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O Futuro da Televisão


TheSecret

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há 8 minutos, Jota disse:

Mas a SIC já investe bastante em reality-shows: Casados (no Paraíso, À Primeira Vista), Traidores, Hell's Kitchen, Agricultor, Quinta, O Noivo, Ídolos. Não é por não ter programas em direto, 24/7, com diários e galas de expulsões e pessoas fechadas numa casa que deixa de ser um reality-show.

O Ídolos não é um reality mas sim um talent show. 

Eu continuo a achar que a SIC devia apostar num reality 24/7 em direto, com galas e o público a expulsar. 

A Quinta devia ter sido esse reality. 

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há 1 minuto, eduu disse:

Sim, sei disso. Estava apenas a falar sobre o assunto porque normalmente quando a SIC lança um reality, este flopa, e vira-se ainda mais para dating-shows, mas isso é porque está mais que sabido que eles não sabem gerir a grelha e os produtos.

OBS: O Ídolos não é talent-show? :mosking:

 

agora mesmo, D91 disse:

O Ídolos não é um reality mas sim um talent show. 

Eu continuo a achar que a SIC devia apostar num reality 24/7 em direto, com galas e o público a expulsar. 

A Quinta devia ter sido esse reality. 

O Ídolos é considerado reality TV, logo também é um reality-show, simplesmente também tem a vertente de talento e por isso também pode ser chamado de talent-show.

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há 1 hora, Jota disse:

 

O Ídolos é considerado reality TV, logo também é um reality-show, simplesmente também tem a vertente de talento e por isso também pode ser chamado de talent-show.

:abismado1: O Ídolos nunca foi considerado reality, até porque é um talent-show puro.

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A forma como o Ídolos foi adaptado cá é um talent-show puro e mesmo o Factor X foi igual, que era só uma versão do ídolos sem se chamar ídolos :haha:  Mas já tiveram um programa de talentos com a parte do reality, onde até descobriram as Nonstop.

Editado por Fernando
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há 6 minutos, Fernando disse:

A forma como o Ídolos foi adaptado cá é um talent-show puro e mesmo o Factor X foi igual, que era só uma versão do ídolos sem se chamar ídolos :haha:  Mas já tiveram um programa de talentos com a parte do reality, onde até descobriram as Nonstop.

Sim era o Popstars.

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há 13 minutos, eduu disse:

@D91 @Jota estamos os três certos :cryhappy:

Na Wikipédia portuguesa, aparece como talent-show, mas na inglesa, aparece como reality tv :cryhappy:

Mas eu não disse que não era talent-show :mosking: disse que era também um formato de reality TV.

Em Portugal é que há muito a ideia pré-concebida que um reality tem de ser algo tipo o Big Brother porque sempre chamaram o BB de reality e a programas tipo Ídolos e afins de talent-shows. Mas um não invalida o outro.

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há 17 horas, eduu disse:

Interessante… como era a forma que eles transmitiam? Lançavam tudo de uma vez?

Faziam em directo é possível fazer isso, já o fazem para desporto, ou fizeram para a Operação Triunfo na Prime Vídeo em Espanha, ou então em esquema de episódios, ambas as maneiras com uma gala semanal em directo, tudo isto é possível.

Editado por tuscano
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O teclado vai cantar :holloween:

Então, é assim, o streaming tem estado algo assustador e monstruoso nos últimos tempos, dado o seu crescimento e o facto de estar a tornar-se o melhor amigo e pior inimigo dos nossos canais em sinal aberto (tanto que já há várias plataformas de streaming a fazer uma série render mais do que numa generalista, ou até há algumas que já estão a negociar para que algum desporto fique exclusivamente para si), mas há uma opinião muito sincera que eu tenho guardada. Há quase 70 anos aquando surgiu a televisão, aquilo não era algo abrangente para todos, logo, o serviço rádio ainda estava em alta, mas com a evolução da televisão e o facto de ela ter-se tornado um meio muuuitoo mais acessível do que a rádio, toda a gente previa o fim do serviço e era mesmo uma questão de tempo para dizer adeus, mas vejam só! quem a viu e quem a vê! Eles conseguiram arranjar estratégias e nichos interessantíssimos que não deixaram algo tão velhinho e antiquado bater a bota de vez! 

