Vai na Fé

[Afonso]

há 59 minutos, DanielNunes disse:

Sheron Menezes mesmo com Sol perdendo relevância durante as tramas, trouxe uma Sol solar, querida e carismática. Rosane Svartman até agora não decepcionou com suas protagonistas, em suma Sol tem o mesmo carisma de Paloma e Elisa.

Sem dúvida! Concordo contigo. Aliás, no início ela tinha tudo para ser a melhor protagonista da Rosane. Contudo, a história tomou outros rumos e a Sol perdeu o seu posto. É pena... 

Editado 6 de agosto 2023 por Afonso

[Vitória]

há 14 horas, Afonso disse:

E entramos na última semana de Vai na Fé

Deixo aqui o meu balanço desta novela (depois só comento o final).

É uma novela razoável; começou muito bem, depois tornou-se boa e estagnou no 'razoável'. É verdade que existem piores, mas esta novela sofreu uma grande barriga após a morte do Carlão, piorando ainda mais com a história da paternidade e do abuso sexual. A trama central perdeu o seu apelo no segundo mês, e a protagonista Sol literalmente cedeu espaço para personagens secundárias. Não sou um grande fã do desenvolvimento desta novela; tudo parece ter sido feito de forma apressada e em cima do joelho. A carreira da Sol só ganhou destaque nas últimas três semanas, o que é extremamente problemático. No entanto, há aspectos positivos a serem considerados:

1. O desenvolvimento de personagens como 'Lui Lourenzo' e 'Lumiar'. Lui Lourenzo começa como o típico 'cafajeste', um sedutor, bom divã, que valoriza a sua fama e popularidade entre as mulheres. No entanto, acabou por se revelar num homem com princípios sólidos, alguém humano e acolhedor. A Sol teve um papel crucial nessa transformação, mas considero que "Lumiar" (o sítio dos pais da Lumiar) foi a chave para a evolução dessa personagem, assim como foi para Lumiar. Lumiar, a advogada invencível, destemida e dona da sua própria vida. Na verdade, uma mulher com inseguranças e carências. Faltava-lhe ali o apelo emocional, a infância que ela havia decidido ignorar. Ela admitiu várias vezes que não gostava da sua infância, mas parece que ela conseguiu superar esse bloqueio. Ela redescobriu uma nova Lumiar durante as suas idas a Lumiar. Ela abraçou a sua infância e viveu cada momento como se fosse o último. Ela esteve ao lado da sua mãe e fez as pazes com um passado que antes temia. Foi inspirador acompanhar essa jornada.

2. A família da Sol. No início, essa família não era muito bem adorada, mas após a morte do Carlão, houve um desenvolvimento notável. Dona Marlene, interpretada brilhantemente por Elisa Lucinda, começou como uma mãe conservadora, receosa com o estilo artísticos leviano, típico da mentalidade religiosa, da sua filha. Depois revelou-se uma mãe com os horizontes mais abertos, disposta a abraçar a fama da filha e todos as condicionantes. O facto de ter abraçado as suas origens, nomeadamente o cabelo afro, também permitiu a aberturas desses tais horizontes. Ela ficou muito mais leve e divertida. A Duda, também, começou por ser chata e depois já foi acolhendo as decisões da mãe, apoia-a em tudo e não sente mais vergonha dela. A Elisa Lucinda teve aqui a sua melhor personagem. Gostei muito desta Dona Marlene. Isto tudo acaba por ser uma crítica ao patriarca da família, o tipo conservador e relutante com os seus dogmas. Carlão era machista e possessivo. Era contra o sonho da Sol, para ele o objetivo dela era ser dona de casa, cuidar da família como uma boa mãe de Igreja (a crítica à classe religiosa). Ela não deu o braço a torcer e seguiu em frente, desistiu pelo caminho, mas manteve-se sempre decidida. A morte dele acabou por aliviar essa atmosfera, a família passou a ser mais liberal. Foi um grande folgo no tempo e no espaço para a família da Sol, sem dúvida.

3. Dona Vilma, a Renata Sorrah teve aqui uma personagem maravilhosa. Perdeu-se ali perto da reta final, mas voltou a ter um gás. Doutor Benjamin, Kate, Bruna, Théo, Dora e Fábio também contemplam esse leque de personagens maravilhosas. Clara Moneke com uma grande estreia, a sua Kate é uma katydelícia! Cheia de camadas, bem interpretada e com uma evolução notória. Ela merece uma protagonista, é uma excelente aposta. Samuel de Assis aqui também com um protagonista muito bom, Doutor Benjamim, que começa com um advogado estável, com a sua vida conformista. Os mesmos amigos de sempre, a namorada da faculdade, o trabalho pós- faculdade. E acaba por ser outro personagem que evoluiu e muito. Redescobriu o caminho da sua vida amorosa, enfrentou a verdade sobre a realidade dos seus amigos, fez rupturas com o passado e trilhou caminhos que lhe darão um novo futuro. 

