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Ouro Verde [Band]


DanielNunes

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há 30 minutos, Cable Guy disse:

Quando eu fiz o liceu em Portugal, era obrigatório aprender Francês do 7º ao 9º ano (inclusivé) portanto 3 anos de Francês.

Actualmente, no 3º ciclo (7º - 9º ano) o aluno pode escolher que segunda língua estrangeira pode aprender - Francês, Alemão ou Espanhol - mas tem obrigatoriamente de escolher uma.

Desde o governo de José Sócrates, há mais de uma década, que tornou-se obrigatório para os alunos em Portugal aprenderem Inglês desde a primeira classe (desde os 6 anos).

Ora, seguindo esta lógica, qualquer aluno em Portugal que se aplique pode chegar ao 10º ano a falar fluentemente 3 línguas: Português (óbvio), Inglês e outra língua (Francês, Alemão, Espanhol)

Portanto não é "nem pensar", é uma forte probabilidade de acontecer, se o aluno se aplicar. A não ser para pessoas que não queiram falar outras línguas e por isso, mesmo forçadas a aprendê-las no ensino obrigatório, escolham não memorizar muito aquilo que aprendem.  Mas isso é com elas. 

Não me esqueci, de todo. Por isso é que mencionei que a qualidade de educação que recebemos em Portugal, ou qualquer outro país da Europa ocidental, é muito, muito superior aos países da América Latina, Brasil incluído :)  É um facto.

percebo-te e isso tudo ajuda, mas aprender uma língua na escola e fala-la fluentemente mais tarde em adulto são coisas muito diferentes. até porque se não praticares, a fluência (se é que a chegam a atingir sequer) vai-se. tu podes memorizar à vontade, com falta de prática fica complicado. é impossível lembras-te de tudo que aprendeste na escola.
por isso continuo achar que a maioria não é fluente em 3 línguas.

mas uma coisa que também acho que ajuda muito na aprendizagem é não dobrarmos os filmes e séries.

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há 2 horas, msm0 disse:

@PierreDumont 

A Band também vai disponibilizar o áudio original para quem não quiser assistir dobrado.

"Outra novidade que a Band preparou é sobre o áudio original da novela, que será disponibilizado através do uso da tecla SAP do controle remoto do telespectador. A decisão partiu da ideia de tornar o produto mais interessante e opcional ao público que aguarda por ela."

https://observatoriodatelevisao.bol.uol.com.br/noticia-da-tv/2019/07/sob-expectativas-ouro-verde-estreara-com-investimentos-da-band-e-audio-original-disponibilizado?utm_source=Twitter&utm_medium=social&utm_campaign=TW-obsdatelevisao

Porque é que a TV Brasil não se lembrou de fazer o mesmo em 2011 com Equador?

Ou a mesma Band com os Morangos em 2004, já que a funcionalidade tinha bastante uso na região - sobretudo canais de filmes e séries que emitiam grande parte da grelha dobrada?

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há 2 horas, joanna disse:

percebo-te e isso tudo ajuda, mas aprender uma língua na escola e fala-la fluentemente mais tarde em adulto são coisas muito diferentes. até porque se não praticares, a fluência (se é que a chegam a atingir sequer) vai-se. tu podes memorizar à vontade, com falta de prática fica complicado. é impossível lembras-te de tudo que aprendeste na escola.
por isso continuo achar que a maioria não é fluente em 3 línguas.

mas uma coisa que também acho que ajuda muito na aprendizagem é não dobrarmos os filmes e séries.

Exato. Eu tive Francês do 7° ao 9°, sempre com excelentes notas, e hoje em dia não me lembro de quase nada. Só o básico mesmo. 

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há 1 hora, ATVTQsV disse:

Porque é que a TV Brasil não se lembrou de fazer o mesmo em 2011 com Equador?

Ou a mesma Band com os Morangos em 2004, já que a funcionalidade tinha bastante uso na região - sobretudo canais de filmes e séries que emitiam grande parte da grelha dobrada?

Que eu lembro assisti "Morangos com Açúcar" na Band na versão áudio original, que a Band disponibilizou.

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Até percebo que tenham dificuldade em perceber outras línguas pelo sistema de educação, mas não perceberem o português de Portugal é só preguiça, desculpem que vos diga. Há zonas do Brasil com dialetos muito mais cerrados que o português de portugal..

