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Para Sempre


Filipe

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Crítica. ‘Para Sempre’ é uma novela nova com uma fórmula antiga

 

Vingança, amor de juventude e infertilidade são os temas centrais da trama que une Diogo Morgado e Inês Castel-Branco

 

Para Sempre estreou-se esta segunda-feira (8). A nova novela da TVI substitui Bem Me Quer, que termina na próxima sexta-feira (12). Ao contrário do que é habitual, é lançada com todos os episódios já gravados. André Ramalho é o autor, que já fez parte da equipa de argumentistas em sucessos da TVI como A Única Mulher (2015), Doida por Ti (2012) e Ilha dos Amores (2007).

Diogo Morgado, Inês Castel-Branco, de regresso à ficção da TVI e Pedro Sousa são os protagonistas da história. Em síntese, Pedro (Diogo Morgado) foi criado pelo Padre Elias (António Capelo) após ser abandonado pela mãe. Além deste passado que é incapaz de esquecer, separou-se de Clara (Inês Castel-Branco), o seu amor de adolescência, agora namorada de Lourenço (Pedro Sousa).

 

Vários lugares-comuns no primeiro episódio

Para Sempre tem o enredo, e o que parece ser o desenrolar de história, absolutamente clássico. Há vingança, traição, uso e abuso do poder. Fora desse círculo, foi apresentado muito breve e aleatoriamente o núcleo cómico, centrado mais uma vez nos vizinhos da vila, os mais pobres e também os mais felizes.

Na primeira cena, com o protagonista Diogo Morgado, há uma recordação do passado conturbado do empresário assim como um telefonema que lhe dá uma pista sobre o verdadeiro paradeiro da mãe que o abandonou na infância. O tema da vingança é o primeiro dos temas clássicos apresentados. A história do protagonista é explicada ao pormenor em diálogos e flashbacks.

Um dos pontos menos positivos deste primeiro episódio é de que tudo é de facto contado ao pormenor, numa espécie de pressa para apresentar todos os temas e tentar prender o espectador ao ecrã, não deixando nada para tentarmos descobrir, é tudo dito e descrito em demasia e de uma forma que empobrece os diálogos, tornando-os pouco realistas. Isso é feito sobretudo com Pedro e Clara, e pouco ou nada conhecemos dos personagens que não estão diretamente ligados a eles. A fórmula usada para contar as histórias é a mesma, Clara em conversas com amigas e Pedro a conversar com o Padre Elias.

De repente, e num só dia, Pedro recebe todas as pistas que poderia ter sobre a sua mãe. Num único dia. Depois da vingança chega a história de amor, novamente com o uso de flashbacks de imagens de Clara e Pedro. Pedro é vítima de um esquema do pai da Clara para os separar e o reencontro de ambos, assim como do jovem com a verdadeira família, são os alicerces de toda a história.

Já Clara parece ser a protagonista “boa pessoa”, criada numa família rica, mas preocupada com o próximo, dedicada a crianças, mas sem poder ter filhos, numa relação estável, mas com um futuro noivo que aparenta deixar atrair-se mais pelo poder. Uma personagem que, pelo menos no primeiro episódio, não apresenta grande densidade.

 

Os poucos momentos originais

De acordo com a evolução que se tem verificado nos últimos anos na produção nacional, a fotografia está bem conseguida, e há uma aposta em algumas cenas de exteriores, também mais comuns nos primeiros episódios. Apesar da boa forma em que nos é apresentado o produto, não chega para esconder os pontos mais fracos do conteúdo.

Eva, a personagem da atriz Matilde Breyner, é talvez a mais original das que foram apresentadas no primeiro episódio, uma hacker que faz parte do grupo que trabalha para ajudar Pedro a descobrir a sua origem. O mesmo se passa com Romeu (Rodrigo Tomás). De qualquer forma foram poucos os minutos dedicados a estas personagens que podem ser centrais na história, para o processo de descoberta e vingança.

Como qualquer personagem que promete vingança, não conseguimos saber se Pedro se irá desenvolver como vilão ou como boa pessoa. Assim como também não conseguimos desvendar muito do que serão as personagens de Antónia (Marina Mota), mãe de Lourenço, e de Bento (Luís Esparteiro), pai de Clara, pelos menos antevemos uma relação peculiar e personagens aparentemente mais bem desenvolvidas.

O final do episódio tem um momento que será determinante para fazer avançar a ação e junta-se a todos os outros revelados,  pretendendo trazer ação para a narrativa e prender o espectador desde o início, deixando-o pronto para o próximo episódio.

 

EF

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há 24 minutos, josue90l.k disse:

Crítica. ‘Para Sempre’ é uma novela nova com uma fórmula antiga

 

Vingança, amor de juventude e infertilidade são os temas centrais da trama que une Diogo Morgado e Inês Castel-Branco

 

Para Sempre estreou-se esta segunda-feira (8). A nova novela da TVI substitui Bem Me Quer, que termina na próxima sexta-feira (12). Ao contrário do que é habitual, é lançada com todos os episódios já gravados. André Ramalho é o autor, que já fez parte da equipa de argumentistas em sucessos da TVI como A Única Mulher (2015), Doida por Ti (2012) e Ilha dos Amores (2007).

Diogo Morgado, Inês Castel-Branco, de regresso à ficção da TVI e Pedro Sousa são os protagonistas da história. Em síntese, Pedro (Diogo Morgado) foi criado pelo Padre Elias (António Capelo) após ser abandonado pela mãe. Além deste passado que é incapaz de esquecer, separou-se de Clara (Inês Castel-Branco), o seu amor de adolescência, agora namorada de Lourenço (Pedro Sousa).

