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R4: TV 7 Dias, 10 a 16 de Abril de 1987


ATVTQsV

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(primeira parte)

Em tempos já aqui falei sobre o histórico do panorama das revistas portuguesas. Antes da TV 7 Dias existir, só existia uma revista que dominava a matrix da televisão portuguesa, a TV Guia, criada sob as cinzas da Tele Semana. A única concorrente, a TV Top, existiu entre 1981 e 1985. Em Abril de 1987, nascia a TV 7 Dias, da Impala. Agora sim já havia concorrência a sério, numa altura em que o governo estava a começar a considerar o fim do monopólio televisivo, com a abertura dos futuros canais privados, revelados no início dos anos 90. Por outro lado, as parabólicas começaram a aparecer (um dos canais mais míticos, o Super Channel, tinha entrado no ar em Janeiro) e o interesse das pessoas em encontrar canais e programas tidos como alternativas aos dois canais da RTP cresceu.

Por outro lado, alternativas terrestres à RTP apareceram um pouco por todo o país, desde os retransmissores clandestinos usados para aumentar o sinal da TVE 1 (e 2, segundo o LUSITANIATV que tem um fecho do canal em Dezembro de 1990) a toda uma panóplia de televisões clandestinas que passavam de tudo: programas sobre as autarquias, talentos locais, entrevistas com celebridades que apareciam na RTP, filmes gravados dos cinemas, programas dos canais por satélite europeus, jogos de futebol locais que nem sequer davam na RTP (até de clubes da primeira liga!) e a principal aliciante: filmes para adultos. Infelizmente, estas alternativas saíram do ar e o "poder" do centralismo lisboeta-portuense continua forte. Com a recente saída do ar da Regiões TV, a chamada à regionalização do sector televisivo continua forte, mas o ego das televisoras continua a ultrapassar as nossas expectativas.

Conforme já disse, a TV 7 Dias foi criada para acabar com o segundo monopólio da TV Guia. Nos primeiros anos, o logo da revista era uma "cara chapada" da Télé 7 Jours, na prática uma TV Guia francesa (por ser a mais antiga do seu género - data de 1944, inicialmente como revista de rádio da RDF/RTF, sendo que passaria a incluir as grelhas da televisão em 1949 e depois de ser vendida a um empresário em 1960, adopta o nome actual), portanto a concorrência pode ser vista como uma TV 7 Dias ou TV Mais francesa. Algo me leva a crer que, assim que vi um 7 idêntico ao da TV 7 Dias na Télé 7 Jours vendida nas revistas internacionais dos quiosques, a Impala teve a licença da likelyhood da revista francesa, sendo o nome bem mais provável. Isto não é de estranhar, até há uma série de anos a Impala competia com a Visão e o Sábado com a revista Focus, licenciada da revista alemã homónima (concorrente do Der Spiegel), que era da propriedade da Hubert Burda Media. O fim da revista foi supostamente devido a uma não renovação da licença, contudo a Impala insistiu em continuar com a TV 7 Dias.

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Este anúncio, colheita do outono de 1987, diz segundo a Enciclopédia de Cromos: "Colagem de várias imagens de novelas, Fórmula 1 e músicos para anunciar a revista "TV 7 Dias", que actualmente é apenas mais uma revista de mexericos."

"Uma nova imagem da Televisão" era aquilo que a revista prometia, sendo que a única concorrente da era croma, a TV Top, tinha falido dois anos antes. Curiosamente em 2003~2004 houve uma segunda TV Top, de pertença da Impala, cuja história se cruza com a da (TV) A Dois. Porquê "A Dois"? Segundo o @thass_hot, era para ler a dois?

O logo permaneceu assim, até 1992 ou 1993.

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Por esta altura (aparecimento da SIC), partindo do princípio que a licença de usar a marca da Télé 7 Jours era de cinco ou seis anos, em vez de continuar a usar o logo da revista francesa, optaram por criar um novo, mantendo o número 7 sendo alvo de grandes modificações, um tv7 metálico e espalhafatoso e DIAS com um novo tipo de letra que ainda é usato até hoje. Foi o logo mais efémero da revista e o único a ser acompanhado por um slogan nas capas: Todos os canais!

Sou eu o único a achar o conceito mais ou menos parecido ao antigo logo do Canal 13 do Chile?

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E numa altura próxima do Natal de 1995, que é como quem diz, há sensivelmente 25 anos, a TV 7 Dias ganha o seu logo actual e um novo slogan: "Veja tudo o que a sua televisão não mostra". Com o salto mortal para a entrada no mundo das celebridades, alavancada ainda mais com a chegada do Big Brother, passou a ser a tal "revista de mexericos" que um dos admins da Enciclopédia (que seja o @FraisesSucrées, confundo-me sempre) anda a frisar que é. Hoje é líder de mercado - trimestralmente a revista encerra com uma nota a dizer que é líder no seu segmento, à frente da TV Guia e da ignorada TV Mais, porém a TV Guia (da Cofina) julga ser a mais comprada, qual Edir Macedo à procura de mais rádios locais para enfiar programas da IURD afim de aumentar o número de fiéis.

Desde o trigésimo aniversário que eles colocam um círculo grande e espalhafatoso a dizer "30/31/32/33/34 (já estou a fazer previsão para o próximo ano) anos a liderar", sendo que é renovado a cada segunda semana de Abril, em vez de tirarem o autocolante de aniversário. Não sei o que é que a Impala anda a tramar - aparentemente gostam de fazer aniversários o ano inteiro? É o caso com esta revista, é o caso com a Nova Gente. Também chegámos a ter o aniversário mais comprido da televisão portuguesa - a SIC fez 25 anos por quase dezoito meses! Ainda bem que uma renovação em Outubro de 2018 foi suficiente para remediar.

Tudo bem, foi o pretexto suficiente para falar sobre a história da revista, que passado um ano ou dois usaria Franklin Gothic até Julho de 2019 quando passou a sair à sexta outra vez e mudou para Helvetica Condensed, o que é estranho para mim pois desde que eu vi a revista pela primeira vez, sempre a vi assim, com tal tipo de letra, e ainda com esta combinação de cores para os dias da semana:
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo

Quase semanalmente ainda compramos a revista e não, não sou um sopeiro. Às vezes a revista foi útil para alguns tópicos cá do fórum, sendo que através dela já avisei a comunidade sobre qual era o formato do Terra Nossa, na altura ainda sem nome definido, ou até um artigo sobre o porquê dos nossos noticiários serem compridos demais (por ser mais barato assim). Portanto tenho uma memória muito nítida e fotográfica do formato actual:

  • capa com um tema principal que, vá-se lá saber, é quase sempre invariavelmente atirado para o fim da revista;
  • cerca de um terço da revista consiste nos chamados "mexericos", sendo que as piores são acompanhadas por uma BRONCA;
  • entrevistas com um concorrente de um rameirality ou programa de talentos sobre o seu passado: familiares que faleceram, problemas sociais no passado, etc.;
  • secção de novelas (sim, já não é um destacável);
  • O Melhor da Cozinha Portuguesa, receitas da tal "Cozinha Experimental Impala", na volta eles vão ultrapassar todas as ideias de receitas já criadas em todo o mundo mundial;
  • páginas de produtos, passatempos e horóscopo;
  • a grelha de programação e os destaques;
  • audiências;
  • Extra TV sobre um assunto qualquer da actualidade (80% das vezes com celebridades relevantes);
  • tema de capa no fim (normalmente sobre uma zaragata entre produtores);
  • anúncios obrigatórios a outras revistas e livros da Impala, e também um anúncio obrigatório ao Ondamar Hotel, também ele da Impala.

