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Memórias RTP1


João

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No dia 8 de Junho de 1989, falecia o cantor Tony de Matos - a RTP 1 fez-lhe uma homenagem no mesmo dia que consistia em excerptos de programas e concertos que ele dera nos últimos anos:

Não tenho dúvidads que o primeiro excerpto em questão vem do programa recreativo "Clubíssimo" (mais concretamente, o 5ª episódio - basicamente quase um ano antes de falecer)

Editado por LAboy 456
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On 12/12/2023 at 15:35, BillGaitas disse:

E que, os outros estarolas privados tem credibilidade? Lmao

Novo Jornal em 1995: tinha o Albarran mas as audiências estavam BEM LONGE. Escusado será dizer que o Primeiro tinha armas suficientes para continuar a apregoar aos quatro ventos que ainda era o melhor dos dois.

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On 12/12/2023 at 12:26, AndreRob disse:

A rtp tomou uma posição muito egoista nos primeiros anos da sic não perdendo a oportunidade de expor a sua liderança que não durou muito mais tempo.

Adriano Cerqueira, o director-geral ao tempo, em modo desespero. Esta promoção é por alturas do verão de 1995, creio eu. A RTP tinha perdido a liderança para a SIC sem as novelas da Globo e com uma programação deplorável no entretenimento - e isso estava a começar a "contaminar" a parte informativa, como se viu no caso da "autópsia ao extraterrestre".

Com a mudança de governo em outubro de 95 (do PSD para o PS) Cerqueira sairia naturalmente do cargo pois fazia parte da "ala" PSD da empresa, e foi direto para a reforma. Diga-se em boa hora, porque a RTP a partir daí e até 98 melhorou muito a sua programação assumindo que não era capaz de competir taco a taco com a SIC, com a dupla dos Joaquins na liderança, o Furtado e o Vieira.

Depois, quando Sócrates passou a mandar na pasta em 97/98 tivemos o período mais caótico da empresa em 20 anos, até outra mudança de governo, desta feita do PS para o PSD, recolocar a RTP nos eixos em 2002-04. 

Editado por AG.
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há 9 horas, AG. disse:

Adriano Cerqueira, o director-geral ao tempo, em modo desespero. Esta promoção é por alturas do verão de 1995, creio eu. A RTP tinha perdido a liderança para a SIC sem as novelas da Globo e com uma programação deplorável no entretenimento - e isso estava a começar a "contaminar" a parte informativa, como se viu no caso da "autópsia ao extraterrestre".

Com a mudança de governo em outubro de 95 (do PSD para o PS) Cerqueira sairia naturalmente do cargo pois fazia parte da "ala" PSD da empresa, e foi direto para a reforma. Diga-se em boa hora, porque a RTP a partir daí e até 98 melhorou muito a sua programação assumindo que não era capaz de competir taco a taco com a SIC, com a dupla dos Joaquins na liderança, o Furtado e o Vieira.

Depois, quando Sócrates passou a mandar na pasta em 97/98 tivemos o período mais caótico da empresa em 20 anos, até outra mudança de governo, desta feita do PS para o PSD, recolocar a RTP nos eixos em 2002-04. 

Um colega meu de mestrado, 14 anos mais velho que eu, recorda o período Rangel como um dos melhores da RTP muito graças a programas de informação como o Gregos e Troianos. Foi nessa altura que a RTP se realmente endireitou.

A final do Festival da Canção 1994, vencida pela recém-falecida Sara Tavares, já está disponível no RTP Arquivos:

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/31o-festival-rtp-da-cancao-parte-i/

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/31o-festival-rtp-da-cancao-parte-ii/

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/31o-festival-rtp-da-cancao-parte-iii/

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há 41 minutos, Vascof2001 disse:

Um colega meu de mestrado, 14 anos mais velho que eu, recorda o período Rangel como um dos melhores da RTP muito graças a programas de informação como o Gregos e Troianos. Foi nessa altura que a RTP se realmente endireitou.

