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CNN Portugal


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Também acho meio cringe usar "breaking news". Mas pronto, pode trazer algum goodwill da marca CNN. É como usar "primetime" em vez de "horário nobre".

Não sei é se o nosso mercado responde muito a essas coisas :haha: A ideia dos cartazes está gira

O senhor diretor de marketing da Media Capital podia rever o que andam a produzir para a TVI :read:

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há 11 horas, bacalhaucomnatas disse:

Estes cartazes são reais? É permitido usar a imagem de figuras públicas na promoção de um canal, ainda que noticioso, com fins comerciais? Ou elas deram autorização? (Hello, o Jerónimo de Sousa a vender-se ao grande capital americano... :triste_teresa:

A SIC notícias também tem nas ruas cartazes com várias figuras públicas. 
Também achei estranho haver cartazes da SIC Notícias com o Rendeiro. Acredito que haja base legal para o fazerem.

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CNN Portugal: “A informação televisiva está muito parecida e muito mimetizada”

https://www.publico.pt/2021/11/12/sociedade/noticia/cnn-portugal-informacao-televisiva-parecida-mimetizada-1984243

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Dia 22, a CNN chega a Portugal ocupando o espaço da TVI24. Num dos maiores estúdios de informação da Europa, fazem-se ensaios envoltos em secretismo e prepara-se um novo canal de notícias português, mas com uma marca e uma escola internacionais.

 

Na TVI, a anfitriã da estreia da marca CNN em Portugal, já muito mudou em torno do novo canal de notícias que vai morar em Queluz. Há um novo estúdio de informação, um dos maiores da Europa e cuja imagem está envolta em secretismo até que, no próximo dia 22, o canal vá para o ar, e a saída dos programas de entretenimento para os estúdios de Bucelas tornou a sede da TVI numa casa de notícias. O novo estúdio de 600m2 substitui os 20m2 do estúdio da TVI24, canal em vias de extinção cujo lugar será ocupado pela CNN Portugal, e é como um símbolo físico do que os responsáveis do novo projecto contam ao PÚBLICO. “A TVI24 acaba, a CNN é outra coisa”, resume Nuno Santos, director da CNN Portugal.

No novo estúdio, com o vermelho CNN facilmente identificável e uma azáfama controlada em torno de quatro câmaras e sete cenários, fazem-se ensaios com os pivots Ana Sofia Cardoso ou Cláudio Carvalho. A meio da tarde, ensaiam-se os noticiários CNN Meio Dia ou CNN Meia Noite. É um anacronismo tranquilo no meio do que será um mês inteiro de ensaios para preparar um canal, um “privilégio” inédito para o coordenador de realização Tiago Brochado. “Eu, que já lancei muitos canais — CNL, SIC Notícias, CMTV, Benfica TV, Eleven Sports, arranquei com todos eles desde o início —, nunca vi este rigor todo”, diz ao PÚBLICO sobre as muitas regras que emanam do livro CNN e que determinarão tudo, desde a definição da imagem ao calor e saturação da cor, passando pelos tons da roupa dos pivots ao tipo de movimentos de câmara possíveis.

Formação, requalificação, aprendizagem, mais, melhor. São as palavras mais repetidas pelos profissionais que estão a preparar um novo canal com “o peso da marca, que traz uma responsabilidade acrescida mas também um estímulo”, como diz a editora geral de antena Raquel Matos Cruz, mas que também estão a falar com o PÚBLICO com o entusiasmo de quem promove a sua chegada.

Também Nuno Santos já lançou outros canais, nomeadamente o primeiro canal de informação português, a SIC Notícias, num país diferente e sem o peso do mundo que a CNN traz — há 20 anos, a revista do PÚBLICO escrevia precisamente sobre uma fotografia de Nuno Santos que a SIC Notícias era uma CNN à portuguesa. “Não havia Internet de banda larga, os telefones não tinham acesso à net, não havia redes sociais e a relação das pessoas [com as notícias] era diferente. Havia imensos cépticos sobre se havia matéria informativa em Portugal para um canal de 24 horas. Esse tema hoje não se coloca”, diz. “Acreditamos que com a CNN Portugal é possível acrescentar alguma coisa ao que já se faz.”

