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Saúde & Bem-Estar


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  • 2 semanas depois...
  • 3 meses depois...
1 minute ago, ATVTQsV said:

Parece que voltámos a 2014. Foi por esta altura em que comecei a ouvir falar da tal doença. Nos casos actuais morreram duas pessoas.

Pois foi, mas as origens terão sido diferentes: em 2014 a bactéria vinha de uma fábrica, acho que o Estado processou essa fábrica, não sei como isso está. Desta vez, pelo que me pareceu, as bactérias estariam nos canos do hospital.

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há 3 horas, Jet1000 disse:

Pois foi, mas as origens terão sido diferentes: em 2014 a bactéria vinha de uma fábrica, acho que o Estado processou essa fábrica, não sei como isso está. Desta vez, pelo que me pareceu, as bactérias estariam nos canos do hospital.

Ainda estão por pagar as indemnizações às vítimas e aos seus familiares.

https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/tres-anos-depois-vitimas-da-legionella-em-vila-franca-de-xira-ainda-aguardam-justica

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  • 3 semanas depois...
On 07/11/2017 at 20:51, João F. disse:

Estes casos de legionella, tratam-se de infeções nosocomiais, provocadas por estirpes superesistentes, que são selecionadas artificialmente  pelo uso excessivo de antibióticos.  Um problema gravíssimo, com tendência a agravar no futuro. 

Acho que não é bem devido ao excesso, mas sim quando não se toma os antibióticos até ao fim, o efeito do antibiótico não fica completo, e ao não ficar completo as estirpes que sobreviveram ao antibiótico vão ganhar imunidade, e por isso se chamam bactérias superesistentes. É algo assim que uma stora me explicou. 

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On 07/11/2017 at 20:51, João F. disse:

Estes casos de legionella, tratam-se de infeções nosocomiais, provocadas por estirpes superesistentes, que são selecionadas artificialmente  pelo uso excessivo de antibióticos.  Um problema gravíssimo, com tendência a agravar no futuro. 

Sim, já li sobre essa questão dos antibióticos estarem a falhar cada vez mais, e de ser um grave problema de saude para o futuro... eu como leigo não entendo é porque os cientistas não procuram criar novos antibióticos, ou novas versões dos já existentes?!

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há 3 horas, iBoy disse:

Acho que não é bem devido ao excesso, mas sim quando não se toma os antibióticos até ao fim, o efeito do antibiótico não fica completo, e ao não ficar completo as estirpes que sobreviveram ao antibiótico vão ganhar imunidade, e por isso se chamam bactérias superesistentes. É algo assim que uma stora me explicou. 

A principal causa é o uso excessivo de antibióticos. E não,  as bactérias superesistentes não surgem do facto de as pessoas não tomarem antibiótico até ao fim ( Senão,  já não haveria antibióticos no mercado, porque as pessoas continuam a fazer isso). O principal problema é em ambiente hospitalar,  as bactérias que são suscetíveis de conjugação,  trocam plasmídeos que contém genes que codificam para proteases, capazes se degradar o antibiótico. O grande problema actual, é o facto de as bactérias hospitalares crescerem sob a presença de imenso antibiótico,  elas vão desenvolver resistência e reproduzir-se ferozmente. Essa é a principal fonte do surgimento de estirpes superresistentes. O comportamento negligente das pessoas ao deixarem de tomar antibióticos,  tb ajuda, mas não é a principal causa. Mts bactérias tb adquirem genes novos que lhes permite crescrer em biofilme, adquirindo uma resistência extra ao antibiótico e uma facilidade brutal de colonizarem o epitélio pulnonar de um doente imunossuprimido. 

  • Obrigado 1
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há 3 horas, Forbidden disse:

Sim, já li sobre essa questão dos antibióticos estarem a falhar cada vez mais, e de ser um grave problema de saude para o futuro... eu como leigo não entendo é porque os cientistas não procuram criar novos antibióticos, ou novas versões dos já existentes?!