O vilão Théo interpretado brilhantemente pelo Emílio. Não tem como, ele é excelente com vilanias. Já o Pedro de "Além do Tempo" era maravilhoso, ainda por cima ele adiciona o seu toque de carisma à personagem e a coisa fica maravilhosa. No geral, é um elenco muito bom. Acertaram com a escalação. 

Para mim, o grande ponto negativo desta novela é a Jennifer: supérflua, desinteressante e egocêntrica. É uma personagem que só pensa no seu próprio umbigo, não tem profundidade nenhuma e não apresenta uma história que desperte empatia no telespectador. É uma chata que só contribuiu para o sofrimento da mãe. Mesmo após a situação traumática do estupro da Sol, a luta da Jeni por vingança contra Théo é mais forte do que a luta por justiça para com a Sol, o que ficou evidente nas cenas do tribunal. Depois da insonsa da Muda, Bella Campos é presenteada com a chata da Jennifer. Não está fácil para ela. 

Numa escala de 0-5, eu dou a esta novela 3,5. É uma novela assistível, tem as suas coisas boas e interessantes, mas não passa muito disso. @Vitória @DanielNunes visto que acompanharam a emissão em direto comigo, depois gostaria de ler os vossos "achares".  

Concordo totalmente com a tua opinião. 

No fundo, foi uma novela assistível, sem grande história, mas que colocou em cima da mesa temas muito importantes. Acho que o único mérito dela é esse. O problema foi que essas abordagens sociais tornaram-se maiores que a própria narrativa (que era fraca). 

[pedrovinsky]

Eu abandonei a novela a meio e acompanhei apenas na internet, e, pelo visto, não perdi muita coisa. Perdeu muita magia com algumas decisões do roteiro, e vai acabar com aquele gosto de que podia ser melhor. Está bom, mas poderia estar melhor.

[Free Live]

On 06/08/2023 at 23:18, Duarte com D disse:

Cita diálogos brilhantes dos outros dois e chega a vez do Walcyr e cita uma trenguice qualquer.  

O Walcyr consegue escrever diálogos bons. As cenas da Dulce e do Guilherme, em Morde & Assopra, por exemplo.

[Vitória]

há 1 hora, Free Live disse:

O Walcyr consegue escrever diálogos bons. As cenas da Dulce e do Guilherme, em Morde & Assopra, por exemplo.

Não me admira que tenha sido a Claudia Souto a escrevê-las ou até mesmo um colaborador. 

[Afonso]

Grande Emílio Dantas, não fosse o plot do Théo, esta reta final seria um puro marasmo. Adorei as sequências do Théo com o Orféu. 

Still, not enough para uma última semana. 

Editado 10 de agosto 2023 por Afonso

[Vitória]

há 55 minutos, Afonso disse:

Grande Emílio Dantas, não fosse o plot do Théo, esta reta final seria um puro marasmo. Adorei as sequências do Théo com o Orféu. 

Still, not enough para uma última semana. 

Nem acredito que isto acaba amanhã. 

Já vai tarde. 

[Afonso]

há 44 minutos, Vitória disse:

Nem acredito que isto acaba amanhã. 

Já vai tarde. 

old. 

essa tua nova foto é lindíssima. <<3

[DanielNunes]

Falta um único capitulo de "Vai na Fé", posso dizer que eu gostei, mesmo que seja a novela mais ou menos. A Rosane Svartman sabe fazer uma novela bem temperada. "Vai na Fé" é como se fosse por exemplo "Chocolate com Pimenta", uma novela carismática, com bons personagens, história até ok, mas arrastada. Coloquei a novela do Walcyr como exemplo, porque foi exatamente a minha impressão que ficou destas duas novelas. Os mesmos defeitos de um sucesso que todos gostaram, mas que faltou algo no tempero durante a história. 

Podemos dividir "Vai na Fé" em quatro partes, o prefácio; a paternidade de Jenifer; Théo, o abusador; e o epílogo. O prefácio foi muito bem construído, mesmo que a família de Sol nesta parte era chata, porém, os conflitos eram interessantes, mas, chega a segunda parte e já no terceiro mês a novela para, tudo para. Aquela história da paternidade de Jenifer foi cansativo e tivemos dois meses sem resolução de quem era o pai de Jenifer. A terceira parte idem, muito fora de coerência, tudo para que Théo não fosse punido antes do último capítulo, o que vai acontecer no capítulo desta sexta. A reta final  pecou muito na falta de coerência tanto no falso sequestro de Rafa e na falsa impressão de bondade de Rafa e Jenifer contra Théo para arranjarem provas que incriminam o empresário de importados. Até o vilão foi mais astuto e inteligente que os seus dois filhos, que não caiu na história. A última parte, o epílogo, está a ser uma última semana sem sal, sem vida na novela que ultimamente nas novelas da Globo não acontecem muita coisa. As resoluções serão feitas as pressas de todas as personagens no último capítulo.

