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Televisão [Tópico Geral]


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há 4 horas, Johnman disse:

Não vai mudar nada enquanto a SIC liderar, amigs. Pelos vistos (e eles saberão mais, presumo eu), especialmente num universo televisivo "hostil" que temos após a saída da Cristina da SIC para a TVI, só importa mesmo liderar, independentemente dos resultados cada vez mais decadentes. Defensores até apontarão para os resultados positivos nos targets mais importantes.

Mas acho que, no fundo, são apenas vitórias vazias, mesmo, porque os resultados são cada vez piores e não há intenção nenhuma em mudar lol.

Sim, sim, porque quando e se a TVI voltar a liderar vai mudar imenso, não haja dúvidas. Vão continuar as mesmas fórmulas dentro dos orçamentos apertados em cada um dos canais e sobretudo o Moniz a gabar-se como sempre fez, com aqueles discursos provocadores e cheios de si mesmo. (A Cristina meio que já desistiu/foi empurrada de grande parte das tarefas de Direção mesmo.)

E o ambiente hostil foi iniciado pela própria Cristina e TVI pela forma como geriram pessimamente a mudança e a mensagem passada nesse processo. Não vale a pena tapar o sol com a peneira. Os "Setembros é amanhã", os "eu ainda não apareci por isso ainda não lideramos", as N falsas lideranças publicadas, o "grupo de canais 'Panda + Disney' são os mais vistos" foram/são declarações provocadoras e enviesadas. Quem vai à guerra, dá e leva. Ou era suposto a SIC ficar-se? Essa pelo menos só comunica resultados mensais e anuais, como qualquer empresa normal faz como forma de balanço. Felizmente, ao contrário de outros, deixou-se de postar todo o santo dia a migalha em que ganha e a outra não.

Verdade que esta luta pelas décimas em que ninguém quer ficar para trás está a fazer com que se arrisque cada vez menos na programação, pelo receio dos falhanços e de, por causa disso, ser ultrapassado (no caso da SIC) ou ficar mais para trás (no caso da TVI). Mas quem tanto pede "intenção de mudar" não pode depois vir dizer que a TVI até fez bem em produzir o VoR (programa diário) para o domingo porque dá para o gasto enquanto o semanal SQP na SIC (produto que revela algum risco e diversidade) para alguns é mais do mesmo, só saudosismo e cansa rápido. Em que ficamos? E a SIC é claramente ainda quem mais arrisca em produtos diferentes no entretenimento (verdade que com repetições e compactos também) e mesmo na ficção (apesar dos episódios esticados até ao tutano). Senão digam-me quantas novelas diferentes a SIC e a TVI estrearam só desde 2022? Pois :read:

O problema maior na SIC é claramente não ter orçamento para ser competitiva em tantas frentes e não querer ter investidores que ajudem nisso, porque claramente não querem perder o controle financeiro do grupo e o mercado audiovisual não está para grandes aventuras. Lembrando que, quando a SIC estava atrás, o Daniel arriscou imenso porque "não tinha nada a perder" enquanto perseguidor do líder (coisa que as mil Direções antes dele bem ou mal também tentaram). E houve um esforço financeiro gigante nesse sentido, inclusive com a contratação da Cristina. Por algum motivo há um processo em tribunal por perdas e danos...

E depois quando a SIC começou a liderar com margem voltou a arriscar novamente, sobretudo na ficção, porque tinha uma almofada que lhe permitia correr esses riscos sem pôr em causa a liderança mensal. Os tempos agora são outros: o primeiro que cometer o maior falhanço fica para trás. Verdade que também quem conseguir o primeiro grande acerto pode ganhar bastante com isso. Mas lá diz o ditado: mais vale um pássaro de 13% de share na mão que um orçamento arriscado e falhado a voar :mico:

Editado por Luisão
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há 12 minutos, Luisão disse:

Sim, sim, porque quando e se a TVI voltar a liderar vai mudar imenso, não haja dúvidas. Vão continuar as mesmas fórmulas dentro dos orçamentos apertados em cada um dos canais e sobretudo o Moniz a gabar-se como sempre fez, com aqueles discursos provocadores e cheios de si mesmo. (A Cristina meio que já desistiu/foi empurrada de grande parte das tarefas de Direção mesmo.)

E o ambiente hostil foi iniciado pela própria Cristina e TVI pela forma como geriram pessimamente a mudança e a mensagem passada nesse processo. Não vale a pena tapar o sol com a peneira. Os "Setembros é amanhã", os "eu ainda não apareci por isso ainda não lideramos", as N falsas lideranças publicadas, o "grupo de canais 'Panda + Disney' são os mais vistos" foram/são declarações provocadoras e enviesadas. Quem vai à guerra, dá e leva. Ou era suposto a SIC ficar-se? Essa pelo menos só comunica resultados mensais e anuais, como qualquer empresa normal faz como forma de balanço. Felizmente, ao contrário de outros, deixou-se de postar todo o santo dia a migalha em que ganha e a outra não.

Verdade que esta luta pelas décimas em que ninguém quer ficar para trás está a fazer com que se arrisque cada vez menos na programação, pelo receio dos falhanços e de, por causa disso, ser ultrapassado (no caso da SIC) ou ficar mais para trás (no caso da TVI). Mas quem tanto pede "intenção de mudar" não pode depois vir dizer que a TVI até fez bem em produzir o VoR (programa diário) para o domingo porque dá para o gasto enquanto o semanal SQP na SIC (produto que revela algum risco e diversidade) para alguns é mais do mesmo, só saudosismo e cansa rápido. Em que ficamos? E a SIC é claramente ainda quem mais arrisca em produtos diferentes no entretenimento (verdade que com repetições e compactos também) e mesmo na ficção (apesar dos episódios esticados até ao tutano). Senão digam-me quantas novelas diferentes a SIC e a TVI estrearam só desde 2022? Pois :read:

O problema maior na SIC é claramente não ter orçamento para ser competitiva em tantas frentes e não querer ter investidores que ajudem nisso, porque claramente não querem perder o controle financeiro do grupo e o mercado audiovisual não está para grandes aventuras. Lembrando que, quando a SIC estava atrás, o Daniel arriscou imenso porque "não tinha nada a perder" enquanto perseguidor do líder (coisa que as mil Direções antes dele bem ou mal também tentaram). E houve um esforço financeiro gigante nesse sentido, inclusive com a contratação da Cristina. Por algum motivo há um processo em tribunal por perdas e danos...

