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Memórias da Televisão Brasileira


Luiz Felipe

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  • 2 semanas depois...
  • 2 meses depois...
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Intervalos da Manchete há 25 anos.

Já se notavam os efeitos das crises que estavam a chegar, no ano seguinte agravou-se mais, 18 meses depois da gravação destes intervalos, a Manchete esteve fora do ar por causa da venda que estava em curso (uma semana sem emissão) antes da entrada do canal sem nome que viria a ser a RedeTV!.

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há 17 horas, ATVTQsV disse:

Intervalos da Manchete há 25 anos.

Já se notavam os efeitos das crises que estavam a chegar, no ano seguinte agravou-se mais, 18 meses depois da gravação destes intervalos, a Manchete esteve fora do ar por causa da venda que estava em curso (uma semana sem emissão) antes da entrada do canal sem nome que viria a ser a RedeTV!.

Pergunto se a RedeTV! não se poderia ter chamado Rede Manchete sendo assim a continuação da Manchete?

Digo isto, porque se não estou em erro, a RedeTV! nos seus primeiros meses emitia programas da Manchete como a continuação da reprise de Pantanal.

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há 1 hora, D91 disse:

Pergunto se a RedeTV! não se poderia ter chamado Rede Manchete sendo assim a continuação da Manchete?

Digo isto, porque se não estou em erro, a RedeTV! nos seus primeiros meses emitia programas da Manchete como a continuação da reprise de Pantanal.

Acho que tinham que cortar as referências à Manchete na ficha técnica no fim da novela, já que nas últimas semanas da repetição já tinha sido vendida e queriam esconder as referências aos Bloch

As cinco concessões farão na teoria 40 anos em Junho de 2023 (menos as de Recife e Fortaleza que começaram com vários meses de atraso), sendo que a RedeTV! nasceu da venda de concessões ainda em vigor, ao contrário da Tupi que deixou oito concessões peremptórias e tinham que criar novas concessões nas frequências a partir do zero.

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  • 3 semanas depois...
On 12/11/2022 at 21:15, ATVTQsV disse:

Intervalos da Manchete há 25 anos.

Já se notavam os efeitos das crises que estavam a chegar, no ano seguinte agravou-se mais, 18 meses depois da gravação destes intervalos, a Manchete esteve fora do ar por causa da venda que estava em curso (uma semana sem emissão) antes da entrada do canal sem nome que viria a ser a RedeTV!.

A concorrência estava ferroz naquela época e a Televisão da Igreja Universal despontava rapidamente. Já naquela época (01/11/97), "Mandacaru", apesar das razoáveis audiências, já perdia para o fenômeno "Ratinho Livre", que já lutava pelo segundo lugar com o SBT e que chegou a inacreditáveis 36 pontos em março de 1998. O programa do Ratinho quase foi parar na TVI pelos idos de 1998 ou 99.

On 13/11/2022 at 14:40, D91 disse:

Pergunto se a RedeTV! não se poderia ter chamado Rede Manchete sendo assim a continuação da Manchete?

Digo isto, porque se não estou em erro, a RedeTV! nos seus primeiros meses emitia programas da Manchete como a continuação da reprise de Pantanal.

Ao menos em teoria não havia nenhum impedimento, mas na prática era tudo diferente. A Rede Manchete havia acumulado muitas dívidas e vários problemas judiciais pela posse do controle da emissora com a IBF (Indústria Brasileira de Formulários). Então, os atuais donos da RedeTV! não queriam mexer no vespeiro. Nem as valiosas produções da Manchete e nem a invejável infra-estrutura (os estúdios de São Paulo, a surcursal de Brasília e as duas centrais de produção no Rio de Janeiro) valiam a pena. 

Aliás, quem quiser entender o mercado midiático do Brasil nos anos 80 e 90, eu recomendo que leia o livro "Notícias do Planalto" de Mário Sérgio Conti. No caso específico da TV Manchete, o jornalista relata que foi uma emissora que sempre esteve em crises financeiras e que quase foi vendida para um grupo liderado pelo então deputado e empresário Paulo Octávio em 1991, que era ligado ao então presidente da época (Fernando Collor de Mello). Em 1992, a Manchete foi finalmente vendida à IBF, mas a Bloch Editores havia feito uma terrível fraude na administração: além de subestimar dívidas, vendeu antecipadamente um ano de todos os espaços publicitários e gasto quase todo o dinheiro. Os problemas administrativos, a crise financeira e a queda de Collor inviabilizaram a administração da TV Manchete, que voltou aos Bloch quase falida em abril de 1993.

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On 12/11/2022 at 21:15, ATVTQsV disse:

Intervalos da Manchete há 25 anos.