Isso é mesmo conversa de leigo xD Os antibióticos são divididos em diferentes classes e cada classe afecta um componente diferente da bactéria. Os antibióticos que se usam, não são "criados", são produzidos por fungos e bactérias e são altamente complexos, não existe conhecimento científico suficiente para "criar" antibióticos que ataquem bactérias superresistentes. Primeiro, porque as diferentes classes são homólogas em alguns aspectos, ou seja, a mesma protease consegue degradar uma ampiclina e uma carbenicilina, pelo que as bactérias superresistentes, não precisam de ter um gene de resistência diferente para cada antibiótico...Depois, as condições em laboratório são diferentes das hospitalares e do corpo do doente. Exemplo: A Tobramicina é uma antibiótico que em condições laboratoriais, "mata" a bactéria Bukholderia cepacia, que é uma bactéria superresistentes e opurtunista (só ataca doentes imunossuprimidos). Dentro do corpo do doente, o antibiótico não tem qualquer ação. Porquê? Porque a bactéria, quando entra em contacto com o epitélio pulmonar do doente, consegue exprimir genes, que normalmente não exprime (em condições laboratoriais), genes esses que permitem que as bactérias se enrolem numa substância excretada por estas, substância essa que permite que as bactérias criem uma espécie de "escudo" contra o antibiótico. Então, no laboratório porreiro, no hospital, doente morto. E isto é só um exemplo, as interações entre antibióticos específicos e bactérias expecíficas são tão complexas que é mt díficil, "criar" um antibiótico novo. Poderia criar-se um antibiótico de largo espectro, que arrasa-se com a maioria das bactérias patogénicas, mas aí morrerias, porque a tua flora bacteriana também iria morrer, impedindo-te de fazer a digestão, entre outras coisas. 

Como vês, não é assim tão simples. Antibióticos diferentes, para estirpes de espécies diferentes, em condições diferentes (temperatura, pH - no laboratório, é diferente do do corpo humano, etc), têm respostas diferentes.

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Isso é mesmo conversa de leigo xD Os antibióticos são divididos em diferentes classes e cada classe afecta um componente diferente da bactéria. Os antibióticos que se usam, não são "criados", são produzidos por fungos e bactérias e são altamente complexos, não existe conhecimento científico suficiente para "criar" antibióticos que ataquem bactérias superresistentes. Primeiro, porque as diferentes classes são homólogas em alguns aspectos, ou seja, a mesma protease consegue degradar uma ampiclina e uma carbenicilina, pelo que as bactérias superresistentes, não precisam de ter um gene de resistência diferente para cada antibiótico...Depois, as condições em laboratório são diferentes das hospitalares e do corpo do doente. Exemplo: A Tobramicina é uma antibiótico que em condições laboratoriais, "mata" a bactéria Bukholderia cepacia, que é uma bactéria superresistentes e opurtunista (só ataca doentes imunossuprimidos). Dentro do corpo do doente, o antibiótico não tem qualquer ação. Porquê? Porque a bactéria, quando entra em contacto com o epitélio pulmonar do doente, consegue exprimir genes, que normalmente não exprime (em condições laboratoriais), genes esses que permitem que as bactérias se enrolem numa substância excretada por estas, substância essa que permite que as bactérias criem uma espécie de "escudo" contra o antibiótico. Então, no laboratório porreiro, no hospital, doente morto. E isto é só um exemplo, as interações entre antibióticos específicos e bactérias expecíficas são tão complexas que é mt díficil, "criar" um antibiótico novo. Poderia criar-se um antibiótico de largo espectro, que arrasa-se com a maioria das bactérias patogénicas, mas aí morrerias, porque a tua flora bacteriana também iria morrer, impedindo-te de fazer a digestão, entre outras coisas. 

Como vês, não é assim tão simples. Antibióticos diferentes, para estirpes de espécies diferentes, em condições diferentes (temperatura, pH - no laboratório, é diferente do do corpo humano, etc), têm respostas diferentes.