E depois quando a SIC começou a liderar com margem voltou a arriscar novamente, sobretudo na ficção, porque tinha uma almofada que lhe permitia correr esses riscos sem pôr em causa a liderança mensal. Os tempos agora são outros: o primeiro que cometer o maior falhanço fica para trás. Verdade que também quem conseguir o primeiro grande acerto pode ganhar bastante com isso. Mas lá diz o ditado: mais vale um pássaro de 13% de share na mão que um orçamento arriscado e falhado a voar :mico:

Esse textão só para justificar as escolhas atuais e vitimizar a SIC que só tem contribuído para o ambiente decadente da televisão portuguesa. :no:

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há 4 minutos, Johnman disse:

Esse textão só para justificar as escolhas atuais e vitimizar a SIC que só tem contribuído para o ambiente decadente da televisão portuguesa. :no:

Se essa é a conclusão, parece que não leste o textão então :read:

Spoiler

Quem rima sem querer, é amado sem saber :giveheart:

 

Editado por Luisão
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há 55 minutos, Luisão disse:

Se essa é a conclusão, parece que não leste o textão então :read:

Então olha, agora li mesmo o textão... e é exatamente isso aquilo que li. :curtainpeek:

Olha, para começar, a cena dos posts da TVI serem provocadores - eu não venho para aqui a dizer que a TVI é uma santinha e não faz nada para contribuir para o panorama atual. Simplesmente, acho que todas estas guerrinhas patéticas de liderar com 13 ou 14% de share, em vez de fazerem bem, só estão a encher o ego de pessoas que estão a arruinar a televisão portuguesa. O Moniz é provocador e cheio de si mesmo, sim, mas o Daniel Oliveira é diferente? Vamos esquecer que não foi só a Cristina, mas também o Daniel a começar os posts da liderança; e que foi o Daniel que começou os posts da divisão dos programas em partes para ter os programas mais vistos? :curtainpeek: Estas mesquices dos dois canais são absurdas.

E depois, quanto ao orçamento, sinceramente, essa conversa já cansa. O orçamento é pequeno, mas depois há orçamento para meter três produtos no horário 18-20h, para despejar cinema e séries na madrugada, para espetar novelas inéditas até às 02h da manhã,...  ok, não há dinheiro para tudo e os programas que temos (principalmente os 761's e compactos e repetições) fazem para o trazer acima. Certo, mas isso invalida que a grelha é péssima e que todas as decisões relacionadas com mantê-la rentável só estejam a causar danos em longo prazo? Não, não invalida e essa treta do "ah, não gosto mas percebo" é literalmente a definição de tapar o sol com a peneira.

Não podiam fazer um programa com mais conteúdos do que o Domingão, que literalmente está a lutar com *dois* outros programas pela mesma audiência numa tarde de domingo inteira? Não podiam, por exemplo, separar o Jornal da Noite das rubricas que nele entram mas não deviam - a diferença não é grande, eu sei, mas em termos de apresentação de grelha, é muito mais coerente. Não podiam apresentar uma tarde de sábado com alguma coisa de jeito? Vá lá que se lembraram agora de repetir a minissérie da Lúcia, mas a maior parte das vezes, são programas banalíssimos de daytime que pouco interesse criam e têm a sua audiência no já banalíssimo em si programa da TVI, e no da RTP1 que ainda é o melhorzinho, precisamente por ser diferente e agradavelzinho. Outra: não podiam começar o HN um bocadinho mais cedo, tem mesmo que entrar às 22h? E se a questão for "ah, fugimos à Festa e poupamos dinheiro", o espetador está-se a borrifar para decisões estratégicas de programação, porque para ele, esperar até às 22h para que o HN em sinal aberto comece é assim um bocadinho para o abesbílico. Se eu só tivesse TDT (e há muitos casos em que só tenho TDT - e aparentemente, TDT é suficiente para puxar a RTP3 dos 2% aos 3%, como vimos hoje), só podia ver os canais RTP, porque a SIC e a TVI são uma autêntica desgraça. Eu sei que o número de pessoas sem cabo em Portugal não é assim tão grande, mas o sinal aberto nunca deixou de ser um direito e ainda uma realidade para muitas pessoas.

Dou-te razão em que a SIC ainda vai variando um pouco em termos de programação de grande entretenimento - quem traz de volta o Vale Tudo ou Salve-se Quem Puder e transmite programas como Hell's Kitchen, Traidores, Máscara, Tabu e Terra Nossa merece palmas, sem dúvidas. Mas esse é o único ramo da SIC que realmente progride (e apesar destes programas nem sempre resultarem com o público geral, os seus resultados com o público mais jovem são muito animadores, como o caso dos Traidores que liderava folgadamente nos targets 18-34 ou algo do género). E mesmo assim, durante 60% do ano, os programas de domingo à noite começam às 22h, principalmente para contraprogramar o BB e derivados, como se houvesse comparação entre um programa em direto e outro gravado. Já para não falar das temporadas intermináveis de programas. O resultado foi vermos certos ou vários programas esquartejados naquele horário. Se o problema é que o orçamento é baixo demais para ter estes programas, porque é que, por exemplo, não deixam de investir tanto em novelas, que são excecionalmente caras, já têm a quota preenchida pelas da Globo e ainda concorrem com as da TVI pelo mesmo público?

Por falar nisso, na ficção, nem TVI, nem SIC - ambas têm zero variedade. Não me venhas com "a SIC tem mais variedade na ficção", têm o quê, novelas portuguesas e brasileiras popularuchas? E uma série americana na madrugada. Tá. Isso não é variedade. Têm as séries da OPTO, mas essas não vêm parar à generalista muito, isto apesar de até uma gigante como a Globo ver necessidade de rentabilizar os seus produtos do streaming. E mesmo dentro das novelas, pouco mudou desde a Gabriela Sobral. Tiveste alguns sucessos com uma identidade própria dentro do género, não transmitem aos fins de semana e o número de episódios de produção é menor; mas elas continuam a ser esticadas até a uma duração superior a um ano e agora têm histórias ainda mais parolas e absurdas, com guiões fraquíssimos. Amor Amor e Lua de Mel até podem ser "diferentes", mas o diferente nem sempre é bom. Obviamente que isto não é pior que uma Festa a durar 3 anos, mas não vamos usar whataboutism para desculpar a SIC. E mesmo nos termos das identidades, a Flor sem Tempo, segundo o que dizem, é idêntica às novelas anteriores da autoria da Inês Gomes; Sangue Oculto é uma farofa sobre uma tema hiper cliché (gémeas separadas à nascença) que só se destaca por serem três; esta nova aparentemente tem tudo para vir na linha de Amor Amor, linha essa que já está esgotadíssima... A TVI é melhor, com três anos de Festa e Para Sempre e ainda uma outra novela adaptada da América do Sul? Não, não é lol, mas lá está, whataboutism não cobre o problema.

E finalmente, sim, eu "celebrei" a TVI usar o Vai ou Racha no domingo e resultar, mas "celebrar" é uma palavra forte, eu simplesmente achei piada. Claro que em termos de programação, é só péssimo reaproveitarem um programa diário para as noites de domingo. SQP é melhor do que isto, mas também não é exatamente um risco.