O teu colega tem exatamente a minha idade (nasceu em 87 ou 88, certo?). Para miúdos como nós que se interessam pela tv a passagem do Rangel foi impactante.

O Rangel foi importante para tentar tirar a RTP do marasmo, sobretudo nos grafismos e na reformulação dos grandes espaços de informação. Como sabes sou fã dele, mas tenho de dizer que ele cometeu alguns exageros na sua passagem pela RTP. Justamente esse Gregos & Troianos era inenarrável, ao nível do pior que as privadas faziam. A nível de custos também houve um certo descontrolo, como aliás sucedeu o mesmo na SIC, apesar de algumas de tentativas de cortes nas despesas com o pessoal.

No entretenimento e na ficção, de um modo geral, as apostas dele foram um fracasso. Valeu já perto do final do seu mandato a aposta no Elo Mais Fraco, que permitiu o início da recuperação de audiência no primeiro canal. Apesar disso, é como o Carlos Daniel disse aquando da sua morte, ele em dez meses de direção fez muito mais que outros com dez anos na empresa. 

Agora a nível das grandes decisões da empresa RTP, as mudanças foram com o Governo do Durão. Nova sede, fusão com a rádio, etc.

Editado por AG.
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há 8 minutos, AG. disse:

O Rangel foi importante para tentar tirar a RTP do marasmo, sobretudo nos grafismos e na reformulação dos grandes espaços de informação. Como sabes sou fã dele, mas tenho de dizer que ele cometeu alguns exageros na sua passagem pela RTP. Justamente esse Gregos & Troianos era inenarrável, ao nível do pior que as privadas faziam. A nível de custos também houve um certo descontrolo, como aliás sucedeu o mesmo na SIC, apesar de algumas de tentativas de cortes nas despesas com o pessoal.

Gregos e Troianos, entendo que era a versão portuguesa do espanhol Moros y Cristianos. A primeira vez que ouvi falar daquilo foi numa das primeiras contas do testedemicrofone, que postou uma promo a uma edição subordinada ao tema da sexualidade ou algo assim (o título na altura era "Olha para eles tão depravados!", agora hoje é difícil encontrar, de tão diferentes que são os nomes dos vídeos) e a descrição original, pelo que me lembre, tinha algo a falar contra o programa, sei lá eu

Nesta fase do Rangel tenho escassas memórias do Quebra-Cabeças, que estava a acabar, de quando o Preço Certo era apresentado pelo Jorge Gabriel (não sei como mas aquele "ATÉ LÁÁÁÁÁÁ" no fim do programa dava-me medo), do Jogo da Espera e memórias muito mais nítidas do Elo Mais Fraco. Só apanhei a horrível Fábrica das Anedotas (Malucos do Riso versão no budget) quando apanhei em repetições primeiro na RTP África em 2004 (embora parece que tenha alguma memória antes disso)

Ah, os grafismos dos dois canais. Nisto incluo o grafismo da RTP 1 de 2003 que vigorou até 29 de Fevereiro de 2004 (a 1 de Março entrou no ar o grafismo da Mudança de Estação). Tudo perfeito para a época, nunca mais houve coisa igual na RTP, no tempo em que, depois de usar rectângulos e afins (confesso que fiquei consternado quando vi as mudanças no início de 2002, mas rapidamente é que me habituei) cada canal tinha a sua identidade, como nas regiões autónomas e antenas internacionais. Até parece que os grafismos "diziam" o que o canal representava. A RTP 1 tinha aquele grafismo "potente" (da qual só me lembro do separador principal e não os dos elementos) que foi substituído por algo mais "ligeiro", o da RTP 2 representava mais o cultismo e adultismo do que a RTP 2 paixonista, apesar de ter mais variedade :D

