Popular Post Televisão 10 Posted February 5, 2021 Popular Post Share Posted February 5, 2021 Nesta segunda-feira, começaram as gravações de uma nova série realizada por Patrícia Sequeira e produzida pela Santa Rita Filmes. O elenco conta com Carlos Oliveira, que dará vida a Arnaldo, mas também com Maria João Bastos e Marco Delgado. https://www...pt/2021/02/santa-rita-filmes-inicia-gravacoes-de.html Conforme refere o artigo, esta série não é Na Porta ao Lado, que também vai ser produzida pela Santa Rita Filmes, mas ainda está na fase de escrita. 7 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Fernando Posted February 5, 2021 Share Posted February 5, 2021 1 hour ago, Televisão 10 said: O elenco conta com Carlos Oliveira, que dará vida a Arnaldo, mas também com Maria João Bastos e Marco Delgado. Um Arnaldo e com a MJ Bastos e o Marco Delgado. Onde é que já vi isto? 1 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
VascoSantos Posted February 5, 2021 Share Posted February 5, 2021 há 8 minutos, EFernando disse: Um Arnaldo e com a MJ Bastos e o Marco Delgado. Onde é que já vi isto? Falta o Manuel Marques 4 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Free Live Posted February 5, 2021 Share Posted February 5, 2021 Gosto bastante do Carlos Oliveira! 2 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Chris Posted February 6, 2021 Share Posted February 6, 2021 Mas a Maria João Bastos já terminou as gravações de Amor Amor? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Diogo O. Posted February 6, 2021 Share Posted February 6, 2021 há 8 horas, Cusco disse: Mas a Maria João Bastos já terminou as gravações de Amor Amor? Já. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
VascoSantos Posted February 6, 2021 Share Posted February 6, 2021 Se o Marco Delgado está aqui, o Diogo Amaral também, tal como Valerie Braddell. 2 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Televisão 10 Posted February 6, 2021 Author Share Posted February 6, 2021 há 8 horas, VascoSantos disse: Se o Marco Delgado está aqui, o Diogo Amaral também, tal como Valerie Braddell. Então este tópico e o da Nova Série Cómica devem referir-se à mesma série, já que a última conta com a participação do Diogo Amaral. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Popular Post Ricardo Posted February 13, 2021 Popular Post Share Posted February 13, 2021 Chama-se Prisão Domiciliária, a nova série da OPTO: Prisão Domiciliária é o título de trabalho da próxima história do serviço de streaming da SIC, OPTO SIC. Com a produção da Santa Rita Filmes, o projeto conta com a realização de Patrícia Sequeira, que assumiu o mesmo papel no sucesso O Clube. As gravações desta nova história arrancaram no dia 1 de fevereiro, na Lapa, em Lisboa, e reúnem um elenco de luxo numa história que viaja a um passado recente para contar um drama que promete surpreender o público. Maria João Bastos assume o papel principal desta nova aposta que não tem, para já, data de lançamento definida. Em desenvolvimento desde 2018, Prisão Domiciliária parte de um texto criado por Rodrigo Nogueira, Tiago Pais e João Miguel Tavares e conta com o apoio de produção do Instituto do Cinema e do Audiovisual. As gravações dos dez capítulos que compõem a primeira temporada deverão estender-se até meio da Primavera, sendo a primeira produção de uma nova leva de conteúdos premium pensados para a OPTO SIC, nos quais constam, também, a série Viúva Negra, produzida pela SPi com a assinatura de Patrícia Müller, e Na Porta do Lado, uma série de telefilmes com argumento de Patrícia Clemente. Maria João Bastos assume o principal papel desta nova história ao lado de Marco Delgado, com quem se volta a reencontrar depois de Crónica dos Bons Malandros, da RTP. Diogo Amaral, Valerie Braddell, Maria João Falcão, Marta Gil, Maria Sampaio, Afonso Pimentel, Carlos Oliveira e Miguel Damião são algumas das caras confirmadas no elenco de Prisão Domiciliária, que terá o drama como ingrediente principal da narrativa. Fonte: Fantastic 13 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Filipe S. Posted February 13, 2021 Share Posted February 13, 2021 A Marta Gil, lembro-me de quando ela fazia reportagens do Sapo Kids 1 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Popular Post Ricardo Posted February 13, 2021 Popular Post Share Posted February 13, 2021 agora mesmo, Filipe Simões disse: A Marta Gil, lembro-me de quando ela fazia reportagens do Sapo Kids ?? Eu gosto do elenco, tem alguns regressos à representação como a Maria Sampaio e o Miguel Damião junto com estrelas como o Afonso e o Diogo. 