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Mensagem adicionada por Ruben,

Temas a abordar neste tópico:

- Informações referentes ao canal como um todo, não a respeito de um dos seus profissionais;
- Mudanças nos cargos de diretor ou noutros cargos relevantes.

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CMVM recusa razões para abortar OPA à TVI. Cofina arrisca ter de ficar com 5% da Media Capital

Dona do Correio da Manhã pode ter de lançar OPA sobre 5% da Media Capital porque CMVM recusa motivos invocados para que operação fique pelo caminho. Nem pandemia justifica

A compra falhada da TVI pela Cofina continua a dar que falar. Desta vez, foi a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a acrescentar mais um episódio ao assunto. O regulador do mercado de capitais recusa as razões invocadas pela dona do Correio da Manhã para deixar cair a OPA sobre os 5% que não pertenciam à Prisa. No limite, a Cofina pode acabar por ter de comprar 5% da Media Capital.

https://expresso.pt/economia/2020-05-18-CMVM-recusa-razoes-para-abortar-OPA-a-TVI.-Cofina-arrisca-ter-de-ficar-com-5-da-Media-Capital

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Cofina arrisca pagar €20 milhões por compra falhada da TVI. Dois grupos espanhóis são beneficiários

19.05.2020 às 14h20

OPA da Cofina sobre 5% da Media Capital pode favorecer grupo espanhol Abanca, num momento em que está a fechar a compra do banco EuroBic, de Isabel dos Santos

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FOTO TIAGO MIRANDA

ACofina arrisca ter de pagar 20 milhões de euros com a compra falhada da TVI. Além da caução de 10 milhões que a espanhola Prisa considera ser sua por direito, a proprietária do Correio da Manhã pode agora ter de gastar outros 10,5 milhões na oferta pública de aquisição (OPA) que se pode ver obrigada a lançar sobre 5% da Media Capital. Esse montante irá, na sua quase totalidade, para o também espanhol Abanca. Os valores podem ser ainda mais expressivos se houver indemnização, como quer a Prisa.

 

 

Como anunciou ontem, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) considera não haver razões fundadas para que a Cofina deixe cair a OPA sobre 5% da Media Capital, apesar de ter falhado o acordo para a compra dos restantes 95% à Prisa. Ainda que a empresa dirigida por Paulo Fernandes tenha espaço para responder nos próximos nove dias úteis, a possibilidade de ter de lançar a OPA está em cima da mesa. E pode custar dinheiro.

ABANCA PODE GANHAR 10 MILHÕES EM ALTURA DE COMPRA DO EUROBIC

Esta oferta foi lançada a um preço de 2,3336 euros por ação, o que pode obrigar a Cofina a pagar 10,5 milhões de euros pelos cerca de 5% da Media Capital que não estão nas mãos da Prisa.

Deste montante, quase 10 milhões de euros são destinados ao banco espanhol Abanca que, em Portugal, é dono da antiga rede de balcões do Deutsche Bank e está, neste momento, em processo de aquisição do EuroBic. O valor de compra do banco português, de que Isabel dos Santos é a principal acionista, não foi divulgado.

Quando o negócio entre Cofina e Prisa ainda estava a decorrer, o Abanca iria vender a sua participação na OPA, para depois reinvestir esse montante na dona do Correio da Manhã, quando era intenção desta vir a adquirir a Media Capital. Não aconteceu. Agora, não se sabe se irá vender - é a possível venda da sua posição que mais custará à empresa portuguesa, se a OPA efetivamente se efetivar.

A outra parcela, de cerca de 500 mil euros, servirá para pagar a outros acionistas, com participações muito residuais, caso queiram vender as ações da Media Capital - empresa que, além da TVI, é dona da produtora Plural e de rádios como a Comercial

A realização da OPA é uma decorrência da decisão preliminar da CMVM em considerar que a Cofina desistiu porque quis do aumento de capital de 85 milhões de euros, quando faltavam apenas 3 milhões para compor aquele montante – e, sendo esta uma condição essencial para a compra de 95% da Media Capital à Prisa, a operação não aconteceu por decisão própria, segundo o regulador.