Voltando ao presente, agora com o avançar dos serviços streaming, todos nós cogitamos a morte da televisão aberta e que mais tarde ou mais cedo, vamos ver algo inútil nos nossos ecrãs com funcionalidade mínimas, para além de que estamos sempre aqui a tentar arranjar soluções que dariam muito jeito a vários canais que por aí andam! Mas sinto que (claramente) a nossa televisão não irá falecer, felizmente e infelizmente, mas eu tenho aqui uma opinião que afirma esta frase: vai haver uma altura em que o consumo vai ser - televisão > streaming. Mas calma, há algumas condições, claro. O streaming pode ser muito útil para os canais e até mesmo na distribuição de conteúdos, mas os três canais (RTP, SIC e TVI), têm que ter uma reflexão particular e devem cair indiretamente nas suas bases, construir uma grelha do zero e que seja muito mais atrativa, sem contraprogramações, programas feitos e anunciados do nada, horários exatos só na véspera, programas "exatamente" iguais à concorrência, tentarem colaborar em diversos projetos para existir uma harmonia que nós todos queremos neste presente. No futuro, o streaming pode se tornar algo muito perigoso e que não poderá trazer lucro, veja-se o globoplay, vi um vídeo ainda há pouco que a Globo estava tão confiançuda com a plataforma que teve um prejuízo de mais de 10 bilhões, e há pessoas que têm o serviço assinado mas ou nem o utilizam ou recorrem sempre a outros meios mais práticos como a Netflix.

Portanto, em suma, é preciso voltar às bases e criar grelhas menos "fire with fire", é preciso mais harmonia, paz e coesão entre os nossos canais, o streaming um dia pode vir a ser tão inútil como é a televisão hoje, e um dia ainda vai sair um artigo que a esmagadora maioria da televisão recorre a canais generalistas.

Leu o textão? Aqui tem a sua prenda de compensação: c572dfa216a187ccfb37099304a1f217.gif

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Em Portugal tenho a ideia de que o streaming já é algo perigoso, pelo menos para os que estavam fidelizados a certas plataformas que depois começaram a aumentar os preços e sugar a liberdade dos canais lineares. Pior ainda, terem de passar anúncios foi o que ajudou a afugentar alguns assinantes.

As pessoas foram para o streaming para fugir aos anúncios e agora são inescapáveis. Eu não tenho nem quero plataformas de streaming.

Ainda acredito que a RTP, a SIC e a TVI voltem a ser o que eram antes, pois para tal os portugueses tinham de voltar a diversificar os seus gostos. A guerra das audiências é sempre com as mesmas armas: novelas, crimes alheios e pimbalhada. Eu nasci numa época marcada pela "democracia" televisiva (que veio pouco antes da SIC começar) e na minha infância ainda se sentiam os seus efeitos. A dinheiromania foi-se aos poucos e a produção nacional está numa fase de recuperação apesar de termos o canal líder a liderar com pimbalhada e vergonha alheia com rodapés vermelhos e especiais.

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há 2 minutos, cristovaoga disse:

amig lamento informar, mas atualmente o canal líder é a TVI, não é a SIC Especial :vip:

Dá ao mesmo só que é mais suave. O problema no fundo é o dos gostos dos portugueses, como é que há 20 anos era tudo mais heterogéneo e agora as pessoas só querem novelas nacionais, produção nacional, pimbalhada? São facilitistas e não querem entender estrangeiradas?