Até os genéricos dos noticiários e o grafismo da meteorologia eram memoráveis, aquele mapa de Portugal em relevo e aqueles mapas do estrangeiro planos, espectáculo em todos os sentidos (foi neste grafismo em que Braga apareceu nos mapas do tempo em 2003, substituiu Viana do Castelo). Ainda fico à espera daquele dia em que deram as previsões estrangeiras todas de uma vez por erro (essas da RTP Internacional e África, salvo o mapa da Europa que passava no Bom Dia Portugal, se é que também apareciam em formato de lista na altura, são lost media)

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Hoje é mesmo dia do site de arquivos da RTP adiantar-se com várias edições do FC - aqui está o de 1998:

Lucia-2.png?crop=top&fit=crop&h=286&ixli

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/xxxv-festival-rtp-da-cancao-1998-parte-i/
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/xxxv-festival-rtp-da-cancao-1998-parte-ii/
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/xxxv-festival-rtp-da-cancao-1998-parte-iii/

Destaque para a presença de Nuno Galopim como um dos 5 jurados - para além de dois anteriores representantes de Portugal no ESC

Editado por LAboy 456
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há 1 minuto, LAboy 456 disse:

E para quando os de 76, 78, 79, 80, 82, 83, 85, 86 e 87? (Duvido que a RTP tenha o de 1981 em arquivo e de certeza que não têm todas as músicas de 77)

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há 17 minutos, Vascof2001 disse:

E para quando os de 76, 78, 79, 80, 82, 83, 85, 86 e 87? (Duvido que a RTP tenha o de 1981 em arquivo e de certeza que não têm todas as músicas de 77)

os dos anos 80 ainda é possivel, os dos anos 70 parece-me pouco provavel que haja copias pelo que já se falou antes, eventos em direto não eram necessariamente gravados ou se eram muitas vezes as bobines eram recicladas para outros produtos.

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há 3 minutos, AndreRob disse:

os dos anos 80 ainda é possivel, os dos anos 70 parece-me pouco provavel que haja copias pelo que já se falou antes, eventos em direto não eram necessariamente gravados ou se eram muitas vezes as bobines eram recicladas para outros produtos.

Sim, acho que o que sobrevive de 1977 é a canção vencedora e no caso de 75 é so bocados da atuação da canção vencedora no seu teledisco:

 

 

E vai aqui mais outra pergunta: será que a RTP ainda tem em arquivo o primeiro e ainda hoje único Festival Radio Comercial da Canção (já ouviram falar nesta?)?

Editado por Vascof2001
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On 15/12/2023 at 15:13, Vascof2001 disse:

 

E vai aqui mais outra pergunta: será que a RTP ainda tem em arquivo o primeiro e ainda hoje único Festival Radio Comercial da Canção (já ouviram falar nesta?)?

Nunca ouvi falar. É de que ano? 

Gostava era que a RTP disponibilizasse o primeiro e único Festival da Canção de Lisboa de 1988, que me lembro de ter assistido na altura. Os vencedores foram o então casal Licínio França e Noémia Costa com "Lisboa Nunca Esquece" e também lá participaram as eurovisivas Simone de Oliveira ("Eu sou como tu Lisboa") e Manuela Bravo ("O amor em Lisboa nunca é demais"). Quando esta última esteve num Há Conversa da RTP Memória, lembro que passaram um excerto da actuação dela. 

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há 35 minutos, FraisesSucrées disse:

Nunca ouvi falar. É de que ano? 

Gostava era que a RTP disponibilizasse o primeiro e único Festival da Canção de Lisboa de 1988, que me lembro de ter assistido na altura. Os vencedores foram o então casal Licínio França e Noémia Costa com "Lisboa Nunca Esquece" e também lá participaram as eurovisivas Simone de Oliveira ("Eu sou como tu Lisboa") e Manuela Bravo ("O amor em Lisboa nunca é demais"). Quando esta última esteve num Há Conversa da RTP Memória, lembro que passaram um excerto da actuação dela. 

esse festival da canção de lisboa tinha por regra todas as musicas serem sobre lisboa? :curtainpeek:

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