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Tempo de Viver


Diogo_M

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Esta novela para mim tinha mais personagens irritantes que em ninguém como tu. Só a Ana Guiomar batia várias, a Dania Neto também não me agradava nada. Também achei uma personagem fraquinha a da Joana Solnado. Outros irritavam-me pelo pouco que faziam la, tipo o Marcantonio.

Mas também teve excelentes personagens e prestações, além das principais, o Nuno Távora, a Yolanda Noivo, Frederico Barata, Sofia Grillo.

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há 2 minutos, Leo08 disse:

Fernando a pior personagem da novela a léguas/cdn-cgi/mirage/ae9a502752fd3b6312763efd5f81e09bec53cdf4d689a8bf3c8f26b0869ebd48/1280/https://forum.atelevisao.com/uploads/emoticons/dog.gif

E teve duas mulheres apaixonadas por ele, já passaram 17 anos e ainda ninguém percebeu porquê. Ele tinha zero qualidades, nem para a filha tinha paciência 

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há 6 minutos, Dimitri disse:

Esta novela para mim tinha mais personagens irritantes que em ninguém como tu. Só a Ana Guiomar batia várias, a Dania Neto também não me agradava nada. Também achei uma personagem fraquinha a da Joana Solnado. Outros irritavam-me pelo pouco que faziam la, tipo o Marcantonio.

Mas também teve excelentes personagens e prestações, além das principais, o Nuno Távora, a Yolanda Noivo, Frederico Barata, Sofia Grillo.

A personagem da Joana Solnado infelizmente só se limitou ao romance com a personagem do Pedro Teixeira.

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  • 2 semanas depois...
On 20/02/2023 at 21:35, Maria Patiño disse:

Em homenagem à TVI e à melhor novela destes 30 anos (não está aberto a discussão neste tópico) deixo algumas pérolas de TdV: (PARABÉNS TVI!) :adoro:

"A vida sem prazer é apenas uma sala de espera para a morte." Lídia Martins de Mello

 

Filipe: 18 valores, mãe. Melhor aluno do curso de Gestão para quê? Para acabar agora a fazer montras.

Lídia: Filipe, tenha calma, tenha calma com a história dos 18 valores. Lembre-se que o reitor era amigo do seu tio.

Filipe: O que é a mãe veio cá fazer? Atacar mais o meu ego, é?

 

Bárbara: As desilusões amorosas são patrocinadas pelas bebidas alcoólicas. O que é que eu estou a fazer assim de tão estranho?

 

Maria Laurinda: A minha mãe, a sra dona Fátima vai abrir uma empresa.

Bruno: Com o esquisitinho do Bráulio.

Maria Laurinda: Uma empresa especializada em quê? Falhados da vida? Pessoas cansadas do sucesso?

Bruno: Olha que as novidades não acabam por aqui.

Maria Laurinda: O meu tio avô vai largar o táxi para se tornar motorista do primeiro ministro.

Bruno: Mais surreal ainda. Adivinha quem está apaixonadíssimo pela tua mãe.

Maria Laurinda: É agora. O próprio primeiro ministro.

 

 

Antónia: Bárbara, foste tu que atropelaste a Fátima?

Bárbara: Não, mas se tens dúvidas vai ver se tenho restos de esfregona nos pneus do meu carro.

 

 

Lídia para Filipe: Sabe como é que eu me sinto, Filipe? Sinto-me como aqueles desgraçados que se levantam todos os dias cedo, apanham o autocarro para ir trabalhar, chegam ao fim do dia e voltam para casa, para recomeçarem tudo no dia seguinte. Para quê? Para não chegarem a lado nenhum. Para não terem nada.

 

Lídia: Ó Antónia, este seu filho é um pouco confuso, não é? Ele não sabe o que quer. Ele nem sequer sabe se gosta de homens ou de mulheres.

Afonso: Está enganada, ti-tia. Eu sei muito bem do que gosto. Gosto dos dois.

Filipe: Essa é que não me entra na cabeça.

Lídia: Ai querido, ainda bem!