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há 15 horas, eduu disse:

O teclado vai cantar :holloween:

Então, é assim, o streaming tem estado algo assustador e monstruoso nos últimos tempos, dado o seu crescimento e o facto de estar a tornar-se o melhor amigo e pior inimigo dos nossos canais em sinal aberto (tanto que já há várias plataformas de streaming a fazer uma série render mais do que numa generalista, ou até há algumas que já estão a negociar para que algum desporto fique exclusivamente para si), mas há uma opinião muito sincera que eu tenho guardada. Há quase 70 anos aquando surgiu a televisão, aquilo não era algo abrangente para todos, logo, o serviço rádio ainda estava em alta, mas com a evolução da televisão e o facto de ela ter-se tornado um meio muuuitoo mais acessível do que a rádio, toda a gente previa o fim do serviço e era mesmo uma questão de tempo para dizer adeus, mas vejam só! quem a viu e quem a vê! Eles conseguiram arranjar estratégias e nichos interessantíssimos que não deixaram algo tão velhinho e antiquado bater a bota de vez! 

Voltando ao presente, agora com o avançar dos serviços streaming, todos nós cogitamos a morte da televisão aberta e que mais tarde ou mais cedo, vamos ver algo inútil nos nossos ecrãs com funcionalidade mínimas, para além de que estamos sempre aqui a tentar arranjar soluções que dariam muito jeito a vários canais que por aí andam! Mas sinto que (claramente) a nossa televisão não irá falecer, felizmente e infelizmente, mas eu tenho aqui uma opinião que afirma esta frase: vai haver uma altura em que o consumo vai ser - televisão > streaming. Mas calma, há algumas condições, claro. O streaming pode ser muito útil para os canais e até mesmo na distribuição de conteúdos, mas os três canais (RTP, SIC e TVI), têm que ter uma reflexão particular e devem cair indiretamente nas suas bases, construir uma grelha do zero e que seja muito mais atrativa, sem contraprogramações, programas feitos e anunciados do nada, horários exatos só na véspera, programas "exatamente" iguais à concorrência, tentarem colaborar em diversos projetos para existir uma harmonia que nós todos queremos neste presente. No futuro, o streaming pode se tornar algo muito perigoso e que não poderá trazer lucro, veja-se o globoplay, vi um vídeo ainda há pouco que a Globo estava tão confiançuda com a plataforma que teve um prejuízo de mais de 10 bilhões, e há pessoas que têm o serviço assinado mas ou nem o utilizam ou recorrem sempre a outros meios mais práticos como a Netflix.

Portanto, em suma, é preciso voltar às bases e criar grelhas menos "fire with fire", é preciso mais harmonia, paz e coesão entre os nossos canais, o streaming um dia pode vir a ser tão inútil como é a televisão hoje, e um dia ainda vai sair um artigo que a esmagadora maioria da televisão recorre a canais generalistas.

Leu o textão? Aqui tem a sua prenda de compensação: c572dfa216a187ccfb37099304a1f217.gif

Isso não vai acontecer, até porque as TVs vão ter cada vez menos dinheiro para apostar em eventos desportivos, por exemplo.

A TV poderá coexistir com o streaming, mas nem acho que se possa comparar ao exemplo da rádio. A rádio existe ainda hoje por causa dos automóveis. É aí que a maioria das pessoas consome rádio. O mesmo não se passa com as TVs. O streaming é consumido on demand e em locais em que nem sequer existe TV. Há pessoas que já nem compram TV, optam apenas por ver aquilo que querem no seu PC. 

Quem consome TV, na sua grande maioria, são as faixas mais idosas. 

O streaming está a adaptar-se a uma mudança de paradigma que veio com a guerra na Ucrânia, que levou a uma maior inflação e um menor poder de compra que aumentou o churn, mas os grandes players não vão a lado nenhum. A Disney, Netflix e a Max estão aqui para ficar e com ou sem publicidade, são o futuro. Os pacotes com publicidade estão a ter grande adesão nos EUA. 

Mas não acho que a situação da TV se possa comparar com a da rádio, até porque o rádio tem um orçamento muito inferior ao da TV.