 

Vários lugares-comuns no primeiro episódio

Para Sempre tem o enredo, e o que parece ser o desenrolar de história, absolutamente clássico. Há vingança, traição, uso e abuso do poder. Fora desse círculo, foi apresentado muito breve e aleatoriamente o núcleo cómico, centrado mais uma vez nos vizinhos da vila, os mais pobres e também os mais felizes.

Na primeira cena, com o protagonista Diogo Morgado, há uma recordação do passado conturbado do empresário assim como um telefonema que lhe dá uma pista sobre o verdadeiro paradeiro da mãe que o abandonou na infância. O tema da vingança é o primeiro dos temas clássicos apresentados. A história do protagonista é explicada ao pormenor em diálogos e flashbacks.

Um dos pontos menos positivos deste primeiro episódio é de que tudo é de facto contado ao pormenor, numa espécie de pressa para apresentar todos os temas e tentar prender o espectador ao ecrã, não deixando nada para tentarmos descobrir, é tudo dito e descrito em demasia e de uma forma que empobrece os diálogos, tornando-os pouco realistas. Isso é feito sobretudo com Pedro e Clara, e pouco ou nada conhecemos dos personagens que não estão diretamente ligados a eles. A fórmula usada para contar as histórias é a mesma, Clara em conversas com amigas e Pedro a conversar com o Padre Elias.

De repente, e num só dia, Pedro recebe todas as pistas que poderia ter sobre a sua mãe. Num único dia. Depois da vingança chega a história de amor, novamente com o uso de flashbacks de imagens de Clara e Pedro. Pedro é vítima de um esquema do pai da Clara para os separar e o reencontro de ambos, assim como do jovem com a verdadeira família, são os alicerces de toda a história.

Já Clara parece ser a protagonista “boa pessoa”, criada numa família rica, mas preocupada com o próximo, dedicada a crianças, mas sem poder ter filhos, numa relação estável, mas com um futuro noivo que aparenta deixar atrair-se mais pelo poder. Uma personagem que, pelo menos no primeiro episódio, não apresenta grande densidade.

 

Os poucos momentos originais

De acordo com a evolução que se tem verificado nos últimos anos na produção nacional, a fotografia está bem conseguida, e há uma aposta em algumas cenas de exteriores, também mais comuns nos primeiros episódios. Apesar da boa forma em que nos é apresentado o produto, não chega para esconder os pontos mais fracos do conteúdo.

Eva, a personagem da atriz Matilde Breyner, é talvez a mais original das que foram apresentadas no primeiro episódio, uma hacker que faz parte do grupo que trabalha para ajudar Pedro a descobrir a sua origem. O mesmo se passa com Romeu (Rodrigo Tomás). De qualquer forma foram poucos os minutos dedicados a estas personagens que podem ser centrais na história, para o processo de descoberta e vingança.

Como qualquer personagem que promete vingança, não conseguimos saber se Pedro se irá desenvolver como vilão ou como boa pessoa. Assim como também não conseguimos desvendar muito do que serão as personagens de Antónia (Marina Mota), mãe de Lourenço, e de Bento (Luís Esparteiro), pai de Clara, pelos menos antevemos uma relação peculiar e personagens aparentemente mais bem desenvolvidas.

O final do episódio tem um momento que será determinante para fazer avançar a ação e junta-se a todos os outros revelados,  pretendendo trazer ação para a narrativa e prender o espectador desde o início, deixando-o pronto para o próximo episódio.

 

EF

O episódio foi tão bom que quem o viu ficou a achar que é um história de vingança quando não é nada disso lol

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há 3 horas, Vieira disse:

A novela arrisca ser flop, porque a Cristina decidiu manter a sua amada Festa é Festa no primeiro horário. Surreal.

Praticamente deu no primeiro horário, sem intervalo, nem deu intervalo por isso considero que deu quase em primeiro de Portugal.

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Gosto de ver a Ana Nave e a Susana Mendes de regresso à TVI. Não fazia ideia que integravam a novela. Gostei do episódio. Partilho das opiniões de que é pena não ter ido para o primeiro horário. Era muito mais merecido um produto inteiramente novo ir para o primeiro horário do que arrastar algo lá que era suposto ter tido poucos episódios e já ter terminado há muito.

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há 4 horas, Johnman disse:

"Praticamente deu no primeiro horário" - começar às 22h25 depois da primeira novela da noite. Tá certo.

Se vocês só veem televisão à um ano aceito, mas eu sou do tempo em que a novela de primeiro horário acabava às 22.45h. Pronto e escrevi praticamente, ou seja onde está o erro.

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há 4 minutos, Dinis F. disse:

Se vocês só veem televisão à um ano aceito, mas eu sou do tempo em que a novela de primeiro horário acabava às 22.45h. Pronto e escrevi praticamente, ou seja onde está o erro.

Eu sou do tempo em que acabava no máximo às 22h15. Sinto-me um fóssil :ph34r:

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há 26 minutos, Manu Tenry disse:

António Durães será Padre Antero. O enredo dele na história, não faço ideia, até ontem nem sabia que ele entrava na novela :mosking:

Ahh, então é o padre de Braga. O Capelo depois deve assumir o seu lugar, portanto não deve ser uma participação longa. 

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