Além disso, a CMVM também considera que não se encontram reunidas as condições para ser invocada “alteração das circunstâncias” por conta da pandemia para abortar o negócio. Assim, há agora um período para a Cofina se pronunciar, e depois haverá a decisão final da autoridade dos mercados que, se for na mesma linha do projeto de decisão, obriga à realização da OPA sobre os 5%.

CAUÇÃO E OUTROS DANOS

A Cofina pode, assim, gastar 10,5 milhões para ficar com 5% da Media Capital depois de ter caído a compra dos outros 95%. Aliás, esse cancelamento também pode já ter outro custo.

A Cofina tinha avançado com uma caução de 10 milhões no negócio de compra à Prisa, dinheiro que o grupo espanhol considera agora ser seu devido à extinção da operação. A disputa pelos 10 milhões está a decorrer em tribunal arbitral, junto da Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa.

Só que, além de reclamar esse montante, atualmente à guarda do BPI (banco português que integra o grupo espanhol CaixaBank), a Prisa reclama também a condenação da Cofina no pagamento dos danos que vier a conseguir demonstrar, em caso de condenação”. Os espanhóis, que são proprietários do jornal El País, consideram que a Cofina desistiu do processo por vontade própria – e ganham, agora, um aliado de peso na CMVM, já que esta defende que o negócio caiu por vontade da empresa sob o comando de Paulo Fernandes.

 

Mário Ferreira

Mário Ferreira

RUI DUARTE SILVA

2% DA COFINA SÃO “LIXO” PARA MÁRIO FERREIRA

Na prática, a Cofina pode vir a gastar 20 milhões de euros num negócio falhado, em que pode vir a ficar com 5% de uma empresa cujos principais acionistas lhe são agora hostis. A Prisa continua a ser a maioritária da Media Capital, mas reduziu a sua posição de 95% para 64% do capital da Media Capital, vendendo cerca de 30% ao empresário Mário Ferreira por 10,5 milhões de euros – o empresário iria ser parceiro da Cofina, e iria participar no aumento de capital entretanto abortado.

Aliás, o fim desse aumento de capital e consequente extinção da compra da TVI pela Cofina levou a um desaguisado entre Mário Ferreira, que acabou por ficar com cerca de 2% do capital da Cofina (com o aumento de capital falhado, o objetivo era ter até 15%), e Paulo Fernandes.

O dono da Douro Azul ainda hoje disse à Renascença que não quer as ações representativas de 2% da Cofina para nada e deixou críticas ao jornal de que ia ser acionista. “Para mim [as ações] são lixo, como é o jornal de que ele é proprietário. Mas tenho-as porque estou a perder umas centenas de milhares de euros nas ações, e neste momento não faz sentido nenhum vendê-las. Vou aguentando. Tenho poucas esperanças, a ver se o preço melhora. Se não acontecer qualquer dia vendo-as, não sei”, continuou.

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18 hours ago, Figo said:

Ou seja, a Cofina pode ser obrigada a pagar 20M por 5% enquanto o Mário Ferreira pagou 10M por 30%. :haha:

Tecnicamente são 10M por 5%, uma vez que os outros 10M são a caução do acordo com a PRISA e não para comprar as restantes ações. Aliás, no limite o valor total até pode ser superior a 20M, uma vez que a PRISA já disse que pondera pedir uma indemnização além da caução.

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há 4 horas, zent disse:

Tecnicamente são 10M por 5%, uma vez que os outros 10M são a caução do acordo com a PRISA e não para comprar as restantes ações. Aliás, no limite o valor total até pode ser superior a 20M, uma vez que a PRISA já disse que pondera pedir uma indemnização além da caução.

Mesmo assim foi uma pechincha para o Mário Ferreira! Grande negócio! 

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Mário Ferreira disponível para injetar mais 15 milhões na Media Capital

O empresário Mário Ferreira, que desembolsou 10,5 milhões de euros na compra de 30,22% da Media Capital, admite reforçar o seu investimento.