 

Eu sou leigo mesmo, admito que não perebo grande coisa desse assunto. Mas os antibióticos que se usam hoje em dia foram criados por alguém certo, não apareceram do nada, assim como todos os medicamentos e tratamentos médicos foram desenvolvidos por pessoas e aperfeiçoados com o tempo. A ideia que me dá é que a medicina empancou nesta questão dos antibióticos, não consegue resolver a questão. Se é que quer de facto resolver, porque eu acho que há doenças que hoje em dia já teriam cura se não houvessem interesses económicos por detrás, mas isso já é outro assunto.

 

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Agora mesmo, Forbidden disse:
há 42 minutos, João F. disse:
Isso é mesmo conversa de leigo xD Os antibióticos são divididos em diferentes classes e cada classe afecta um componente diferente da bactéria. Os antibióticos que se usam, não são "criados", são produzidos por fungos e bactérias e são altamente complexos, não existe conhecimento científico suficiente para "criar" antibióticos que ataquem bactérias superresistentes. Primeiro, porque as diferentes classes são homólogas em alguns aspectos, ou seja, a mesma protease consegue degradar uma ampiclina e uma carbenicilina, pelo que as bactérias superresistentes, não precisam de ter um gene de resistência diferente para cada antibiótico...Depois, as condições em laboratório são diferentes das hospitalares e do corpo do doente. Exemplo: A Tobramicina é uma antibiótico que em condições laboratoriais, "mata" a bactéria Bukholderia cepacia, que é uma bactéria superresistentes e opurtunista (só ataca doentes imunossuprimidos). Dentro do corpo do doente, o antibiótico não tem qualquer ação. Porquê? Porque a bactéria, quando entra em contacto com o epitélio pulmonar do doente, consegue exprimir genes, que normalmente não exprime (em condições laboratoriais), genes esses que permitem que as bactérias se enrolem numa substância excretada por estas, substância essa que permite que as bactérias criem uma espécie de "escudo" contra o antibiótico. Então, no laboratório porreiro, no hospital, doente morto. E isto é só um exemplo, as interações entre antibióticos específicos e bactérias expecíficas são tão complexas que é mt díficil, "criar" um antibiótico novo. Poderia criar-se um antibiótico de largo espectro, que arrasa-se com a maioria das bactérias patogénicas, mas aí morrerias, porque a tua flora bacteriana também iria morrer, impedindo-te de fazer a digestão, entre outras coisas. 
Como vês, não é assim tão simples. Antibióticos diferentes, para estirpes de espécies diferentes, em condições diferentes (temperatura, pH - no laboratório, é diferente do do corpo humano, etc), têm respostas diferentes.

Eu sou leigo mesmo, admito que não perebo grande coisa desse assunto. Mas os antibióticos que se usam hoje em dia foram criados por alguém certo, não apareceram do nada, assim como todos os medcamentos e tratamentos médicos foram desenvolvidos por pessoas e aperfeiçoados com o tempo. A ideia que me dá é que a medicina empancou nesta questão dos antibióticos, não consegue resolver a questão. Se é que quer de facto resolver, porque eu acho que há doenças que hoje em dia já teriam cura se não houvessem interesses económicos por detrás, mas isso já é outro assunto.

Os antibióticos não são sintéticos, são produzidos por bactérias e fungos. Não foram criados em laboratório. São compostos proteicos produzidos naturalmente. Tirando raras exceções. E é como te disse, a pesquisa de novos antibióticos não é uma tarefa fácil, porque as bactérias têm diferentes comportamentos em diferentes ambientes. Como é que vais prever que um antibiótico vai funcionar, se no laboratório destrói a bactéria, mas dentro do corpo, a bactéria exprime genes diferentes e cria biofilmes, impossibilitando a ação do mesmo? Que genes são estes? De onde é que vieram? Como é que podem ser expressos em laboratório? Percebes? É uma área muito complexa. A questão dos antibióticos não é de todo uma questão de interesses económicos. Já os antivirais e anticancerígenos, sim, há mts interesses e pressões. 