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Nuno Santos viveu, a par da TVI, mudanças várias nos seus cargos nos últimos dois anos — foi director de programas da TVI, director-geral da TVI e agora é director da CNN Portugal no âmbito desta aliança entre a norte-americana Turner Broadcasting e o grupo Media Capital. Fala com a convicção necessária de um director de mais um canal (foi director de programas dos três generalistas, além de director de Informação da RTP). “Os canais de cabo dos operadores grandes nos últimos anos foram muito marginalizados”, analisa. “A informação televisiva está muito parecida e muito mimetizada.”

Questionado sobre qual a sua concorrência numa paisagem de informação televisiva de 24 horas feita de SIC Notícias, RTP3 e com a entrada em força mais recente da CMTV, usa advérbios apenas em nome próprio. “Tenciono fazer mais e melhor do que eles. E virar uma página”, responde. “Mais análise e menos comentário; uma capacidade de resposta que quero que seja muito diferenciadora daquela que tínhamos.” Sabe que “é importante ter uma capilaridade intensa em todo o território”. Há estúdio no Porto, com equipa própria, mas há uma câmara que pode ser operada a partir de Lisboa. Admite: “Fazemos bom jornalismo em geral em Portugal, mas a CNN e esta fase de preparação do projecto eleva-nos o standard.” Segue-se uma breve visita guiada a dois pisos de redacção e estúdios.
 

Um canal português

Nos corredores labirínticos da TVI em Queluz só nas paredes restam vestígios do que eram estúdios ocupados por Manuel Luís Goucha ou pela administradora e directora de entretenimento e ficção Cristina Ferreira — as fotografias promocionais das estrelas do canal em breve desaparecerão. Nos estúdios de Queluz só dá informação. Dois andares por onde se distribuem agora as redacções da TVI e da futura CNN Portugal, cujo site e aposta multimédia fazem parte significativa do projecto da nova marca de informação nacional, e onde são contíguos os estúdios da TVI e da CNN. Um tem o branco e a mesa espacial que os espectadores já reconhecem do Jornal das 8, o outro 115 m2 de paredes de LED e um varandim CNN.

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Este é um casamento de salutar conveniência. “A CNN olha para o mercado português como um mercado com potencial de crescimento, e interessante. E nós olhámos para a CNN como alguém que podia ajudar a qualificar o nosso jornalismo, no âmbito do grupo”, comenta Nuno Santos. As negociações começaram entre o fim do primeiro trimestre e o início do segundo trimestre deste ano e, concretizadas, resultaram na possibilidade de contratar não só novos profissionais de várias áreas para a CNN Portugal, mas também preencher lacunas na TVI, explica o responsável. São redacções distintas — “para dar uma identidade à CNN e também para reforçar a identidade da TVI”, diz Nuno Santos —, com cerca de 50 novas contratações, das quais entre 30 a 35 na CNN Portugal, em vários cargos. O canal verá regressar rostos da informação televisiva como Judite de Sousa e está a debitar regularmente novos comentadores ou correspondentes. Um casting para várias áreas recebeu mais de quatro mil candidaturas, das quais muitas de jovens profissionais.

Os valores do negócio, bem como do orçamento do novo canal, não são revelados. Mas há números que Nuno Santos fornece de bom grado. “A CNN está presente em 425 milhões de lares”, diz o director quando questionado sobre a dimensão prevista do noticiário internacional no canal. “Vamos fazer um canal em português, destinado aos espectadores portugueses e feito por jornalistas portugueses. Com os temas que estão na agenda dos públicos portugueses”, ressalva. O canal português poderá aceder à vasta biblioteca da CNN e esta poderá usar produção nacional — já houve colaboração mesmo antes de o canal se estrear.