Em 2020, a capa da TV 7 Dias tem uma sobrecarga de temas e gráficos, ao contrário da TV Mais cujas capas parecem ser iguais às dos primórdios mas com mais um bocadinho de escândalo e letras garrafais para chamar a atenção do leitor. Tudo bem. O formato actualmente é o da TV Guia, em termos de encadernação e paginação. Este ano deixou de ultrapassar as 100 páginas - efeito da pandemia? - antes dela acho que tinha 104 e agora tem umas 96. Contudo, nos primeiros anos da revista, era do tamanho de uma Maria.

Partindo da qualidade do telemóvel do D91, da sua câmara ser fraca e do tamanho da revista na altura, vamos ficar com muita sorte. Na melhor das hipóteses vamos ter uma crónica de três partes e não de quatro, como tem sido até agora.

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Como é de praxe, a primeira parte fala sobre a capa e algum contexto histórico. Contexto eu já dei, agora vamos à capa em si: Dempsey e Makepeace, os actores da popular série policial da LWT (e não da Thames como se especulava na Caderneta de Cromos). Destacamos ainda dez filmes para a semana, nos dois canais da RTP (hoje, a RTP 1, SIC e TVI passam a mesma quantia numa semana - imagina dois em 1987!) e as estreias de Pedro, o Grande e Quo Vadis, já que estamos próximos da Páscoa.

Agora o tipo de letra: Franklin Gothic, que voltaria a ser a escolha da revista por uns bons 20 anos. Na altura era preferível as revistas usarem versões condensadas que pareciam ter uma aparência mais alta. Fizeram o mesmo com a fonte Futura, já no novo grafismo uns anos mais tarde! E ainda a hipótese de participar no concurso de ganhar um vídeo por semana (é lógico, depois da televisão a cores precisamos de um vídeo para gravar as novelas e termos o "futuro"  em casa).

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(segunda parte)

Tu aqui não petiscas, não petiscas, não senhor... ôba, já estamos no ar?

Um aviso que vou dar agora mesmo, as imagens estão num servidor do SAPO, o que é bom dado que o Facebook costuma ser meio instável e volta e meia as fotos da primeira TV Mais poderão colapsar. Mas vamos agora à crónica.

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Como a revista tinha o tamanho de uma Maria, o sumário ficava numa coluna pequena que até dava para caber notícias de celebridades internacionais. Hoje, chama-se À Volta do Globo e situa-se próximo da entrada da capa dos resumos das novelas.

Primeiro, filmagens de uma vedeta da telenovela mais comprida de sempre dos EUA, Guiding Light. Sobre a novela, que nunca deu cá (mas sim na Islândia), ela esteve no ar na rádio desde os anos 30 até 1965 sendo que em 1952 deu o salto à televisão e saiu do ar em 2009. A primeira notícia fala sobre Judy Evans, uma das actrizes da novela, a filmar Dreams of Gold (pela qualidade da foto mais parecia Streams of Gold), em baixo prémio de popularidade para os "mais" da TV. Ambos nos EUA.

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E bem mais próximo, notícias da Europa, incluindo uma relacionada ao concurso 1, 2, 3 espanhol.

Tal como na primeira TV Mais, uma nota introdutória:

"A questão televisiva está, mais do que nunca, na ordem do dia. Com a discussão e posterior votação na Assembleia da República de projectos-lei sobre a concessão de canais de TV à iniciativa privada, abre-se uma nova fase na história do nosso País daquele que é, sem dúvida, o mais importante meio de Comunicação Social e, por outro lado, o espectáculo mais consumido em todo o Mundo.

É neste contexto que surgimos, preparando-nos e procurando preparar o público para a nova dimensão do fenómeno televisivo e dar-lhe os meios necessários para poder optar com segurança entre as diversas programações que, estamos certos, em breve irão mudar por completo o panorama da TV em Portugal.

Surgimos, também, com o objectivo declarado de tornar mais acessível (tanto gráfica como economicamente), a informação sistemática e concisa sobre os programas da estação oficial.

Cresceremos acompanhando o crescimento da Televisão, e esperamos poder dizer, no futuro, que ajudámos a Televisão a crescer.

Queremos ser - e ajudar a criar - uma nova imagem da Televisão. O tempo será juiz da forma como iremos realizar estes objectivos.

O director"

Ai que formalidade sóbria, clara, coerente e concisa. E isto prova a minha teoria de que a revista surgiu com os projectos-lei (a SIC foi registada este ano) da televisão privada portuguesa. Quase seis anos mais tarde, a TV Mais afirmava que  "uma só revista de televisão dava boa conta do recado!", apesar do monopólio ter sido quebrado. Ainda voltaremos ao tema das televisões privadas nesta crónica.

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Hoje 99% das entrevistas da TV 7 Dias são com celebridades lusófonas - raramente passam estrangeiros e sempre que chega alguém é para meter depois dos destaques do cabo. Uma das últimas vezes que vi foi quando a revista conseguiu ter a oportunidade de entrevistar Freddie Highmore, que tem o papel principal na série The Good Doctor. A primeira peça aprofundada foi sobre Patricia McPherson, numa altura em que a generalidade das pessoas costumava ver séries estrangeiras, legendadas.

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Uma entrevista a Fernando Pereira, numa altura em que passar concertos destes era viável em horário nobre. Tudo bem, já que a RTP de 1987 ainda era um bocado austera mas começava a mostrar alguns sinais de grave progresso.

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Estando próximo da Páscoa, é bem evidente que passem Quo Vadis, e Páscoa não é digna de ser Páscoa sem filmes e mini-séries bíblicas. Este Quo Vadis? era uma mini-série, produzida por diversos países europeus, liderado sob a Rai, onde foi emitido num formato de seis capítulos e não três com dois cada, como a RTP 1 iria passar.

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E dos EUA, outra mini-série histórica, desta vez bem mais recente em termos de ambientação, Pedro o Grande, que por sinal era uma produção caríssima para a época.

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Ainda a anteceder a Páscoa, A Paixão de Cristo segundo Bordalo Pinheiro.

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E aqui está uma série que nesta altura estava em pleno auge, Dempsey e Makepeace, série que a RTP Memória nunca comprou até à data. A série tinha terminado a sua emissão no Reino Unido em Novembro do ano anterior mas ainda estava a ter uma baita aceitação cá, numa entrevista que nem parece entrevista, e sim uma introdução basilar à série. Consta que em 2004 coleccionadores britânicos queriam ter os DVDs da Prisvídeo já que no UK não houve lançamento da série até 2006 (sob a tutela da Network, que também lançou muitos programas antigos da ITV), bandalhos.

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Actor em Destaque: Anthony Quinn de Zorba, o Grego, a passar a pente fino a sua carreira.

