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há 36 minutos, CarlosTeixeira disse:

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Migues apresento-vos o meu Benny e a minha Makkari 🤍

O Benny tem 8 meses e 2 semanas e a Makkari faz 2 meses dia 19.

Que lindos! :nostalgia:

  • Obrigado 1
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  • 5 meses depois...

A carta que escrevi para a Raquel (a minha gata) - que no fundo é uma profunda auto-critica e também uma caricatura da sociedade. 

Estás a dormir ao meu lado. E estou a pensar que gostava de ser como tu, ou pelo menos tentar nem que fosse só por uns momentos. Admiro-te porque não te importa o mundo, não te importa o país, não te importa a cidade, não te importa a rua, não te importa quem está cá em casa. Não te importa o que os humanos falam, não te importam os dramas nem a mesquinhez humana, não te importam os problemas sociais, não te importas se o mundo vai acabar, nem se haverá revoluções ou desastres naturais.  
Não te importas com a opinião dos outros. Não te interessa se te chamámos gorda ou magra, para ti é igual se te julgamos ou não. Não sabes o que é julgar, não julgas ninguém. Não tens opiniões polémicas, não precisas de tê-las. Apareces sempre apenas com o que és, com a tua simplicidade e todos te admiram na mesma. Não precisas de falar, de gritar, de te afirmares, não precisas de te gabar, não ostentas, não precisas de admiração, não precisas de agradar.  
Não te importas com o teu corpo nem com o corpo dos outros, não vais ao cabeleireiro, à esteticista, à maquilhadora, ao solário, ao ginásio, à massagista, à terapeuta vocacional. 
Não te importas se o teu dono é bonito ou feio, magro, gordo, gay, hétero, trans, se é de esquerda ou direita, se é católico ou ateu. É igual para ti caso eu chegue a casa com o cabelo pintado de roxo ou se apareço careca, se apareço sem roupa ou com roupa de marca. Vais olhar e ignorar. Não julgas. Não opinas, não contrapões, não ridicularizas, não fazes bullying, não és má, não impões a tua visão. Não achas que tens razão. Não discutes, não queres ganhar discussão, não te achas especial, não te achas a última bolacha.
Quero ser como tu porque não vais a eventos. Ninguém te convida e não te importas com isso. Também não convidas ninguém. Não sabes quando fazes anos, nem te importa, se soubesses não festejarias, também não festejas o dia da mãe, o dia do pai, o carnaval, os aniversários dos 53 primos, os santos populares, o natal, a páscoa, e mais quatrocentos eventos.
Quero ser como tu porque não fazes compras, não tens obrigações sociais, não vais a casamentos nem gastas dinheiro. Para ti, o teu corpo chega, chega poder dormir e poder comer quando se acorda. Chega uns miminhos, quando assim decides, não é o dono que decide, já basta ele ser arrogante o resto do dia com toda a gente, contigo és tu que mandas, certo?
Quero ser como tu porque não tens preocupações com a saúde. Não precisas de medicação para dormir, não precisas de terapia, não precisas de médicos a fazerem-te check ups de dois em dois anos, não precisas de fazer meditação guiada no youtube, não precisas de religiões, credos, não precisas de ser guiada por coachs, não precisas de estudar sobre a vida ou sobre a morte, sobre alimentação ou exercício físico, não precisas de licenciaturas ou mestrados, não precisas de currículo, não precisas de connects, não precisas de cunhas, não precisas de impressionar, não precisas de estar sempre a pedir ‘segundas opiniões’.
Não precisas de namorar nem de impressionar ninguém. Não precisas de cozinhar nem precisas de conhecer a gastronomia nacional e internacional. Não precisas de amor romântico para te sentir completa, não tens de pedir em casamento nem aceitar um pedido de casamento, não tens que cumprir a vidinha, de ter um trabalho, comprar uma casa e comprar um carro e passar o resto da vida em sofrimento e a levar chapadas de toda a gente porque a vida está sempre a dizer-nos que não é o exterior que dá felicidade. 
Quero ser como tu porque não pagas contas nem precisas de pedir créditos. Não tens cartão multibanco, nem cartão do ginásio, do seguro, de cidadão, de carta de condução, de sete supermercados e das farmácias. Não tens conta em lado nenhum, não tens de decorar passwords. Não fazes férias, nem tens o sonho de viajar pelo mundo.
Quero ser como tu porque o mundo não te importa e, e acima de tudo, porque não tens sonhos, principalmente aqueles irrealizáveis - porque é que o sonho tem de ser sempre aquela coisa grandiosa? Não precisas de grandiosidade, és simples. 
Não te importa o exterior, não te importa a vida alheia, não queres saber fofocas nem queres acompanhar ao minuto a guerra do outro lado do mundo. Não queres saber tudo nem queres saber a vida das pessoas. Não queres contar coisas nem queres que te contem nada.
Quero ser como tu porque não tens opinião sobre nada, é um alívio e vejo-te aliviada. Não te comprometes, ninguém tem razão para ti, mas se te apetecer, todos têm razão ao mesmo tempo, é para o lado que dormes melhor. Não te importas com o que os humanos dizem uns aos outros, desde que falem baixo. Os humanos falam muito alto e isso talvez te incomode. Não interessa o conteúdo, sabes que maioria do que dizemos é lixo.
Não tens insónias, nem tens agenda para amanhã. Não sabes que vais morrer nem terias paciência para pensar na morte, nem no funeral, na música que queres, nas flores que desejarias, no fato que te vão colocar, na agência que vão contratar, no subsídio que vão receber. 
Quero ser como tu porque estás sempre em silêncio. A contemplar, atenta, a meditar, numa despreocupação com o que se passa no exterior e à tua volta, uma atenção que roça o divino. Não queres saber do passado nem do futuro porque vives no aqui e no agora. Eu quero ser como tu, repito, só por uns momentos.
Por fim, não queres saber dos dramas do teu dono, nem da felicidade que ele possa ter. Não te importam as suas conquistas nem as derrotas. Se eu estou triste, aproximas-te, mas também não te aproximas demasiado porque é incomodativo para ti, e se eu rio muito, afastas-te porque quando me rio posso mexer-me de forma brusca e isso incomoda-te, apenas observas, já te conheço.
Sabes que para mim é suficiente que estejas presente, mesmo que não fales, mesmo que não dês opiniões, sabes que não precisas de me impressionar, sabes que o silêncio é suficiente para nos darmos bem. 
Enfim, quero ser como tu porque és pura. E de uma pureza que eu nunca vi em mais nenhum Ser.