 

Lídia: FILIPE, ACABOU ESTA PALHAÇADA! Acha que eu acredito que você se enrolou com a Célia? Você nem numa toalha se consegue enrolar, quanto mais com uma mulher.

 

(Antónia e Bárbara preparam-se para sair e Lídia aparece )

Lídia: Então, já vão?

Bárbara: Não, estavámos só aqui a jogar à macaca com a Celina.

 

(Roubam a cassete do Afonso)

Bárbara: Foi a Lídia, eu tenho a certeza...!

Antónia: Bárbara, mas tu tás sempre contra ela...

Bárbara: Ó Bárbara nada, eu nessa manhã só tinha bebido um suminho, desci as escadas e apanhei a Lídia com a cassete na mão.

Fausto: Não é que eu acredite muito na Lídia mas imaginá-la a si a beber um suminho....

 

Lídia: Quem é esse sardinha?

Filipe: Mãe, sardinha deve ter sido algum namorado seu. Eu falei-lhe de "Tubarão"!

Lídia: É a mesma coisa, andam dentro de água.

 

(Artur surpreende Madalena com uma viagem à Madeira)

Madalena: Mas eu nunca andei de avião... Não sei se tenho medo.

Fátima: Ó mãe, vais ver, a paisagem lá de cima é linda, vais adorar.

Maria Laurinda (com ar de sonsa): Vais adorar... com este vendaval aterrar no Funchal...

Fátima: Maria Laurinda!! Que disparate!

 

Bárbara: Eu não quero a morte da Fátima. Eu prefiro vê-la paraplégica.

Fernando: Desculpa?

Bárbara: Nem é tanto por ela, é mais por ti. Eu queria se tu não a pudesses levar para a cama, se esse teu amor continuaria assim tão grande.

 

Bárbara: É preciso isto Fernando? Porque é que tu não fazes um musical em vez de escreveres livros? Adoras dar espetáculo!

 

Lídia: Portugal e Espanha eram donos de meio mundo. Agora Espanha é dona de meio Portugal. As mulheres não tinham direito a voto, agora as mulheres votam mais do que os homens.

Bárbara: Eu sei que devia ligar para o 112, mas não tenho saldo.

 

Sebastião: Nós nem temos dinheiro para ir passar um fim-de-semana à Malveira quanto mais agora para ir para uma clínica de luxo na Suécia..

 

 

Lídia: Vim dar-lhe uma boa notícia.

Bárbara: Os médicos diagnosticaram-lhe uma doença terminal...

Lídia: Não! O Seu Fernandinho está de volta e sabe da última?

Bárbara: Traz um anel de noivado com um bocadinho de esfregona e mais relevo?

 

Filipe: Porque é que não pergunta ao tio Fausto?

Lídia: Já perguntei.

Filipe: E ele?

Lídia: Mandou-me ir plantar batatas. A Antónia e o Gonçalo fizeram o mesmo, só que com legumes diferentes.

 

Fausto: Estou farto. Não aguento mais. Eu vou para o Rio de Janeiro passear na praia, vender águas de coco, assaltar turistas, o que for preciso. Qualquer coisa é melhor que esta vida.

Gonçalo: Eu estou a falar a sério.

Fausto: Eu sei. Isso é que é grave. Era o Afonso com a Maria Laurinda, o Bernardo agora com a Rita, e você agora com a Raquel. Onde é que isto vai acabar? Comigo a apaixonar-me pela Fátima?

 

(Raquel vai à casa dos Martins de Mello) - falam com Raquel

Bárbara: Por aqui? Tirou folga das Escandalosas Anónimas, foi?

Lídia: Olhe minha querida, se veio roubar relógios não está com sorte nenhuma, só temos uns de parede mas são muito grandes para levar debaixo do braço.

Uma novela magnífica, de facto. Nem as personagens secundárias insuportáveis e incoerentes e a tremenda falta de verosimilhança a afetam. Os confrontos Lídia-Bárbara, o mau-humor aconchegante do Gonçalo, a Laurinda, a Fátima, a Antónia, o Afonso, o Bráulio, os diálogos ácidos, a história arrojada... :wub: Impossível não gostar. 