Já se notavam os efeitos das crises que estavam a chegar, no ano seguinte agravou-se mais, 18 meses depois da gravação destes intervalos, a Manchete esteve fora do ar por causa da venda que estava em curso (uma semana sem emissão) antes da entrada do canal sem nome que viria a ser a RedeTV!.

Só agora eu percebi: o garoto Luiz Fernando (na época com 13/14 anos), que apresentava um dos segmentos do Domingo Milionário na Manchete é o mesmíssimo Luiz Bacci que hoje apresenta o Cidade Alerta. Era um programa container (contentor) que durava 6 horas que tentava seguir a fórmula do Programa Sílvio Santos e os programas do apresentador Gugu Liberato. Ficou apenas 5 meses no ar apesar do razoável desempenho.

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  • 1 mês depois...
  • 1 mês depois...

como ainda não recuperei a conta do YouTube (prometo fazer este mês), vou tentar fazer download.

Já ouvi falar da 3 Antena num vídeo da TV Formosa e já vi o separador no canal do Nicolás Pradenas. Se em Portugal os canais ilegais eram uma tentativa de acabar com o centralismo, a 3 Antena era "nois". Tinha todo o ar de um projecto de video art hiper abstracto digno de um americano, e a dizer que o governo e as grandes figuras (Roberto Marinho com a Globo, um pastor com a TV Rio (antes do Macedo comprar e voltar a ser a Record no Rio), o Sílvio com o SBT) tinham os seus canais, mas quem estava fora era o povo ou certos grupos desse povo.

Já segundo a TV Formosa existiram outros canais clandestinos antes e depois dela, incluindo provocações a Roberto Marinho (se houvesse um canal desses a fazer uma provocação à SIC ou à TVI depois do seu início iria logo preso). Acho que era o canal 3 do Rio ou de São Paulo.

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  • 1 mês depois...

Anúncio incompleto da SKY no pentacentenário da descoberta do Brasil.

Grelha aproximada à altura correspondente (dados de Agosto de 2000):

Spoiler

1 - Passo a Passo
3 - STV
4 - TV Globo Rio
5 - TV Globo São Paulo
11 - TV Bahia (Salvador)
12 - TV Globo Minas
13 - RBS TV Porto Alegre
22 - MTV Brasil
25 - The Weather Channel
26 - ECO
29 - Worldnet
30 - TV Senado
31 - Shoptime
32 - Futura
33 - CMT Brasil
34 - FOX Kids
35 - Canal Rural
36 - TVE Brasil
37 - TV Cultura
38 - CNT
39 - SPORTV
40 - Globo News
41 - GNT
42 - Multishow
43 - People & Arts
44 - AXN
45 - USA Network
46 - Cartoon Network
47 - TNT
48 - CNN en español
49 - Sony Entertainment Television
50 - Warner Channel
51 - Discovery Channel
52 - The Superstation
53 - FOX
56 - Discovery Kids
57 - Nickelodeon
60 - ESPN
61 - Telecine 1
62 - Telecine 2
63 - Telecine 3
64 - Telecine 4
65 - Telecine 5
66 - Canal Brasil
67 - MGM Gold
68 - CNN International
69 - Animal Planet
78 - PSN
79 - Playboy TV
80 - Sexy Hot
81 - Bloomberg
82 - Telehit
83 - BBC World
85 - RAI International
86 - RTP Internacional (ai que beleza!)
87 - TV5 Amérique Latine
88 - TVE Internacional
89 - NHK World Premium
90 - Deutsche Welle
201 a 205 - mosaicos
Rádios: Globo FM, RFI Brasil, BBC World Service, Voz da América, CBN

 

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On 06/05/2023 at 19:42, ATVTQsV disse:

 

Nesta época [2002], o meu sonho era ter DirecTV em casa porque a grelha deles me agradava mais. A Sky era mais popular por ter a exclusividade dos jogos do Campeonato Brasileiro e os canais Globosat. As mini-parabólicas eram, até meados dos anos 2000, sinal de status nos topos das casas e edifícios. Você sabia que a pessoa que morava ali tinha muito dinheiro. Veja que, só o custo da adesão ao serviço, era de 300 reais em abril de 2002, fora o custo do equipamento [600 reais] e a instalação. Ou seja, 4,5 salários mínimos da época para entrar no sistema.

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  • 1 mês depois...