Portanto, desculpa, por mais que eu concorde que o orçamento dá para pouco e até compreenda que o medo de falhar é muito, eu só consigo olhar para estes resultados e pensar: "porra, ainda bem que tenho Netflix e cabo", e como muitos há eu, mas não devia ser o caso porque em países como a Espanha, que sim, é um mercado muito maior, mas não deixa de ser vizinho, o linear continua a dar frutos, assim como no Brasil. O futuro é o digital, mas se a rádio se soube reinventar, o linear também pode. Mas nas mãos destes diretores, está quieto.

Wall of text over.

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há 56 minutos, Johnman disse:

Então olha, agora li mesmo o textão... e é exatamente isso aquilo que li. :curtainpeek:

Olha, para começar, a cena dos posts da TVI serem provocadores - eu não venho para aqui a dizer que a TVI é uma santinha e não faz nada para contribuir para o panorama atual. Simplesmente, acho que todas estas guerrinhas patéticas de liderar com 13 ou 14% de share, em vez de fazerem bem, só estão a encher o ego de pessoas que estão a arruinar a televisão portuguesa. O Moniz é provocador e cheio de si mesmo, sim, mas o Daniel Oliveira é diferente? Vamos esquecer que não foi só a Cristina, mas também o Daniel a começar os posts da liderança; e que foi o Daniel que começou os posts da divisão dos programas em partes para ter os programas mais vistos? :curtainpeek: Estas mesquices dos dois canais são absurdas.

E depois, quanto ao orçamento, sinceramente, essa conversa já cansa. O orçamento é pequeno, mas depois há orçamento para meter três produtos no horário 18-20h, para despejar cinema e séries na madrugada, para espetar novelas inéditas até às 02h da manhã,...  ok, não há dinheiro para tudo e os programas que temos (principalmente os 761's e compactos e repetições) fazem para o trazer acima. Certo, mas isso invalida que a grelha é péssima e que todas as decisões relacionadas com mantê-la rentável só estejam a causar danos em longo prazo? Não, não invalida e essa treta do "ah, não gosto mas percebo" é literalmente a definição de tapar o sol com a peneira.

Não podiam fazer um programa com mais conteúdos do que o Domingão, que literalmente está a lutar com *dois* outros programas pela mesma audiência numa tarde de domingo inteira? Não podiam, por exemplo, separar o Jornal da Noite das rubricas que nele entram mas não deviam - a diferença não é grande, eu sei, mas em termos de apresentação de grelha, é muito mais coerente. Não podiam apresentar uma tarde de sábado com alguma coisa de jeito? Vá lá que se lembraram agora de repetir a minissérie da Lúcia, mas a maior parte das vezes, são programas banalíssimos de daytime que pouco interesse criam e têm a sua audiência no já banalíssimo em si programa da TVI, e no da RTP1 que ainda é o melhorzinho, precisamente por ser diferente e agradavelzinho. Outra: não podiam começar o HN um bocadinho mais cedo, tem mesmo que entrar às 22h? E se a questão for "ah, fugimos à Festa e poupamos dinheiro", o espetador está-se a borrifar para decisões estratégicas de programação, porque para ele, esperar até às 22h para que o HN em sinal aberto comece é assim um bocadinho para o abesbílico. Se eu só tivesse TDT (e há muitos casos em que só tenho TDT - e aparentemente, TDT é suficiente para puxar a RTP3 dos 2% aos 3%, como vimos hoje), só podia ver os canais RTP, porque a SIC e a TVI são uma autêntica desgraça. Eu sei que o número de pessoas sem cabo em Portugal não é assim tão grande, mas o sinal aberto nunca deixou de ser um direito e ainda uma realidade para muitas pessoas.

Dou-te razão em que a SIC ainda vai variando um pouco em termos de programação de grande entretenimento - quem traz de volta o Vale Tudo ou Salve-se Quem Puder e transmite programas como Hell's Kitchen, Traidores, Máscara, Tabu e Terra Nossa merece palmas, sem dúvidas. Mas esse é o único ramo da SIC que realmente progride (e apesar destes programas nem sempre resultarem com o público geral, os seus resultados com o público mais jovem são muito animadores, como o caso dos Traidores que liderava folgadamente nos targets 18-34 ou algo do género). E mesmo assim, durante 60% do ano, os programas de domingo à noite começam às 22h, principalmente para contraprogramar o BB e derivados, como se houvesse comparação entre um programa em direto e outro gravado. Já para não falar das temporadas intermináveis de programas. O resultado foi vermos certos ou vários programas esquartejados naquele horário. Se o problema é que o orçamento é baixo demais para ter estes programas, porque é que, por exemplo, não deixam de investir tanto em novelas, que são excecionalmente caras, já têm a quota preenchida pelas da Globo e ainda concorrem com as da TVI pelo mesmo público?

Por falar nisso, na ficção, nem TVI, nem SIC - ambas têm zero variedade. Não me venhas com "a SIC tem mais variedade na ficção", têm o quê, novelas portuguesas e brasileiras popularuchas? E uma série americana na madrugada. Tá. Isso não é variedade. Têm as séries da OPTO, mas essas não vêm parar à generalista muito, isto apesar de até uma gigante como a Globo ver necessidade de rentabilizar os seus produtos do streaming. E mesmo dentro das novelas, pouco mudou desde a Gabriela Sobral. Tiveste alguns sucessos com uma identidade própria dentro do género, não transmitem aos fins de semana e o número de episódios de produção é menor; mas elas continuam a ser esticadas até a uma duração superior a um ano e agora têm histórias ainda mais parolas e absurdas, com guiões fraquíssimos. Amor Amor e Lua de Mel até podem ser "diferentes", mas o diferente nem sempre é bom. Obviamente que isto não é pior que uma Festa a durar 3 anos, mas não vamos usar whataboutism para desculpar a SIC. E mesmo nos termos das identidades, a Flor sem Tempo, segundo o que dizem, é idêntica às novelas anteriores da autoria da Inês Gomes; Sangue Oculto é uma farofa sobre uma tema hiper cliché (gémeas separadas à nascença) que só se destaca por serem três; esta nova aparentemente tem tudo para vir na linha de Amor Amor, linha essa que já está esgotadíssima... A TVI é melhor, com três anos de Festa e Para Sempre e ainda uma outra novela adaptada da América do Sul? Não, não é lol, mas lá está, whataboutism não cobre o problema.

E finalmente, sim, eu "celebrei" a TVI usar o Vai ou Racha no domingo e resultar, mas "celebrar" é uma palavra forte, eu simplesmente achei piada. Claro que em termos de programação, é só péssimo reaproveitarem um programa diário para as noites de domingo. SQP é melhor do que isto, mas também não é exatamente um risco.

Portanto, desculpa, por mais que eu concorde que o orçamento dá para pouco e até compreenda que o medo de falhar é muito, eu só consigo olhar para estes resultados e pensar: "porra, ainda bem que tenho Netflix e cabo", e como muitos há eu, mas não devia ser o caso porque em países como a Espanha, que sim, é um mercado muito maior, mas não deixa de ser vizinho, o linear continua a dar frutos, assim como no Brasil. O futuro é o digital, mas se a rádio se soube reinventar, o linear também pode. Mas nas mãos destes diretores, está quieto.