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E no tema dos filmes, os filmes da semana de Páscoa na RTP. Não entendo o porquê desta divisão azul e verde (ou será amarela? lima?), partindo do princípio que iria ser entre os dois canais, mas não, estão enganados. É mais complicado do que tentar resolver um cubo mágico.

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Filmes da Semana, com os logos das sessões de filmes na altura: Pela Noite Dentro, Primeira Matiné, Cineclube, Lotação Esgotada e Cinemadois.

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Palavras Cruzadas, caminhos cruzados, sem hora marcada pelo coração... Resumo da "sua telenovela portuguesa" (Será que Lurdes encontra a filha?)

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O que nos irrita é o facto do director da revista não aparecer na nota introdutória, apesar da grande formalidade que teve comparado com a TV Mais seis anos mais tarde. Não é preciso imaginar e - aha! - descobrimos que era o Jacques Rodrigues, fundador da Impala! A tiragem rondava os 100.000 exemplares, hoje anda por volta dos 150.000, sei lá, cansei!

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E será que os negócios de jóias de Dona Josefina serão Cambalacho?

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Por incrível que pareça, nesta altura as novelas da Globo não davam às 21 horas e eram marginalizadas noutros horários pela RTP, provavelmente devido à novela feita cá.

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E eis que entramos nas grelhas de programação dos dois canais. A RTP 1 começava às 10 e fechava por volta da meia-noite, contabilizando umas 14 horas diárias, sendo que aumentava para entre 16 a 18 entre sexta e domingo. Estando ainda no fim do segundo período, ainda havia pausa para o Ciclo Preparatório TV. O programa da manhã que abria a emissão tinha pouco mais de duas horas no ar. O Brinca Brincando estava reduzido a duas séries: Jimbo and the Jet-Set (não se deixem enganar pelo título que deram, era um mero caso de falso amigo), série que tantos anos mais tarde dava no Canal Panda nos intervalos entre as séries. Chubby Dumpling é uma incógnita, pois pelo nome e pelas palavras-chave que juntei à pesquisa como "series", não obtive nenhum resultado. É bem provável que tenha sido um nome de exportação de uma série de Leste, pois os chamados Contos Folclóricos Húngaros eram emitidos numa versão exportada com títulos em inglês.

Em 2001, a RTP 2 tinha um bizarro programa chamado Serviço Público onde anónimos teriam o direito a um programa só deles. Em 1987, era "informações úteis sobre os serviços que o Estado põe ao serviço da comunidade". Soa meio autoritário, parece um programa que iríamos ver num país semi-ditatorial, mas era o que havia. O Telejornal era às 19:30 - por mim podia ser sempre a esta hora pois não quero um horário nobre tardio.

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A novela era sucedida por Uma História ao Fim do Dia, onde aqui sabemos que não estava limitado a celebridades - educadores de infância também eram convidados a entrar - à qual se seguia o primeiro Vitinho. Cheira-me que houve um buracão enorme na grelha até às 21, pois aquilo durava uns 5 a 7 minutos no máximo, contando com a animação improvisada que a RTP fez do "Boa Noite" depois do Vitinho.

Às 21 horas, Pedro, o Grande, seguido pelo concerto do Fernando Pereira. O horário nobre acabava aqui: hoje, as 23 horas são a segunda (ou terceira) faixa. Pelos vistos este "boa noite" entre o 24 Horas e o Remate era para fazer gazeta para preencher a grelha, pois não aparecia nas grelhas do DL, e numa gravação que o LUSITANIATV tem de Janeiro de 1987, saltava do 24 Horas para o Remate. Como é sexta, a emissão não acaba aqui, e prolonga-se até cerca da uma e meia da manhã com um filme.

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Resumos individuais das novelas.

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A RTP 2 tinha uma grelha que, na média, tinha nove horas de duração. Com o fim do Europa Countdown e por extensão da Europa Television, a RTP ousou ir mais longe. Assinou um contrato com a Music Box - uma resposta incorrecta da Virgin à MTV - que passou a ser uma produtora para a Super Channel e que vendia o seu catálogo a televisões estrangeiras como a NHK. Adam Curry continuava a produzir o seu programa em inglês agora num novo canal, Super Channel para os privilegiados, que também dava o Nino Show à RTP para interferir com o "sagrado" Telejornal. A emissão fechava por volta das 23:30. De segunda a sexta, depois da leitura da grelha, era lido um poema, aos fins-de-semana saltava logo da grelha para o hino.

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Gente, as séries viraram "rubricas"? Tudo bem. Nesta altura já não havia Jornalinho e ainda assim, trataram ao Plume d'Élan (Pluma de Alce) como uma rubrica.

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Um programa chamado Defesa do Consumidor? Será que em 2020 ainda precisamos de programas destes? Queixamo-nos da falta de algumas  "obrigações de serviço público) que a RTP anda a passar completamente ao lado. Por esta altura, o Top Disco mudou de nome para Top Vídeo. A tarde era preenchida pelo programa A Quinta do Dois, agora aos sábados. Porquê A Quinta do Dois na RTP 1?

Numa altura em que haviam programas que destacavam o que ia dar na semana, o da RTP na altura dava pelo nome de 7 Folhas, pena terem descartado o nome para uma possível concorrência no sector das revistas televisivas. O Jornal de Sábado era às 20.

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Entrevista a Chiquinho a promover o Troféu.

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Se a RTP 2 nos primeiros anos tinha boa reputação por repetir programas no primeiro, aos sábados virava uma Globo Portugal ao domingo, com compactos do Adam Curry e de Cambalacho. Tarde forrada a Troféu e noite com programas diversos.

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A RTP 1 abria mais cedo aos domingos para passar uma hora de Juventude e Família. A RTP tinha um programa de seu nome TV Mulher, cuidado senão a Globo vai vos processar.

Só estava a gozar, claro, nos anos 60 havia um programa chamado TV Clube e no Brasil existem canais locais de TV com este nome.

Às 13:10 estava lá o Goucha, mas num registo de bigode e a fazer programas de culinária. Em 2020 dificilmente veríamos este registo.

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Quase todo o resto era preenchido por enlatados, sendo que o grande destaque para o horário nobre era um concerto do Roberto Carlos! O Domingo Desportivo era puxado para o fim.

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E sim, houve um tempo em que a Primeira Liga era o Nacional de Futebol.

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Uma hora de programas enlatados da Music Box abre a RTP 2, com programas diversos ao longo do dia, Troféu só à tarde e fim da emissão com uma repetição do Top Vídeo do dia anterior.

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Sendo que o principal destaque era a Fórmula Um (e não Fórmula 1, como se escreve hoje).

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O primeiro destacável da revista era sobre a SIDA, que na altura estava em voga e hoje está mais controlada.

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"14 respostas para as suas perguntas", como se fosse um folheto de uma organização não governamental qualquer.

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Continuação daquilo sobre a Fórmula 1.

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Entrada já na semana da Páscoa, a RTP 1 muda a sua grelha da tarde e coloca filmes para preencher os dois períodos. E sim, quase uma hora de teatro em horário nobre. Como éramos mais cultos.

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Resumos.

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Custava meter as opções do Agora Escolha (ou Agora, Escolha!)?

O canal fechava cedo demais, pouco depois das 22:30.