Já soube disso no passado, mas passou-me despercebido :triste:

A grelha da SKY (tirando um ou outro mosaico) que corresponde ao anúncio incompleto dos 500 anos do Brasil é quase correcta, dado que a TV Bahia só chegou à SKY em Junho (dia 22 fará 23 anos desde que foi posta)

As fontes da altura dizem que não havia televisão paga na Bahia POR CABO (só a SKY e a DIRECTV) e que a chegada da TV Bahia à SKY era uma táctica de uma filial da dona da afiliada para instalar redes de cabo em Salvador

Choca-me que em 2000 nem mesmo uma das "grandes" cidades acima do "eixo" (se me entendem) não tinha cabo mesmo, ainda numa região com enorme potencial turista

E quando estava a pesquisar fontes para actualizar a história da Record Europa, a cúpula do Macedo acreditava que o "boom" da TV paga não passava de uma mera ilusão. Como eles estavam certos :riso:

Como eu tanto gostava de fazer uma cronologia de afiliadas da Globo na SKY, mas isso iria levar o seu tempo

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TV Tupi - A primeira emissora de televisão a operar no país em 1950, encerrando as emissões em 1980, devido a problemas administrativos e financeiros, com parte das suas concessões cassadas pelo Governo Federal Brasileiro. 

Os ativos da estação foram depois adquiridos pelo Grupo Silvio Santos (proprietário do SBT), pelo Grupo Bloch (proprietário da Rede Manchete, que seria extinta em 1999 e teria as suas concessões adquiridas pela RedeTV!) e pelo Grupo Abril (que operaria a MTV Brasil de 1990 até 2013).

Um documento histórico, a derradeira e última transmissão da emissora de televisão pioneira no Brasil, os últimos minutos de emissão da estação em 18/07/1980.

Um dos momentos mais tristes da TV brasileira, que faz parte da história dos brasileiros.

 

Editado por starlx90
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Surgiu-me um vídeo sobre a apresentadora Hebe Camargo.. fui pesquisar e fiquei de queixo caído com tamanho carisma. Recomendo o documentário da GloboPlay para quem ainda não viu...

Tenho descoberto imensas coisas, entre elas o seu amor por Portugal... existem vídeos da Amália Rodrigues no seu programa, da Dulce Pontes... e da própria Hebe a cantar o fado. Emocionante. Aliás, também descobri que um dos grande sonhos que ela não realizou foi fazer um programa num canal português. Até vi uma notícia que isso quase aconteceu na TVI em 2008 (não sei se é verdade). 

 

Ela era uma pessoa conhecida em Portugal? Até encontrei uma entrevista dela a ser entrevistada pelo Goucha, na Praça da Alegria! 

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  • 3 semanas depois...
On 14/06/2023 at 19:58, ATVTQsV disse:

As fontes da altura dizem que não havia televisão paga na Bahia POR CABO (só a SKY e a DIRECTV) e que a chegada da TV Bahia à SKY era uma táctica de uma filial da dona da afiliada para instalar redes de cabo em Salvador

Choca-me que em 2000 nem mesmo uma das "grandes" cidades acima do "eixo" (se me entendem) não tinha cabo mesmo, ainda numa região com enorme potencial turista

E quando estava a pesquisar fontes para actualizar a história da Record Europa, a cúpula do Macedo acreditava que o "boom" da TV paga não passava de uma mera ilusão. Como eles estavam certos

Eu lembro de um artigo do jornalista Paulo Henrique Amorim de que o Brasil seria o melhor candidato à Televisão paga por cabo por ser altamente urbanizado [81%], mas o lobby da Globo supostamente impediria tal experiência. Em tempo: a legislação brasileira da época mais prejudicava que ajudava. A TV por cabo só poderia operar dentro dos limites do município da concessão, o que impedia a expansão para as cidades circunvizinhas e a mitigação de custos. Por sua vez, as operadoras de TV por microondas tinham a brecha legal para operar nas cidades vizinhas, mas o Ministério das Comunicações só permitia a oferta máxima de 15 canais analógicos [ou que impedia uma oferta verdadeira atrativa].

Sendo assim, a maioria dos assinantes eram dos serviços por satélite. A Globosat [1991-98] e a TVA Digisat [1995-2000] eram muito populares no Nordeste do Brasil até o advento da Sky e da DirecTV na terceira metade dos anos 90. Porém, mesmo elas eram caríssimas. Por volta de 1997, o consumidor precisaria comprar o equipamento, a instalação e a habilitação ao custo de 915 euros fora a mensalidade dos canais, que deveria sair por pelo menos por 42 euros mensais. Lembrando que o salário mínimo brasileiro da época era o equivalente a 110 euros.

Isso sem contar a programação pouco afeita ao gosto médio do brasileiro: poucas atrações eram dobradas ou produzidas nacionalmente, além de refletir o gosto médio  norte-americano. Sendo assim, a TV paga nunca foi realmente popular no Brasil, salvo uma breve e tardia ilusão entre 2008 e 2014. 

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