 

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há 11 horas, Guida disse:

Uma novela magnífica, de facto. Nem as personagens secundárias insuportáveis e incoerentes e a tremenda falta de verosimilhança a afetam. Os confrontos Lídia-Bárbara, o mau-humor aconchegante do Gonçalo, a Laurinda, a Fátima, a Antónia, o Afonso, o Bráulio, os diálogos ácidos, a história arrojada... :wub: Impossível não gostar. 

 

Apesar de alguns defeitos e não ser perfeita(como todas as novelas), para mim é a melhor novela portuguesa e top5 a nível mundial embora ainda não tenha conseguido ver algumas novelas consideradas "boas" de alguns países.

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É difícil de escolher entre as duas qual a melhor mas pessoalmente eu prefiro Tempo de Viver muito por causa dos diálogos, tinha núcleos mais aborrecidos que Ninguém Como Tu mas por outro lado a dupla principal de vilões, a família Martins de Mello, os barracos da Bárbara e as tiradas desta com a Lídia cheias de ironia valiam pela novela toda além do núcleo do palacete que também era muito bom e tinha temas que são bastante atuais como o swing, a mulher que tenta engravidar do marido defunto usando o esperma congelado deste, a bissexualidade mas que se calhar na persepetiva de há 17 anos atrás eram temas um pouco pesados e ainda tinha o miúdo com aquelas visões do futuro além de que o mistério do Tubarão para mim foi mais impactante do que o "Quem matou o António?" talvez porque vi mais a novela quando repetiu e já tinha visto outras novelas em que o mesmo mote tinha sido usado e já estava um pouco banalizado, se tivesse visto a novela em 2005 se calhar também tinha sido muito marcante para mim mas sem dúvida que também é um excelente produto, não foi por acaso que foi um sucesso estrondoso na altura e um marco na ficção portuguesa, nunca mais vamos ver um novela a fazer quase 70% de share no último episódio e num dia de semana.

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TVI prepara-se para falar de bissexualidade e de ‘swing’ à hora do jantar. Moniz promete arrojo em ‘Tempo de Viver’, que recupera Alexandra Lencastre para protagonista.

As histórias de gémeas trocadas à nascença ou os amores impossíveis entre ricos e pobres fazem parte do passado da ficção nacional da TVI. As audiências conquistaram-se à custa de muitas lágrimas arrancadas aos fiéis do formato novela, mas as ordens da estação dirigida por José Eduardo Moniz vão agora noutro sentido: o de explorar temas ousados e nunca vistos em televisão.

A estratégia iniciou-se com ‘Ninguém Como Tu’, com uma Alexandra Lencastre em estado de graça a protagonizar uma vilã sem pudores nem limites e com temáticas como a homossexualidade e a cleptomania. A linha adoptada veio a revelar-se certeira: ao longo da sua exibição, entre Abril e Novembro de 2005, esta novela conquistou um ‘share’ médio de 46,3% e foi o programa mais visto em Portugal no último trimestre do ano.

Rui Vilhena, o autor, não tem dúvidas: “Faz parte do universo da novela introduzir temas mais ousados. É quase obrigatório e é o que a torna interessante”.

Na apresentação à imprensa, o director-geral da estação, José Eduardo Moniz, visivelmente entusiasmado, não se cansou de referir que a TVI pretende estar sempre um passo à frente dos nossos tempos: “É uma novela arrojada, moderna, sem clichés tradicionais, atirada para a frente, que vive de personagens livres que interagem de uma forma nunca antes vista na televisão portuguesa.”

PERSONAGENS MAIS MARCANTES

A relação de Fátima e Maria Laurinda, a sua filha interpretada por Margarida Vila-Nova, é um dos fios condutores da história. As duas têm personalidades diferentes e vão passar o tempo em conflitos. A protagonista de ‘Mundo Meu’ é agora uma das vilãs. “É a primeira vez que faço uma vilã em televisão e foi um dos motivos que me fez aceitar este trabalho. Se a Maria Laurinda fosse idêntica à Rita não a faria porque não quero correr o risco de ficar catalogada.