Destacam o programa do apresentador inlgês Nino Firetto. Inlgês, que é como quem diz, da Inlgaterra, e por si só, do Renio Undio.

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Terça é dia de Dempsey e Makepeace!

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Acho que nós já estamos a ter uma ideia normal de como era a semana.

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Como era quarta, a novela chegava mais tarde por causa do Vamos Jogar no Totobola. E um filme em horário nobre, 21 horas! Impensável em pleno 2020!

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Só agora é que percebi que este tal de "Novo Amor" era Louco Amor...

É o que dá a falta de internet e uma falha na perceção de um "Louco" caligrafado porcamente.

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Por ser Quinta-Feira Santa (isto existe), não há Brinca Brincando.

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E pelos vistos, continuaram a chamar à novela Louco Amor de Novo Amor.

Vamos deixar a crónica por aqui e voltaremos mais logo, e com um artigo que será do extremo interesse de um utilizador cá do sítio. Esta parte já vai mais do que comprida!

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há 3 horas, ATVTQsV disse:

E pelos vistos, continuaram a chamar à novela Louco Amor de Novo Amor.

Vamos deixar a crónica por aqui e voltaremos mais logo, e com um artigo que será do extremo interesse de um utilizador cá do sítio. Esta parte já vai mais do que comprida!

"Novo Amor" foi uma telenovela da TV Manchete produzida em meados de 1986. No ano seguinte, ganhou uma versão colombiana na RTI chamada "Brillo".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Amor

Fiquei curioso em saber o que seria "Caminhos" (RTP 2 - dom. 12h30min) com assuntos religiosos "não católicos". Sei que a TV galega tem um programa protestante desde 1985.

E sobre o teatro em horário nobre, isto era comum até na Televisão comercial do Brasil (ao menos até os anos 1970). Talvez isto manteve-se na Televisão de Portugal por mais tempo em função do monopólio da RTP.

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(terceira parte)

E depois de um cansaço incomensurável, o resto da revista (ainda bem que é menos do que metade!):

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Programação infantil na RTP:

  • Brinca Brincando com todas as séries que iriam passar;
  • os desenhos animados da Mafalda depois do Telejornal (por falar nisso, o Quino morreu há bem pouco tempo);
  • só havia Vitinho quando havia história infantil;
  • tudo o que dava no Juventude e Família, que também incluía a série galesa Wil Cwac Cwac (esta lembro-me de ver no Panda) e A Sra. Pimentinha;
  • os Monchicchis, à beira do fim, e emitidos separadamente (há bem pouco tempo uma empresa francesa fez uma nova versão que deu no Panda);
  • o Clube Amigos Disney;
  • um especial da Disney para dia 16.

À esquerda, um aviso do regresso da série He-Man e os Donos do Universo (título oficial da RTP), programado para dia 18.

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Como é inevitável, as revistas portuguesas não escapavam às grelhas espanholas. Tal como a Nova Gente, do mesmo grupo, eles tiveram a ousadia de improvisar a grelha todinha, sem ajustar o fuso horário ao nosso e de traduzir tudo (Telediário ficava Telejornal). Ao contrário da Nova Gente, tinham os logos certos dos canais.

Fora os detalhes técnicos: em 1987 a TVE 1 já ultrapassava a RTP 1 em número de horas de emissão, emitindo uma média de 18 horas nos dias laborais, começando às 07:30 (06:30 cá) com o primeiro noticiário matinal, o Buenos Días, e de manhã tinha um "programa de continuidade" chamado Pela Manhã (Por la Mañana). Como os espanhóis não tinham nada de Ciclo Preparatório TV, a emissão era contínua (a falta de programas às 14 horas era para os centros das autonomias). A TVE, por outro lado,  tinha muita massa, guito, etc. para comprar séries e eram todas elas concentradas no primeiro canal, coisa que mais tarde, nos anos 90, ficava dividido entre os dois canais numa tensa luta entre o sector estatal e o crescente sector privado.

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Se o primeiro canal já abria mais cedo, a TVE 2, por outro lado, estava atrás da RTP 2 - as emissões só começavam às 19 horas em muitas comunidades autónomas. Por outro lado, os telespectadores na Catalunha tinham o Circuit Català. Até hoje a La 2 (e salvo erro a Teledeporte) são programados a partir de Barcelona, sendo que na Catalunha a TVE tem mais autonomia na sua programação, tendo duplicado o número de horas de programas catalães (na língua, não no mero facto de ser regional). Na altura estavam na mira de um terceiro canal, exclusivo para a Catalunha, mas o projecto caiu quando a Televisió de Catalunha utilizou as frequências para o Canal 33, a "segunda autonómica" deles e a segunda do seu tipo depois da ETB 2.

A TVE 2 era bem mais austera, começando com Filhos e Filhas (que também dava na RTP 2) e tinha também um Cineclube (Cine Club, duas palavras). À quinta-feira era emitido o Metrópolis, um dos magazines culturais mais longos da história da televisão europeia. Por outro lado ao fim-de-semana a grelha era escassa, no sábado só tinham três programas (imagina o fim de emissão daquela noite de sexta para sábado! só dez segundos da grelha a subir antes do hino), sendo que aos fins-de-semana à tarde ainda se dava primazia ao desporto, coisa que acabou em 2010 porque já todos tinham o canal Teledeporte.

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Por outro lado, eles já tinham a grelha da única "autonómica" ao alcance da fronteira, a TVG, terceira do tipo, atrás da TV3 catalã e da ETB 1 (por esta altura já existia a ETB 2). Quem vivia no sul tinha de esperar até 1989 pelas emissões do Canal Sur, também conhecido por Bacanal Sur devido às fitas eróticas emitidas à noite nos seus primeiros anos.

Como as autonómicas estavam à procura de conteúdo, a emissão tinha dois períodos com hora de abertura e "remate" (sim, nos fechos de emissão da TVG aparecia a hora do "remate da emisión", não culpem os falsos amigos). O Xabarín e os animes estavam longe de dominar estas televisões, coisa que virou realidade graças a uma jogada de mestre de Paco Gratacós para buscar animes de longa duração para preencher dias e dias seguidos, criando o mito vivo da Luk Internacional.

O que me surpreendeu foi o facto da TVG ter emitido programas seleccionados do SKY Channel (ainda não era SKY One) numa fase em que era assumida como televisão europeia. Por outro lado nem o Telexornal (sim, com X) escapou aos tradutores e ficou Telejornal (com J).

Agora vamos para um tema que é do interesse de utilizadores como o @miguelalex23 ou o @Rangel, pois todos nós sabemos que estas revistas são preciosas demais para contar a história, muitas vezes mal contada, da televisão portuguesa. Em 1987, com a SIC já registada, a TV 7 Dias falava sobre o plano governamental da legalização das ditas.

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?tab=comments&title=TV%207%20Dias%204~10

Onde, para além de mostrar uma foto de executivos da RTP e da SIC na feira de vendas internacionais da BBC, também se fala sobre as televisões clandestinas da Grande Lisboa: a TRL, o recém-criado Canal Zero e a Televisão da Amadora, vítima de um fecho recente mas que entretanto voltou ao ar na altura da revista.