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há 20 horas, Cable Guy disse:

Os brasileiros, ao contrário de nós portugueses, são péssimos no que toca a aprender / falar outras línguas e compreender outros dialectos, portanto as TVs brasileiras têm de facilitar o máximo as coisas para eles entenderem :6:

Lembro-me de falar com uma brasileira em Lisboa que me disse, que quando chegou a Portugal, "não percebia nada do que vocês diziam" :O   Hmm... ok...  :O

Aqui em Londres onde vivo é a mesma coisa,  os brasileiros falam inglês péssimo. E isso é quando falam, pois há muitos brasileiros como turistas aqui que praticamente não falam inglês, como uma amiga minha gerente num hotel confirma:  a maioria dos brasileiros que chegam como turistas só para aí 10% falam inglês.  Eles falam um pouquinho de espanhol e praticamente mais nada... e até o sotaque de português europeu têm dificuldade em entender. 

Já nós portugueses temos muita facilidade para línguas estrangeiras e crescemos a falar fluentemente duas ou três línguas, não sendo fora do habitual um português falar 3 ou 4 línguas. (Eu por exemplo falo fluentemente inglês, português e alemão e o suficiente para conversa básica em francês e espanhol)

Há muito o hábito dos portugueses falarem muito mal do seu país. No entanto, é nestas coisas (e muitas outras) que se vê a diferença que é crescer num país da Europa ocidental, a qualidade de educação que recebemos, a exigência sendo muito, muito superior do que nos países da America Latina. E como português emigrado em Inglaterra e que já viajou pelo mundo inteiro, ainda mais posso afirmar isto, viver e crescer em Portugal ou em qualquer outro país da Europa Ocidental é um grande privilégio.

Já eu acho que foi ao contrário. Quando a televisão veio, a escolaridade obrigatória ia apenas até o 4º ano e o ensino focava-se muito em Portugal e PALOP, no entanto a(s) RTP, tirando novelas latinas dobradas em pt-br, davam produtos estrangeiros legendados. O ensino podia não se focar em línguas como hoje, mas na altura o objetivo era, naturalmente, já que não se coloca a carroça à frente dos bois, alfabetizar a população  e legendar ao invés de dobrar é o melhor incentivo para isso. E com os bois à frente e atrelados à carroça, esta andou e nós tornámo-nos o povo europeu com maior facilidade para línguas. Nós somos um produto de mais de meio século de políticas sobre a educação, mas também sobre a televisão. Os galegos não são mais do que portugueses acima do minho e já não têm a mesma facilidade para o inglês, porque, da fronteira lusa para fora, o resto da Europa também tem a mania das dobragens.

Nós temos uma educação pública bem melhor do que a brasileira, disso não há dúvidas. Mas se tivéssemos a mania de dobrar tudo, até as novelas brasileiras para português europeu, teríamos a mesma burrice na compreensão de outros dialetos. Basta ter em conta que, da mesma maneira que há montes de brasileiros que chegam aqui e não nos conseguem entender, também se encontram vários portugueses que, como nunca viram uma única novela brasileira, dizem que não são capazes de entender os brasileiros.

A causa não é eles serem péssimos e a consequência é as TV terem de facilitar.

A causa é as TV terem facilitado e a consequência é eles terem ficado péssimos.

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há 1 hora, Maciel disse:

Até percebo que tenham dificuldade em perceber outras línguas pelo sistema de educação, mas não perceberem o português de Portugal é só preguiça, desculpem que vos diga. Há zonas do Brasil com dialetos muito mais cerrados que o português de portugal..

A mim também me custa a entender, mas dizem que falamos muito depressa (eu nem acho, mas pronto). E como referes, o Brasil tem vários sotaques, alguns dificeis de entender no inicio, mas se fizermos um esforço compreende-se.

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há 32 minutos, Forbidden disse:

A mim também me custa a entender, mas dizem que falamos muito depressa (eu nem acho, mas pronto). E como referes, o Brasil tem vários sotaques, alguns dificeis de entender no inicio, mas se fizermos um esforço compreende-se.

Por exemplo acho aquele sotaque caipira do interior bem mais difícil de entender que o português de Portugal. É uma questão de hábito. 