Em entrevista à “Meios & Publicidade”, o "tubarão do Norte" mostrou-se disponível para injetar este ano mais 15 milhões de euros na dona da TVI através da holding pessoal Pluris Investments, que detém com a mulher. “A nossa entrada [da Pluris] é a um preço justo”, disse na entrevista. “E obviamente que eles só aceitaram este preço justo porque perceberam que só eu estou contratualmente disponível – só eu, a nossa empresa – em aportar mais 15 milhões de empréstimo para reforçar. Só nós.

O empresário explica que tanto a Prisa como a Pluris têm que investir no negócio, “para ele ser reinventado”. Questionado sobre se isto se fará através de dívida ou de um aumento de capital, Mário Ferreira responde que será o conselho de administração e a assembleia de acionistas “a decidir a estratégia e como se fará”, mas mostrou a sua disponibilidade para investir.

“Agora, é ponto assente que terão de entrar umas dezenas de milhão de euros para reinventar, e não no formato de dívida, este novo projeto”, acrescenta.

Mário Ferreira partilha que a ambição para a Media Capital é criar valor no “maior grupo de media português”, através de “quatro pilares, muito produtivos, autónomos e autossuficientes”: TVI, rádios, digital e na produtora Plural.

Para cada um destes está a ser desenvolvido um plano estratégico específico e bastante agressivo, por forma a ser reinventado para aquilo que será um grupo de media no futuro, explica. Não é para tapar buracos. Até agora, uma empresa como a Media Capital, o que estava a fazer era a tapar buracos sucessivamente, porque não havia uma estratégia de futuro… por estar à venda.

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“Isto é a sério”

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Mário Ferreira surpreendeu o mercado ao fechar o acordo com a Prisa para a compra, por 10,5 milhões de euros, de 30,22% da Media Capital. Em entrevista ao M&P, o empresário adianta que, para reinventar o grupo, vai injectar, até ao final do ano, até mais 15 milhões. Os objectivos para a televisão, rádio, digital e para a Plural, o modelo e ambições do board, as direcções e a (não) redução do número de colaboradores, o calendário de desinvestimento da Prisa no grupo, o eventual interesse, ou não, em continuar a investir em media e o fim do negócio com a Cofina são alguns dos temas abordados na conversa. A versão integral pode ser lida na próxima edição do M&P. 

Meios & Publicidade (M&P): Quando é que percebeu que ia comprar a Media Capital? Tornar-se o novo “patrão dos media”? Comprar, nos termos conhecidos…

Mário Ferreira (MF): Bem, comprar acções da Media Capital é uma coisa, não quer dizer que me torne um patrão dos media. Sou um investidor nos media, não quero parecer mais do que o que sou. Estou a comprar 30%… São 30%. Neste momento, a Prisa é que continua a grande accionista da Media Capital e quis ter um parceiro estratégico, conhecedor do que é a realidade portuguesa, e que os pudesse ajudar. Na gestão, financiamento, ligação à banca portuguesa. No fundo, um parceiro local estratégico, depois de todos os azares de estar 10 anos neste dilema de perda de valor constante. Uma empresa que está à venda há tanto tempo, obviamente fica com dificuldades, mesmo que não as tivesse, criou-as. Com este culminar, com esta penúltima transacção, com a Cofina, ficaram muito apreensivos e, respondendo à sua pergunta, acabaram por vir falar comigo e pedir-me para ver se eu também não abandonava o barco.

M&P: Foram eles a pedir?

MF: Sim, foram eles. Quando a situação borregou, foram eles que me contactaram e eu disse “vou ver, vou estudar”. Não era o que tinha em mente. Nunca tive em mente entrar nos media, nunca olhei para isso com olhos de ver. Aceitei o convite e o desafio do Paulo (Fernandes), mas foi por isso. Tinha disponível dinheiro para entrar, queria diversificar e foi essa a razão. Se tivesse um amigo que me convidasse para entrar em um outro negócio que achasse que poderia ser interessante e rentável, também teria dito que sim. A razão da entrada foi essa e não foi outra. Agora podem querer inventar histórias diferentes, coisas mais bonitas, mais romantizadas, mas a realidade é muito objectiva. Fiz, no ano passado, diversos negócios que me correram muito bem, acumulei poupanças significativas, quero e tenho investido em alguns negócios que sejam diferentes daqueles em que normalmente tenho investido, para não ter os ovos todos no mesmo cesto. Achei que este era disruptivo, em relação à carteira de investimentos que temos.