Wall of text over.

Concordo com várias partes do que escreveste mas discordo de outras. Além de que o meu post inicial foi sobretudo como argumentação ao que disseste de que o panorama atual só mudaria se a SIC perdesse a liderança, o que subentende que a mesma passaria para a TVI. E foi com base nessa premissa que argumentei que as atuações dos canais seguiriam a mesma linha atual dentro da pobreza de orçamentos atuais. E continuo a achar isso pelo que invoquei depois.

Do que discordo:

"e que foi o Daniel que começou os posts da divisão dos programas em partes para ter os programas mais vistos" - Honestamente não sei quem iniciou as divisões dos programas. Sei que na estreia do BB Zoom que foi simultânea com a estreia da T3 do Agricultor ambos os programas fizeram divisões. Não me choca isso porque as lideranças em ambos os canais sempre foram publicadas tendo em conta a duração total do programa e nunca pelos blocos. Os mesmos só servem para baralhar os mais vistos do dia e pouco mais.

"Vamos esquecer que não foi só a Cristina, mas também o Daniel a começar os posts da liderança" Esta sei. Foi a TVI a começar os posts diários dos programas líderes e a burra SIC ridiculamente foi atrás. Depois finalmente ganhou juízo e limita-se até hoje a fazer posts somente mensais/anuais que, no meu ponto de vista, fazem sim sentido em jeito de balanço, independentemente dos valores que são sim cada vez mais baixos.

"O orçamento é pequeno, mas depois há orçamento para meter três produtos no horário 18-20h..., para espetar novelas inéditas até às 02h da manhã"aqui acho estranho que não saibas a resposta a isto. 3 produtos das 18 às 20 servem exclusivamente para não ficarem descalços quando acaba o reality e poderem esticar ambas as novelas já estando fidelizadas e só conta para o orçamento aquilo que vai ao ar (na prática o custo de 1 episódio). Novelas até às 2 da manhã é péssimo e só acontece nos meses que estão aflitos e querem recuperar share. Depois nos meses seguintes reduzem os episódios e poupam o que gastaram a mais. Ou seja em termos orçamentais não tem efeitos adversos.

Por falar nisso, na ficção, nem TVI, nem SIC - ambas têm zero variedade(...) Amor Amor e Lua de Mel até podem ser "diferentes", mas o diferente nem sempre é bom. Obviamente que isto não é pior que uma Festa a durar 3 anos, mas não vamos usar whataboutism para desculpar a SIC. 

Aqui tens de te decidir porque te contradizes :read: Ou têm zero variedade ou a SIC afinal teve novelas diferentes. Lá que não se goste dessas histórias diferentes já são outros quinhentos. Mas eu referia-me não às temáticas das novelas mas sim a diferentes produtos no ar ao longo do tempo.

Editado por Luisão
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há 8 minutos, Luisão disse:

Concordo com várias partes do que escreveste mas discordo de outras. Além de que o meu post inicial foi sobretudo como argumentação ao que disseste de que o panorama atual só mudaria se a SIC perdesse a liderança, o que subentende que a mesma passaria para a TVI. E foi com base nessa premissa que argumentei que as atuações dos canais seguiriam a mesma linha atual dentro da pobreza de orçamentos atuais. E continuo a achar isso pelo que invoquei depois.

Do que discordo:

"e que foi o Daniel que começou os posts da divisão dos programas em partes para ter os programas mais vistos" - Honestamente não sei quem iniciou as divisões dos programas. Sei que na estreia do BB Zoom que foi simultânea com a estreia da T3 do Agricultor ambos os programas fizeram divisões. Não me choca isso porque as lideranças em ambos os canais sempre foram publicadas tendo em conta a duração total do programa e nunca pelos blocos. Os mesmos só servem para baralhar os mais vistos do dia e pouco mais.

"Vamos esquecer que não foi só a Cristina, mas também o Daniel a começar os posts da liderança" Esta sei. Foi a TVI a começar os posts diários dos programas líderes e a burra SIC ridiculamente foi atrás. Depois finalmente ganhou juízo e limita-se até hoje a fazer posts somente mensais/anuais que, no meu ponto de vista, fazem sim sentido em jeito de balanço, independentemente dos valores que são sim cada vez mais baixos.

"O orçamento é pequeno, mas depois há orçamento para meter três produtos no horário 18-20h..., para espetar novelas inéditas até às 02h da manhã"aqui acho estranho que não saibas a resposta a isto. 3 produtos das 18 às 20 servem exclusivamente para não ficarem descalços quando acaba o reality e poderem esticar ambas as novelas já estando fidelizadas e só conta para o orçamento aquilo que vai ao ar (na prática o custo de 1 episódio). Novelas até às 2 da manhã é péssimo e só acontece nos meses que estão aflitos e querem recuperar share. Depois nos meses seguintes reduzem os episódios e poupam o que gastaram a mais. Ou seja em termos orçamentais não tem efeitos adversos.

Por falar nisso, na ficção, nem TVI, nem SIC - ambas têm zero variedade(...) Amor Amor e Lua de Mel até podem ser "diferentes", mas o diferente nem sempre é bom. Obviamente que isto não é pior que uma Festa a durar 3 anos, mas não vamos usar whataboutism para desculpar a SIC. 

Aqui tens de te decidir porque te contradizes :read: Ou têm zero variedade ou a SIC afinal teve novelas diferentes. Lá que não se goste dessas histórias diferentes já são outros quinhentos. Mas eu referia-me não às temáticas das novelas mas sim a diferentes produtos no ar ao longo do tempo.

Se calhar foi um exagero implicar que a liderança da TVI iria mudar alguma coisa, mas eu quis dizer em específico que enquanto tudo continuar na mesmice, dificilmente haverá razão para acreditar que mudanças estejam para chegar. E lá está, se o orçamento agora é baixo, com programação cada vez pior, a tendência será ainda mais de descida.

Não vou contraargumentar em tudo, vou só dizer que: na questão dos três programas às 18h, isso até podia fazer sentido se decorresse, tipo, no máximo, duas semanas. Mas chegámos a ter momentos em que essa estratégia parecia permanente. Muitos programas foram prejudicados pelos diários começarem tão tarde, assim como as novelas com durações absurdas e trocas e retrocas. Poupar para aguentar sem realities não é ter uma gestão tão confusa da grelha.

E quanto à contradição, dou-te o ponto que chamei a algo de diferente em contradição, tudo bem, de facto estava-me a referir na qualidade. Mas em termos da duração dos programas, a verdade é que de variadade, tens pouco. São novelas em HN e em fim de tarde, uma série americana na madrugada e ainda a ocasional série da OPTO de vez em quando. Lá está, a TVI não é melhor e a SIC até pode ter "tecnicamente" mais variedade, mas é uma variedade vazia e sinto que seja, infelizmente, uma vitória vazia, se é que entendes.