Aceitei porque ela se distancia muito de Rita”, conta Margarida Vila-Nova, que não esconde a satisfação por estar a trabalhar com Alexandra Lencastre. “Já fiz de Alexandra em miúda, já fomos rivais e ela já foi a minha ama. Estava prometido fazermos de mãe e filha e isso está a acontecer agora”, revela. A única semelhança com outras novelas é o facto de as mulheres continuarem com as personagens mais marcantes da história. “O universo feminino é mais conflituoso e interessante. Os homens são muito monótonos”, explica o autor.

'SWING'

Entre as personagens que irão dar que falar estão com certeza as de João Ricardo e Gracinda Nave, na pele de Victor e Clara. O casal pratica o ‘swing’ regularmente mas este segredo só será revelado lá mais para a frente. Para abordar o tema, Rui Vilhena não se poupou a esforços e procedeu a pesquisas exaustivas e muitas conversas com ‘swingers’.

Segundo o autor, a ideia é deixar os portugueses a reflectir sobre o assunto: “Não queremos chocar, mas sim trabalhar numa mudança de mentalidades. Fazer com que as pessoas percebam melhor o mundo que as rodeia e as motivações dos outros para determinar atitudes”. A promessa é a de que o ‘swing’ será abordado com subtileza e elegância: “Não haverá cenas explícitas, apenas conversas e olhares subtis. Tudo será feito com muita serenidade porque temos de levar em conta as diversas faixas etárias que assistem à novela”.

Ainda assim, o autor está preparado para as reacções negativas e encara com naturalidade a hipótese de alterar o rumo da história no caso do público não aceitar tanta ousadia. “Claro que posso fazer mudanças se as pessoas não gostarem, mas não acredito que isso vá acontecer, até porque o Victor e a Clara são as personagens mais equilibradas, normais e tranquilas da novela”.

E lembra o caso de João, interpretado por Frederico Barata, o jovem que descobriu a sua homossexualidade em ‘Ninguém Como Tu’: “O público aceitou bem o João e sofreu com ele até ao fim”.

TEMAS POLÉMICOS

Além do ‘swing’, a nova novela também traz à baila a bissexualidade de Afonso (Hugo Tavares), uma rede de prostituição de luxo liderada por Beatriz (Yolanda), as premonições de Hugo (Gonçalo Sá) e o alcoolismo de Bárbara (Dalila Carmo). A delicadeza dos temas não parece provocar constrangimentos entre os actores. Por exemplo, Dalila Carmo acredita que isso representa uma grande mais valia para o trabalho de composições das personagens.

“O Rui Vilhena é muito arrojado, não tem medo de partir para assuntos que normalmente não são abordados nas novelas e cria personagens com uma dinâmica extraordinária. É difícil vermos cenas onde não se passa nada. E isso é muito mais interessante para um actor.”

PRODUÇÃO DE LUXO

Produção de luxo é a classificação mais honesta para esta novela. Temas polémicos à parte, os episódios iniciais de ‘Tempo de Viver’ espelham bem o investimento e o empenho de toda a equipa nesta produção. Dois meses antes de iniciar as gravações, Margrida Vila-Nova submeteu-se a um processo de emagrecimento que a levou a perder quatro quilos. Exigências de uma personagem com um guarda-roupa mais ousado e sensual.

“Quis desafiar-me a mim própria, levar até ao limite a composição da personagem. Sou um bocadinho exagerada nestas coisas, levo o trabalho muito a peito”, conta a intérprete de Maria Laurinda. Margarida Vila-Nova e Alexandra Lencastre são duas das actrizes cujo visual mais muda nesta ficção.

De loiras passaram a morenas, exactamente o oposto do que acontece à personagem entregue a Maria João Bastos. Depois da pérfida Sofia de ‘Mundo Meu’, surge agora na pele de raquel, uma loira, alta e elegante. Também a própria imagem da novela foi cuidada ao pormenor. Os ataques do 11 de Setembro em Nova Iorque são o ponto de partida de uma história que começa em 2001 e salta até aos nossos dias.