M&P: E os media porquê? Ou seja, a Prisa contactou-o, disse “não abandone barco”… Porque é que não o abandonou e avançou?

MF: Não abandonei porque começamos a olhar para as possibilidades, dentro das possibilidades houve alturas de maior e de menor ânimo, de maior ou menor euforia, alturas em que…

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M&P: Acabou por ser muito rápido.

MF: Para nós é muito rápido, ou se faz ou não se faz, não há tempo a perder. Há facilidade de decisão, não temos fundos, não temos ninguém connosco, começaram-se logo a criar histórias de que estaríamos a fazer fronting para alguém… Histórias complicadíssimas, porque as pessoas têm dificuldade em perceber que alguém que tem capacidade financeira, de gestão e de decisão, pode fazer coisas rápido. É preciso, por vezes, tomar decisões na hora certa e ter coragem para as tomar. Até familiares e amigos me dizem “numa altura destas, com esta pandemia, seria mais sensato estares sentado nesses grandes lucros de 2019 – que foi um ano em que batemos todos os recordes possíveis em termos de grandes realizações, de grandes vendas, grandes negócios, e que nos libertou muita liquidez. Porque não ficas sentado?”. Eu penso exactamente o contrário, devem-se fazer esses grandes negócios em tempos em que está tudo em alta e é quando existe uma crise que se deve investir o máximo possível. É o que estou a fazer.

M&P: Vender em alta e comprar em baixa.

MF: É, para mim é assim. Porque só comprando em baixa é que se fazem bons negócios.

M&P: Disse, em entrevista à Renascença, que “o valor da loucura já está a desconto”. Quanto é que prevê investir para “reinventar” a Media Capital. Assumo que seja o objectivo, uma vez que já referiu que os media precisam de se reinventar. 

MF: O que lhe posso dizer é que a Prisa e a Pluris terão que investir no negócio, para ele ser reinventado. E vamos investir forte.

M&P: Através de divida ou aumento de capital?

MF: Será o board, o conselho de administração, que terá que ver, e a assembleia de accionistas decidir a estratégia e como se fará. Agora, é ponto assente que terão de entrar umas dezenas de milhão de euros para reinventar, e não no formato de dívida, este novo projecto.

M&P: Aumento de capital?

MF: Vamos ver, podem existir outros formatos. Podem ser empréstimos, dos sócios. O formato não está definido, o que é certo é que terá de entrar dinheiro sem ser em dívida.

M&P: Disse dezenas de milhão.

MF: Podem ser duas… (risos) Mas é mais do que uma. Ou é a sério ou não é a sério. Mas também só é possível, porque a entrada foi a um preço justo. Há muita gente que diz que o preço foi baixo…

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M&P: Preço de saldo.

MF: A nossa entrada é a um preço justo. E obviamente que eles só aceitaram este preço justo porque perceberam que só eu estou contratualmente disponível – só eu, a nossa empresa – em aportar mais 15 milhões de empréstimo para reforçar. Só nós.

M&P: 15 milhões. Vai ser então assim…

MF: Estamos comprometidos, se não for preciso todo, não será todo… Mas estamos disponíveis.

MF: No espaço de quanto tempo?

MF: Este ano. Isto é a sério.

M&P: O que é que ambiciona para a TVI? Aliás, para a Media Capital?

MF: Ainda bem que corrigiu. O que estamos a olhar e a pensar como accionistas, obviamente em conjunto com o grande parceiro que é a Prisa, é criar valor. A ambição é criar valor, num grupo que é o maior grupo de media português e que terá de ter quatro pilares, muito produtivos, autónomos e auto-suficientes: TVI, rádios, digital e a Plural. Para cada um destes está a ser desenvolvido um plano estratégico específico e bastante agressivo, por forma a ser reinventado para aquilo que será um grupo de media no futuro. Não é para tapar buracos. Até agora, uma empresa como a Media Capital, o que estava a fazer era a tapar buracos sucessivamente, porque não havia uma estratégia de futuro… por estar à venda. E saltou de vendedor em vendedor.

