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Atualidade & Política


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há 3 horas, Pedro M. disse:

Ai, desculpem, mas é verdade.

Tanta coisa onde podem investir dinheiro, coisas inclusive que podem melhorar o mundo e andamos aqui a brincar aos astronautas e aos peixinhos. É uma falta de noção tremenda, um complexo de superioridade de alguém que acha que pode tudo.

Digo isto obviamente com todo o respeito pelas vidas supostamente já perdidas. Mas acho que às vezes precisamos de pensar um bocadinho.

Não posso concordar com este pensamento. Se eu tivesse esse dinheiro e essa coragem, gostava imenso de ter essa experiência.

Também não acho que se deva julgar a forma como os mais ricos gastam dinheiro. Sim, é bom que doem algum para causas importantes, mas não são obrigados a fazê-lo.

O Mário Ferreira foi ao espaço, conseguiu ser o primeiro português a fazê-lo e é uma experiência que jamais se irá esquecer certamente.

Neste caso em específico a culpa deve ser atirada para empresa que operava com vários problemas de segurança e para a falta de regulação que existe. Devia ser completamente proibido uma empresa fazer expedições destas sem certificação e testes exigentes.

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há 30 minutos, SorNunz disse:

O que disseste é evidente, mas ninguém está aqui a ilibar os ocupantes de culpa. Mas eles estavam desaparecidos, estão mortos, achas que faz sentido dizer que não se tem pena e que é bem feito? Se um de nós tivesse ali um familiar e se deparasse com um comentário desses, seria ofensivo. Foram momentos de aflição para as equipas de busca e para as famílias, foram vidas perdidas, independentemente de tudo o resto. 

Agora, espera-se que pessoas com ideias semelhantes aprendam com isto, claro.

Isso concordo, por isso é que acabei o meu comentário "com todo o respeito por (...).

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há 49 minutos, Filipe disse:

Neste caso em específico a culpa deve ser atirada para empresa que operava com vários problemas de segurança e para a falta de regulação que existe. Devia ser completamente proibido uma empresa fazer expedições destas sem certificação e testes exigentes.

a partir do momento em que os turistas assinaram um termo de responsabilidade propria, esse argumento cai por terra

aqui parece-me que deve ter havido alguma insistencia por parte dos 5 turistas, porque eles foram avisados de que a viagem poderia correr mal pelos motivos que ja todos conhecemos e quiseram ir na mesma

Editado por jt9
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há 4 minutos, jt9 disse:

a partir do momento em que os turistas assinaram um termo de responsabilidade propria, esse argumento cai por terra

aqui parece-me que deve ter havido alguma insistencia por parte dos 5 turistas, porque eles foram avisados de que a viagem poderia correr mal pelos motivos que ja todos conhecemos e quiseram ir na mesma

Não, em qualquer viagem deste tipo têm de assinar um termo de responsabilidade.  O Mário Ferreira explicou isso no Jornal Nacional. Já as pessoas que viajaram anteriormente o assinaram. 

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há 2 minutos, Filipe disse:

Não, em qualquer viagem deste tipo têm de assinar um termo de responsabilidade.  O Mário Ferreira explicou isso no Jornal Nacional. Já as pessoas que viajaram anteriormente o assinaram. 

nao sabia

mas mesmo assim nao invalida o que disse :mosking:

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há 4 minutos, jt9 disse:

nao sabia

mas mesmo assim nao invalida o que disse :mosking:

Concordamos em discordar :mosking: Para mim são apenas pessoas ricas que viram uma experiência incrível onde já foi muita gente sem qualquer problema (porque os problemas que houve só foram relatados agora) e que tiveram de assinar a burocracia do costume.

A culpa desta tragédia é principalmente do regulador, ou falta dele. Só mesmo nos Estados Unidos para se permitir que existam estas excursões sem qualquer certificação. 

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Infelizmente os nossos piores receios acabaram mesmo por se confirmar nos reports há pouco divulgados. 

Depois desta tragédia não acredito que hajam planos para novas expedições aos destroços do Titanic num futuro próximo, a menos que a regulamentação marítima norte-americana sofra alterações profundas.

