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Globo [tópico geral]


_zapping_

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há 2 horas, Vitória disse:

Ela e a Larissa Manoela duas burras. Uma recusa a Solange Duprat e a outra a vilã de Tutti Frutti. Coragem. Daqui a trinta anos vão andar a implorar papéis. 

No caso da Larissa Manoela, pelo que sei já tinha assinado com a Netflix para fazer o filme. Nesse caso foi apenas profissional. A Globo que se comece a antecipar a montar elencos porque a concorrência pode não ser a mesma de antigamente mas existe e com cada vez mais força.

No caso da Marina acho que podia pelo menos ter aceite a personagem. O contrato de exclusividade é garantia de quê também? Depois desta leva de pouquíssimos atores com contratos renovados (acredito que seja a última se a Globo continuar com esta postura) ficam todos no mesmo patamar.

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há 12 minutos, Pedro M. disse:

A Marina Ruy Barbosa é uma milionária que anda a fazer novelas atrás de novelas desde os 9 anos. É normalíssimo a rapariga querer fazer uma pausa e ser seletiva. Não sejam dramáticos. :mosking:

O problema é que muitos esticam-se nessas pausas. Depois não sabem porque não são mais convidados. 

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há 19 minutos, Pedro M. disse:

A Marina Ruy Barbosa é uma milionária que anda a fazer novelas atrás de novelas desde os 9 anos. É normalíssimo a rapariga querer fazer uma pausa e ser seletiva. Não sejam dramáticos. :mosking:

Claro, e não é ser dramático tenho pena, pois é das poucas que vou gostando desta nova geração. O resto honestamente. :S 

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No caso da Marina Ruy Barbosa ela acabou de fazer "Fuzuê". Até pode estar a precisar de fazer uma pausa. Espero é que não seja muito longa. Ela tem uma boa carreira e é boa atriz.

Espero é que não se arme em esquisita e comece a recusar papéis atrás de papéis. Olha a Suzana Vieira devia servir de exemplo para as atrizes mais jovens. Nunca recusou um papel na Globo e tem a carreira e o estatuto que tem.

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há 38 minutos, Rui Melo disse:

As piores novelas da Globo em termos de resultados audiométricos pré pandemia

  • Bang Bang
  • Negocio da China
  • Tres Irmãs 
  • Tempos Modernos
  • Alem do Horizonte
  • Meu Pedacinho de Chão (2014)
  • Geracao Brasil
  • Em Familia
  • Babilonia
  • Velho Chico
  • O Setimo Guardião 

Agora sim.:anotado:

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há 2 horas, Rui Melo disse:

As piores novelas da Globo

  • Bang Bang
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  • Tres Irmãs 
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  • Alem do Horizonte
  • Meu Pedacinho de Chão (2014)
  • Geracao Brasil
  • Em Familia
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  • Velho Chico
  • O Setimo Guardião 

Manoel Carlos

Gilberto Braga

Benedito Ruy Barbosa

Aguinaldo Silva

4 dos grandes acabaram a carreira com flops... Walcyr és o próximo.

 

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há 2 horas, Rui Melo disse:

As piores novelas da Globo

  • Bang Bang
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  • Alem do Horizonte
  • Meu Pedacinho de Chão (2014)
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E qual delas viste? :olhos:

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há 1 minuto, Rui Melo disse:

Foi sem duvida muito inglório

Espero que não seja um padrão... o Walcyr quase acabou pior que todos eles mas ele ainda conseguiu dar a volta por cima da novela, mas será que conseguirá sempre?

A Glória também corria o risco de acabar desta forma, terá nova chance... por ser que a maldição se tenha quebrado.

 

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há 8 minutos, AndreRob disse:

Espero que não seja um padrão... o Walcyr quase acabou pior que todos eles mas ele ainda conseguiu dar a volta por cima da novela, mas será que conseguirá sempre?

A Glória também corria o risco de acabar desta forma, terá nova chance... por ser que a maldição se tenha quebrado.

 

É difícil porque a Globo deixa de apostar precisamente quando os autores deixam de fazer sucesso por isso é quase inevitável terminarem com um flop. Se Travessia tivesse corrido bem, não haveria dúvidas sobre a renovação de contrato da Glória Perez. 