O futuro é o streaming, canais FAST e outras formas de assistir a programas que entetanto vão surgir. O modelo da TV a cabo com fidelização está completamente obsoleto e a tv tradicional está muito dependente de uma poplação envelhecida, porque é isso que Portugal é, um país cheio de velhos. e quando esses desaparecerem, as TVs também irão ficar enfraquecidas, porque estão só a produzir praticamente conteúdo para essas faixas. 

A geração Alpha, por exemplo, já nem quer ligar a TV. Eu vejo pelos meus primos, que estão sempre a ver conteúdos no telemóvel e nunca ligam a TV (têm entre 12-14  anos).

Editado por D23
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há 5 horas, D23 disse:

Isso não vai acontecer, até porque as TVs vão ter cada vez menos dinheiro para apostar em eventos desportivos, por exemplo.

A TV poderá coexistir com o streaming, mas nem acho que se possa comparar ao exemplo da rádio. A rádio existe ainda hoje por causa dos automóveis. É aí que a maioria das pessoas consome rádio. O mesmo não se passa com as TVs. O streaming é consumido on demand e em locais em que nem sequer existe TV. Há pessoas que já nem compram TV, optam apenas por ver aquilo que querem no seu PC. 

Quem consome TV, na sua grande maioria, são as faixas mais idosas. 

O streaming está a adaptar-se a uma mudança de paradigma que veio com a guerra na Ucrânia, que levou a uma maior inflação e um menor poder de compra que aumentou o churn, mas os grandes players não vão a lado nenhum. A Disney, Netflix e a Max estão aqui para ficar e com ou sem publicidade, são o futuro. Os pacotes com publicidade estão a ter grande adesão nos EUA. 

Mas não acho que a situação da TV se possa comparar com a da rádio, até porque o rádio tem um orçamento muito inferior ao da TV.

O futuro é o streaming, canais FAST e outras formas de assistir a programas que entetanto vão surgir. O modelo da TV a cabo com fidelização está completamente obsoleto e a tv tradicional está muito dependente de uma poplação envelhecida, porque é isso que Portugal é, um país cheio de velhos. e quando esses desaparecerem, as TVs também irão ficar enfraquecidas, porque estão só a produzir praticamente conteúdo para essas faixas. 

A geração Alpha, por exemplo, já nem quer ligar a TV. Eu vejo pelos meus primos, que estão sempre a ver conteúdos no telemóvel e nunca ligam a TV (têm entre 12-14  anos).

Mas achas que vai ser assim só em Portugal ou também nos outros países? 

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há 23 minutos, D91 disse:

Mas achas que vai ser assim só em Portugal ou também nos outros países? 

é um tendencia global... as dificuldades que os nossos canais apresentam é um pouco os mesmos que apresentam em todos os outros paises... sem grande maquina de midia por detrás a tv não aguenta, e quando essa maquina de midia achar a tv linear obsoleta vai-se livrando dela ou compactando-a... os EUA são esse exemplo com as multiplas fusões e a tv na mão de 3 ou 4 grupos.... e aquele é um mercado de 300 milhoes não é de 8 ou 9.

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há 2 horas, D91 disse:

Mas achas que vai ser assim só em Portugal ou também nos outros países? 

Como o @AndreRob disse, acredito que seja um fenómeno mundial: então no que toca a direitos desportivos os preços estão a ficar proibitivos. No futuro, se calhar, só mesmo empresas gigantes como a Warner ou a Disney é que conseguirão pagar por esses direitos. 

A TV tradicional, agora falando no caso português, está a capitalizar do facto de Portugal ser um país com uma população muito envelhecida, apostando em formatos para um público que é também ele envelhecido e de baixo intelecto/com baixa escolaridade, que não é muito exigente. Mas essa aposta contínua em certo tipo de formatos, acaba por afastar o público mais jovem das TVs. Nós tivemos o exemplo agora dos MCA, que eram praticamente só consumidos em formato streaming.

