que é pai/mãe se identificar, ou adotar termos neutros. Simples. 

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há 8 horas, carioquins disse:

Claro, e as pessoas que são assim então têm de viver a esconder quem são e o que sentem sobre como devem viver em sociedade. De facto é o mais maduro a fazer.

Se ninguém fizesse nada porque se anda a "avançar muito rápido", tu sendo mulher nem terias ainda hoje o direito a ir para a universidade.

Gente, antes de escreverem merda logo de manhã, bebam um café para acordar. E acho graça a moderação apagar uma data de comentários irrelevantes e deixam este porquêdo publicado.

Imaginem queixar-se de um comentário não ter sido apagado fazendo um comentário como este. Por momentos até parecia que estava a ler algo de um apoiante do Chega, tamanha a baixaria nas palavras :desastre2:

De todos os modos, também acho que é um passo ainda demasiado largo a ser tomado e o que vemos é precisamente esse backfire com o crescimento de coisas como a extrema direita. E é como tudo, qualquer transição não suave/progressiva na sociedade gera isso. Também é assim que a sociedade evolui, ainda que não saibamos em que direção, porque tanto os movimentos progressistas podem resultar, como 'explodir' e resultar num retrocesso social. Nunca se sabe o que pode acontecer.

Acho que a identidade de género não devia ser problema de ninguém sem ser da própria pessoa, mas é algo que pode gerar anti-corpos a partir do momento em que exige uma mudança de comportamento no outro. Eu acho que a melhor forma de seguir com o tema é efetivamente expressar a sua preferência quanto à forma em como se é tratado, mas não esperar ou exigir que o outro siga este pedido. Estamos a 26 de março de 2024. Há pessoas que o vão fazer e à pessoas que não o vão fazer. E, havendo liberdade de expressão, de facto também ninguém é obrigado a fazer o que quer que se seja. Eventualmente a 26 de março de 2048 haverá mais pessoas a respeitar este hábito que eventualmente se tornará mais comum. Até lá acho que ser mais vocal que isto fará mais mal que bem, mas pronto, é só a minha opinião.

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Eu acho que no geral da comunidade LGBTQIA+ é que tudo tem de ser categorizado com um nome/rótulo, e hoje identificam-se como não binários, amanhã já querem ser outra coisa qualquer que lá terá de se criar uma nova categoria, e peço desculpa, mas sinceramente às vezes parece que andam simplesmente mesmo atrás de uma moda (estou a generalizar, haverá pessoas que realmente são sinceras). Na minha opinião tudo deveria ser mais natural, todos devemos respeitar o próximo e às vezes não é preciso dividir toda a sociedade em gavetas categorizadas, para mim isso torna-se cansativo, eu respeito o gosto e a escolha de cada um e pronto. Para mim pessoas são pessoas, não precisam de ter o rótulo hétero, gay, trans, pan, binário, cis, etc.... 

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há 58 minutos, Diogo Marreiros disse:

Eu por exemplo não sou nenhum machão e não é por isso que deixo de me considerar homem. Já falei com uma pessoa não binária sobre isto e realmente continuo sem conseguir perceber bem mas lá está, já não perco tempo a pensar nisso. 

 

Curiosamente, qual foi a opinião dela?

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há 1 minuto, Lee disse:

Curiosamente, qual foi a opinião dela?

Ela disse que era uma coisa que para ela simplesmente parecia errado. Ela deu-me o exemplo de ser como se me vissem como uma mulher. Realmente a mim também não me parece correto mas há aqui uma pequena grande diferença. Eu defino o meu género exclusivamente com base nos meus atributos físicos. Isto vem precisamente do facto de para mim não fazer sentido nenhum atribuir géneros a uma personalidade.

Onde é que está a lista de características que define uma mulher ou um homem? Eu acho que a questão da não-identificação nasce dos estereótipos atribuídos a uma mulher ou a um homem. E quando digo que acho que pode ser contraproducente é exatamente por achar que pode alimentar de forma massiva estes estereótipos e consequentemente estabelecê-los na sociedade. 