Mas agradeço-te por teres lido e compreendido; eu sei que muitos posts teus são de humor e não sérios, mas pronto, fica a nota na mesma :)

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O problema da televisão portuguesa é que não estão preparadas para os desafios do presente e futuro. Vejo a televisão espanhola a fazer mudanças, a televisão brasileira também parece preparada, mas a nossa não vejo isso. 

Tanto a SIC como a TVI estão agarradas a grelhas low cost, às mesmas fórmulas de sempre, a novelas de 300 episódios e/ou com temporadas atrás de temporadas e histórias muitas vezes sem sentido e com estilo popularucho. 

É preciso novelas mais curtas, com poucos núcleos, bem feitas e com histórias com pés e cabeça e boa realização e que se possam rentabilizar no streaming. 

Onde mesmo assim conseguem fazer um bom trabalho é no entretenimento, pelo menos na maioria das vezes.

Acho que o nosso daytime já devia ter evoluído. Já ninguém tem paciência para as histórias de vida dos programas da tarde, principalmente quando é anónimos com histórias de desgraças ou coisas que não interessam a ninguém. 

Os programas da manhã também já deviam ter evoluído para algo menos popularucho, apostando em algo mais do género do que faz a Antena 3 e a Telecinco em Espanha, com investigação, tertúlias e bons convidados. Aliás, não é só em Espanha que isso acontece mas também noutros países. 

Editado por D91
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Texto muito pertinente sobre o jornalismo monotemático da semana passada pelo Rúben Mateus (jornalista da Rádio Comercial, M80 e Cidade pertencentes ao único grupo que não cobriu as JMJ, aliás).

Citação

Depois da JMJ talvez tenhamos de pensar se é este o jornalismo que queremos. O jornalismo que fecha num assunto apenas e desta forma esquecendo o país e o resto do mundo. O problema não é da JMJ, mas é nestes momentos que se percebe que temos um jornalismo que adora "mono-temas". O jornalismo parte do princípio que se estão a noticiar factos novos, novidade, algo que acrescente à vida das pessoas. Na JMJ, em virtude da cobertura segundo a segundo, só nos falta ouvir repórteres e pivots dizer em direto: "Sim! O Parque Eduardo Sétimo continua no mesmo sítio!" ou "o Rio Tejo realmente leva água e prevê-se que essa água esteja por aqui durante o fim-de-semana de encerramento da Jornada". O resto do país, do mundo entra em stand-by, como se não existisse. Este erro, para mim um grande erro, não é de agora. Claro que determinados temas, eventos, situações têm uma maior importância em determinada altura e merecem uma atenção maior. Contudo, a cobertura até à exaustão é isso mesmo: uma cobertura até à exaustão de quem vê. O país não para, o mundo não entra em pausa e a vida para cada um de nós continua a girar. Não se trata de desvalorizar um determinado acontecimento importante, mas sim de não tapar todas as outras realidades que continuam a impactar a vida de cada um de nós. O jornalismo não é, ou pelo menos não deveria ser, o foco total em apenas um assunto. O jornalismo não é, ou pelo não deveria ser, minutos e horas de emissões em que nada de novo se diz. O jornalismo não é, ou pelo menos não deveria ser, minutos e horas de comentários em que se comentam não notícias. Queremos que as pessoas voltem a confiar no jornalismo e nos jornalistas? É mais simples do que parece: falemos da vida das pessoas! Não transformemos o jornalismo em entretenimento ou numa mão cheia de nada em que ao invés de se darem notícias dão-se emoções. Fosse com o que fosse, em que momento fosse, temos um país que precisa que se fale dele. Do Portugal real e que vive fora dos grandes centros urbanos. O enfraquecimento do jornalismo (até certo ponto, tendo crer, premeditado) também é isto. É um jornalismo cada vez mais concentrado, um jornalismo que informa pior, menos e que afasta as pessoas..

https://www.linkedin.com/posts/rúben-mateus-26bb7034_depois-da-jmj-talvez-tenhamos-de-pensar-se-activity-7092591712941858817-XDSz?utm_source=share&utm_medium=member_desktop

Editado por canal5
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há 8 minutos, D91 disse:

Acho que o nosso daytime já devia ter evoluído. Já ninguém tem paciência para as histórias de vida dos programas da tarde, principalmente quando é anónimos com histórias de desgraças ou coisas que não interessam a ninguém. 

Os programas da manhã também já deviam ter evoluído para algo menos popularucho, apostando em algo mais do género do que faz a Antena 3 e a Telecinco em Espanha, com investigação, tertúlias e bons convidados. Aliás, não é só em Espanha que isso acontece mas também noutros países. 

O daytime está perfeitamente adequado ao público que está disponível para o ver. A população ativa está a trabalhar ou a estudar, só resta os reformados e desempregados. 

E não percebo o fascínio pelos programas da manhã espanhóis, até parece que é muito diferente do que se faz aqui :read:

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agora mesmo, msm0 disse:

O daytime está perfeitamente adequado ao público que está disponível para o ver. A população ativa está a trabalhar ou a estudar, só resta os reformados e desempregados. 

E não percebo o fascínio pelos programas da manhã espanhóis, até parece que é muito diferente do que se faz aqui :read:

Mas é que é mesmo completamente diferente. E tem uma importância no país que aqui não tem.

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há 15 minutos, D91 disse:

O problema da televisão portuguesa é que não estão preparadas para os desafios do presente e futuro. Vejo a televisão espanhola a fazer mudanças, a televisão brasileira também parece preparada, mas a nossa não vejo isso. 

Tanto a SIC como a TVI estão agarradas a grelhas low cost, às mesmas fórmulas de sempre, a novelas de 300 episódios e/ou com temporadas atrás de temporadas e histórias muitas vezes sem sentido e com estilo popularucho. 

É preciso novelas mais curtas, com poucos núcleos, bem feitas e com histórias com pés e cabeça e boa realização e que se possam rentabilizar no streaming. 

Onde mesmo assim conseguem fazer um bom trabalho é no entretenimento, pelo menos na maioria das vezes.

Acho que o nosso daytime já devia ter evoluído. Já ninguém tem paciência para as histórias de vida dos programas da tarde, principalmente quando é anónimos com histórias de desgraças ou coisas que não interessam a ninguém. 

Os programas da manhã também já deviam ter evoluído para algo menos popularucho, apostando em algo mais do género do que faz a Antena 3 e a Telecinco em Espanha, com investigação, tertúlias e bons convidados. Aliás, não é só em Espanha que isso acontece mas também noutros países. 