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há 1 hora, Maciel disse:

Por exemplo acho aquele sotaque caipira do interior bem mais difícil de entender que o português de Portugal. É uma questão de hábito. 

Os erres bem arrastados. Achava que o caipira não era tão difícil de compreensão. É que você não ouviu o sotoque mineiro é um pouco mais difícil, eles comem palavras. Por exemplo bonito de mais ficaria assim "Bunidimais", embaixo da ponte "Bàdapônte". O nordestino tem aquela mistura de um francês com espanhol. O paulistano tem aquela sonoridade italiana e o carioca é o que mais se aproxima do português de portugal, por ser a capital também da monarquia portuguesa no século 19 e assim vai.

 

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há 19 horas, msm0 disse:

@PierreDumont 

A Band também vai disponibilizar o áudio original para quem não quiser assistir dobrado.

"Outra novidade que a Band preparou é sobre o áudio original da novela, que será disponibilizado através do uso da tecla SAP do controle remoto do telespectador. A decisão partiu da ideia de tornar o produto mais interessante e opcional ao público que aguarda por ela."

https://observatoriodatelevisao.bol.uol.com.br/noticia-da-tv/2019/07/sob-expectativas-ouro-verde-estreara-com-investimentos-da-band-e-audio-original-disponibilizado?utm_source=Twitter&utm_medium=social&utm_campaign=TW-obsdatelevisao

Lamento informa-te, mas a emissão do áudio original através do SAP (Second Audio Program) não está disponível em todo o país, depende do emissor de cada cidade. Na minha (João Pessoa), por exemplo, apenas as redes Globo, SBT e Record disponibilizam a emissão do áudio original. 

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há 2 horas, Maciel disse:

Por exemplo acho aquele sotaque caipira do interior bem mais difícil de entender que o português de Portugal. É uma questão de hábito. 

Mas o português caipira não é mais cerrado. Não conheço todos os sotaques de todos os 26 estados, mas a ter de apostar em qual seria o mais cerrado, dentro do Brasil, apostaria no gaúcho.

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há 18 horas, Cable Guy disse:

Lembro-me de falar com uma brasileira em Lisboa que me disse, que quando chegou a Portugal, "não percebia nada do que vocês diziam" :O   Hmm... ok...  :O

Vou dizer-te algo que talvez não seja de vosso agrado: os brasileiros tem uma dificuldade natural em compreender a prosódia lusitana por causa da nítida redução vocálica e da acentuada velocidade de fala. E isto independe da qualidade da educação, já que tal fenômeno não é exclusivo ao português: os franceses tem dificuldade de entender o falar de Québec, os americanos tem dificuldade de compreender entender os irlandeses e os mexicanos chegam a dobrar as novelas argentinas para a emissão por Televisão. De todas as formas, existe uma polêmica discussão liderada pelo linguista Marcos Bagno para dissociar o falar brasileiro do português europeu, transformando-a em uma língua separada com gramática e regras fonéticas próprias. Medida parecida à adotada com o Africâner há 100 anos. Mas tal ideia esbarra em questões geopolíticas: Portugal sabe que sem o Brasil, a língua portuguesa perde a projeção internacional que tem e o Brasil sem os PALOP's, Timor-Leste e Portugal, perde alguma força em suas ambições junto à ONU.

Mas não posso negar a questionável qualidade da educação brasileira, que é absurdamente assimétrica. Se tens condições, poderás por os vossos filhos em uma escola particular, se não, terás que contentar-se com uma escola pública de baixa qualidade, ainda que haja ilhas de excelência pedagógica. Atualmente é obrigatório o ensino de dois idiomas estrangeiros no Brasil: um deles é obrigatoriamente o inglês e o outro deve ser preferencialmente o espanhol. Mas, ainda assim, acredito que o maior problema, hoje, seja o isolacionismo sociocultural brasileiro: as dimensões continentais fizeram o país ter a percepção de que é eternamente autossuficiente e que basta-lhe a limitada influência estadunidense. 

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há 16 horas, ATVTQsV disse:

Porque é que a TV Brasil não se lembrou de fazer o mesmo em 2011 com Equador?

Ou a mesma Band com os Morangos em 2004, já que a funcionalidade tinha bastante uso na região - sobretudo canais de filmes e séries que emitiam grande parte da grelha dobrada?