A novela sai com saldo positivo para mim. Gosto da escrita da Rosane Svartman principalmente nas partes mais tocantes como o tratamento paliativo de Dora. Nesta parte a Rosane Svartman arrebenta, ela fez isso com o Alberto de "Bom Sucesso" e agora em "Vai na Fé" de novo fez um brilhante recorte de como lidar com a morte. Outro destaque é o elenco negro que representou muito bem. O elenco foi muito bem escalado. O carisma de Sol e Ben. Penso que a religião evangélica não foi o grande tema da novela, apesar de inserida por ser a fé da protagonista, deu uma suavizada. Mostrou que a religião e a profissão com artes devem ser separadas. Não há mal ser dançarina e ser evangélica ao mesmo tempo. Gostei da novela ser ecumênica, mostrou Ben num terreiro de Candomblé, a religião hippie de Dora e Fábio. A autora foi muito feliz neste aspecto de mostrar que todos podem ter fé em alguma coisa, na positividade em acreditar em algo. As menções de outras novelas dentro da novela foi uma sacada genial. E Renata Sorrah surfou muito bem. Rosane Svartman gosta de mencionar as artes em suas novelas como foi os filmes antigos em "Totalmente Demais", os livros literários em "Bom Sucesso", e agora as novelas em "Vai na Fé". Uma grande homenagem as artes, e uma crítica ao último governo que despretigiava as artes como um todo. 

Penso que este fator positivo fez com que a novela fosse um sucesso. O carisma das personagens foi tanto que muitos esqueceram os furos e os erros desta novela. Não digo que passaram pano nesta novela. O público relevou por gostar desta novela. O exemplo que eu disse de "Chocolate com Pimenta" se enquadra aqui. Quando uma novela é querida, muitos esquecem dos erros. 

Editado 11 de agosto 2023 por DanielNunes

[DanielNunes]

Enfim acabou "Vai na Fé". Bom o último capítulo, previsível, mas com desfecho bonito. Que venha "Fuzuê".

 

[Vitória]

Que final fraquíssimo... 

[Afonso]

Finalmente!

Achei o último capítulo um tanto apressado. Em 5 minutos: já tínhamos incêndio, parto, casamento e festa. Mas, pronto, está feito. 

Eu só sei que o Emílio Dantas merece o prémio de melhor ator no Troféu do Domingão, que incorporação! Ele é gigante.  

Levanta a mão aê que vem o Fuzué! 

Editado 11 de agosto 2023 por Afonso

[Gabriel C]

 

[Guida]

há 21 minutos, Gabriel C disse:

 

Esperava muuuuito mais do último episódio, sinceramente. Mas, mesmo com a fase final fraca, conseguiu ser um sucesso para os padrões atuais. Não sei se Fuzuê terá a mesma sorte... 

[DanielNunes]

Realmente não ficou bom o show do Lui Lorenzo com a Ivete Sangalo. 

 

[DanielNunes]

Estranho ou é erro da Globo ou a novela terá uma nova reprise  nas madrugadas. Pela programação desta semana "Vai na Fé" consta no horário de reprises de madrugada e não de "Fuzuê" que é a atual novela que teria sua reprise nas madrugadas na Globo. Será que a Globo quer ainda investir no sucesso desta novela? 

Fui consultar tanto a programação diária quanto a de imprensa semanal, batem. Realmente "Vai na Fé" seguirá na programação da Globo. 

Editado 13 de agosto 2023 por DanielNunes

[Afonso]

Deverá ser um erro, não faz sentido reprisar uma novela finada. 

[DanielNunes]

há 3 minutos, Afonso disse:

Deverá ser um erro, não faz sentido reprisar uma novela finada. 

Esperamos amanhã de madrugada. Porque é estranho, uma reprise de uma novela já finalizada. 

[Gabriel C]

Último capítulo consolidou 26,7 (27) 

[AndreRob]

Em Portugal o final vai ser só dia 22 de Setembro.

[benisfroms]

Parece que a evolução de alguns personagens e os aspectos positivos da série foram pontos fortes, enquanto alguns elementos, como a trajetória da personagem de Jennifer, foram percebidos como menos envolventes. Também é interessante notar a importância da representação inclusiva na série, enfatizando o tratamento positivo dos personagens de Saul e Benjamin pelo público. É uma pena que nem sempre seja possível saber a previsão do tempo https://meteum.ai/weather/pt-BR/londrina com antecedência, pois assim muitos desastres poderiam ter sido evitados. Suas análises fornecem uma visão aprofundada e crítica dos diferentes elementos da série, contribuindo para uma compreensão mais completa da experiência do espectador. É interessante acompanhar como os diferentes personagens se desenvolveram no decorrer da história e como a série abordou questões como família, aceitação e busca de identidade.

Editado 28 de fevereiro por benisfroms