Eu estou convencidíssimo que nem a SIC nem a TVI estão a pensar a longo prazo com as apostas que têm atualmente, e poderão mesmo vir a autodestruir-se nos próximos 10-15 anos. Mas isto é só aquilo que eu acho, com base naquilo que tenho visto.

Temos o exemplo da TVI, que tem apostado continuamente no BB nonstop, o que tem trazido audiências que há muito não se viam. Mas e quando o BB ficar de tal forma desgastado que simplesmente já não funciona? Não sei, mas parece-me um bocado arriscado apostar sempre no mesmo programa durante o ano todo, Portugal não é como os EUA, que têm vários canais de tv lineares e portanto, podem dar-se ao luxo de fazer 20 temporadas do mesmo programa seguidas. 

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14 hours ago, D23 said:

A rádio existe ainda hoje por causa dos automóveis.

Muito redutora essa perspetiva, até porque a rádio melhor significativamente a sua imagem nos últimos 10 anos. A rádio existe porque soube-se reinventar e sair da bolha, procurou comunicar com outros públicos, daí que em Portugal vejas pessoas da rádio a serem estrelas de televisão ou no digital, é o caso do Palmeirim, porque não se ficaram por ai. A rádio está na televisão e está no streaming. Quando tens um ED a encher salas de espetáculos por todo o país é porque a rádio soube produzir, obviamente aliada à figura da Joana Marques, algo capaz de produzir impacto na sociedade. A intercomunicação entre plataformas é o futuro, o streaming, para já não vive sem os pacotes da TV paga em muitos países, a televisão já começa a comunicar com o streaming e a rádio tem feito o mesmo.

Continuo a achar que a TV não vai morrer tão facilmente como muitos vaticinam, vai é encontrar o seu nicho e outras formas de comunicar com o público, tal como a rádio o fez. Como também acho que a ideia de que o streaming vai ser um rolo compressor já devia de começar a ser posta de lado, não creio que vá morrer mas também a continuar nesta trajetória não vai correr bem. O streaming é só uma forma de televisão, e cada vez mais está parecida com a televisão, em que a ilusão da escolha deixou de estar no canal e passou a estar no aparente ilimitado número de séries. Vamos ver até quando este sistema aguenta sem um crise, os sinais já começam a indicar qualquer coisa que vem aí, resta saber quem vai ganhar isto. 

Editado por Fernando
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há 15 horas, D23 disse:

Isso não vai acontecer, até porque as TVs vão ter cada vez menos dinheiro para apostar em eventos desportivos, por exemplo.

A TV poderá coexistir com o streaming, mas nem acho que se possa comparar ao exemplo da rádio. A rádio existe ainda hoje por causa dos automóveis. É aí que a maioria das pessoas consome rádio. O mesmo não se passa com as TVs. O streaming é consumido on demand e em locais em que nem sequer existe TV. Há pessoas que já nem compram TV, optam apenas por ver aquilo que querem no seu PC. 

Quem consome TV, na sua grande maioria, são as faixas mais idosas. 

O streaming está a adaptar-se a uma mudança de paradigma que veio com a guerra na Ucrânia, que levou a uma maior inflação e um menor poder de compra que aumentou o churn, mas os grandes players não vão a lado nenhum. A Disney, Netflix e a Max estão aqui para ficar e com ou sem publicidade, são o futuro. Os pacotes com publicidade estão a ter grande adesão nos EUA. 

Mas não acho que a situação da TV se possa comparar com a da rádio, até porque o rádio tem um orçamento muito inferior ao da TV.

O futuro é o streaming, canais FAST e outras formas de assistir a programas que entetanto vão surgir. O modelo da TV a cabo com fidelização está completamente obsoleto e a tv tradicional está muito dependente de uma poplação envelhecida, porque é isso que Portugal é, um país cheio de velhos. e quando esses desaparecerem, as TVs também irão ficar enfraquecidas, porque estão só a produzir praticamente conteúdo para essas faixas. 