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17 minutes ago, Dinis01 said:

Eu acho que no geral da comunidade LGBTQIA+ é que tudo tem de ser categorizado com um nome/rótulo, e hoje identificam-se como não binários, amanhã já querem ser outra coisa qualquer que lá terá de se criar uma nova categoria, e peço desculpa, mas sinceramente às vezes parece que andam simplesmente mesmo atrás de uma moda (estou a generalizar, haverá pessoas que realmente são sinceras). Na minha opinião tudo deveria ser mais natural, todos devemos respeitar o próximo e às vezes não é preciso dividir toda a sociedade em gavetas categorizadas, para mim isso torna-se cansativo, eu respeito o gosto e a escolha de cada um e pronto. Para mim pessoas são pessoas, não precisam de ter o rótulo hétero, gay, trans, pan, binário, cis, etc.... 

Num mundo ideal não existiam problemas, o problema é que isto é o mundo real e os problemas existem e têm de ser debatidos. Não são propriamente as pessoas LGBT+ que se colocam dentro das gavetas, é a própria sociedade que o faz. Como pessoa LGBT+ o meu primeiro contacto com um rótulo foi feito pelos meus colegas de escola, não foi feito por mim. Quando crescemos, somos obrigados a lutar pelo nosso lugar e temos de nos rotular porque, de facto, a sociedade coloca-nos um rótulo. As pessoas não-binárias lutam para fugir a esses rótulos, criando um conceito mais aberto e mesmo assim há quem não compreenda e atribuem um rótulo por cima de rótulo, o vídeo da Luísa Castel-Branco demonstra precisamente isso.

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há 49 minutos, Diogo Marreiros disse:

Onde é que está a lista de características que define uma mulher ou um homem? Eu acho que a questão da não-identificação nasce dos estereótipos atribuídos a uma mulher ou a um homem. E quando digo que acho que pode ser contraproducente é exatamente por achar que pode alimentar de forma massiva estes estereótipos e consequentemente estabelecê-los na sociedade. 

O que define uma mulher e um homem são as questões biológicas. O género e consequentemente outras questões que o género acarreta, até mesmo de personalidade.

Homem e mulher vão sempre existir e essas características também. 

Vai ser muito complicado aceitar tudo o que os não binários querem, seria mais fácil até eles aceitarem o género com que nasceram mesmo que tivessem algumas características e modos de ser do género oposto, iria facilitar as coisas.

Temos o exemplo mais conhecido de todos, o José Castelo Branco, que se veste como mulher e tem alguns comportamentos mais associados ao género feminino mas aceita o género com que nasceu e não vem dizer que é não binário.

Editado por D91
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eu já sou antigote, no meu tempo «género» era uma categoria apenas linguística que ainda não tinha sido extrapolada para o aspecto sexual e social. não se dizia «género», dizia-se «sexo». 

na minha mundivisão, continua a não haver «géneros», mas sexos e personalidades.

o facto de alguma gentinha do totalitarismo politicamente correto achar a minha mundivisão «discurso de ódio» e querer censurá-la só me dá vontade de reafirmá-la mais e mais. 

há 6 minutos, D91 disse:

O que define uma mulher e um homem são as questões biológicas. O género e consequentemente outras questões que o género acarreta, até mesmo de personalidade.

Homem e mulher vão sempre existir e essas características também. 

Vai ser muito complicado aceitar tudo o que os não binários querem, seria mais fácil até eles aceitarem o género com que nasceram mesmo que tivessem algumas características e modos de ser do género oposto, iria facilitar as coisas.

Temos o exemplo mais conhecido de todos, o José Castelo Branco, que se veste como mulher e tem alguns comportamentos mais associados ao género feminino mas aceita o género com que nasceu e não vem dizer que é não binário.

consta que o José Castelo Branco nos anos 80 flirtou com a então incipiente ideologia da identidade de género, e chegou a pôr mamas e a tomar hormonas, mas felizmente caiu em si e hoje em dia é um pai biológico e avô babado. 