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há 6 minutos, Diogo Marreiros disse:

É difícil porque a Globo deixa de apostar precisamente quando os autores deixam de fazer sucesso por isso é quase inevitável terminarem com um flop. Se Travessia tivesse corrido bem, não haveria dúvidas sobre a renovação de contrato da Glória Perez. 

E acho que eles renovaram porque existe uma clara falta de autores de renome para as 8... porque com esta debandada de contratados noutro momento ela teria abandonado como fez a Elisabeth Jihn.

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há 39 minutos, Diogo Marreiros disse:

É difícil porque a Globo deixa de apostar precisamente quando os autores deixam de fazer sucesso por isso é quase inevitável terminarem com um flop. Se Travessia tivesse corrido bem, não haveria dúvidas sobre a renovação de contrato da Glória Perez. 

E é normal as carreiras acabarem com flops, as pessoas estão idosas, cansadas da cabeça, já não têm o estofo para escrever os novelões como quando eram mais novos e tinham a cabeça fresca.

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há 3 minutos, Duarte com D disse:

E é normal as carreiras acabarem com flops, as pessoas estão idosas, cansadas da cabeça, já não têm o estofo para escrever os novelões como quando eram mais novos e tinham a cabeça fresca.

Sim é normal e totalmente compreensível mas é triste autores com clássicos extremamente marcantes terminarem a carreira de uma forma inglória.

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há 3 horas, Rui Melo disse:

As piores novelas da Globo

  • Bang Bang
  • Negocio da China
  • Tres Irmãs 
  • Tempos Modernos
  • Alem do Horizonte
  • Meu Pedacinho de Chão (2014)
  • Geracao Brasil
  • Em Familia
  • Babilonia
  • Velho Chico
  • O Setimo Guardião 

Mas esta parte é de audiência ou de história? 

Eu não acho "Velho Chico" ruim assim, tem os mesmos problemas de "Renascer", mas é uma novela muito boa. Teve um infeliz acidente, mas a reta final é muito bonita. "Meu Pedacinho de Chão" pode ser exagerada, também não acho uma novela ruim. É uma novela teatral, mas, tiveram outras piores do que ela. 

Já outras que mensionou concordo. Gosto de "Além do Horizonte" destas foi que eu assisti do início ao fim. Foi uma novela que talvez não se encaixava bem para o horário das sete. 

Agora se for audiência temos que incluir:

  • Anjo de Mim
  • Quem é Você?
  • O Amor Está no Ar
  • Pátria Minha
  • Vira Lata 
  • Zazá 
  • Vila Madalena 
  • Suave Veneno 
  • Esperança 
  • Força de Um Desejo
  • Sabor da Paixão 
  • Agora é Que São Elas
  • Como Uma Onda
  • Começar de Novo
  • Pé na Jaca
  • Ciranda de Pedra 
  • Boogie Oogie (até 2021 com a entrada de Nos Tempos do Imperador e Elas Por Elas, ela era a novela de menor audiência do horário das seis)
Editado por DanielNunes
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há 10 minutos, DanielNunes disse:

Mas esta parte é de audiência ou de história? 

Eu não acho "Velho Chico" ruim assim, tem os mesmos problemas de "Renascer", mas é uma novela muito boa. Teve um infeliz acidente, mas a reta final é muito bonita. "Meu Pedacinho de Chão" pode ser exagerada, também não acho uma novela ruim. É uma novela teatral, mas, tiveram outras piores do que ela. 

Já outras que mensionou concordo. Gosto de "Além do Horizonte" destas foi que eu assisti do início ao fim. Foi uma novela que talvez não se encaixava bem para o horário das sete. 

Agora se for audiência temos que incluir:

  • Anjo de Mim
  • Quem é Você?
  • O Amor Está no Ar
  • Pátria Minha
  • Vira Lata 
  • Zazá 
  • Vila Madalena 
  • Suave Veneno 
  • Esperança 
  • Força de Um Desejo
  • Sabor da Paixão 
  • Agora é Que São Elas
  • Como Uma Onda
  • Começar de Novo
  • Pé na Jaca
  • Ciranda de Pedra 
  • Boogie Oogie (até 2021 com a entrada de Nos Tempos do Imperador e Elas Por Elas, ela era a novela de menor audiência do horário das seis)

Nao me referia a audiência, porque se assim fosse teria incluído novelas como Boogie Oogie, Guerra dos Sexos (2012) ou mesmo A Regra do Jogo. Primeiro porque nao vi essas novelas, mas tenciono ver porque pela sinopse agradam me :) 

O Suave Veneno também quero ver.