As televisões como a TRL enchiam-se de filmes recentes, programação do estrangeiro e programação local. Braga viria a ter a sua em Maio de 1987, mas só encontrei dados nesta página. Direi apenas que esta fase, de legislação das TVs privadas, era também o auge das locais clandestinas.

Por outro lado, a SIC a fornecer-se à bruta de conteúdo britânico. Na mesma altura, a Nova Gente falava sobre a SIC quando o gestor da Granada Television veio a Portugal. Os planos da Granada caíram por água abaixo e a Globo viria a salvar no início dos anos 90, e o resto é história.

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Nesta altura vimos também a eclosão da televisão por satélite, com dois satélites: Intelsat V-F10 e Eutelsat ECS-F1.

Grelha do Intelsat:
1 - The Children's Channel/Premiere. O primeiro foi o mais duradouro, tendo saído do ar no Reino Unido em 1998 e na Escandinávia e algumas zonas do UK em 2000. O Premiere foi o resultado de uma reformulação do Mirrorvision. O canal, codificado, emitia desenhos animados à tarde e filmes durante o resto da grelha.
2 - Arts Channel (Art's Channel parece o canal de um gajo chamado Art), canal que acho que era dos donos do SKY Channel com emissão bastante limitada/Lifestyle, da WH Smith que emitia de dia/Screensport, também da WH Smith, ambos os canais saíram do ar no início de 1993 sendo que o Screensport entrou em fusão com o Eurosport.
3 - CNN International, e mais não digo.

Grelha do Eutelsat:
1 - Super Channel, canal que em Janeiro de 1987 tinha assumido as frequências do Music Box, que passaria a ser uma produtora de conteúdos para o canal. Era emitido 24/24 e prometia ter uma grelha "best of British" no início, mas o plano falhou devido a zaragatas com a entidade de actores Equity.
2 - Teleclub, canal codificado para os países alemães, alvo de bastante pirataria. Com o tempo a Alemanha e a Áustria cederam os seus serviços (salvo erro) à Premiere sendo que o Teleclub agora opera sozinho na Suíça, como uma série de canais.
3 - SAT.1, com duas rádios americanas no sub-carrier sonoro.
4 - Filmnet, canal orientado para a Holanda e Escandinávia, que nasceu como um canal holandês. Depois aumentou a sua cobertura para a Polónia, República Checa, etc. sendo que depois foi absorvido pela Canal+.
5 - este canal partilhava as suas emissões ente os seguintes:

  • TV5, que não era só de filmes, e sim o célebre canal francófono
  • World Public News, canal que ainda é uma incógnita. Podem ver o logo aqui.
  • New World Channel, canal cristão com sede na Oslo e emissão predominantemente em inglês
  • Worldnet, hoje Voica of America Television

6 - RAI Uno, que até teve direito a uma caixa só dela, sendo as aliciantes a facilidade da língua e as suas produções.
7 - SKY Channel
8 - 3sat

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E comecemos então com as primeiras fichas destacáveis de dimensão mais pequena, começando com a programação infantil: Monchicchi, He-Man, Sam's Luck e Mafalda.

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Reportagem sobre os Óscares quando ainda eram no início da primavera.

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Destacáveis de culinária, começando com os doces. Hoje, chama-se O Melhor da Cozinha Portuguesa e acho que daqui veio o "bichinho" da Cozinha Experimental Impala (isto, apesar da Nova Gente ter receitas desde o seu início).

21945927_y22PU.jpeg

Também a revista trazia videocapas: quem foi a primeira a fazê-las? Pois aqui não eram para filmes na televisão e sim filmes das editoras, com nomes xunga tipo Legal Vídeo e Videotrónica.

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O nome oficial destas capas eram as "Fichas de Vídeo".

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Mais fichas, desta vez com letras de canções.

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O horóscopo assinado pelo mediático Lesagi Zandinga, tarólogo luso-brasileiro que nasceu em 1945 e faleceu numa parte incerta dos anos 2000.

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Passatempos, longe de serem ornamentados por uma celebridade da TV.

21945940_aYWWS.jpeg

E como ganhar o vídeo? Basta acertar o passatempo "De Quem São Estes Lábios?"!

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Para acabar, uma BD serializada dos Masters do Universo.

Até agora esta revista ficou desprovida de anúncios, nem mesmo da Nova Gente. Pois bem, o único anúncio aparece na contracapa:

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E pronto, chegámos ao fim da primeira TV 7 Dias. Oportunadamente voltaremos a uma fase da "infância" da revista para ver como cresceu. Um início meio austero, em muitos sentidos.

Quase me esqueci de colocar isto na introdução. Em Abril, aquando dos 33 anos da revista, o Jorge Martinez (sim, o pirómano que no ano passado foi à Ribeira Grande) fez este poema de elogio à revista. Boa noite e até à próxima revista.

 

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há 1 hora, PierreDumont disse:

Fiquei curioso em saber o que seria "Caminhos" (RTP 2 - dom. 12h30min) com assuntos religiosos "não católicos". Sei que a TV galega tem um programa protestante desde 1985.

O Caminhos ainda existe - tal como o 70x7. É um espaço semanal de meia hora ocupado de forma rotativa pelas outras confissões religiosas além da Igreja Católica Apostólica Romana.

https://www.rtp.pt/play/p58/caminhos

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há 1 hora, PierreDumont disse:

Fiquei curioso em saber o que seria "Caminhos" (RTP 2 - dom. 12h30min) com assuntos religiosos "não católicos". Sei que a TV galega tem um programa protestante desde 1985.

O programa em si está no ar desde Outubro de 1986, agora passa às 17, mais minuto menos minuto, devido à gestão da Teresa Paixão. Já o galego (o Nacer de Novo) é bem mais restrito, limitando-se aos evangélicos em geral.

Actualmente, a AEP fica com o Caminhos no terceiro domingo de cada mês e um espaço reduzido no A Fé dos Homens (o resto é ocupado pelo noticiário da Agência Ecclesia) às terças e sextas com nome próprio, A Luz das Nações. Normalmente estes programas (e isto inclui o Ecclesia) são emitidos a partir do mesmo estúdio virtual do Portugal em Directo, exceptuando quando as restantes confissões gravam entrevistas ou fazem peças sem recurso ao estúdio. Por exemplo, já vi uma peça sobre as festividades judaicas na Fé dos Homens sem recurso ao estúdio e só a imagens no ano passado. Hoje a produtora dos não-católicos é a Openwave.

há 2 horas, PierreDumont disse:

"Novo Amor" foi uma telenovela da TV Manchete produzida em meados de 1986. No ano seguinte, ganhou uma versão colombiana na RTI chamada "Brillo".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Amor

Fiquei confuso, obrigado.

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@ATVTQsV estão muito bons os posts sobre a primeira TV7 Dias. Tentei tirar fotos melhores desta vez e acho que consegui ;).

Espero que gostem das fotos. A televisão da altura era bem diferente da atual e sabe sempre bem recordar estes tempos da nossa televisão.

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há 2 minutos, D91 disse:

A televisão da altura era bem diferente da atual e sabe sempre bem recordar estes tempos da nossa televisão.