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há 1 hora, Fernando disse:

Num mundo ideal não existiam problemas, o problema é que isto é o mundo real e os problemas existem e têm de ser debatidos. Não são propriamente as pessoas LGBT+ que se colocam dentro das gavetas, é a própria sociedade que o faz. Como pessoa LGBT+ o meu primeiro contacto com um rótulo foi feito pelos meus colegas de escola, não foi feito por mim. Quando crescemos, somos obrigados a lutar pelo nosso lugar e temos de nos rotular porque, de facto, a sociedade coloca-nos um rótulo. As pessoas não-binárias lutam para fugir a esses rótulos, criando um conceito mais aberto e mesmo assim há quem não compreenda e atribuem um rótulo por cima de rótulo, o vídeo da Luísa Castel-Branco demonstra precisamente isso.

Mas isso é uma questão interessante. Sim, a sociedade coloca rótulos. Mas parece-me que a própria comunidade é muito tóxica com os rótulos, e adora rotular-se. 

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há 1 hora, Duarte disse:

Mas isso é uma questão interessante. Sim, a sociedade coloca rótulos. Mas parece-me que a própria comunidade é muito tóxica com os rótulos, e adora rotular-se. 

Pois, eu fico um pouco na dúvida se é mesmo a sociedade a criar todos esses rótulos, porque eu acho que na verdade a sociedade no geral se sente confusa e cansada de tantos rótulos, e a maior parte das opiniões que eu ouço é isso mesmo "quero lá saber se gosta de isto ou daquilo, se quer ser homem ou mulher ou nenhum, mas porque é que tem de haver mais um nome para isso.."

Mas acho bem que se debata e que se fale deste assunto, e acho que todas as opiniões são opiniões válidas, mesmo a opinião da própria Luíza (não concordando com ela) mas temos de reconhecer que o que ela disse é o que muita gente se não a maioria pensa e a comunidade lgbtqa+ não a pode castigar pelo que ela disse, devem aceitar que é uma opinião para serem aceites de igual forma, porque atirar pedras a quem não tem uma forma de pensar igual só vai adensar essa guerra. 

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há 25 minutos, Dinis01 disse:

Pois, eu fico um pouco na dúvida se é mesmo a sociedade a criar todos esses rótulos, porque eu acho que na verdade a sociedade no geral se sente confusa e cansada de tantos rótulos, e a maior parte das opiniões que eu ouço é isso mesmo "quero lá saber se gosta de isto ou daquilo, se quer ser homem ou mulher ou nenhum, mas porque é que tem de haver mais um nome para isso.."

Mas acho bem que se debata e que se fale deste assunto, e acho que todas as opiniões são opiniões válidas, mesmo a opinião da própria Luíza (não concordando com ela) mas temos de reconhecer que o que ela disse é o que muita gente se não a maioria pensa e a comunidade lgbtqa+ não a pode castigar pelo que ela disse, devem aceitar que é uma opinião para serem aceites de igual forma, porque atirar pedras a quem não tem uma forma de pensar igual só vai adensar essa guerra. 

Eu acho que a sociedade não está preocupada do “ai mais um conceito para decorar”, até porque eles estão nem aí, correm tudo a gay e a nomes pejorativos, tipo “fazedor de panelas” e acabou.

A Sociedade está mais preocupada com a questão da casa de banho, pois não querem que uma pessoa que nasça homem, mas que se sinta como mulher, frequente as casas de banho femininas. 

Se a sociedade “quisesse lá saber” estavam os gays bem. 

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há 9 minutos, Duarte com D disse:

Eu acho que a sociedade não está preocupada do “ai mais um conceito para decorar”, até porque eles estão nem aí, correm tudo a gay e a nomes pejorativos, tipo “fazedor de panelas” e acabou.

A Sociedade está mais preocupada com a questão da casa de banho, pois não querem que uma pessoa que nasça homem, mas que se sinta como mulher, frequente as casas de banho femininas. 

Se a sociedade “quisesse lá saber” estavam os gays bem. 

A sociedade ainda é muito homofóbica, muitas vezes não mostram publicamente mas é. Alguma vez grande parte da sociedade ia aderir a novos pronomes ou aceitar de ânimo leve outras coisas, nem pensar. Os não binários ainda não são aceites, nem vão ser nas próximas décadas por grande parte da sociedade, porque a verdade é que ninguém os entende. Eu próprio que tenho uma mente mais aberta ainda não os entendo bem, quanto mais outras pessoas que nem estão a par destas coisas ou tem mente fechada. Mas também não os podemos comparar com os homossexuais ou bissexuais, pois são questões muito diferentes a nível social.