A geração Alpha, por exemplo, já nem quer ligar a TV. Eu vejo pelos meus primos, que estão sempre a ver conteúdos no telemóvel e nunca ligam a TV (têm entre 12-14  anos).

A radio está boa e recomenda-se, conheço gente que a escuta em casa, não apenas no carro, especialmente da parte da manhã até ao almoço(além também de se ouvir alguma nos locais de trabalho). A rádio especialmente para um público mais idoso é muito ouvida da parte da manhã e não estou a falar só das 7h às 10h, é mais ou menos até ai ás 12h. ou 12h.30, depois vão almoçar e é ai que finalmente ligam a tv e a rádio começa a perde muito deste público, que só volta no outro dia ou à noitinha. Conto nisto que disse muito a rádio local, o público de mais idade ouve muito a rádio local e em muitos casos até sentem quem a está a fazer como um amigo.  

Também é verdade que a rádio se está a saber reinventar, com o uso da imagem durante certos espaços, como acontece na hora do Homem que Mordeu o Cão ou na Hora do Extremamente Desagradável, ou em directos de festivais, etc. Além de que certos destes programas da manhã conseguem sair da rádio e fazer espectáculos ao vivo, com salas cheias, como é o caso dos citados, ou mesmo até eventos em Festivais. Por fim a aposta em Podcast´s que algumas das rádios estão a fazer resulta e puxa pessoas mais novas  para as ouvir.

Editado por tuscano
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Na vossa opinião, qual vai ser o futuro da nossa televisão generalista?

Será que vamos voltar ao antes? Ou que vamos voltar a ter uma espécie de SIC em 2018/2019? Ou então que vai vir aí mesmo novo panorama de programação?

Ou será que o panorama atual mantém-se?

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On 17/04/2024 at 00:16, Fernando disse:

Muito redutora essa perspetiva, até porque a rádio melhor significativamente a sua imagem nos últimos 10 anos. A rádio existe porque soube-se reinventar e sair da bolha, procurou comunicar com outros públicos, daí que em Portugal vejas pessoas da rádio a serem estrelas de televisão ou no digital, é o caso do Palmeirim, porque não se ficaram por ai. A rádio está na televisão e está no streaming. Quando tens um ED a encher salas de espetáculos por todo o país é porque a rádio soube produzir, obviamente aliada à figura da Joana Marques, algo capaz de produzir impacto na sociedade. A intercomunicação entre plataformas é o futuro, o streaming, para já não vive sem os pacotes da TV paga em muitos países, a televisão já começa a comunicar com o streaming e a rádio tem feito o mesmo.

Continuo a achar que a TV não vai morrer tão facilmente como muitos vaticinam, vai é encontrar o seu nicho e outras formas de comunicar com o público, tal como a rádio o fez. Como também acho que a ideia de que o streaming vai ser um rolo compressor já devia de começar a ser posta de lado, não creio que vá morrer mas também a continuar nesta trajetória não vai correr bem. O streaming é só uma forma de televisão, e cada vez mais está parecida com a televisão, em que a ilusão da escolha deixou de estar no canal e passou a estar no aparente ilimitado número de séries. Vamos ver até quando este sistema aguenta sem um crise, os sinais já começam a indicar qualquer coisa que vem aí, resta saber quem vai ganhar isto. 

a tv não vai morrer mas vai-se segmentar como alias fez a rádio, ou seja a ideia de que tens uma tv para toda a gente não funciona, tem de ser segmentar e procurar cada publico em especifico, ou seja eu acho que se vai tornar muito mais em redes sociais 'aumentadas' na linha doyoutube até porque cada vez é mais fácil criar conteudo, seja pelo acesso a ferramentas seja pela qualidade da propria produção. Há conteudos muitos bons no digital com qualidade e menos custos do que se fazem na tv, onde tudo é muito limitado e exige muita produção e retorno. Mas como tudo é altamente segmentado e não atinge 2 milhoes, mas se atingir 100 mil miudos entre os 15 e os 25 é lucro.