4 de agosto de 2023, 02:03

Editado por Patiño
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  • 3 semanas depois...

Perdi o meu gato ao fim de 20 anos de uma bela vida que ele teve ao meu lado, tinha 10 anos quando o tive, eu era uma criança, e cresci lado a lado com ele até aos meus 30. O problema é que ninguém à minha volta entende a dor que sinto, muitos gozam, muitos dizem que estou a exagerar, mas a verdade é que por mais dias que passem esta falta magoa tanto, sou assim tão anormal por me sentir assim?

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8 minutes ago, Cláudio. said:

Perdi o meu gato ao fim de 20 anos de uma bela vida que ele teve ao meu lado, tinha 10 anos quando o tive, eu era uma criança, e cresci lado a lado com ele até aos meus 30. O problema é que ninguém à minha volta entende a dor que sinto, muitos gozam, muitos dizem que estou a exagerar, mas a verdade é que por mais dias que passem esta falta magoa tanto, sou assim tão anormal por me sentir assim?

Não é nada disparatado, nem anormal. Os animais são muitas vezes a nossa companhia, dão-nos tanto amor sem pedir algo em troca, é normal criarmos uma ligação. O meu gato é praticamente um membro da minha família.

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há 14 minutos, Cláudio. disse:

Perdi o meu gato ao fim de 20 anos de uma bela vida que ele teve ao meu lado, tinha 10 anos quando o tive, eu era uma criança, e cresci lado a lado com ele até aos meus 30. O problema é que ninguém à minha volta entende a dor que sinto, muitos gozam, muitos dizem que estou a exagerar, mas a verdade é que por mais dias que passem esta falta magoa tanto, sou assim tão anormal por me sentir assim?

Anormal é esse povo.

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há 8 minutos, Fernando disse:

Não é nada disparatado, nem anormal. Os animais são muitas vezes a nossa companhia, dão-nos tanto amor sem pedir algo em troca, é normal criarmos uma ligação. O meu gato é praticamente um membro da minha família.

Acredita, este fazia parte da minha família dormia comigo todos os dias á 20 anos. Desde que chegou a minha casa que escolheu-me para sua companhia, quando sai de casa dos meus pais ele veio comigo e nunca mas nunca me largou, viu-me crescer, viu-me ser tornar-me homem, criar família e esteve sempre lá para mim, está ser muito difícil mesmo!

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há 3 horas, Cláudio. disse:

Perdi o meu gato ao fim de 20 anos de uma bela vida que ele teve ao meu lado, tinha 10 anos quando o tive, eu era uma criança, e cresci lado a lado com ele até aos meus 30. O problema é que ninguém à minha volta entende a dor que sinto, muitos gozam, muitos dizem que estou a exagerar, mas a verdade é que por mais dias que passem esta falta magoa tanto, sou assim tão anormal por me sentir assim?

Oh :( 

Desde já lamento a tua perda. Nunca passei pelo mesmo, tenho a primeira gata desde 2019, mas acredito que não seja fácil e empatizo com o que estás a passar.

Em relação a essas pessoas que gozam ou fazem troça do que sentes, tu estás certo. Não há nenhuma anormalidade em sentir o que sentes.

Perder um animal de estimação, neste caso um gato não torna o luto mais fácil ou não faz com que não se possa sofrer com a perda. Só gente com a típica arrogância humana é que desvaloriza isso.

Os gatos são companhias brutais, e estão sempre connosco estejamos bem ou mal, tristes ou alegres, o dom de nos aceitarem como somos e como estamos, extensível a outros animais de estimação, são só amor, companhia e família. 
Muita força! 

Editado por Patiño
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  • 1 mês depois...
há 10 horas, Fernando disse:

Quando este cão nasceu ainda não havia SIC nem TVI 

:chocada:

30 anos de vida para um cão é imenso

Pelo que li, tinha feito 31 anos em Maio

Esteve na SIC e TVI

https://cnnportugal.iol.pt/videos/bobi-o-cao-mais-velho-do-mundo-fez-31-anos-e-houve-festa-rija-na-aldeia/645ff65f0cf2c84d7fd59bcb

Editado por InesMig
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