Editado por D91
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como a Madonna, sou materialista. isto da constante invenção de rótulos é muito conveniente para alguns ativistas sacarem dinheiro junto da dita Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG). 

mas agora com um governo PSD influenciado pelo CHEGA a torneira talvez deixe de pingar tanto e daí algum pânico. 

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há 2 minutos, Duarte com D disse:

Eu acho que a sociedade não está preocupada do “ai mais um conceito para decorar”, até porque eles estão nem aí, correm tudo a gay e a nomes pejorativos, tipo “fazedor de panelas” e acabou.

A Sociedade está mais preocupada com a questão da casa de banho, pois não querem que uma pessoa que nasça homem, mas que se sinta como mulher, frequente as casas de banho femininas. 

Se a sociedade “quisesse lá saber” estavam os gays bem. 

Mas as casas de banho serão uma ponta no iceberg, porque para mudarem isso, há muitas outras coisas a serem mudadas também, aliás praticamente tudo. Vestuário, brinquedos, identificações, língua, etc etc.. Lá está, em parte estás a dar-me razão, a sociedade corre tudo a gays e acabou, nem estão para se chatear, porque é mais fácil. 

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3 hours ago, Duarte said:

Mas isso é uma questão interessante. Sim, a sociedade coloca rótulos. Mas parece-me que a própria comunidade é muito tóxica com os rótulos, e adora rotular-se. 

Eu diria que a sociedade coloca os rótulos em primeiro lugar - a minha experiência como pessoa LGBT começou porque os outros achavam que tinham ou podiam dar palpites sobre a minha sexualidade e sobre a forma como eu me comportava - e depois, quando percebi que não havia volta a dar, tive de assumir os meus rótulos, tive de lutar para me impor. Eu acho que comunidade não é tóxica em relação a esses rótulos, é tóxica dentro de si, com lutas internas e/ou com LGBTs que deixaram de ter consciência de onde vieram porque a sociedade, aparentemente, é mais tolerante ou porque o seu meio social os apoia, ignorando que nem todos têm o mesmo privilégio. Hoje assiste-se a gays e bissexuais que apoiam movimentos extremistas porque são aceites e depois atacam trans. A comunidade trans, hoje em dia, é vítima de preconceito dentro e fora da comunidade, ignorando que quando alguém ataca um trans também está a atacar toda a comunidade.

3 hours ago, D91 said:

Temos o exemplo mais conhecido de todos, o José Castelo Branco, que se veste como mulher e tem alguns comportamentos mais associados ao género feminino mas aceita o género com que nasceu e não vem dizer que é não binário.

Isso é a experiência individual do Castelo-Branco, se ele aceita, muito bem para ele. O facto de se ser não-binário é uma experiência individual, pertence à esfera da liberdade individual. Acho sempre muita piada que muita mal transfóbica importa-se tanto com a sua liberdade, com a ideologia de género e o diabo a 7, mas adora intrometer-se em questões da esfera individual. Eu não vejo pessoas não-binárias a mexer com a vida das pessoas cis, ou a dar palpites sobre as suas vidas. São apenas pessoas que querem ter acesso à sua autodeterminação, à sua identidade.

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há 6 horas, Diogo Marreiros disse:

A mim é-me igual ao litro os pronomes que as pessoas escolhem. Eu trato-as como querem e nem perco tempo a pensar nisso. I couldn’t care less (tanto para o bom como para o mau).

O que me fez mais confusão quando fui confrontado com esta questão pela primeira vez é que quando se diz que não se identifica com o ele/ela na minha maneira de ver as coisas está-se automaticamente a dizer que há uma forma correta de ser homem/mulher em vez de mostrar que um/uma homem/mulher podem ser milhentas coisas diferentes (que é como eu vejo as coisas). Acho que isso pode até ser contraproducente de certa forma.