Para mim a melhor fase foram os anos 90, segundo as revistas que analisei, sobretudo a partir do surgimento da SIC, dado que analisar a infância do canal e o salto quantitativo/qualitativo da RTP sóbria dos anos 80 para a RTP moderna dos anos 90 também ajudou.

Tirando algumas decisões como o desporto a mais na fase da TV2, claro

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há 1 minuto, LAboy 456 disse:

Uma correção: a personagem da Rosa Lobato de Faria em "Palavras cruzadas" era Helena...

Lembrei-me da edição da Caderneta de Cromos sobre aquele vídeo das auroras que dava para preencher a emissão e saiu-me Dona Josefina sem dar play.

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há 23 horas, ATVTQsV disse:

E numa altura próxima do Natal de 1995, que é como quem diz, há sensivelmente 25 anos, a TV 7 Dias ganha o seu logo actual e um novo slogan: "Veja tudo o que a sua televisão não mostra". Com o salto mortal para a entrada no mundo das celebridades, alavancada ainda mais com a chegada do Big Brother, passou a ser a tal "revista de mexericos" que um dos admins da Enciclopédia (que seja o @FraisesSucrées, confundo-me sempre) anda a frisar que é.

Por acaso não fui eu, mas subscrevo.

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A TV7 Dias para mim ainda é a melhor revista do segmento das revistas de TV.

Até ao inicio da década passada comprava muitas vezes esta revista, agora compro menos mas de vez em quando ainda a compro.

Na primeira década dos anos 2000 era muito boa, dedicava muitas páginas às novelas e novidades da televisão e tinha muitos exclusivos também, acho que até tinha mais exclusivos que a TV Guia e tinha muitas páginas (chegava a ter quase 200).

Agora tem muito menos páginas e tem cada vez menos exclusivos de TV :sleep:. Já não tenho tanto gosto em comprar esta revista atualmente, infelizmente. 

A concorrência (TV Guia e TV Mais) também não são melhores, a primeira só tem fake news na maioria das vezes e a segunda é péssima a pior de todas.

Era bom que a Impala (que está muito mal financeiramente) melhora-se a revista.

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há 3 horas, PierreDumont disse:

"Novo Amor" foi uma telenovela da TV Manchete produzida em meados de 1986. No ano seguinte, ganhou uma versão colombiana na RTI chamada "Brillo".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Amor
 

Mais sobre a novela (que esteve mesmo para ser chamada de "Brilho" (um dos núcleos da novela era uma revista de moda com esse nome), mas acabou por ser substituído - a razão sendo o facto que alguém poderia erroneamente associá-la com a cocaína):

http://teledramaturgia.com.br/novo-amor/

https://brincabrincando.com/novo-amor/

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há 3 horas, ATVTQsV disse:

(terceira parte)

E depois de um cansaço incomensurável, o resto da revista (ainda bem que é menos do que metade!):

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Programação infantil na RTP:

  • Brinca Brincando com todas as séries que iriam passar;
  • os desenhos animados da Mafalda depois do Telejornal (por falar nisso, o Quino morreu há bem pouco tempo);
  • só havia Vitinho quando havia história infantil;
  • tudo o que dava no Juventude e Família, que também incluía a série galesa Wil Cwac Cwac (esta lembro-me de ver no Panda) e A Sra. Pimentinha;
  • os Monchicchis, à beira do fim, e emitidos separadamente (há bem pouco tempo uma empresa francesa fez uma nova versão que deu no Panda);
  • o Clube Amigos Disney;
  • um especial da Disney para dia 16.

À esquerda, um aviso do regresso da série He-Man e os Donos do Universo (título oficial da RTP), programado para dia 18.

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Como é inevitável, as revistas portuguesas não escapavam às grelhas espanholas. Tal como a Nova Gente, do mesmo grupo, eles tiveram a ousadia de improvisar a grelha todinha, sem ajustar o fuso horário ao nosso e de traduzir tudo (Telediário ficava Telejornal). Ao contrário da Nova Gente, tinham os logos certos dos canais.

Fora os detalhes técnicos: em 1987 a TVE 1 já ultrapassava a RTP 1 em número de horas de emissão, emitindo uma média de 18 horas nos dias laborais, começando às 07:30 (06:30 cá) com o primeiro noticiário matinal, o Buenos Días, e de manhã tinha um "programa de continuidade" chamado Pela Manhã (Por la Mañana). Como os espanhóis não tinham nada de Ciclo Preparatório TV, a emissão era contínua (a falta de programas às 14 horas era para os centros das autonomias). A TVE, por outro lado,  tinha muita massa, guito, etc. para comprar séries e eram todas elas concentradas no primeiro canal, coisa que mais tarde, nos anos 90, ficava dividido entre os dois canais numa tensa luta entre o sector estatal e o crescente sector privado.

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Se o primeiro canal já abria mais cedo, a TVE 2, por outro lado, estava atrás da RTP 2 - as emissões só começavam às 19 horas em muitas comunidades autónomas. Por outro lado, os telespectadores na Catalunha tinham o Circuit Català. Até hoje a La 2 (e salvo erro a Teledeporte) são programados a partir de Barcelona, sendo que na Catalunha a TVE tem mais autonomia na sua programação, tendo duplicado o número de horas de programas catalães (na língua, não no mero facto de ser regional). Na altura estavam na mira de um terceiro canal, exclusivo para a Catalunha, mas o projecto caiu quando a Televisió de Catalunha utilizou as frequências para o Canal 33, a "segunda autonómica" deles e a segunda do seu tipo depois da ETB 2.

A TVE 2 era bem mais austera, começando com Filhos e Filhas (que também dava na RTP 2) e tinha também um Cineclube (Cine Club, duas palavras). À quinta-feira era emitido o Metrópolis, um dos magazines culturais mais longos da história da televisão europeia. Por outro lado ao fim-de-semana a grelha era escassa, no sábado só tinham três programas (imagina o fim de emissão daquela noite de sexta para sábado! só dez segundos da grelha a subir antes do hino), sendo que aos fins-de-semana à tarde ainda se dava primazia ao desporto, coisa que acabou em 2010 porque já todos tinham o canal Teledeporte.

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Por outro lado, eles já tinham a grelha da única "autonómica" ao alcance da fronteira, a TVG, terceira do tipo, atrás da TV3 catalã e da ETB 1 (por esta altura já existia a ETB 2). Quem vivia no sul tinha de esperar até 1989 pelas emissões do Canal Sur, também conhecido por Bacanal Sur devido às fitas eróticas emitidas à noite nos seus primeiros anos.

Como as autonómicas estavam à procura de conteúdo, a emissão tinha dois períodos com hora de abertura e "remate" (sim, nos fechos de emissão da TVG aparecia a hora do "remate da emisión", não culpem os falsos amigos). O Xabarín e os animes estavam longe de dominar estas televisões, coisa que virou realidade graças a uma jogada de mestre de Paco Gratacós para buscar animes de longa duração para preencher dias e dias seguidos, criando o mito vivo da Luk Internacional.

O que me surpreendeu foi o facto da TVG ter emitido programas seleccionados do SKY Channel (ainda não era SKY One) numa fase em que era assumida como televisão europeia. Por outro lado nem o Telexornal (sim, com X) escapou aos tradutores e ficou Telejornal (com J).