Acabei há pouco de ver o James Cameron, realizador do mítico Titanic de 1997, a ser entrevistado pela ABC, onde entre outras declarações ele acabou por fazer um certo paralelismo entre este incidente e o próprio afundamento do RMS Titanic há mais de um século atrás.

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Sou o único a achar que este desfecho pode ter tido mão humana ? Digo isto porque pelos vistos esta expedição já aconteceu anteriormente e desta vez com os milionários e que foi tão falada em todo o mundo pode ter causado alguma fricção com algum também milionário muito poderoso que se quis ver livre de algum dos tripulantes, não sei, só acho que desde o início isto foi demasiado noticiado em todo o lado, toda esta história teve um desenrolar muito estranho.

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agora mesmo, Cláudio. disse:

Sou o único a achar que este desfecho pode ter tido mão humana ? Digo isto porque pelos vistos esta expedição já aconteceu anteriormente e desta vez com os milionários e que foi tão falada em todo o mundo pode ter causado alguma fricção com algum também milionário muito poderoso que se quis ver livre de algum dos tripulantes, não sei, só acho que desde o início isto foi demasiado noticiado em todo o lado, toda esta história teve um desenrolar muito estranho.

Não acredito muito nisso. Mas agora vêm todas as teorias de conspiração, parece as teorias das torres gémeas por causa da implosão.

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há 9 minutos, Patiño disse:

Não acredito muito nisso. Mas agora vêm todas as teorias de conspiração, parece as teorias das torres gémeas por causa da implosão.

Eu já tinha este pensamento, e sei que pode parecer teoria da conspiração, e peço desculpa por isso, mas, sempre senti algo estranho no quanto isto foi noticiado em todo o lado desde o início.

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há 37 minutos, Cláudio. disse:

Sou o único a achar que este desfecho pode ter tido mão humana ? Digo isto porque pelos vistos esta expedição já aconteceu anteriormente e desta vez com os milionários e que foi tão falada em todo o mundo pode ter causado alguma fricção com algum também milionário muito poderoso que se quis ver livre de algum dos tripulantes, não sei, só acho que desde o início isto foi demasiado noticiado em todo o lado, toda esta história teve um desenrolar muito estranho.

Também já pensei nisto. O que mais me levou a pensar nesta hipótese foi o facto de terem encontrado os destroços precisamente umas horas após o suposto fim do oxigénio. Não havia mesmo meios para encontrar o submersível mais cedo, independentemente de conseguirem tirar as pessoas de lá ou não? Ou seja, caso a opção da implosão não tivesse resultado, eles teriam morrido na mesma por falta de oxigénio.

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há 1 minuto, Phoenix disse:

Também já pensei nisto. O que mais me levou a pensar nesta hipótese foi o facto de terem encontrado os destroços precisamente umas horas após o suposto fim do oxigénio. Não havia mesmo meios para encontrar o submersível mais cedo, independentemente de conseguirem tirar as pessoas de lá ou não? Ou seja, caso a opção da implosão não tivesse resultado, eles teriam morrido na mesma por falta de oxigénio.

E seria combinado com as centenas de equipas nas buscas, inclusive vários países que ajudaram? Não me parece. Aquilo implodiu logo no início, acho eu, a caminho do titanic. Eles morreram pouco tempo após o início da viagem pelo que percebi, também. 

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agora mesmo, Patiño disse:

E seria combinado com as centenas de equipas nas buscas, inclusive vários países que ajudaram? Não me parece. Aquilo implodiu logo no início, acho eu, a caminho do titanic. Eles morreram pouco tempo após o início da viagem pelo que percebi, também. 

Exacto! Se eles iam a caminho do local onde o Titanic estava (supostamente é um percurso que já se conhece), como é que não havia meios para sondar aquela área e chegar à localização do submersível mais cedo (nem digo "a tempo", pois de facto aquilo pode ter logo implodido), mas a questão de terem chegado aos destroços precisamente umas horinhas depois do suposto fim do oxigénio está a fazer-me um pouco de espécie. Quanto às equipas de busca, percebo o que dizes e penso que a intenção das equipas de busca é genuinamente salvar as pessoas, mas as equipas são lideradas por alguém (que pode ser mais ou menos isento e querer que se atinja algum resultado específico)...