A emissão do áudio original em concomitância ao áudio dobrado é tecnicamente possível no Brasil pelo menos desde 1987, quando a TV Manchete adotou o MTS (Multichannel Television Sound), que permitia a emissão de 3 canais de áudio (canal 1: áudio dobrado, canal 2: áudio original, canal 3: comunicação interna das estações de TV). Porém, a introdução do canal de áudio original só teve início efetivo em 1991, através da TV Jovem Pan em parceria com a Philips, que fabricou os primeiros aparelhos de TV com tal funcionalidade. Como disse à todos, tal possibilidade técnica depende do investimento de cada emissora, programadora ou operadora de TV à cabo. Em minha cidade só era possível ouvir o áudio original de Morangos com Açúcar e Olhos de Água através do sinal da antena parabólica, já que a emissora regional nunca disponibilizou tal opção em toda a sua trajetória.

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há 53 minutos, PierreDumont disse:

Lamento informa-te, mas a emissão do áudio original através do SAP (Second Audio Program) não está disponível em todo o país, depende do emissor de cada cidade. Na minha (João Pessoa), por exemplo, apenas as redes Globo, SBT e Record disponibilizam a emissão do áudio original. 

Na emissão terrestre fica só em regiões onde a Band opera directamente a estação local?

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há 5 horas, Maciel disse:

Até percebo que tenham dificuldade em perceber outras línguas pelo sistema de educação, mas não perceberem o português de Portugal é só preguiça, desculpem que vos diga. Há zonas do Brasil com dialetos muito mais cerrados que o português de portugal..

Já escutaste isso? veja como os habitantes de Florianópolis falam:
 

 

há 4 horas, srcbica disse:

Já eu acho que foi ao contrário. Quando a televisão veio, a escolaridade obrigatória ia apenas até o 4º ano e o ensino focava-se muito em Portugal e PALOP, no entanto a(s) RTP, tirando novelas latinas dobradas em pt-br, davam produtos estrangeiros legendados. O ensino podia não se focar em línguas como hoje, mas na altura o objetivo era, naturalmente, já que não se coloca a carroça à frente dos bois, alfabetizar a população  e legendar ao invés de dobrar é o melhor incentivo para isso. E com os bois à frente e atrelados à carroça, esta andou e nós tornámo-nos o povo europeu com maior facilidade para línguas. Nós somos um produto de mais de meio século de políticas sobre a educação, mas também sobre a televisão. Os galegos não são mais do que portugueses acima do minho e já não têm a mesma facilidade para o inglês, porque, da fronteira lusa para fora, o resto da Europa também tem a mania das dobragens.

Nós temos uma educação pública bem melhor do que a brasileira, disso não há dúvidas. Mas se tivéssemos a mania de dobrar tudo, até as novelas brasileiras para português europeu, teríamos a mesma burrice e na compreensão de outros dialetos. Basta ter em conta que, da mesma maneira que há montes de brasileiros que chegam aqui e não nos conseguem entender, também se encontram vários portugueses que, como nunca viram uma única novela brasileira, dizem que não são capazes de entender os brasileiros.

A causa não é eles serem péssimos e a consequência é as TV terem de facilitar.

A causa é as TV terem facilitado e a consequência é eles serem péssimos.

Não necessariamente, a China tem uma educação exemplar e dão tudo dobrado na Televisão e no Cinema. Enquanto isso, a Indonésia sempre legendou filmes, séries e até novelas e tem uma educação medíocre.

há 6 minutos, ATVTQsV disse:

Na emissão terrestre fica só em regiões onde a Band opera directamente a estação local?

A emissão terrestre do áudio original é possível nas estações locais de propriedade direta da TV Bandeirantes e  em algumas afiliadas de boa qualidade técnica como a TV Tarobá e, talvez, a TV RBA de Belém. Já a Rede Globo disponibiliza o áudio original em todo o país na emissão terrestre, na TV à cabo ou emissão por satélite. No caso das redes Record e SBT, o SAP está presente nas principais cidades do país.

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1 hour ago, PierreDumont said:

Já escutaste isso? veja como os habitantes de Florianópolis falam:
 

 

Qual a dificuldade de entender o sotaque nesse video? :D

Eu compreendo sem problema todos os sotaques das varias regioes do Brasil, compreendo o sotaque de Angola, etc, como acredito ser o caso com a maioria dos portugueses. 