Ha outros flops que me parecem interessantes como Eterna Magia, Desejo Proibido, Agora e Que Sao Elas, Perigosas Peruas, Aquele Beijo. Mas la esta se nao vi nada, nao posso julgar essas

O Alem do Horizonte foi largamente inspirado numa série americana, mas aquilo nao correu la muito bem a meu ver

O remake da Ciranda de Pedra nao vi, mas ja ouvi dizer que e bem vibes de novela de velorio. E ver pra crer…

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há 7 minutos, DanielNunes disse:

Como Uma Onda

Ora aqui está uma novela que, na minha opinião, mereceu totalmente o flop. Devia ter feito menos até. Uma novela sofrível de se ver. Vou praticamente a meio e não consigo gostar de nada. É tudo ou muito básico e óbvio ou então chato e desenquadrado.

Mas há várias novelas ótimas que foram flops mas por razões que às vezes nem têm nada a ver com a novela em si.

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Vejo que os críticos têm uma certa torcida para a volta de "Malhação". O momento que a Globo passa nestes últimos anos sem identidade, sem criatividade, rostos novos, elenco desconhecidos, atores veteranos a abandonar o barco e novelas com histórias duvidosas, acenderam nos críticos de TV a volta da novelinha da tarde. Acho que a crítica tem uma certa razão para a volta de "Malhação". A novela foi celeiro de autores (Emanuel Jacobina, Andréa Maltarolli, Izabel de Oliveira, Paula Amaral), atores, diretores. Claro, houve um desgaste, mas, sempre estava lá a lançar novos atores que poderiam emendar trabalhos dentro ou fora da Globo. Acho que falta isso, apesar que lançamentos é bem-vindos, rostos de conhecidos agrega mais a audiência da novela. Quem não quer ver mais um vez uma novela com Tony Ramos, Antônio Fagundes, Malu Mader, Claudia Abreu entre outros em novas e outras novelas? A Globo precisa voltar os olhos para sua menina dos olhos novamente que são as novelas. 

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há 19 minutos, DanielNunes disse:

Vejo que os críticos têm uma certa torcida para a volta de "Malhação". O momento que a Globo passa nestes últimos anos sem identidade, sem criatividade, rostos novos, elenco desconhecidos, atores veteranos a abandonar o barco e novelas com histórias duvidosas, acenderam nos críticos de TV a volta da novelinha da tarde. Acho que a crítica tem uma certa razão para a volta de "Malhação". A novela foi celeiro de autores (Emanuel Jacobina, Andréa Maltarolli, Izabel de Oliveira, Paula Amaral), atores, diretores. Claro, houve um desgaste, mas, sempre estava lá a lançar novos atores que poderiam emendar trabalhos dentro ou fora da Globo. Acho que falta isso, apesar que lançamentos é bem-vindos, rostos de conhecidos agrega mais a audiência da novela. Quem não quer ver mais um vez uma novela com Tony Ramos, Antônio Fagundes, Malu Mader, Claudia Abreu entre outros em novas e outras novelas? A Globo precisa voltar os olhos para sua menina dos olhos novamente que são as novelas. 

Não se percebe muito isso, ainda para mais a última temporada teve uma boa audiência.