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há 25 minutos, Phoenix disse:

Exacto! Se eles iam a caminho do local onde o Titanic estava (supostamente é um percurso que já se conhece), como é que não havia meios para sondar aquela área e chegar à localização do submersível mais cedo (nem digo "a tempo", pois de facto aquilo pode ter logo implodido), mas a questão de terem chegado aos destroços precisamente umas horinhas depois do suposto fim do oxigénio está a fazer-me um pouco de espécie. Quanto às equipas de busca, percebo o que dizes e penso que a intenção das equipas de busca é genuinamente salvar as pessoas, mas as equipas são lideradas por alguém (que pode ser mais ou menos isento e querer que se atinja algum resultado específico)...

Pelo que o Mário Ferreira disse as equipas já se sabia de implosão, só não noticiaram porque queriam achar primeiro destroços.

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há 1 hora, Cláudio. disse:

Sou o único a achar que este desfecho pode ter tido mão humana ? Digo isto porque pelos vistos esta expedição já aconteceu anteriormente e desta vez com os milionários e que foi tão falada em todo o mundo pode ter causado alguma fricção com algum também milionário muito poderoso que se quis ver livre de algum dos tripulantes, não sei, só acho que desde o início isto foi demasiado noticiado em todo o lado, toda esta história teve um desenrolar muito estranho.

Na verdade esta expedição praticamente só acontece com milionários e já há tempo que muita gente interessada evitava ir depois de conhecerem as condições do bote. Aliás, este é um bonito exemplo de como desregulação ou não querer certificação pode dar uma monumental cagada. Aqui foram 6 pessoas cheias de nota, mas em Grenfell foram 72 e eram pobres. Desta vez quem foi ganancioso é que se lixou, contudo.

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há 7 horas, Phoenix disse:

Exacto! Se eles iam a caminho do local onde o Titanic estava (supostamente é um percurso que já se conhece), como é que não havia meios para sondar aquela área e chegar à localização do submersível mais cedo (nem digo "a tempo", pois de facto aquilo pode ter logo implodido), mas a questão de terem chegado aos destroços precisamente umas horinhas depois do suposto fim do oxigénio está a fazer-me um pouco de espécie. Quanto às equipas de busca, percebo o que dizes e penso que a intenção das equipas de busca é genuinamente salvar as pessoas, mas as equipas são lideradas por alguém (que pode ser mais ou menos isento e querer que se atinja algum resultado específico)...

Acho que não era tão fácil assim descobrir os destroços tão rapidamente, e eles ainda nem conseguiram descobrir os corpos.

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há 10 horas, Cláudio. disse:

Pelo que o Mário Ferreira disse as equipas já se sabia de implosão, só não noticiaram porque queriam achar primeiro destroços.

 

há 2 horas, D91 disse:

Acho que não era tão fácil assim descobrir os destroços tão rapidamente, e eles ainda nem conseguiram descobrir os corpos.

Mas logo que as supostas reservas de oxigénio acabaram, conseguiram encontrar os destroços. Que coincidência! 

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há 1 minuto, Phoenix disse:

 

Mas logo que as supostas reservas de oxigénio acabaram, conseguiram encontrar os destroços. Que coincidência! 

Sim agora devem começar as teorias da conspiração. A verdade total provavelmente nunca se saberá. Mas pode ser só coincidência ou não. Do que se sabe eles souberam logo que se tratava de uma implosão e por isso nem se devem ter preocupado muito com as supostas reservas de oxigénio. 

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Putin acusa Prigozhin e Grupo Wagner de “facada nas costas” e “traição”, diz que retaliação é “inevitável”

O presidente russo comparou esta ação com a Revolução Russa de 1917, e pediu para que as diferenças internas sejam "postas de lado" na luta contra os "neonazis e o Ocidente"

Vladimir Putin reagiu na manhã deste sábado à rebelião instigada por Yevgeny Prigozhin e levada a cabo pelo Grupo Wagner em várias cidades russas, algo que considera ser uma “facada nas costas” e uma “traição”.