M&P: Como é que passaram de vendedor em vendedor, de comprador em comprador, de 440 milhões para 205 e agora 130, de lucros todos os anos para prejuízos de 54 milhões no ano passado?

MF: O que aconteceu foi que tiveram EBITDAs altos e lucros altos, tem a ver com uma conjuntura de mercado. De repente o mercado arrefeceu, este ano toda a gente sabe a razão…

M&P: Os 54 milhões de prejuízo são do ano passado.

MF: Tem a ver com a consolidação e com o registo de imparidades, é um número contabilístico, não é o resultado directo da operação. O resultado directo até acabou por ser até bastante positivo, ainda tiveram mais de 18 milhões de euros de EBITDA. Agora, foram identificadas um conjunto de imparidades que foram assumidas naquele ano – não foi connosco, foi tratado com eles e com a Cofina -, ao serem registadas deram aquele prejuízo. Este ano estamos a falar é de ter um ano difícil, um ano de muita luta, em que os administradores da empresa tenham que fazer um bom trabalho, em que as direcções e equipas tenham de fazer o trabalho de aguentar o impacto negativo desta quebra abrupta de publicidade e de receita, e ultrapassar isto com o menor dano e prejuízo possível. Se no ano passado, fruto dessa questão das imparidades, foram 50 milhões negativos, este ano teremos que ter prejuízo, mas aproximar-se o mais possível do zero. Esse é o objectivo. 

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M&P: As perdas aproximarem-se do zero? Recuperar de quase 50 mihões para…

MF: Não, os 50 milhões são contabilísticos, estou a falar só da operação. Temos que ser justos, é muito fácil dizer “vamos passar de 50 milhões negativos para zero”. Era fantástico, mas não é realista. Se digo que é resultado contabilístico, agora também não vou dizer que a nova equipa de repente vai fazer milagres. Temos que ser realistas e ter os pés na terra.

M&P: O plano estratégico, para todas as áreas… É a Boston Consulting Group que o está a traçar? Foram contratados por quem? Pela Media Capital, pela Cofina, por si? Já vem de trás, não é?

MF: A BCG só poderia ser contratada pela Media Capital.

M&P: Mas já por indicação…

MF: Não, eu não disse isso. Eles só podiam ser contratados pela Media Capital.

M&P: Mas por indicação da Cofina?

MF: A Cofina não tem nada a ver com isto. A Cofina tinha escolhido para fazer o estudo a McKinsey.

M&P: A BCG entrou então já depois da Cofina sair.

MF: Sim. A Media Capital decidiu, por sua conta,…

M&P: Quando já estava em conversas consigo?

MF: Sim, quando já estávamos em conversas. Mas não podíamos influenciar nada, porque não tínhamos nada a ver com isso. Era uma decisão total da Prisa.

M&P: Vamos por áreas. Júlio Magalhães dizia, na Revista do Expresso deste fim-de-semana, que o Mário teria de certeza algum trunfo na manga. Isto no sentido de “se diz que vai correr bem, é porque vai”. Qual é o trunfo?

MF: É um voto de confiança que agradeço muito, o Júlio é um amigo de longa data.

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M&P: A seguir vou perguntar se foi convidado para director de informação.

MF: Pode perguntar à vontade. Pode perguntar tudo o que quiser, mas não tenho que responder (risos).

M&P: Já vamos lá. TVI, estratégia para voltar aos bons resultados económicos… O que é que quer fazer da TVI?

MF: Eu não posso fazer nada da TVI. Os accionistas, da Media Capital, obviamente estão a discutir uma estratégia de futuro para aquilo que pode ser todo o grupo MC, mais numa visão integrada de grupo. O objectivo dos accionistas, do passado e agora do futuro, é olharem para um grupo de media de uma forma mais integrada, não olham só para a TVI. Vêem muito valor nas rádios, muito valor na televisão, muito valor no digital, que está completamente esquecido, já foi maior do que é e tem que avançar imenso, tem que avançar muito. E vêem um incrível valor na produção de conteúdos. O valor que pode ser descoberto na Plural, e na produção de conteúdos, é provavelmente dos activos que existem no grupo MC que tem uma relação de muito pouco aproveitamento.