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há 15 minutos, Maciel disse:

Não se percebe muito isso, ainda para mais a última temporada teve uma boa audiência.

tem tudo a ver com custos... a pandemia mudou as coisas e como se vê as audiencias nunca mais foram as mesmas... as duas novela da tarde fazem 20 pontos e não há sinais que façam muito mais que isso nos proximos tempos. a malhação iria fazer o mesmo que faz o vale a pena ver de novo... será que valia a pena?

como dizia a musica da novela como uma onda

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará

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há 1 hora, DanielNunes disse:

Vejo que os críticos têm uma certa torcida para a volta de "Malhação". O momento que a Globo passa nestes últimos anos sem identidade, sem criatividade, rostos novos, elenco desconhecidos, atores veteranos a abandonar o barco e novelas com histórias duvidosas, acenderam nos críticos de TV a volta da novelinha da tarde. Acho que a crítica tem uma certa razão para a volta de "Malhação". A novela foi celeiro de autores (Emanuel Jacobina, Andréa Maltarolli, Izabel de Oliveira, Paula Amaral), atores, diretores. Claro, houve um desgaste, mas, sempre estava lá a lançar novos atores que poderiam emendar trabalhos dentro ou fora da Globo. Acho que falta isso, apesar que lançamentos é bem-vindos, rostos de conhecidos agrega mais a audiência da novela. Quem não quer ver mais um vez uma novela com Tony Ramos, Antônio Fagundes, Malu Mader, Claudia Abreu entre outros em novas e outras novelas? A Globo precisa voltar os olhos para sua menina dos olhos novamente que são as novelas. 

O Coisas de TV falou justamente isso, no seu ultimo video.

E eu concordo, a Malhação era uma escola de dramaturgia seja patra atores, guionistas e até técnicos.

Não é uma serie para os jovens que faz falta para o Globoplay, é mesmo uma novela, com ritmo de novela para ser essa tal escola.

E faz falta, principalmente para atores novos, que muitas vezes vão busca-los às redes sociais, mas que não funciona. Podem ser otimos influencers, mas isso não os faz bons atores.

A Malhação deveria ter esse papel, pegar em talentos desconhecidos, e torna-los conhecidos. Um influencer é facil de fazer, agora bons atores não. É mais facil pegar num ator desconhecido e torna-lo influenciar, que um influencer num bom ator. Quem não tem jeito, não tem jeito mesmo.

E era também uma forma de fazer os jovens se habituarem ao género novela, começando por aí. Para depois prosseguirem para tramas mais "complexas/adultas".

Editado por Duarte com D
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José Luiz Villamarim defende remakes, fala de 'Vale Tudo' e comenta rumos das novelas da Globo

Quando chegou à Globo nos idos dos anos 1990, José Luiz Villamarim não imaginava que viraria o gestor da teledramaturgia da empresa 30 anos depois. "Sou um bicho de set", diz ele ao F5 em entrevista exclusiva, a primeira desde que virou o principal diretor de gênero da emissora, em 2020.

Diretor de novelas como "Avenida Brasil" (2012), "Onde Nascem os Fortes" (2018) e "Amor de Mãe" (2019), Villamarim tem sido testemunha e protagonista de uma série de mudanças na emissora. O fim do grande banco de talentos da Globo se uniu à necessidade de exibir mais diversidade na tela, algo perceptível na tela.

Outra característica do mandato dele tem sido a aposta em remakes e continuações de histórias já contadas pela emissora, seguindo uma tendência mundial. Houve sucessos, como "Pantanal" (2022) e a atual "No Rancho Fundo", mas também fracassos, como "Elas por Elas" (2024) —que Villamarim admite que precisou ter a rota corrigida para recuperar público, o que só aconteceu na reta final.

Uma nova refilmagem deve vir por aí em 2025, ano em que a emissora completa 60 anos. O remake de "Vale Tudo", clássico dos anos 1980, está "99% certo" para o horário das nove, segundo o executivo.

Na conversa com o F5, Villamarim também reflete sobre o atual momento das novelas no Brasil e nega dificuldades para escalar elenco de produções. "Nós estamos renovando o nosso elenco. Sempre gostei de lançar gente. Mas não vamos deixar de ofertar grandes nomes. E a gente oferta", afirma.