A NBP não se poupou a esforços para recriar o interior de uma das Torres Gémeas, local onde morre uma das personagens da novela. Já as cenas de exterior foram encomendadas a uma empresa de efeitos especiais, tudo para que o resultado se assemelhasse o mais possível à realidade e ao idealizado pelo autor. “Já vi essas imagens várias vezes e fico sempre arrepiado”, afirma. Maria João Bastos, que interpreta Raquel, uma mulher que perde o marido nos ataques, emociona-se ao lembrar as gravações desse episódio.

“Foram cenas muito difíceis de fazer, exigiram grande concentração porque são muito fortes. Mas a verdade é que nunca vi uma novela em Portugal com uma imagem e uma fotografia tão bonitas”. Também nos primeiros episódios, o público poderá assistir a várias cenas gravadas na Tailândia, para onde se dirigiu uma equipa de produção da NBP bem como os actores Pedro Teixeira e a estreante Débora Monteiro, intérpretes de Bernardo e Helena, um dos casais românticos da história.

Nada foi deixado ao acaso nesta produção que José Eduardo Moniz considera “diferente de tudo o que foi feito até agora”. E isso inclui um elenco poderoso de actores como Alexandra Lencastre, Margarida Vila-Nova, Maria João Bastos, Maria Emília Correia, Manuela Couto, Ruy de Carvalho, Joana Solnado, José Wallenstein, Dalila Carmo, Rita Blanco, Marcantónio Del Carlo, Benedita Pereira, entre outros.

Para o director da estação, o mais difícil foi mesmo juntá-los. “Deu muito trabalho porque este conjunto de actores representam o melhor que existe em Portugal.” As expectativas são, portanto as mais altas, para esta produção. E nem o Campeonato Mundial de Futebol, a decorrer até ao início de Julho, parece fazer recear audiências mais modestas. “As pessoas que assistirem ao primeiro episódio vão ficar definitivamente agarradas e vão encontrar maneira de assistir ao futebol e à novela. Tenho a certeza absoluta que vai surpreender toda a gente”, garante Rui Vilhena.
 

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há 2 horas, Dimitri disse:

TVI prepara-se para falar de bissexualidade e de ‘swing’ à hora do jantar. Moniz promete arrojo em ‘Tempo de Viver’, que recupera Alexandra Lencastre para protagonista.

As histórias de gémeas trocadas à nascença ou os amores impossíveis entre ricos e pobres fazem parte do passado da ficção nacional da TVI. As audiências conquistaram-se à custa de muitas lágrimas arrancadas aos fiéis do formato novela, mas as ordens da estação dirigida por José Eduardo Moniz vão agora noutro sentido: o de explorar temas ousados e nunca vistos em televisão.

A estratégia iniciou-se com ‘Ninguém Como Tu’, com uma Alexandra Lencastre em estado de graça a protagonizar uma vilã sem pudores nem limites e com temáticas como a homossexualidade e a cleptomania. A linha adoptada veio a revelar-se certeira: ao longo da sua exibição, entre Abril e Novembro de 2005, esta novela conquistou um ‘share’ médio de 46,3% e foi o programa mais visto em Portugal no último trimestre do ano.

Rui Vilhena, o autor, não tem dúvidas: “Faz parte do universo da novela introduzir temas mais ousados. É quase obrigatório e é o que a torna interessante”.

Na apresentação à imprensa, o director-geral da estação, José Eduardo Moniz, visivelmente entusiasmado, não se cansou de referir que a TVI pretende estar sempre um passo à frente dos nossos tempos: “É uma novela arrojada, moderna, sem clichés tradicionais, atirada para a frente, que vive de personagens livres que interagem de uma forma nunca antes vista na televisão portuguesa.”