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há 1 hora, João F. disse:

A principal causa é o uso excessivo de antibióticos. E não,  as bactérias superesistentes não surgem do facto de as pessoas não tomarem antibiótico até ao fim ( Senão,  já não haveria antibióticos no mercado, porque as pessoas continuam a fazer isso). O principal problema é em ambiente hospitalar,  as bactérias que são suscetíveis de conjugação,  trocam plasmídeos que contém genes que codificam para proteases, capazes se degradar o antibiótico. O grande problema actual, é o facto de as bactérias hospitalares crescerem sob a presença de imenso antibiótico,  elas vão desenvolver resistência e reproduzir-se ferozmente. Essa é a principal fonte do surgimento de estirpes superresistentes. O comportamento negligente das pessoas ao deixarem de tomar antibióticos,  tb ajuda, mas não é a principal causa. Mts bactérias tb adquirem genes novos que lhes permite crescrer em biofilme, adquirindo uma resistência extra ao antibiótico e uma facilidade brutal de colonizarem o epitélio pulnonar de um doente imunossuprimido. 

Um dos meus professores de Doenças Infeciosas (já nem sei qual foi; são tantos) falou numa aula que a principal causa das resistências na comunidade são do uso de antibióticos em concentrações sub-clínicas na pastorícia.

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Agora mesmo, srcbica disse:

Um dos meus professores de Doenças Infeciosas (já nem sei qual foi; são tantos) falou numa aula que a principal causa das resistências na comunidade são do uso de antibióticos em concentrações sub-clínicas na pastorícia.

Sim, tb. O gado é administrado com quilos de antibióticos, antes de ter as doenças...

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há 1 minuto, João F. disse:

Estão sim, tb é para prevenir possíveis epidemias. 

:OJuro que não sabia. Sempre que falo deste assunto só me lembro daquele episódio de Borgen que tinha a frase "Os nossos porcos são muito saudáveis. Estão cheios de antibióticos."

Editado por srcbica
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há 23 horas, João F. disse:

A principal causa é o uso excessivo de antibióticos. E não,  as bactérias superesistentes não surgem do facto de as pessoas não tomarem antibiótico até ao fim ( Senão,  já não haveria antibióticos no mercado, porque as pessoas continuam a fazer isso). O principal problema é em ambiente hospitalar,  as bactérias que são suscetíveis de conjugação,  trocam plasmídeos que contém genes que codificam para proteases, capazes se degradar o antibiótico. O grande problema actual, é o facto de as bactérias hospitalares crescerem sob a presença de imenso antibiótico,  elas vão desenvolver resistência e reproduzir-se ferozmente. Essa é a principal fonte do surgimento de estirpes superresistentes. O comportamento negligente das pessoas ao deixarem de tomar antibióticos,  tb ajuda, mas não é a principal causa. Mts bactérias tb adquirem genes novos que lhes permite crescrer em biofilme, adquirindo uma resistência extra ao antibiótico e uma facilidade brutal de colonizarem o epitélio pulnonar de um doente imunossuprimido. 

Isso é basicamente o que eu disse, só que muito melhor explicado. :mosking:

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há 2 horas, iBoy disse:

Isso é basicamente o que eu disse, só que muito melhor explicado. :mosking:

Não, tu disseste que o problema era as pessoas deixarem de tomar antibiótico. Mas o ambiente hospitalar (que não referiste), é o principal agente causador do surgimento de superestirpes.

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  • 1 mês depois...

Nada melhor do que terminar 2017 e ter este exemplo de superação e de mudança do Ricardo Castro. 

Será que o seu novo aspeto físico irá tirar-lhe a graça? [lembram-se da série O Prédio do Vasco?] Será que gordura é formosura, como diziam as nossas avós?

O que verdadeiramente interessa é ter saúde. E o Ricardo ganhou-a, com o seu emagrecimento. Até é capa de revista! :god:

 

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