“As ações que dividem a nossa unidade são, na sua essência, uma deserção do nosso povo, dos nossos camaradas de armas que estão agora a lutar na linha da frente. É uma facada nas costas do nosso país e do nosso povo. O que enfrentamos é precisamente uma traição. Ambições excessivas e interesses particulares conduziram à traição”, disse o líder do Kremlin, prometendo uma retaliação dura.

“Aqueles que organizaram e prepararam a revolta militar, que levantaram as armas contra os seus camaradas, traíram a Rússia. Todos aqueles que deliberadamente tomaram o caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que tomaram o caminho da chantagem e dos métodos terroristas, sofrerão um castigo inevitável, responderão perante a lei e perante o nosso povo”.

O presidente russo estabeleceu, ainda, um paralelismo entre esta ação e a Revolução Russa de 1917, “enquanto o país combatia na Primeira Guerra Mundial”. “Intrigas, disputas, politiquices nas costas do exército e do povo tiveram como resultado a destruição do exército, o colapso do Estado e a perda de vastos territórios. O resultado foi a tragédia da guerra civil. Os russos mataram os russos, os irmãos mataram os seus irmãos, enquanto os interesses mercenários eram colhidos por todo o tipo de aventureiros políticos e forças estrangeiras que estavam a dividir o país e a dilacerá-lo”, lamentou.

No entanto, Putin não deixou de elogiar os combatentes do Grupo Wagner, reafirmando que quem preparou esta rebelião está a trair “os heróis que libertaram Soledar e Bakhmut, cidades e aldeias do Donbass, lutaram e deram as suas vidas pela Novorossiya e pela unidade do mundo russo”.

“O seu nome e a sua glória também foram traídos por aqueles que estão a tentar organizar a rebelião, empurrando o país para a anarquia e o fratricídio. Para a derrota, em última análise, e para a capitulação”.

Apelando para que as diferenças internas sejam postas de lado, o presidente russo voltou a propagar a narrativa de que a Rússia está sob ataque de forças neonazis e do Ocidente.

“Estamos a lutar pelas vidas e pela segurança do nosso povo, pela nossa soberania e independência. Pelo direito de ser e continuar a ser a Rússia - um Estado com mil anos de história. Esta batalha, quando o destino do nosso povo está a ser decidido, exige a união de todas as forças. Qualquer discórdia que os nossos inimigos externos podem usar e usam para nos minar a partir de dentro deve ser posta de lado”, pediu Putin.

No final da intervenção, o chefe de Estado garantiu que, “enquanto presidente da Rússia, comandante das Forças Armadas e cidadão da Federação Russa”, vai “fazer tudo” o que estiver ao seu alcance para “defender o país, para proteger a ordem constitucional, a vida, a segurança e a liberdade dos seus cidadãos”.

No Telegram, a força paramilitar de extrema-direita reagiu de forma curta, mas direta. "Putin fez a escolha errada. Tanto pior para ele. Em breve teremos um novo presidente", lê-se na mensagem publicada.

O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apelou esta sexta-feira a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes. Este sábado de manhã, Prigozhin anunciou que o grupo paramilitar controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia. O líder do grupo paramilitar disse ter 25 mil soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa “marcha pela justiça”.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia. O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporizhzhia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.

Fonte: CNN Portugal

 

Está o caldo entornado ou está aqui uma peça de teatro? 

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há 45 minutos, dav01 disse:

Putin acusa Prigozhin e Grupo Wagner de “facada nas costas” e “traição”, diz que retaliação é “inevitável”

O presidente russo comparou esta ação com a Revolução Russa de 1917, e pediu para que as diferenças internas sejam "postas de lado" na luta contra os "neonazis e o Ocidente"

Vladimir Putin reagiu na manhã deste sábado à rebelião instigada por Yevgeny Prigozhin e levada a cabo pelo Grupo Wagner em várias cidades russas, algo que considera ser uma “facada nas costas” e uma “traição”.

“As ações que dividem a nossa unidade são, na sua essência, uma deserção do nosso povo, dos nossos camaradas de armas que estão agora a lutar na linha da frente. É uma facada nas costas do nosso país e do nosso povo. O que enfrentamos é precisamente uma traição. Ambições excessivas e interesses particulares conduziram à traição”, disse o líder do Kremlin, prometendo uma retaliação dura.