Para já, Nuno Santos não revela qual o rácio de programação da CNN Internacional que irá ter no ar, mas grandes títulos como os programas de Fareed Zakaria ou Christiane Amanpour, no ar na concorrência, vão passar para a CNN Portugal e ser exibidos na semana em que vão para o ar nos EUA; os programas de Richard Quest ou as Culinary Journeys também estarão no canal português, assim como vários especiais sobre grandes temas como a pandemia ou o Afeganistão.
 

“Se essa é a escola, então é uma boa escola”

Não há conversa sobre a preparação da CNN Portugal sem se falar em formação, em regras, quase em compêndios. O “mais e melhor” que Nuno Santos promete são possíveis por haver mais meios ou por uma mudança de cultura interna? “Há uma mudança de cultura interna, também”, assume o director. É o ingrediente que se adiciona ao reforço de equipas e à injecção financeira, que também representa material novo, por exemplo. “[Muda] a forma de fazer as coisas e eles têm uma escola, uma estrutura bem montada, de que só podemos beneficiar”, explica a editora geral de antena Raquel Matos Cruz. “Todos crescemos com esta marca e a sua capacidade de chegar primeiro, mas não esquecendo a máxima de que o que está primeiro são os factos. Se essa é a escola, então é uma boa escola.”

A formação na linha da CNN foi para jornalistas e técnicos. Um director de fotografia da CNN deu as suas impressões. Um produtor editorial, o jornalista Phillipe Vieira, faz a ponte permanente com a CNN e “ajuda a garantir um conjunto de boas práticas”, explica Nuno Santos, que o descreve como “um facilitador” e rejeita a ideia de “uma espécie de fiscal”.

Na régie, que foi requalificada porque pertencia ao domínio do entretenimento (há muito mais feeds de imagens a entrar na informação do que para um concurso ou talk show diurno), há também muito mais gente a trabalhar. Ninguém descola os olhos dos monitores nas paredes ou das mesas de controlo. A equipa de Tiago Brochado tem agora 20 pessoas, “que acompanham todos os programas para que fiquem formatados à maneira da CNN”. Quando se tenta perceber o que isso é, a menção ao “rigor” e “exigência” não traduzem logo o que será um novo canal. “O espectador vai notar diferença em tudo”, tenta explicar o coordenador de realização.

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Tudo caminha para dia 22, em que também o site de notícias da CNN Portugal se lançará com as suas próprias colunas de opinião, podcasts e multimédia original. Pedro Santos Guerreiro é o director-executivo responsável pelo digital e Frederico Roque de Pinho o director-executivo a cargo da operação televisiva — as chefias de topo são masculinas também na edição geral, ocupada por Pedro Pinheiro, Rui Loura, José Carlos Araújo e Paulo Magalhães. Sobre o site da CNN Portugal e o jornalismo digital, Nuno Santos recorda que o canal fundado em 1980 por Ted Turner tem “uma cultura de ‘digital first’. Hoje, uma boa parte do acesso ao conteúdo da CNN faz-se primeiro no digital e depois na televisão”.

No próximo ano, a CNN planeia lançar-se no streaming pago com a CNN+. Em Portugal, não está previsto tal passo “estritamente no âmbito da CNN, mas [é um tema que] temos vindo a discutir no âmbito do grupo Media Capital”, alude Nuno Santos, que diz que o TVI Player, a plataforma de streaming do canal e que é paga no estrangeiro, “já significa um volume de negócios interessante para o grupo”.

Para Fevereiro de 2022, o canal prepara “uma linha de produção própria de programas” de diferentes durações e, no segundo semestre do próximo ano, “projectos de maior fôlego, quer com produtoras [externas] ou com equipas internas” na área do documentário. Para já, e garantindo que “todos os espectadores são bons e importantes”, o canal tem como público-alvo no jargão do mercado as classes dos chamados “targets comerciais”: ABC1 e as idades que vão dos 25 anos para cima dos 60. É um perfil diferente do da TVI24, que tem menos público nessas classes de consumidores mais desejadas, letradas e abastadas do que a SIC Notícias ou a RTP3. Nuno Santos volta a frisar: “A CNN é outra realidade.”

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