Tbh eu até nem acho que os programas da manhã representem um grande problema, tirando obviamente aquela terceira hora do Casa Feliz e do Dois às 10 dedicada a crimes, que é uma coisa mesmo à Correio da Manhã e não devia ter lugar num programa de daytime. Programas como o Linha Aberta, muito menos lugar têm ainda. Fora isso, esses programas têm alguns bons conteúdos para o horário - principalmente o Dois às 10; assim como apresentadores carismáticos e empáticos (vá, não o Cláudio Ramos). O Casa Feliz precisa sim de recondicionamento, mas não está inapto para existir no seu todo. Claro que programas internacionais como o The View, o The Today Show ou o Espejo Público são mais sofisticados, mas não vejo a maior sina da TV portuguesa na totalidade dos programas da manhã.

De resto, concordo lol.

A necessidade de programas tipo Júlia ás tardes é muito pouca. O formato só existe devido ao interesse da sua cara principal no mesmo, e é um género de programa que cada vez se justifica menos, com a existência de canais de informação e Cabo por onde o público à procura de histórias sensacionalistas ala 2009 pode verter. Pelo menos o Goucha evoluiu e já é um programa um bocadinho mais comestível, com mais convidados apelativos, conversas dinâmicas e menos de puxar a lágrima. Os índices de rating inclusive indicam o desinteresse geral nestes programas, com o Goucha a liderar com menos de 3% rat. e shares muito fracos também.

E quanto às novelas, acho que nem é preciso referir os problemas crónicos das durações de um ano (no caso da TVI, dois/três), da criação de temporadas inacabáveis unicamente para rentabilização, das histórias demasiado popularuchas (o que não seria totalmente péssimo se realmente houvesse variedade, mas variedade há zero)... isto para não falar na quase inexistência de apostas como séries, que só agora é que vão começar a ver a luz do dia com as novas minisséries da TVI. Os horários nobres das privadas estão demasiado encostados às fórmulas gastas do passado, mas enquanto estas estações tiverem demasiado medo de falhar (medo esse que depositam depois em orçamentos curtos), nada vai mudar.

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há 19 horas, Luisão disse:

E o ambiente hostil foi iniciado pela própria Cristina e TVI pela forma como geriram pessimamente a mudança e a mensagem passada nesse processo. Não vale a pena tapar o sol com a peneira. Os "Setembros é amanhã", os "eu ainda não apareci por isso ainda não lideramos", as N falsas lideranças publicadas, o "grupo de canais 'Panda + Disney' são os mais vistos" foram/são declarações provocadoras e enviesadas. Quem vai à guerra, dá e leva. Ou era suposto a SIC ficar-se? Essa pelo menos só comunica resultados mensais e anuais, como qualquer empresa normal faz como forma de balanço. Felizmente, ao contrário de outros, deixou-se de postar todo o santo dia a migalha em que ganha e a outra não.

Este parágrafo é muito forçado. O ambiente hostil existe desde que a TVI chegou à liderança lá nos anos 2000, e a amiga SIC só conseguiu recuperar o lugar 18 ou 19 anos depois, roubando-lhe o seu principal ativo, a Cristina. O rombo foi grande na TVI, e a soberba da nova líder era posts do Programa da Tininha diários a vangloriarem-se diariamente dos records que o programa batia. Claro que a soberba tem pés de barro e quando ela voltou, ficou a dor de cotovelo. Tiveram a sorte de permanecer líderes um bom tempo, a TVI alimentou essa hostilidade e a estratégica comercial de ambas foi muito cringe. 

Hoje deviam preocupar-se com o que fizeram ao público e envergonhar-se disso, em vez de andarem com guerrinhas infantis.

Em relação ao grupo de canais, cada vez mais os media analisam as médias audiométricas pelo conjunto de canais, em todo o mundo.

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há 49 minutos, SorNunz disse:

Este parágrafo é muito forçado. O ambiente hostil existe desde que a TVI chegou à liderança lá nos anos 2000, e a amiga SIC só conseguiu recuperar o lugar 18 ou 19 anos depois, roubando-lhe o seu principal ativo, a Cristina. O rombo foi grande na TVI, e a soberba da nova líder era posts do Programa da Tininha diários a vangloriarem-se diariamente dos records que o programa batia. Claro que a soberba tem pés de barro e quando ela voltou, ficou a dor de cotovelo. Tiveram a sorte de permanecer líderes um bom tempo, a TVI alimentou essa hostilidade e a estratégica comercial de ambas foi muito cringe. 

Hoje deviam preocupar-se com o que fizeram ao público e envergonhar-se disso, em vez de andarem com guerrinhas infantis.

Em relação ao grupo de canais, cada vez mais os media analisam as médias audiométricas pelo conjunto de canais, em todo o mundo.

A TVI chegou à liderança em 2005 e esteve lá 14 anos. Talvez melhor pesquisar primeiro  :read:

Aguardo por esses posts diários do canal em que a soberba do OPDC era existente. Pois não há. Existem somente os posts das lideranças mensais do canal em geral com esse programa incluído com os restantes da grelha. Se existem esses posts são dos sites de notícias/audiências/revistas, etc.

"Tiveram a sorte de permanecer líderes por um tempo"!? Mas quê, o tempo dessa liderança já terminou entretanto? :confusa_julia:

Ia jurar que se fosse por sorte e não por muito trabalho e muita estratégia (muitas vezes exagerada e desajustada) à mistura, a liderança (ainda que presa por arames atualmente) já tinha voado faz muito tempo. E é curioso que a liderança que a Cristina ajudou a conquistar na SIC depois não foi transportada de novo quando esta voltou à casa mãe...

E concordo que o ambiente de competitividade já havia sim antes quando a TVI começou a afirmar-se no início do novo século. Mas o ambiente hostil a que me referia era em resposta a outro forista que caracterizou com essa palavra o período após a saída da Cristina da SIC.

Sobre os grupos de canais, os media  em todo o mundo comunicam publicamente assim se der jeito analisar assim. Nada de novo ou condenável. Nada contra análises globais institucionais mas não deixa de ser caricato que o começaram a fazer precisamente quando cancelaram um canal de marca TVI e o substituíram por um canal de marca CNN franchisado para o grupo MC, o que convenhamos não é nada abonatório em favor da marca própria TVI e da sua força junto do público.

Editado por Luisão
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há 2 horas, Johnman disse:

Tbh eu até nem acho que os programas da manhã representem um grande problema, tirando obviamente aquela terceira hora do Casa Feliz e do Dois às 10 dedicada a crimes, que é uma coisa mesmo à Correio da Manhã e não devia ter lugar num programa de daytime. Programas como o Linha Aberta, muito menos lugar têm ainda. Fora isso, esses programas têm alguns bons conteúdos para o horário - principalmente o Dois às 10; assim como apresentadores carismáticos e empáticos (vá, não o Cláudio Ramos). O Casa Feliz precisa sim de recondicionamento, mas não está inapto para existir no seu todo. Claro que programas internacionais como o The View, o The Today Show ou o Espejo Público são mais sofisticados, mas não vejo a maior sina da TV portuguesa na totalidade dos programas da manhã.

De resto, concordo lol.