 

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há 1 hora, eduu disse:

Na vossa opinião, qual vai ser o futuro da nossa televisão generalista?

Será que vamos voltar ao antes? Ou que vamos voltar a ter uma espécie de SIC em 2018/2019? Ou então que vai vir aí mesmo novo panorama de programação?

Ou será que o panorama atual mantém-se?

Eu acho que a SIC e TVI não vão ter muitos anos pela frente, se continuarem no rumo que seguem. A SIC está a fazer "catering" para um público muito envelhecido e "apimbalhado" e a TVI está a ficar muito dependente do mesmo reality-show, na esperança que o mesmo continue a dar furtos ad eternum.

Acredito que daqui a uns 5 ou 10 anos possa haver uma hipotética fusão ou pseudo-fusão da SIC e TVI, nem que seja em esforços de streaming conjuntos.

Os players internacionais estão cada vez mais enraizados na TV e agora até já estão disponíveis nas boxes do cabo, o que facilita algo que antes era preciso ter uma android tv ou comprar um dongle tipo chromecast ou apple tv para aceder. Assim, a pressão sobre as generalistas também aumenta imenso. Em relação à SIC então, o grupo Impresa está a entrar num período de falência e necessitam claramente de encontrar um parceiro estratégico para se "salvarem". 

Uma hipotética falência da SIC só ia empobrecer ainda mais a TV, porque a TVI deixaria de ter concorrente direto e assim a programação também ia ser ainda mais descurada.

Um outro problema que me parece que tanto a SIC como a TVI vão ter, é a ausência de novas estrelas mediáticas, porque muitos atores portugueses estão a tentar a sua sorte nas produções do streaming em vez de se ficarem só pelas novelas do canal. É todo um panorama que se está a começar agora a desenhar, mas que também irá ter cada vez mais relevância com o passar do tempo. A minha avó tem 70 anos e aprendeu agora a assistir à Netflix na Box e não quer outra coisa agora. O que até me surpreendeu, porque não pensei que isso alguma vez viesse a acontecer. 

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há 17 minutos, D23 disse:

Eu acho que a SIC e TVI não vão ter muitos anos pela frente, se continuarem no rumo que seguem. A SIC está a fazer "catering" para um público muito envelhecido e "apimbalhado" e a TVI está a ficar muito dependente do mesmo reality-show, na esperança que o mesmo continue a dar furtos ad eternum.

Acredito que daqui a uns 5 ou 10 anos possa haver uma hipotética fusão ou pseudo-fusão da SIC e TVI, nem que seja em esforços de streaming conjuntos.

Os players internacionais estão cada vez mais enraizados na TV e agora até já estão disponíveis nas boxes do cabo, o que facilita algo que antes era preciso ter uma android tv ou comprar um dongle tipo chromecast ou apple tv para aceder. Assim, a pressão sobre as generalistas também aumenta imenso. Em relação à SIC então, o grupo Impresa está a entrar num período de falência e necessitam claramente de encontrar um parceiro estratégico para se "salvarem". 

Uma hipotética falência da SIC só ia empobrecer ainda mais a TV, porque a TVI deixaria de ter concorrente direto e assim a programação também ia ser ainda mais descurada.

Um outro problema que me parece que tanto a SIC como a TVI vão ter, é a ausência de novas estrelas mediáticas, porque muitos atores portugueses estão a tentar a sua sorte nas produções do streaming em vez de se ficarem só pelas novelas do canal. É todo um panorama que se está a começar agora a desenhar, mas que também irá ter cada vez mais relevância com o passar do tempo. A minha avó tem 70 anos e aprendeu agora a assistir à Netflix na Box e não quer outra coisa agora. O que até me surpreendeu, porque não pensei que isso alguma vez viesse a acontecer. 

Quando dizes uma fusão entre a SIC e TVI, falas algo através da OPTO/TVI Player, tipo HULU ou BritBox, ou como um só canal?

Editado por eduu
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