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Conta-me Como Foi [T8]


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Visto o último episódio, acho que foi um bom capítulo final, com desfechos para as várias personagens. Só achei estranha a participação da Isabel num filme, quando supostamente não podia, fruto do contrato que tinha assinado anteriormente. 

Fazendo uma análise geral, acho que este regresso foi uma boa aposta. Todavia, penso que ficou aquém das expectativas, uma vez que não manteve o nível das primeiras temporadas. Considero que não deveria ter sido feito um corte tão radical face às outras temporadas, com tantas mudanças, nomeadamente no genérico, no bairro, nas personagens secundárias ou na equipa de argumentistas. O fim do bairro cenográfico acabou inclusive por fazer com que estas temporadas tivessem muito menos exteriores. Ainda por cima, segundo o Luís Ganito, os estúdios da Abrunheira estão fechados, logo acho que a recriação teria sido viável. Também acho que poderiam ter mantido algumas das personagens secundárias. Não é que as novas tenham sido más, mas acabaram por ter uma presença muito menos relevante na história. Depois, acho que a equipa de argumentistas deveria ter feito um melhor trabalho. Ao fim e ao cabo, a ligação ao tempo histórico acontecia na introdução dos episódios e depois, na ação, pouca relevância tinham, a não ser no trabalho do Toni. Acabaram por transformar a série numa novela com a ação algo arrastada e o potencial das personagens não foi suficientemente explorado. Parece-me que faltou alguma pesquisa das temporadas anteriores, bastando ver que até colocaram uma Clara nestas temporadas, quando já havia uma personagem com o mesmo nome nas primeiras, interpretada pela Maria João Abreu. Nas outras temporadas, também havia tempo para tudo, com as várias personagens a aparecerem regularmente, acompanhadas por imagens de arquivo; nesta, em vários episódios, havia personagens do núcleo principal que nem apareciam e as imagens de arquivo foram mais escassas. Faltaram as brincadeiras do Carlitos, algo que esperava que fosse colmatado com a Susana, o que não aconteceu.

Em suma, continuo a achar que o regresso foi positivo, mas que poderia ter sido feito muito mais. Estranha-se ainda mais que o bom trabalho das primeiras temporadas não tenha tido continuidade, quando a produtora se manteve a mesma das últimas e o orçamento até foi aumentado. Não deixo de criticar a péssima gestão na transmissão dos episódios. Depois de terem estreado a série às 21h00 de sábado, com resultados até satisfatórios, mudar a série para as 22h00 foi um erro crasso. Um erro ainda maior foi esperar tanto tempo para estrear a última temporada. Não acho, no entanto, que a série tenha passado despercebida, já que são vários a pedir nas redes sociais a sua continuidade... Veremos se tal acontece.

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há 2 horas, Televisão 10 disse:

Visto o último episódio, acho que foi um bom capítulo final, com desfechos para as várias personagens. Só achei estranha a participação da Isabel num filme, quando supostamente não podia, fruto do contrato que tinha assinado anteriormente. 

Posso não ter apanhado bem, mas acho que pelo facto dela ter feito a publicidade ao carro tinha de pedir autorização à marca para participar em outros projectos uma vez que durante 3 anos lhes cedeu os direitos de imagem. Pelo facto de participar num filme português que à época não tinham (e continuam a ñ ter muita projecção) e ainda por cima dum realizador a começar o seu trabalho (como me parece ser a personagem do Leandro) a marca pode ter dado permissão. O que eu me lembro é que ela não podia era participar na telenovela (que a ser alguma seria Passerelle, pois a antecessora - Palavras Cruzadas - tinha acabado em junho de 87).

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O último episódio (finalmente!) do Conta-me como Foi...

O Conta-me como Foi tem um lugar muito especial na minha vida televisiva, porque eu adorei genuinamente aquilo. As primeiras séries foram formidáveis; um produto de verdadeiro serviço público e a transbordar qualidade. Os atores, a escrita, o contexto histórico, aquele ambiente tipicamente familiar, os conflitos, as angústias, os medos... Estava tudo tão bem construído que quase não parecia uma série de ficção, mas a própria realidade. Identifiquei-me com tudo, apesar de não viver naquela época. Pertencia, durante uma hora de episódio, àquela família.

Quando anunciaram o regresso, em 2019, fiquei expectante, embora tenha percebido quase logo que a ideia não fazia qualquer sentido, tendo em conta a conjuntura. Porque não havia dinheiro e porque a história tinha perdido o sentido. O salto de 74 para 84 tirou dez anos à história. E, nesses dez anos, muita coisa aconteceu e o público não viu.

Esta nova série é um horror tremendo quando comparada com as séries anteriores. Isto não é a continuação da série que eu vi. Nada faz sentido.
Em primeiro lugar, a família está completamente desunida, fragmentada, sem personalidade, com relações pouco profundas e exageradamente depressivas, até. No ambiente do café, por exemplo, tentou recriar-se o Café do Fanan, mas saiu algo desenxabido e tosco.

Em segundo lugar, não há um apelo histórico forte e é pena, tendo em conta que os anos 80 foram riquíssimos nesse aspeto. Tentaram transformar o contexto histórico em algo menos importante que o roteiro e perdeu-se muito.

Em terceiro lugar, não gostei que as crianças não tivessem um papel ativo e fundamental para o desenrolar da ação, quando o núcleo infantil era um dos pilares que lhe dava vida. Não gostei, igualmente, da falta de projeção dos personagens. Toda a gente parecia figurante ali.

Em quarto lugar, os diálogos e a escrita eram absolutame péssimos - e isso é indesculpável e condenável. Hoje em dia, parece que já não se sabe escrever. Os autores não tiveram em consideração as temporadas anteriores, nem sequer as viram tampouco (de certeza absoluta), e limitaram-se a escrever uma telenovela barata. Mesmo para telenovela, não servia, porque é uma seca autêntica.

Só vi até ao fim por respeito àquilo que tinha visto no passado. Esta mania dos revivalismos só traz desilusões... Se queriam fazer uma coisa bem feita, investissem. Não gostei (mesmo) de nada do que foi feito. Para mim, os Lopes e o Conta-me Como Foi não é isto. Mas tenho todo o respeito pelos atores que aceitaram reviver as personagens; não foi, de certeza, um trabalho fácil nem mais fácil foi terem de se deparar com tamanha falta de critério.

Fazem falta séries mais comerciais à RTP, mas é preciso mais bom-gosto, é preciso qualidade!

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