A necessidade de programas tipo Júlia ás tardes é muito pouca. O formato só existe devido ao interesse da sua cara principal no mesmo, e é um género de programa que cada vez se justifica menos, com a existência de canais de informação e Cabo por onde o público à procura de histórias sensacionalistas ala 2009 pode verter. Pelo menos o Goucha evoluiu e já é um programa um bocadinho mais comestível, com mais convidados apelativos, conversas dinâmicas e menos de puxar a lágrima. Os índices de rating inclusive indicam o desinteresse geral nestes programas, com o Goucha a liderar com menos de 3% rat. e shares muito fracos também.

E quanto às novelas, acho que nem é preciso referir os problemas crónicos das durações de um ano (no caso da TVI, dois/três), da criação de temporadas inacabáveis unicamente para rentabilização, das histórias demasiado popularuchas (o que não seria totalmente péssimo se realmente houvesse variedade, mas variedade há zero)... isto para não falar na quase inexistência de apostas como séries, que só agora é que vão começar a ver a luz do dia com as novas minisséries da TVI. Os horários nobres das privadas estão demasiado encostados às fórmulas gastas do passado, mas enquanto estas estações tiverem demasiado medo de falhar (medo esse que depositam depois em orçamentos curtos), nada vai mudar.

Essa última faixa dos programas da manhã é a que tem mais audiências, e não me faz confusão que exista. 

Mas enquanto o SIC e a TVI lutarem por migalhas e audiências cada vez maus residuais e não trabalharem para reverteram um pouco a situação em que se encontram tudo vai continuar a piorar.

Nenhum canal tem uma liderança destacada neste momento, a SIC tem uma liderança parcial e já quase que a perdeu em alguns meses. 

Editado por D91
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há 21 minutos, Luisão disse:

A TVI chegou à liderança em 2005 e esteve lá 14 anos. Talvez melhor pesquisar primeiro  :read:

Aguardo por esses posts diários do canal em que a soberba do OPDC era existente. Pois não há. Existem somente os posts das lideranças mensais do canal em geral com esse programa incluído com os restantes da grelha. Se existem esses posts são dos sites de notícias/audiências/revistas, etc.

"Tiveram a sorte de permanecer líderes por um tempo"!? Mas quê, o tempo dessa liderança já terminou entretanto? :confusa_julia:

Ia jurar que se fosse por sorte e não por muito trabalho e muita estratégia (muitas vezes exagerada e desajustada) à mistura, a liderança (ainda que presa por arames atualmente) já tinha voado faz muito tempo. E é curioso que a liderança que a Cristina ajudou a conquistar na SIC depois não foi transportada de novo quando esta voltou à casa mãe...

E concordo que o ambiente de competitividade já havia sim antes quando a TVI começou a afirmar-se no início do novo século. Mas o ambiente hostil a que me referia era em resposta a outro forista que caracterizou com essa palavra o período após a saída da Cristina da SIC.

Sobre os grupos de canais, os media  em todo o mundo comunicam publicamente assim se der jeito analisar assim. Nada de novo ou condenável. Nada contra análises globais institucionais mas não deixa de ser caricato que o começaram a fazer precisamente quando cancelaram um canal de marca TVI e o substituíram por um canal de marca CNN franchisado para o grupo MC, o que convenhamos não é nada abonatório em favor da marca própria TVI e da sua força junto do público.

Foi um salto de popularidade naquela época, com o domínio completo do prime-time, em que a vitória diária seria uma questão de tempo. Se preferes fazer análises ao mínimo pormenor, é porque precisas mesmo delas para argumentar e não viveste a mesma televisão que eu. Quando aos posts, tens razão, não eram posts de Instagram, eram telepromoções diárias com o número de espectadores de cada Programa da Cristina quase todos os dias. 

Enquanto algumas pessoas considerarem o estado atual da SIC como tempos de liderança e comemorarem vitórias por décimas e centésimas, estão a envergonhar o meio televisivo português. 

 

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há 24 minutos, Johnman disse:

Não teria sido tão mau se as fórmulas tivessem evoluído com o passar dos anos, mas, tipicamente à português, sempre só contou o imediatismo e os resultados do momento, sem haver qualquer tipo de planeamento a longo prazo. A SIC sempre foi demasiado agarrada às novelas da Globo nos anos 90/2000, depois vieram as nacionais da TVI e a SIC seguiu a tendência, com bons resultados após uns anos. Em 2019, consegue inovar com o Programa da Cristina e alcançar a liderança novamente. Mas a partir daí, desleixou-se e a televisão caiu em mesmice, sem a TVI a querer procurar fazer diferente e a SIC encostada à sombra da bananeira.

A bem dizer, tudo descambou a partir do fim da década 2000/início da década 2010, quando os diretores de televisão começaram a apostar nos mesmos conteúdos uns dos outros. Se a SIC tivesse continuado com HN's distantes do género da TVI, talvez as coisas estivessem melhores. Verdade que muito da SIC sempre passou por encher o HN de novelas, mas sempre houve uma preocupação com diversidade.

O estrondoso sucesso de Dancin' Days em 2012/13 acabou por ser uma sina para a SIC, pois a Gabriela Sobral empoderou-se com o bem correr desta e das suas sucessoras (Sol de Inverno e Mar Salgado) e estreou a segunda faixa de novelas portuguesas, que nunca deveria ter acontecido numa SIC que se prezava (e gabava como seu ADN) pelas suas relações com a Globo e pela diversidade de conteúdos em HN (eu sei que tudo novelas não é bem "diversidade", mas ao menos ter uma portuguesa e algumas brasileiras sempre é melhor do que aquilo que temos agora).

Desde a incepção de Poderosas (um autêntico fiasco btw) que nunca mais houve produtos diários de entretenimento ou ficção não-novela em HN, fora aos fins de semana (pelo menos o Daniel Oliveira melhorou isso da era jurássica da Gabriela Sobral, sem sombra de dúvida). Algumas raridades como os diários de 5-10 minutos do Quem Quer Namorar com o Agricultor? e algumas minisséries foram a exceção. Saudades de por ex. aqueles HN's de 2011 com Peso Pesado e Laços de Sangue, ou o verão de 2009 com Salve-se Quem Puder, Cenas de Casamento (um grande flop, eu sei) e Caminho das Índias.

Este post serve para ilustrar muito do que sempre assombrou a televisão portuguesa: fórmulas batidas e o medo de falhar.

A SIC teve uma oportunidade para alterar o rumo da televisão em 2018/19, quando as tardes mudaram (para melhor em quase todos os casos) e o Programa da Cristina estreou depois em janeiro. A ideia de Golpe de Sorte era, inclusive, uma série diária que tinha um apelo diferente de novelas (a bem dizer, though, GdS era praticamente novela com roupagem alternativa, mas pronto, ficou a ideia). Não quiseram mudar muito e os HN's ficaram idênticos, passando por uma fase de grande sucesso mas rapidamente desgastando as fórmulas, sendo que finalmente esgotaram após as temporadas inacabáveis, homogéneas e com fôlego cada vez menor das novelas mais popularuchas.