Agora vamos para um tema que é do interesse de utilizadores como o @miguelalex23 ou o @Rangel, pois todos nós sabemos que estas revistas são preciosas demais para contar a história, muitas vezes mal contada, da televisão portuguesa. Em 1987, com a SIC já registada, a TV 7 Dias falava sobre o plano governamental da legalização das ditas.

21945882_1MUqy.jpeg
?tab=comments&title=TV%207%20Dias%204~10

Onde, para além de mostrar uma foto de executivos da RTP e da SIC na feira de vendas internacionais da BBC, também se fala sobre as televisões clandestinas da Grande Lisboa: a TRL, o recém-criado Canal Zero e a Televisão da Amadora, vítima de um fecho recente mas que entretanto voltou ao ar na altura da revista.

As televisões como a TRL enchiam-se de filmes recentes, programação do estrangeiro e programação local. Braga viria a ter a sua em Maio de 1987, mas só encontrei dados nesta página. Direi apenas que esta fase, de legislação das TVs privadas, era também o auge das locais clandestinas.

Por outro lado, a SIC a fornecer-se à bruta de conteúdo britânico. Na mesma altura, a Nova Gente falava sobre a SIC quando o gestor da Granada Television veio a Portugal. Os planos da Granada caíram por água abaixo e a Globo viria a salvar no início dos anos 90, e o resto é história.

21945898_yQpiO.jpeg

Nesta altura vimos também a eclosão da televisão por satélite, com dois satélites: Intelsat V-F10 e Eutelsat ECS-F1.

Grelha do Intelsat:
1 - The Children's Channel/Premiere. O primeiro foi o mais duradouro, tendo saído do ar no Reino Unido em 1998 e na Escandinávia e algumas zonas do UK em 2000. O Premiere foi o resultado de uma reformulação do Mirrorvision. O canal, codificado, emitia desenhos animados à tarde e filmes durante o resto da grelha.
2 - Arts Channel (Art's Channel parece o canal de um gajo chamado Art), canal que acho que era dos donos do SKY Channel com emissão bastante limitada/Lifestyle, da WH Smith que emitia de dia/Screensport, também da WH Smith, ambos os canais saíram do ar no início de 1993 sendo que o Screensport entrou em fusão com o Eurosport.
3 - CNN International, e mais não digo.

Grelha do Eutelsat:
1 - Super Channel, canal que em Janeiro de 1987 tinha assumido as frequências do Music Box, que passaria a ser uma produtora de conteúdos para o canal. Era emitido 24/24 e prometia ter uma grelha "best of British" no início, mas o plano falhou devido a zaragatas com a entidade de actores Equity.
2 - Teleclub, canal codificado para os países alemães, alvo de bastante pirataria. Com o tempo a Alemanha e a Áustria cederam os seus serviços (salvo erro) à Premiere sendo que o Teleclub agora opera sozinho na Suíça, como uma série de canais.
3 - SAT.1, com duas rádios americanas no sub-carrier sonoro.
4 - Filmnet, canal orientado para a Holanda e Escandinávia, que nasceu como um canal holandês. Depois aumentou a sua cobertura para a Polónia, República Checa, etc. sendo que depois foi absorvido pela Canal+.
5 - este canal partilhava as suas emissões ente os seguintes:

  • TV5, que não era só de filmes, e sim o célebre canal francófono
  • World Public News, canal que ainda é uma incógnita. Podem ver o logo aqui.
  • New World Channel, canal cristão com sede na Oslo e emissão predominantemente em inglês
  • Worldnet, hoje Voica of America Television

6 - RAI Uno, que até teve direito a uma caixa só dela, sendo as aliciantes a facilidade da língua e as suas produções.
7 - SKY Channel
8 - 3sat

21945903_oZ9Hi.jpeg

E comecemos então com as primeiras fichas destacáveis de dimensão mais pequena, começando com a programação infantil: Monchicchi, He-Man, Sam's Luck e Mafalda.

21945910_gvrp0.jpeg
21945919_qIhMT.jpeg

Reportagem sobre os Óscares quando ainda eram no início da primavera.

21945926_wWumP.jpeg

Destacáveis de culinária, começando com os doces. Hoje, chama-se O Melhor da Cozinha Portuguesa e acho que daqui veio o "bichinho" da Cozinha Experimental Impala (isto, apesar da Nova Gente ter receitas desde o seu início).

21945927_y22PU.jpeg

Também a revista trazia videocapas: quem foi a primeira a fazê-las? Pois aqui não eram para filmes na televisão e sim filmes das editoras, com nomes xunga tipo Legal Vídeo e Videotrónica.

21945928_pE5uz.jpeg

O nome oficial destas capas eram as "Fichas de Vídeo".

21945931_oAojZ.jpeg
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Mais fichas, desta vez com letras de canções.

21945936_nzzq4.jpeg

O horóscopo assinado pelo mediático Lesagi Zandinga, tarólogo luso-brasileiro que nasceu em 1945 e faleceu numa parte incerta dos anos 2000.

21945938_0gBqa.jpeg

Passatempos, longe de serem ornamentados por uma celebridade da TV.

21945940_aYWWS.jpeg

E como ganhar o vídeo? Basta acertar o passatempo "De Quem São Estes Lábios?"!

21945941_tAWU7.jpeg
21945943_YHW1k.jpeg

Para acabar, uma BD serializada dos Masters do Universo.

Até agora esta revista ficou desprovida de anúncios, nem mesmo da Nova Gente. Pois bem, o único anúncio aparece na contracapa:

21945944_6lif7.jpeg

E pronto, chegámos ao fim da primeira TV 7 Dias. Oportunadamente voltaremos a uma fase da "infância" da revista para ver como cresceu. Um início meio austero, em muitos sentidos.

Quase me esqueci de colocar isto na introdução. Em Abril, aquando dos 33 anos da revista, o Jorge Martinez (sim, o pirómano que no ano passado foi à Ribeira Grande) fez este poema de elogio à revista. Boa noite e até à próxima revista.

 

Pelo que vejo, a RTP dos anos 80 se parecia bastante ao que era a TV Cultura de São Paulo no mesmo período. Porque o tempo de emissão da RTP era tão escasso até meados dos anos 80? Em março de 1985, o tempo de emissão do primeiro canal não passava de 5 horas.

As emissões dos canais espanhóis chegavam a que pontos de Portugal? A região metropolitana de Lisboa conseguia apanhá-las?

A CNN International emitia uma hora diária de noticiários em espanhol: o Telemundo CNN, que ficou no ar até setembro de 1996. Emitia-se às 23h30 e 4h30 pelo horário de Lisboa.

há 6 minutos, LAboy 456 disse:

Mais sobre a novela (que esteve mesmo para ser chamada de "Brilho" (um dos núcleos da novela era uma revista de moda com esse nome), mas acabou por ser substituído - a razão sendo o facto que alguém poderia erroneamente associá-la com a cocaína):

http://teledramaturgia.com.br/novo-amor/

https://brincabrincando.com/novo-amor/

Era um forte calão oitentista para cocaína no Brasil e, por este motivo, a TV Manchete proibiu o título, que foi aproveitado na Colômbia. Aliás, houve um filme policial meio "trash" chamado "A Rota do Brilho" com Alexandre Frota e a cantora Gretchen.