PERSONAGENS MAIS MARCANTES

A relação de Fátima e Maria Laurinda, a sua filha interpretada por Margarida Vila-Nova, é um dos fios condutores da história. As duas têm personalidades diferentes e vão passar o tempo em conflitos. A protagonista de ‘Mundo Meu’ é agora uma das vilãs. “É a primeira vez que faço uma vilã em televisão e foi um dos motivos que me fez aceitar este trabalho. Se a Maria Laurinda fosse idêntica à Rita não a faria porque não quero correr o risco de ficar catalogada.

Aceitei porque ela se distancia muito de Rita”, conta Margarida Vila-Nova, que não esconde a satisfação por estar a trabalhar com Alexandra Lencastre. “Já fiz de Alexandra em miúda, já fomos rivais e ela já foi a minha ama. Estava prometido fazermos de mãe e filha e isso está a acontecer agora”, revela. A única semelhança com outras novelas é o facto de as mulheres continuarem com as personagens mais marcantes da história. “O universo feminino é mais conflituoso e interessante. Os homens são muito monótonos”, explica o autor.

'SWING'

Entre as personagens que irão dar que falar estão com certeza as de João Ricardo e Gracinda Nave, na pele de Victor e Clara. O casal pratica o ‘swing’ regularmente mas este segredo só será revelado lá mais para a frente. Para abordar o tema, Rui Vilhena não se poupou a esforços e procedeu a pesquisas exaustivas e muitas conversas com ‘swingers’.

Segundo o autor, a ideia é deixar os portugueses a reflectir sobre o assunto: “Não queremos chocar, mas sim trabalhar numa mudança de mentalidades. Fazer com que as pessoas percebam melhor o mundo que as rodeia e as motivações dos outros para determinar atitudes”. A promessa é a de que o ‘swing’ será abordado com subtileza e elegância: “Não haverá cenas explícitas, apenas conversas e olhares subtis. Tudo será feito com muita serenidade porque temos de levar em conta as diversas faixas etárias que assistem à novela”.

Ainda assim, o autor está preparado para as reacções negativas e encara com naturalidade a hipótese de alterar o rumo da história no caso do público não aceitar tanta ousadia. “Claro que posso fazer mudanças se as pessoas não gostarem, mas não acredito que isso vá acontecer, até porque o Victor e a Clara são as personagens mais equilibradas, normais e tranquilas da novela”.

E lembra o caso de João, interpretado por Frederico Barata, o jovem que descobriu a sua homossexualidade em ‘Ninguém Como Tu’: “O público aceitou bem o João e sofreu com ele até ao fim”.

TEMAS POLÉMICOS

Além do ‘swing’, a nova novela também traz à baila a bissexualidade de Afonso (Hugo Tavares), uma rede de prostituição de luxo liderada por Beatriz (Yolanda), as premonições de Hugo (Gonçalo Sá) e o alcoolismo de Bárbara (Dalila Carmo). A delicadeza dos temas não parece provocar constrangimentos entre os actores. Por exemplo, Dalila Carmo acredita que isso representa uma grande mais valia para o trabalho de composições das personagens.

“O Rui Vilhena é muito arrojado, não tem medo de partir para assuntos que normalmente não são abordados nas novelas e cria personagens com uma dinâmica extraordinária. É difícil vermos cenas onde não se passa nada. E isso é muito mais interessante para um actor.”

PRODUÇÃO DE LUXO

Produção de luxo é a classificação mais honesta para esta novela. Temas polémicos à parte, os episódios iniciais de ‘Tempo de Viver’ espelham bem o investimento e o empenho de toda a equipa nesta produção. Dois meses antes de iniciar as gravações, Margrida Vila-Nova submeteu-se a um processo de emagrecimento que a levou a perder quatro quilos. Exigências de uma personagem com um guarda-roupa mais ousado e sensual.

“Quis desafiar-me a mim própria, levar até ao limite a composição da personagem. Sou um bocadinho exagerada nestas coisas, levo o trabalho muito a peito”, conta a intérprete de Maria Laurinda. Margarida Vila-Nova e Alexandra Lencastre são duas das actrizes cujo visual mais muda nesta ficção.