M&P: A Prisa, já há uns anos, tinha como objectivo a internacionalização de conteúdos, da Plural. Não conseguiu. 

MF: Normalmente diz-se “querer é poder”. Agora, é preciso saber fazer. Todos podemos querer muita coisa… Alguém, um conjunto de accionistas, que tenha menos experiência neste sector, para mim é uma vantagem enorme. A história é que o que os grandes dinossauros conhecedores deste mercado sabem fazer, tem-se mostrado desastrosa para muita da estratégia da Media Capital. Alguém que venha, assim fresquinho como nós, e outros que se juntarão à equipa, o que fazem é ouvir, aprender, analisar e não têm qualquer tipo de compromisso com os poderes estabelecidos dentro deste mundo, que é muito especial. Podemos avaliar e analisar com total isenção e transparência quem é que achamos que é criativo e produtivo e pode ser uma mais-valia, ou não, para o futuro destes quatro pilares. Como não temos compromissos, quem acharmos que é efectivamente produtivo e que vale a pena estar, ficará e será empurrado para a frente.

M&P: Isso nas posições estratégicas.

MF: Claro, nas posições estratégicas. Todas as pessoas são importantes para nós, todas as pessoas serão valorizadas. Todas as pessoas que tragam contributos, que venham para a frente e que apareçam com ideias, mesmo depois da primeira grande transformação e do primeiro grande plano estratégico, assessorado pela BCG, do qual já se começam a ver luzinhas muito muito muito interessantes. Será um processo continuo e queremos valorizar desde o homem que puxa os cabos até ao topo. Isto é muito importante, todos nos podem vir com ideias, dizer “olha, há uma maneira melhor de enrolar os cabos”. A resposta será “então diga lá como é, que vamos olhar para isso”. É a vantagem, se calhar, de alguém que tem um background humilde como o meu, que não se importa de receber uma carta de um electricista ou de um administrador. E respondo às duas da mesma forma e com o mesmo respeito.

Fonte:https://www.meiosepublicidade.pt/2020/05/isto-e-a-serio/

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Ele parece indiciar um possível regresso do Júlio Magalhães. Eu acho genuinamente que um dos primeiros passos dele será criar um grande espaço media TVI no Porto. E pelo menos ele sabe o quanto é importante a questão de investir e de pararem com o suposto desvalorizamento da empresa.

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há 6 minutos, Joel92 disse:

Ele parece indiciar um possível regresso do Júlio Magalhães. Eu acho genuinamente que um dos primeiros passos dele será criar um grande espaço media TVI no Porto. E pelo menos ele sabe o quanto é importante a questão de investir e de pararem com o suposto desvalorizamento da empresa.

Mas ainda ontem o Rui Moreira se estava a queixar que iam fechar os estúdios do Porto. :rolleyes:

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há 6 minutos, Luíza Albuquerque disse:

Mas ainda ontem o Rui Moreira se estava a queixar que iam fechar os estúdios do Porto. :rolleyes:

Entendi. Os estúdios vão passar para os barcos do Márito e percorrer todo o Douro de uma ponta a outra. Milionário excêntrico faz assim :curtainpeek:

Agora a sério, não sabemos se a TVI vai passar para um espaço maior, para fazer algo mais complexo, ao nível da RTP Porto por exemplo. Aliás, nem a própria RTP fica situada no Porto, mas sim em Gaia. E esta o Rui Moreira já não fala, pois não? :search:

Editado por Joel92
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há 4 minutos, Joel92 disse:

Entendi. Os estúdios vão passar para os barcos do Márito e percorrer todo o Douro de uma ponta a outra. Milionário excêntrico faz assim :curtainpeek:

Agora a sério, não sabemos se a TVI vai passar para um espaço maior, para fazer algo mais complexo, ao nível da RTP Porto por exemplo. Aliás, nem a própria RTP fica situada no Porto, mas sim em Gaia. E esta o Rui Moreira já não fala, pois não? :search:

É em Gaia e no Monte da Virgem, que já é a parte "vila" do concelho. Não fala porque não gosta de Gaia xD

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