A título de curiosidade, por sua proximidade aos países produtores e a porosidade das suas fronteiras, a cocaína vendida no Brasil é a mais barata do mundo: cerca de 9 euros por grama contra 200 da Austrália.

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Por causa de números factores, desde a crise energética em 1981 (o que forçou à suspensão das emissões televisivas posteriores às 23 horas) aos cortes no primeiro período de emissão entre Outubro de 1983 e 1985 para remediar os problemas da despesa pública. Hoje dificilmente a televisão portuguesa faria algo parecido.

Devido ao monopólio a televisão estava influenciada directamente pelo governo.

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há 2 horas, ATVTQsV disse:

Fiquei confuso, obrigado.

Um mistério é o da telenovela "Simplesmente Maria" na Televisão da Galiza em 1987. Pelo que eu saiba, a novela mexicana homônima foi produzida apenas em 1989. E a versão original (1969) era muito antiga. A única possibilidade razoável, caso se trate da mesma história, seja o da telenovela argentina "Rosa de Lejos" de 1980. Mas, ainda não me convence.
 

há 1 hora, ATVTQsV disse:

Por causa de números factores, desde a crise energética em 1981 (o que forçou à suspensão das emissões televisivas posteriores às 23 horas) aos cortes no primeiro período de emissão entre Outubro de 1983 e 1985 para remediar os problemas da despesa pública. Hoje dificilmente a televisão portuguesa faria algo parecido.

Devido ao monopólio a televisão estava influenciada directamente pelo governo.

Algo parecido ao que passou com a Televisão da Argentina entre 1989 e 1990. Lá, 3 dos 5 canais eram estatais e viviam com problemas financeiros desde o final dos anos 70. Aí veio a crise energética e os canais de lá, inclusive os privados, reduziram o período de emissão de 15 para 4 horas diárias (19hs às 23hs) no começo de 1989.

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há 5 minutos, PierreDumont disse:

Um mistério é o da telenovela "Simplesmente Maria" na Televisão da Galiza em 1987. Pelo que eu saiba, a novela mexicana homônima foi produzida apenas em 1989. E a versão original (1969) era muito antiga. A única possibilidade razoável, caso se trate da mesma história, seja o da telenovela argentina "Rosa de Lejos" de 1980. Mas, ainda não me convence.

Também figura como tal segundo os arquivos do ABC: https://www.abc.es/archivo/periodicos/abc-madrid-19870219-119.html

Descobri com esta singela página que também a ETB 1 emitia programas da (agora produtora) Music Box, mas em faixas de 30 minutos.

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há 2 horas, ATVTQsV disse:

Também figura como tal segundo os arquivos do ABC: https://www.abc.es/archivo/periodicos/abc-madrid-19870219-119.html

Descobri com esta singela página que também a ETB 1 emitia programas da (agora produtora) Music Box, mas em faixas de 30 minutos.

É um mistério parecido com a telenovela "Amor Cigano" aqui no Brasil pelo SBT lá por 1983. Até hoje não se sabe se é a telenovela argentina "Amor Gitano" (1981) ou a novela porto-riquenha "Ariana, un amor de leyenda" (1980). Ambas com a mesma temática (ciganos) e o mesmo protagonista (Arnaldo André).

Suspeito, não tenho certeza, que deve se tratar de alguma novela venezuelana com outro título...

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On 07/11/2020 at 15:36, ATVTQsV disse:

Um programa chamado Defesa do Consumidor? Será que em 2020 ainda precisamos de programas destes? Queixamo-nos da falta de algumas  "obrigações de serviço público) que a RTP anda a passar completamente ao lado. Por esta altura, o Top Disco mudou de nome para Top Vídeo. A tarde era preenchida pelo programa A Quinta do Dois, agora aos sábados. Porquê A Quinta do Dois na RTP 1?

As emissões da na primeira temporada Quinta do Dois era emitidas em reprise na RTP1 de manha, mas tal como disseste, a Temporada 2 que teve inicio nesse dia, era emitido só aos sábados à tarde na RTP1, se assim, porque não mudaram o nome do programa para "O Sábado do Um"

Na verdade o Top Disco mudou-se para Super 30, que tinha uma Tabela mais alargada (Top 30 envés de 20), mas pelos vistos, o Super 30 tirou férias só nessa semana! No lugar habitual do Super 30, aparece no Diário de Lisboa o Videopolis, programa de divulgação de telediscos adequando  de um determinado tema, apresentado pelo Álvaro Costa, ao contrário de Top Vídeo, como aparece aqui. Acho que o Top Vídeo era das videocassetes.

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há 9 minutos, Vascof2001 disse:

As emissões da na primeira temporada Quinta do Dois era emitidas em reprise na RTP1 de manha, mas tal como disseste, a Temporada 2 que teve inicio nesse dia, era emitido só aos sábados à tarde na RTP1, se assim, porque não mudaram o nome do programa para "O Sábado do Um"

Na verdade o Top Disco mudou-se para Super 30, que tinha uma Tabela mais alargada (Top 30 envés de 20), mas pelos vistos, o Super 30 tirou férias só nessa semana! No lugar habitual do Super 30, aparece no Diário de Lisboa o Videopolis, programa de divulgação de telediscos adequando  de um determinado tema, apresentado pelo Álvaro Costa, ao contrário de Top Vídeo, como aparece aqui. Acho que o Top Vídeo era das videocassetes.

No final de emissão da RTP 2 em Junho 1987, a Isabel Bahia - sem dizer o nome do programa - referia-se ao programa como "as novidades, os... os filmes em vídeo mais procurados":

 

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Creio que ninguém percebeu, mas na grelha da TVE-1 aparece "Os ricos também choram", que foi a novela mexicana mais bem sucedida da história da Televisa e foi a primeira a emitir-se em muitos países como aqui no Brasil, em 1982, e na Rússia, em 1992. Foi também a responsável por abrir o mercado espanhol às novelas hispano-americanas. Embora, as primeiras tenham sido a telenovela Escrava Isaura (vista apenas na Galiza, País Basco e Catalunha) e a série "Malu Mulher", vista pela TVE por volta de 1983.

Alguém sabe qual a primeira telenovela hispano-americana vista em Portugal?

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há 1 hora, PierreDumont disse:

Alguém sabe qual a primeira telenovela hispano-americana vista em Portugal?

"Dona Bárbara", telenovela venezuelana de 1975 - transmitida na RTP 2 no verão de 1979:

https://es.wikipedia.org/wiki/Doña_Bárbara_(telenovela_de_1975)

Uma versão condensada da novela em questão encontra-se disponível no Youtube

Após esta novela, Portugal não voltaria a ver uma telenovela hispano-americana por mais de uma década... isto até chegar à primeira metade da década de 1990

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há 3 minutos, LAboy 456 disse:

"Doña Bárbara", telenovela venezuelana de 1975 - transmitida na RTP 2 no verão de 1979:

https://es.wikipedia.org/wiki/Doña_Bárbara_(telenovela_de_1975)

No Youtube, está lá uma versão condensada na novela em questão

Portugal exibiu uma novela hispano-americana antes mesmo do Brasil (que o faria em 1982, com arrebatador sucesso) e da Itália.

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