Remakes e continuações são uma tendência mundial. No caso da Globo, alguns foram bem-sucedidos, mas houve insucessos também. Isso não liga um alerta para produções futuras do tipo?
Sou fã de remake. Já fiz "Anjo Mau" (1997), "Cabocla" (2004) e "O Rebu" (2014). A gente tem uma dramaturgia de 60 anos, e que está aí pra gente usar. Mal comparando com Shakespeare e companhia, são textos clássicos. O Benedito [Ruy Barbosa] é um clássico. Sempre que há a possibilidade de refazer algo dele é bom. Por que não revisitar textos a partir da pauta contemporânea? Evidentemente, fazendo os contrapontos, modernizando, incluindo a rede social, a internet, por exemplo, por que o mundo mudou. A gente tem vontade de fazer outros remakes, sim. Mas a gente não tem uma fórmula de sucesso. Algumas vezes algo vai melhor, outras não. Para mim, "Renascer" está super bem. "Pantanal" foi um buzz, sem dúvida. Em "Elas por Elas", a gente teve que fazer uma correção no meio do caminho, mas viramos o jogo.

De fato, a audiência subiu na reta final de "Elas por Elas"...
A gente fez uma correção, o que é da natureza do nosso negócio. Com essa novela, a gente experimentou. Fizemos uma coisa que acho importante: sair da caixinha. Foi uma novela divertida. Cassiano Gabus Mendes nós já havíamos experimentado em "Anjo Mau" (1997), e deu certo. Eu falei: vamos experimentar. Claro que isso dentro de um negócio gigante, que mexe com 70 milhões de pessoas. A gente trabalha com números gigantes. Isso [o erro] vai acontecer. Mas teremos outros remakes.

"Vale Tudo" é um deles?
Grande chance (risos). [Está] 99% certo. Será o ano dos 60 anos de Globo... Gosto de falar as coisas quando estão confirmadas, mas pode pensar em "Vale Tudo", sim.

E como seria atualizar uma novela como "Vale Tudo"? A questão da polarização, por exemplo, poderia estar no centro da trama?
O que tem que ter é o espírito do tempo. O tal do zeitgeist. A gente tem que estar ligado no que está acontecendo. A gente vive num país hoje, como você lembrou, polarizado. Mais conservador por um lado, mais moderno por outro... Como fazer isso é a grande chave. Como é que nós vamos lidar com essa massa brasileira tão diversa.

A gente vive uma realidade em que a Globo não tem mais um grande banco de elenco por questões de mercado. Existe uma dificuldade maior para escalar os atores certos atualmente?
A gente mudou o modelo de negócio, mas dificuldade eu diria que não existe. Continuamos sendo um lugar atrativo para todo mundo. O que a gente tem é a preocupação de ter uma tela brasileira. Você pode ver o trabalho que a empresa está fazendo. Sempre gostei de lançar, trazer gente nova, de inovar. Isso traz frescor para a tela. A dramaturgia tem alguns princípios que você não pode mexer. Você tem que ter o folhetim, tem que ter o triângulo amoroso, mas você tem que ter frescor. Frescor você traz através de elenco, através de novos autores. Hoje, com a rede social, a gente começa também a pesquisar gente do Brasil inteiro. É necessário que a gente faça isso. É do nosso ofício. Mas a gente não pode deixar de ofertar grandes nomes. E a gente oferta.

Falando em novos autores, que nomes as pessoas devem ficar de olho para os próximos anos?
É até chato isso, por que posso esquecer de alguns (risos). Mas tem o Elisio Lopes Jr, que está trabalhando com Rosane Svartman em "Elas Fazem Direito" e que trabalhou com o Duca Rachid e foi fundamental pra estruturar e conceituar "Amor Perfeito" (2023). Tem o Juan Julian, um menino novo que já fez um filme conosco e apresentou projetos. Temos também a Renata Martins e a Jaque Souza, do "Histórias Impossíveis", que estavam na oficina de novos autores de novelas e vão apresentar projetos. Tem a Cleissa Regina Martins, que fez especial de Natal, "Terra e Paixão" (2023) e também concorrendo a vaga para uma novela. Tem Renata Andrade e Thaís Pontes, de "Encantado’s", também. E Dino Cantelli, de "Vítimas do Dia". Fiquem de olho.