A TVI teve oportunidade para realmente dar uma "pedrada no charco" com a entrada da Cristina em 2021 - e algumas coisas alteraram, para melhor também, mas pouca inovação, à exceção do Esta Manhã no horário 7-10h. I guess o Dia de Cristina tentou fazer diferente em certos aspetos, sem a melhor execução mas fica ao menos um produto interessante na sua existência. A Festa, no início, como produto de verão, tinha um apelo moderadamente diferente do normal, mas nada demais. Mas mesmo quando Moniz promete que a fórmula ia mudar, nada feito. Continua o HN mais do mesmo e segue o enorme receio de acabar com um produto que, líder crónico ou não, já tem mais de dois anos e lidera com 8-9% rating em pleno horário nobre.

A RTP1 é a única que realmente tenta trazer produtos diferentes para o HN, mas com a total incompetência de José Fragoso e a sua incapacidade de gerir a grelha adequadamente, assim como promovê-la, muitos dos produtos saem despercebidos e só são reencontrados no digital - muito do sucesso do Taskmaster provavelmente passou por pessoas que o descobriram em diferido ou talvez até no RTP Play.

Eu reconheço que o interesse atual está na evolução para o digital (streaming), mas dá-me pena porque a rádio soube-se reinventar e esta também o podia fazer.

Editado por Johnman
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há 12 horas, Patiño disse:

Se vocês pudessem fazer um retrato da base social da SIC e da TVI, como é que definiriam o público (atual) da TVI e da SIC? (género, região, classe social, tipo de personalidade...?) 

Provavelmente pessoas acima dos 40/50 anos de uma classe social (infelizmente) menos economicamente favorável.

Aos sábados e domingos, principalmente domingos, acho que são capazes de atrair público dos 18-34 (programas como o Big Brother e os Traidores têm esse reach), mas duvido que se estenda muito para além disso.

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Havia um tópico dedicado a grelhas fictícias, mas desapareceu do mapa.

Enfim, num futuro a curto prazo, nesta linha temporal, com o fim da guerra das audiências em que não houve vencedor e a TVI continua com a sua grelha habitual, Daniel Oliveira foi deposto depois de protestos massivos de telespectadores que foram ao Portal da Queixa e às sedes e escritórios da SIC depois de ter tornado o canal nalgo nacionalista e populista. A SIC entra em crise e é tomada de assalto por uma administração provisória.

No entanto, a principal surpresa é que a SIC magicamente voltou a ter um vasto espólio de conteúdos que já tinham sido caducados há muitos anos, que eram emitidas nos anos 90 e 2000 no conjunto de canais do grupo. Escassos são os enlatados comprados de maneira legal, e a emissão ilegal de muitos filmes e séries que a SIC emitia no passado, apesar da subida das audiências, é que está a por em causa a legalidade da concessão.

Por agora deixo a grelha de segunda a sexta

  • 06:45 - Portugal Radical (regresso)
  • 07:00 - Buéréré (regresso, emitindo séries e dobragens raras que passaram ao longo dos anos na SIC e algumas séries que deram nos primórdios da SIC K em exclusivo)
  • 10:00 - SIC 10 Horas (regresso, genérico de 2002 recuperado)
  • 12:00 - Amor Viciado R/
  • 13:00 - Primeiro Jornal
  • 13:30 - SIC Desporto
  • 14:00 - Rex o Cão Polícia (temporadas antes da mudança para Itália)
  • 15:00 - séries clássicas da SIC
  • 16:00 - Buéréré (também com séries e animes novos)
  • 18:00 - Amor Viciado
  • 19:00 - Ganância (com a falta de verba da nova administração e problemas com a SP, a SIC vê-se forçada a emitir as suas primeiras novelas)
  • 20:00 - Jornal da Noite
  • 20:45 - Travessia
  • 21:45 - Segundas: Noite de Estreia ou Sala VIP (esta última quando não há estreias); Terças: séries adaptadas a formatos do Reino Unido e Espanha; Quartas: Ponto de Encontro com Júlia Pinheiro, a partir de uma reconstituição fiel do estúdio do programa dos anos 90; Quintas: Bombástico; Sextas: séries americanas
  • 00:00 - Último Jornal
  • 00:30 - outros enlatados

Apesar do sucesso da nova grelha por parte não só de saudosistas mas também de curiosos que queriam uma SIC sem ser a deprimente que é hoje, e por parte da comunidade de dobragens perdidas, as autoridades começam a investigar esta "nova SIC", acusando-a de violar leis da ANACOM. Ou a SIC volta às políticas de Daniel Oliveira ou perde a concessão. Os que querem esta grelha a favor da do Daniel Oliveira infelizmente contribuem mais à possibilidade da SIC perder a sua concessão.

Quiçá um dia escreva uma ficção cá no fórum sobre a guerra das audiências

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Citação

A operadora NOS anunciou, esta quarta-feira, que registou uma patente nos Estados Unidos (EUA) para um sistema que usa padrões de zapping dos utilizadores para melhorar a forma como mudam canais nas boxes, segundo um comunicado.

A solução, desenvolvida pela NOS Inovação, "analisa os padrões de zapping [mudança de canal] do utilizador para determinar a probabilidade deste mudar para outros canais", destacou, indicando que com este conhecimento,"ao fim de um determinado período, faz uma pré-sintonização daquele que, com base no seu padrão habitual, é o próximo canal mais provável, o que permite aumentar a rapidez e melhorar a experiência do zapping".

A operadora frisou que "toda a informação é anonimizada e confidencial".

Citado na mesma nota, João Ferreira, diretor da NOS Inovação, disse que "este é um exemplo da forma como a ciência de dados, bem como a inteligência artificial, pode ajudar a melhorar a performance dos produtos atuais e futuros".

"Estamos a trabalhar em novas formas de as usarmos para melhorar" ou criar "novos produtos e serviços que vão ao encontro das necessidades dos nossos clientes", destacou, acrescentando que dentro dessa estratégia, a empresa quer "desenvolver um ecossistema inteligente NOS que seja a referência, não só no mercado nacional, mas também a nível internacional".

Fonte: Jornal de Notícias

Interessante, mas para ser sincero, só vejo utilidade nisto naqueles momentos em que uma pessoa quer mudar de canal, mas o comando está longe e está a pessoa super confortável no sofá :vip: q

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On 8/28/2023 at 8:04 PM, jt9 said:

isto é com base em que?

Esta lista é tão estranha...SIC e TVI maiores que a Rai e a France TV? A Sky e a Rai têm logotipos de canais individuais (Sky News e Rai 1) enquanto que a BBC, TVE, France TV e RTP têm o logótipo geral da empresa?

Sinceramente custa-me a acreditar nesta lista

Editado por Jet1000
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