Penso que esse 'isolacionismo' de que falas possa ser o maior culpado nos brasileiros terem maior dificuldade em entender outros sotaques portugueses, ou a sua falta de talento para outras linguas. Os espanhois, mesmo com muito bom ensino, sao um desastre em linguas estrangeiras e falam um ingles pessimo, isto porque consomem tudo em espanhol e fica dificil para eles sair desse sotaque e do 'mundo em espanhol' ao qual estao habituados ;)

 

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há 2 horas, srcbica disse:

Mas o português caipira não é mais cerrado. Não conheço todos os sotaques de todos os 26 estados, mas a ter de apostar em qual seria o mais cerrado, dentro do Brasil, apostaria no gaúcho.

Eu não consigo falar o jeito gaúcho. É um sotaque próprio deles. E eu não gosto muito não, e a propria Globo quando passou novelas gaúchas não trouxe sotaque gaúcho, preferiu uma linguagem neutra.

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há 4 horas, Forbidden disse:

A mim também me custa a entender, mas dizem que falamos muito depressa (eu nem acho, mas pronto). E como referes, o Brasil tem vários sotaques, alguns dificeis de entender no inicio, mas se fizermos um esforço compreende-se.

Os brasileiros até com a Tatá fazem alto drama. Sempre a dizer que não a percebem bem porque fala muito rápido. :rolleyes:

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há 1 hora, Cable Guy disse:

Qual a dificuldade de entender o sotaque nesse video? :D

Eu compreendo sem problema todos os sotaques das varias regioes do Brasil, compreendo o sotaque de Angola, etc, como acredito ser o caso com a maioria dos portugueses. 

Penso que esse 'isolacionismo' de que falas possa ser o maior culpado nos brasileiros terem maior dificuldade em entender outros sotaques portugueses, ou a sua falta de talento para outras linguas. Os espanhois, mesmo com muito bom ensino, sao um desastre em linguas estrangeiras e falam um ingles pessimo, isto porque consomem tudo em espanhol e fica dificil para eles sair desse sotaque e do 'mundo em espanhol' ao qual estao habituados ;)

 

Estima-se que 75% à 80% dos imigrantes portugueses que trasladaram-se ao Brasil vieram do norte de Portugal e 66% dos escravos eram ouriundos de Angola. Soma-se à isto, a influência dos dialetos tupis do litoral brasileiro. Essa é a base comum da variante brasileira comum à todos os sotaques, com alguma mudança pontual conforme a região. Florianópolis é uma exceção no que tange à composição étnica de origem dos imigrantes lusos: a maioria dos que lá vivem são decendentes de açorianos e esse é considerado o sotaque brasileiro mais próximo de Portugal. 

A imigração europeia "tardia", digamos assim, ocorreu nas últimas décadas do Império e nas primeiras da República. A partir de 1950, a imigração estrangeira caiu abruptamente e só agora está a se recuperar. Portanto, o falar brasileiro já estava consolidado aquela altura e, assim, não houveram drásticas mudanças nas variantes regionais. Apesar de alguma influência natural. 

Ainda nos tempos da colonização lusitana, no século XVIII, deu-se início à separação do padrão lisboeta dos falares brasileiros. O processo intensificou-se nas décadas após a Independência e culminou na Reforma Ortográfica de 1911, sem a participação brasileira, dividindo a ortografia da língua em duas: o padrão europeu e o padrão brasileiro. 

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há 54 minutos, Pedro M. disse:

Os brasileiros até com a Tatá fazem alto drama. Sempre a dizer que não a percebem bem porque fala muito rápido. :rolleyes:

Meu deus :haha:

Mas também se nós começarmos a falar em câmara lenta, ainda pensam que estamos a gozar com eles :ph34r:

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há 5 horas, Forbidden disse:

Meu deus :haha:

Mas também se nós começarmos a falar em câmara lenta, ainda pensam que estamos a gozar com eles :ph34r:

O português europeu é de díficil compreensão para um brasileiro médio não por má vontade ou por diferenças de vocabulário e sim pela "música dura e complexa" do vosso falar. O PT-PT soa um pouco parecido com árabe e polaco em alguns aspectos de pronúncia. É como se omitissem vogais e ressaltassem consoantes. Resultando em uma fala muito fechada e complexa, resultado do ritmo acentual da vossa variante. O PT-BR é mais simplificado, diminui as consoantes ao mesmo tempo que valoriza e até prolonga as vogais, resultando em algo mais musical, resultado do ritmo silábico da minha variante.