Eu por exemplo não sou nenhum machão e não é por isso que deixo de me considerar homem. Já falei com uma pessoa não binária sobre isto e realmente continuo sem conseguir perceber bem mas lá está, já não perco tempo a pensar nisso. 

 

É precisamente isto que eu penso, sem tirar nem pôr. Tanto se queixam das "construções sociais" e dos "estereótipos" que, talvez sem pensarem, os legitimam. O género é uma construção social. Custa-me entender quando alguém diz "não me indentifico como homem", por exemplo, como se houvesse somente uma forma de ser homem. Ou, pegando na conversa de trás "não me identifico nem como homem nem como mulher"... não será mais o "não me identifico com a construção social de homem nem com a construção social de mulher"? 

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há 42 minutos, Fernando disse:

Eu diria que a sociedade coloca os rótulos em primeiro lugar - a minha experiência como pessoa LGBT começou porque os outros achavam que tinham ou podiam dar palpites sobre a minha sexualidade e sobre a forma como eu me comportava - e depois, quando percebi que não havia volta a dar, tive de assumir os meus rótulos, tive de lutar para me impor. Eu acho que comunidade não é tóxica em relação a esses rótulos, é tóxica dentro de si, com lutas internas e/ou com LGBTs que deixaram de ter consciência de onde vieram porque a sociedade, aparentemente, é mais tolerante ou porque o seu meio social os apoia, ignorando que nem todos têm o mesmo privilégio. Hoje assiste-se a gays e bissexuais que apoiam movimentos extremistas porque são aceites e depois atacam trans. A comunidade trans, hoje em dia, é vítima de preconceito dentro e fora da comunidade, ignorando que quando alguém ataca um trans também está a atacar toda a comunidade.

Isso é a experiência individual do Castelo-Branco, se ele aceita, muito bem para ele. O facto de se ser não-binário é uma experiência individual, pertence à esfera da liberdade individual. Acho sempre muita piada que muita mal transfóbica importa-se tanto com a sua liberdade, com a ideologia de género e o diabo a 7, mas adora intrometer-se em questões da esfera individual. Eu não vejo pessoas não-binárias a mexer com a vida das pessoas cis, ou a dar palpites sobre as suas vidas. São apenas pessoas que querem ter acesso à sua autodeterminação, à sua identidade.

nós não somos só seres individuais, somos também seres sociais. os «não-binários» ao exigirem que os «cis» os tratem desta ou daquela forma estão sim a tentar colonizar a esfera individual de outrem, não há volta a dar. duas consciências em conflito. 

esteve bem Cristina Ferreira em não se deixar colonizar. 

https://www.tv7dias.pt/cristina-ferreira-recusa-se-a-tratar-jacques-costa-por-ela-eu-vou-dizer-ele

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24 minutes ago, bacalhaucomnatas said:

nós não somos só seres individuais, somos também seres sociais. os «não-binários» ao exigirem que os «cis» os tratem desta ou daquela forma estão sim a tentar colonizar a esfera individual de outrem, não há volta a dar. duas consciências em conflito. 

esteve bem Cristina Ferreira em não se deixar colonizar. 

https://www.tv7dias.pt/cristina-ferreira-recusa-se-a-tratar-jacques-costa-por-ela-eu-vou-dizer-ele

Que horror, as pessoas querem ser tratadas como gostam de ser tratadas, com o mínimo de respeito, respeito esse que é a pedra basilar de qualquer sociedade. Respeito esse que separa uma sociedade do caos, da desordem e da selvajaria. 

:chocada:

Uma vez que tu não te importas que eu te trate por algo que tu não gostas, eu vou-te começar a insultar, atribuindo assim um daqueles palavrões que te ofendem, uma vez que o facto de tu não gostares, de tu não te sentires confortável e pedires para ser bem tratado, ser tratado com respeito está a invadir a minha esfera individual.  Ou então, em vez de te tratar pelo nome de bacalhaucomnatas vou te tratar por sardinhacomnatas porque eu quero e acho que só o facto de tu queres ser tratado por bacalhaucomnatas neste fórum me incomoda e está a colonizar a minha esfera individual. São duas consciências em conflito. Retorna três casas e repensa no que disseste porque isso faz 0 sentido.

Editado por Fernando
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