Vocês estão fazendo oficina para formar autores de novelas para todos os horários?
Fiz uma oficina das 18h e estou fazendo para as 19h. Mas novela das nove não, porque pra fazer novela das nove, tem que passar antes pela das seis ou das sete. Ou então ser um gênio (risos). Não tenho problema nenhum com os gênios. Nessas oficinas, a gente faz sinopse, vai e volta, um bloco, dois blocos, quantos blocos precisar para ir até o final, para a gente estar seguro, acreditar nesse texto. A gente tem que se estruturar e a gente está se estruturando. Porque é nisso que acredito. Quando a gente trabalha com grade, a gente tem que ter algumas certezas, mas sempre tentando avançar.

Antigamente, havia uma fila muito organizada nos vários horários na Globo. Se sabia a novela que vinha a seguir com uns três anos de antecedência. Isso mudou um pouco. Por quê?
Acho que tem que paralelizar o desenvolvimento de novelas, sabe? Tenho dois ou três autores pensados. Prevejo, para que eu tenha o mínimo de planejamento, mas, ao mesmo tempo, tenho que ter opções. Prefiro estar assim: 'Olha, eu gosto dessa e dessa'. É muito melhor do que falar: 'Eu só tenho essa'. O que estou tentando montar nessa nova Globo é uma estrutura para que a gente sempre tenha duas opções, se não for três. Tem as idiossincrasias também. Você tem tipos de autores. Autores prolíficos, como Mário Teixeira e Walcyr Carrasco, e autores que precisam de mais tempo para fazer suas produções. Ter opção é fundamental para o nosso negócio.

E por que "Guerreiros do Sol" ficou para 2025?
Vai de acordo com o orçamento, com as decisões estratégicas. Novela na TV aberta você vai ter duas às seis, duas às sete, duas às nove, todo ano, e às vezes uma das onze. Isso a gente sabe. Agora, a gente tem o Globoplay, que acho um negócio admirável. É um trabalho que tem uma estratégia. Foi uma decisão Erick Brêtas passar pra frente. Manuel Belmar, que agora entrou como principal executivo, deixou ali [em 2025].

Autores experientes como Cristianne Fridman e Vivian de Oliveira, que fizeram novelas na Record, entregaram sinopses para a Globo, mas não foram adiante. O que aconteceu?
A gente avalia todos os projetos que recebe. E torço para que a gente tenha as melhores sinopses do planeta, todas à minha disposição. Nem sempre acontece de ser aprovada, mas a gente recebe, inclusive de novos autores, até de Portugal. A gente conversa com todo mundo. Se você tiver uma sinopse, escreve que eu leio. Ou minha equipe lê. A gente tem um grupo, mas tento ler o máximo possível. A gente quer e precisa de sinopse.

O Guel Arraes, que foi gestor por muito tempo, voltou ao set e está lançando "Grande Sertão". Pensa em voltar para o set em algum momento?
Tem três anos e meio que não faço direção, a última foi "Amor de Mãe" (2019-2021). Quando fui convidado para essa posição, pensei que seria muito interessante trabalhar nessa gestão da dramaturgia, com as séries, o núcleo de filmes, as novelas... Mas eu sou um bicho de set. Sem dúvida nenhuma, quero voltar. Adoro dirigir, foi o que me fez chegar onde cheguei.

A gente vive um momento em que existe muita oferta de telas. Ainda faz sentido tentar prender a atenção das pessoas por seis, sete meses?
Está fácil a nossa vida (risos)... Novela é um hábito. A gente conquistou. Com essa mudança, começa a aparecer um outro jeito, um outro olhar. Estamos experimentando, tentando ver como continuar mantendo esses números. Inclusive, a gente está na meta que se predispôs a colocar para os padrões de hoje com o que está no ar. Mas se conseguirmos entregar tudo o que queremos sem um excesso de certezas é ótimo. Certeza é um negócio perigoso para o que a gente faz.

Você pode dar um exemplo disso na prática?
Hoje, as pessoas querem ver TV e se identificar. É uma impressão que tenho. Comecei a entender, por exemplo, quando a gente foi fazer "Fuzuê" (2023). Esse negócio da farsa era um negócio que funcionava. Mas, hoje em dia, tenho bastante dúvida. Quando falo que a pessoa quer se ver na tela, a gente quer que ela se veja na tela. Essa é a nossa função para que a gente siga sendo atraente. E continuamos sendo. Os números comprovam isso. Não tem nada de arrogante nisso. É estatístico.

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