A questão não é falar em câmera lenta e sim pronunciar bem as vogais e as consoantes. A diferença torna-se ainda maior quando falamos entre as variantes coloquais de Portugal e Brasil, porém tende-se a diminuir, tanto na pronúncia quanto no vocabulário quando falamos na variante culta. Ou seja, é mais fácil entender ao apresentador do Telejornal do que o ator da novela.

Infelizmente, além do distanciamento entre os dois países, o Brasil isolou-se em sua própria redoma enquanto Portugal perdeu a expressão internacional ao longo dos séculos. Os portugueses eram senhores do Índico no século XVI e eram capazes de administrar uma poderosa rede social, política, cultural e econômica que ia do Porto à Nagasaki. Se não houvesse tamanho distanciamento e Portugal conservasse ao menos uma parte de tal influência internacional, talvez teríamos algo parecido ao inglês: duas variantes fortes (Brasil e Portugal como EUA e Inglaterra) que são plenamente inteligiveis. 

P.s.: A novela australiana Paradise Beach chegou a americanizar-se visando o mercado estadunidense. Então era comum ver os atores de dita telenovela falando com sotaque americano.

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há 13 minutos, PierreDumont disse:

O português europeu é de díficil compreensão para um brasileiro médio não por má vontade ou por diferenças de vocabulário e sim pela "música dura e complexa" do vosso falar. O PT-PT soa um pouco parecido com árabe e polaco em alguns aspectos de pronúncia. É como se omitissem vogais e ressaltassem consoantes. Resultando em uma fala muito fechada e complexa, resultado do ritmo acentual da vossa variante. O PT-BR é mais simplificado, diminui as consoantes ao mesmo tempo que valoriza e até prolonga as vogais, resultando em algo mais musical, resultado do ritmo silábico da minha variante.

A questão não é falar em câmera lenta e sim pronunciar bem as vogais e as consoantes. A diferença torna-se ainda maior quando falamos entre as variantes coloquais de Portugal e Brasil, porém tende-se a diminuir, tanto na pronúncia quanto no vocabulário quando falamos na variante culta. Ou seja, é mais fácil entender ao apresentador do Telejornal do que o ator da novela.

Infelizmente, além do distanciamento entre os dois países, o Brasil isolou-se em sua própria redoma enquanto Portugal perdeu a expressão internacional ao longo dos séculos. Os portugueses eram senhores do Índico no século XVI e eram capazes de administrar uma poderosa rede social, política, cultural e econômica que ia do Porto à Nagasaki. Se não houvesse tamanho distanciamento e Portugal conservasse ao menos uma parte de tal influência internacional, talvez teríamos algo parecido ao inglês: duas variantes fortes (Brasil e Portugal como EUA e Inglaterra) que são plenamente inteligiveis. 

P.s.: A novela australiana Paradise Beach chegou a americanizar-se visando o mercado estadunidense. Então era comum ver os atores de dita telenovela falando com sotaque americano.

Uma vez ouvi na televisão (infelizmente já não sei quem foi, nem em que programa) uma frase muito boa que resume esse primeiro parágrafo:

"O português fala português e o brasileiro canta português".

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Aproveitando a oportunidade... @ATVTQsV e @srcbica ou quem mais puder responder: 

Em 1999, as TVs Educativa e Escola do Brasil produziram uma série de documentários sobre a língua e a cultura portuguesa no mundo. Lembro-me de ter visto tal documentário na TVE Brasil, pouco antes de sua extinção. Porém houve algo que intrigou-me bastante. No quinto e último capítulo, ao falar da influência das telenovelas brasileiras, mostraram um restaurante em Moçambique, aonde toda a gente estava a ver Xica da Silva durante o dia. A cámara aproxima-se da TV e aí faz-se a surpresa: estão todos a apanhar uma emissão da TVI. Pergunto a todos: como isso era possível naquele país há 20 anos?

Aqui está o vídeo, já na parte selecionada:

 

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