“Aqueles que organizaram e prepararam a revolta militar, que levantaram as armas contra os seus camaradas, traíram a Rússia. Todos aqueles que deliberadamente tomaram o caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que tomaram o caminho da chantagem e dos métodos terroristas, sofrerão um castigo inevitável, responderão perante a lei e perante o nosso povo”.

O presidente russo estabeleceu, ainda, um paralelismo entre esta ação e a Revolução Russa de 1917, “enquanto o país combatia na Primeira Guerra Mundial”. “Intrigas, disputas, politiquices nas costas do exército e do povo tiveram como resultado a destruição do exército, o colapso do Estado e a perda de vastos territórios. O resultado foi a tragédia da guerra civil. Os russos mataram os russos, os irmãos mataram os seus irmãos, enquanto os interesses mercenários eram colhidos por todo o tipo de aventureiros políticos e forças estrangeiras que estavam a dividir o país e a dilacerá-lo”, lamentou.

No entanto, Putin não deixou de elogiar os combatentes do Grupo Wagner, reafirmando que quem preparou esta rebelião está a trair “os heróis que libertaram Soledar e Bakhmut, cidades e aldeias do Donbass, lutaram e deram as suas vidas pela Novorossiya e pela unidade do mundo russo”.

“O seu nome e a sua glória também foram traídos por aqueles que estão a tentar organizar a rebelião, empurrando o país para a anarquia e o fratricídio. Para a derrota, em última análise, e para a capitulação”.

Apelando para que as diferenças internas sejam postas de lado, o presidente russo voltou a propagar a narrativa de que a Rússia está sob ataque de forças neonazis e do Ocidente.

“Estamos a lutar pelas vidas e pela segurança do nosso povo, pela nossa soberania e independência. Pelo direito de ser e continuar a ser a Rússia - um Estado com mil anos de história. Esta batalha, quando o destino do nosso povo está a ser decidido, exige a união de todas as forças. Qualquer discórdia que os nossos inimigos externos podem usar e usam para nos minar a partir de dentro deve ser posta de lado”, pediu Putin.

No final da intervenção, o chefe de Estado garantiu que, “enquanto presidente da Rússia, comandante das Forças Armadas e cidadão da Federação Russa”, vai “fazer tudo” o que estiver ao seu alcance para “defender o país, para proteger a ordem constitucional, a vida, a segurança e a liberdade dos seus cidadãos”.

No Telegram, a força paramilitar de extrema-direita reagiu de forma curta, mas direta. "Putin fez a escolha errada. Tanto pior para ele. Em breve teremos um novo presidente", lê-se na mensagem publicada.

O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apelou esta sexta-feira a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes. Este sábado de manhã, Prigozhin anunciou que o grupo paramilitar controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia. O líder do grupo paramilitar disse ter 25 mil soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa “marcha pela justiça”.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia. O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporizhzhia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.

Fonte: CNN Portugal

 

Está o caldo entornado ou está aqui uma peça de teatro? 

Acredito que não seja encenação. O grupo Wagner é um grupo mercenário, pelo que não se rege pelas mesmas regras de lealdade de um exército oficial. Ou seja, não estou a imaginar que eles estejam a fazer isto porque o Putin tenha dito "Olha, Prigozhin, eu quero terminar a minha carreira, por isso agradecia que fingisses que me matavas para depois eu ficar na minha cave a beber vodka enquanto vejo o "Novaya Volna".". Até em termos de "heroísmo", não estou a imaginar o Putin a querer ser lembrado como alguém que não conseguiu defender a Rússia de um grupo como o grupo Wagner (além de que isto está a desviar a atenção e meios da Ucrânia, que me parece o grande desígnio nacional de Putin para a Rússia).

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Eu sempre disse que a guerra da Ucrânia ia terminar a partir de dentro. Os apoiantes do Putin iriam virar-se contra ele. O pior é se, na eventualidade do Putin ser afastado ou no pior dos cenários ser assassinado, que a pessoa que o substituir será mais extremista do que ele.