De loiras passaram a morenas, exactamente o oposto do que acontece à personagem entregue a Maria João Bastos. Depois da pérfida Sofia de ‘Mundo Meu’, surge agora na pele de raquel, uma loira, alta e elegante. Também a própria imagem da novela foi cuidada ao pormenor. Os ataques do 11 de Setembro em Nova Iorque são o ponto de partida de uma história que começa em 2001 e salta até aos nossos dias.

A NBP não se poupou a esforços para recriar o interior de uma das Torres Gémeas, local onde morre uma das personagens da novela. Já as cenas de exterior foram encomendadas a uma empresa de efeitos especiais, tudo para que o resultado se assemelhasse o mais possível à realidade e ao idealizado pelo autor. “Já vi essas imagens várias vezes e fico sempre arrepiado”, afirma. Maria João Bastos, que interpreta Raquel, uma mulher que perde o marido nos ataques, emociona-se ao lembrar as gravações desse episódio.

“Foram cenas muito difíceis de fazer, exigiram grande concentração porque são muito fortes. Mas a verdade é que nunca vi uma novela em Portugal com uma imagem e uma fotografia tão bonitas”. Também nos primeiros episódios, o público poderá assistir a várias cenas gravadas na Tailândia, para onde se dirigiu uma equipa de produção da NBP bem como os actores Pedro Teixeira e a estreante Débora Monteiro, intérpretes de Bernardo e Helena, um dos casais românticos da história.

Nada foi deixado ao acaso nesta produção que José Eduardo Moniz considera “diferente de tudo o que foi feito até agora”. E isso inclui um elenco poderoso de actores como Alexandra Lencastre, Margarida Vila-Nova, Maria João Bastos, Maria Emília Correia, Manuela Couto, Ruy de Carvalho, Joana Solnado, José Wallenstein, Dalila Carmo, Rita Blanco, Marcantónio Del Carlo, Benedita Pereira, entre outros.

Para o director da estação, o mais difícil foi mesmo juntá-los. “Deu muito trabalho porque este conjunto de actores representam o melhor que existe em Portugal.” As expectativas são, portanto as mais altas, para esta produção. E nem o Campeonato Mundial de Futebol, a decorrer até ao início de Julho, parece fazer recear audiências mais modestas. “As pessoas que assistirem ao primeiro episódio vão ficar definitivamente agarradas e vão encontrar maneira de assistir ao futebol e à novela. Tenho a certeza absoluta que vai surpreender toda a gente”, garante Rui Vilhena.
 

Quando a tvi se importava em fazer novelas com qualidade. Até para a Tailândia foram gravar umas míseras cenas do casal que acabou por nem resultar :triste: 

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  • 3 semanas depois...
agora mesmo, Laurindinha disse:

Adoro as revistas na época todas a inventar tubarões, e mais tubarões... estavam tão à nora como os espetadores :rofl:

tempo-de-viver-30.jpg

Nesse caso nem era muito difícil de adivinhar... 

E nunca seria o Braulio lol

Também inventaram muitos assassinos para o António Paiva Calado de Ninguém Como Tu. 

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agora mesmo, D91 disse:

Nesse caso nem era muito difícil de adivinhar... 

E nunca seria o Braulio lol

Também inventaram muitos assassinos para o António Paiva Calado de Ninguém Como Tu. 

Também acho, mas gostava que tivesse sido alguém mais impactante do que o Gonçalo... por um lado foi previsivel dado a vingança toda que ele queria ter na família.

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há 1 minuto, Leo08 disse:

A Clara tinha dado o melhor tubarão:smoke: A secretária sonsa que estava a tramar o Fausto, era muito bom

O Gonçalo foi uma escolha bem preguiçosa, na minha opinião:(

A Clara também era quem eu queria que fosse o Tubarão na altura.:lol: Seria tão inesperado como a escolha da Guida como assassina em NCT.

E morto que uma das revistas tinha na lista de suspeitos a Raquel.:haha:

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On 04/03/2023 at 22:16, Guida disse:

Uma novela magnífica, de facto. Nem as personagens secundárias insuportáveis e incoerentes e a tremenda falta de verosimilhança a afetam. Os confrontos Lídia-Bárbara, o mau-humor aconchegante do Gonçalo, a Laurinda, a Fátima, a Antónia, o Afonso, o Bráulio, os diálogos ácidos, a história arrojada... :wub: Impossível não gostar. 