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há 1 hora, dav01 disse:

Putin acusa Prigozhin e Grupo Wagner de “facada nas costas” e “traição”, diz que retaliação é “inevitável”

O presidente russo comparou esta ação com a Revolução Russa de 1917, e pediu para que as diferenças internas sejam "postas de lado" na luta contra os "neonazis e o Ocidente"

Vladimir Putin reagiu na manhã deste sábado à rebelião instigada por Yevgeny Prigozhin e levada a cabo pelo Grupo Wagner em várias cidades russas, algo que considera ser uma “facada nas costas” e uma “traição”.

“As ações que dividem a nossa unidade são, na sua essência, uma deserção do nosso povo, dos nossos camaradas de armas que estão agora a lutar na linha da frente. É uma facada nas costas do nosso país e do nosso povo. O que enfrentamos é precisamente uma traição. Ambições excessivas e interesses particulares conduziram à traição”, disse o líder do Kremlin, prometendo uma retaliação dura.

“Aqueles que organizaram e prepararam a revolta militar, que levantaram as armas contra os seus camaradas, traíram a Rússia. Todos aqueles que deliberadamente tomaram o caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que tomaram o caminho da chantagem e dos métodos terroristas, sofrerão um castigo inevitável, responderão perante a lei e perante o nosso povo”.

O presidente russo estabeleceu, ainda, um paralelismo entre esta ação e a Revolução Russa de 1917, “enquanto o país combatia na Primeira Guerra Mundial”. “Intrigas, disputas, politiquices nas costas do exército e do povo tiveram como resultado a destruição do exército, o colapso do Estado e a perda de vastos territórios. O resultado foi a tragédia da guerra civil. Os russos mataram os russos, os irmãos mataram os seus irmãos, enquanto os interesses mercenários eram colhidos por todo o tipo de aventureiros políticos e forças estrangeiras que estavam a dividir o país e a dilacerá-lo”, lamentou.

No entanto, Putin não deixou de elogiar os combatentes do Grupo Wagner, reafirmando que quem preparou esta rebelião está a trair “os heróis que libertaram Soledar e Bakhmut, cidades e aldeias do Donbass, lutaram e deram as suas vidas pela Novorossiya e pela unidade do mundo russo”.

“O seu nome e a sua glória também foram traídos por aqueles que estão a tentar organizar a rebelião, empurrando o país para a anarquia e o fratricídio. Para a derrota, em última análise, e para a capitulação”.

Apelando para que as diferenças internas sejam postas de lado, o presidente russo voltou a propagar a narrativa de que a Rússia está sob ataque de forças neonazis e do Ocidente.

“Estamos a lutar pelas vidas e pela segurança do nosso povo, pela nossa soberania e independência. Pelo direito de ser e continuar a ser a Rússia - um Estado com mil anos de história. Esta batalha, quando o destino do nosso povo está a ser decidido, exige a união de todas as forças. Qualquer discórdia que os nossos inimigos externos podem usar e usam para nos minar a partir de dentro deve ser posta de lado”, pediu Putin.

No final da intervenção, o chefe de Estado garantiu que, “enquanto presidente da Rússia, comandante das Forças Armadas e cidadão da Federação Russa”, vai “fazer tudo” o que estiver ao seu alcance para “defender o país, para proteger a ordem constitucional, a vida, a segurança e a liberdade dos seus cidadãos”.

No Telegram, a força paramilitar de extrema-direita reagiu de forma curta, mas direta. "Putin fez a escolha errada. Tanto pior para ele. Em breve teremos um novo presidente", lê-se na mensagem publicada.

O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apelou esta sexta-feira a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes. Este sábado de manhã, Prigozhin anunciou que o grupo paramilitar controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia. O líder do grupo paramilitar disse ter 25 mil soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa “marcha pela justiça”.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia. O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporizhzhia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.

Fonte: CNN Portugal

 

Está o caldo entornado ou está aqui uma peça de teatro? 

Uma guerra civil parece ter começado de forma oficial na Rússia.

O pior disto tudo é que o grupo Wagner não é muito melhor do que a autoridade régia que atualmente impera no Kremlin...

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