 

O Gonçalo Martins de Mello foi um dos responsáveis pelo meu "gay awakening" :chocada::apaga:

A minha novela favorita de sempre. quem me dera ver tudo como se fosse a 1 vez!

O Hugo Tavares conseguiu fazer um bissexual icónico, sem ser forçado. Um marco na ficção, mesmo! 

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On 21/02/2023 at 22:40, Laurindinha disse:

Piores personagens: Marta e Sebastião... meu deus, que abéculas insuportáveis

O Fernando, também era terrível. Só valia mesmo comno personagem,  para ser arrasado pelo ícone LGBTQIA+, a nossa Bárbara! :clink:

Editado por D23
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há 16 minutos, Leo08 disse:

A Clara tinha dado o melhor tubarão:smoke: A secretária sonsa que estava a tramar o Fausto, era muito bom

O Gonçalo foi uma escolha bem preguiçosa, na minha opinião:(

Não foi assim tão perguiçosa, alias foi o que o autor já tinha em mente desde o inicio e sinceramente o unico que fazia sentido depois de tantas trocas e baldrocas... ao menos manteve ao contrário de Ninguém como Tu que o assassino foi escolhido apenas mais perto do final da novela, essa sim uma escolha bem perguiçosa e mais alinhada com a vontade do moniz que do autor.

aliás em Tempo de Viver houve um momento em que mais de metade dos 'anunciados' pelas revistas foram descartados quando alguns personagens se deslocaram acho que para o algarve ou estavam em determinados locais, fazendo com que fosse impossível serem o tubarão. Nesse lote foi logo descartada a Bárbara e o Bráulio mas mesmo assim as revistas insistiam que era um deles.

Editado por AndreRob
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há 13 minutos, D23 disse:

O Gonçalo Martins de Mello foi um dos responsáveis pelo meu "gay awakening" :chocada::apaga:

A minha novela favorita de sempre. quem me dera ver tudo como se fosse a 1 vez!

O Hugo Tavares conseguiu fazer um bissexual icónico, sem ser forçado. Um marco na ficção, mesmo! 

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O Hugo Tavares é bom ator. Infelizmente não tem muitas oportunidades. Merecia mais reconhecimento.

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agora mesmo, D91 disse:

O Hugo Tavares é bom ator. Infelizmente não tem muitas oportunidades. Merecia mais reconhecimento.

O Hugo Tavares é um excelente ator. Ele fez uma personagem bissexual, que era sassy, que transmitia sensualidade, erotismo, sem cair no rídiculo ou na caricatura. 

Nunca me saiu da cabeça que só o mataram, porque o público era muito conservador e a TVI temia que as audiências sofressem, se explorassem mais a sexualidade dele - estava tudo a compor-se para termos um triângulo amoroso forte, com a Laurindinha e o Bruno. Que pena que a TVI não quis ser mais ambiciosa. A personagem merecia tudo! 

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há 7 minutos, D23 disse:

O Hugo Tavares é um excelente ator. Ele fez uma personagem bissexual, que era sassy, que transmitia sensualidade, erotismo, sem cair no rídiculo ou na caricatura. 

Nunca me saiu da cabeça que só o mataram, porque o público era muito conservador e a TVI temia que as audiências sofressem, se explorassem mais a sexualidade dele - estava tudo a compor-se para termos um triângulo amoroso forte, com a Laurindinha e o Bruno. Que pena que a TVI não quis ser mais ambiciosa. A personagem merecia tudo! 

Esse triângulo amoroso seria muito interessante, mas infelizmente não aconteceu. 

Tempo de Viver é excelente para a época, e das melhores coisas que se fizeram na nossa ficção. 

Uma novela muito arriscada, com excelentes cenas, um elenco extraordinário, uma banda sonora ótima. Quase tudo é perfeito nesta novela. Acho que é a melhor do Vilhena, e eu também adoro NCT.

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