5 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Filipe S. Posted February 13, 2021 Share Posted February 13, 2021 On 06/02/2021 at 23:54, Televisão 10 disse: Então este tópico e o da Nova Série Cómica devem referir-se à mesma série, já que a última conta com a participação do Diogo Amaral. Não deve ser, pois na notícia do @Ricardo é dito que o drama será o ingrediente principal desta série 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Global TV Posted February 13, 2021 Share Posted February 13, 2021 há 32 minutos, Ricardo disse: Chama-se Prisão Domiciliária, a nova série da OPTO, mais infos no Fantastic. Spoiler - mostrar conteúdo oculto https://www.fantastictv.pt/2021/02/prisao-domiciliaria-e-nova-serie-da.html?m=1 Não se sabe sobre o que é a história? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Ricardo Posted February 13, 2021 Share Posted February 13, 2021 há 3 minutos, PT 04 disse: Não se sabe sobre o que é a história? Não, mas terá drama e comédia. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Free Live Posted February 13, 2021 Share Posted February 13, 2021 Deve ser sobre a quarentena. 4 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Ricardo Posted February 13, 2021 Share Posted February 13, 2021 há 10 minutos, Free Live disse: Deve ser sobre a quarentena. Se não fosse um projeto de 2018 acreditava ? 2 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Free Live Posted February 13, 2021 Share Posted February 13, 2021 há 1 minuto, Ricardo disse: Se não fosse um projeto de 2018 acreditava ? A Maria Helena deve ser consultora e #previu. OPTO na vanguarda da pandemia. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Ricardo Posted February 13, 2021 Share Posted February 13, 2021 há 1 minuto, Free Live disse: A Maria Helena deve ser consultora e #previu. OPTO na vanguarda da pandemia. Deve ter-se cruzado com o João Miguel nos corredores entre o Ponto de Equilíbrio e o Governo Sombra ? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Popular Post Pedro M. Posted February 23, 2021 Popular Post Share Posted February 23, 2021 Sandra Faleiro no elenco. https://www.fantastictv.pt/2021/02/sandra-faleiro-junta-se-ao-elenco-de.html 3 3 3 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Popular Post Ricardo Posted February 23, 2021 Popular Post Share Posted February 23, 2021 há 12 minutos, Pedro M. disse: Sandra Faleiro no elenco. https://www.fantastictv.pt/2021/02/sandra-faleiro-junta-se-ao-elenco-de.html E num papel que vai surpreender. Amanhã nas revistas deve surgir mais um dos nomes do elenco principal. 5 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Popular Post RenatoSimões Posted April 1, 2021 Popular Post Share Posted April 1, 2021 Estreia dia 16, vem no Expresso de hoje um artigo sobre a série. https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2527/html/revista-e/culturas/crime-no-poder Citação Corrupção, tráfico de influências, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder. Rebenta o escândalo em torno de Álvaro Vieira Branco. O ex-ministro das Obras Pública é a figura central do caso “Marinada”, relacionado com a construção de marinas fluviais no interior do país, e terá de ficar em prisão domiciliária. É uma medida de coação demasiado gravosa para quem se habituara a viver em liberdade e a usá-la em seu proveito, capitalizando a sua influência na esfera pública e partidária. As suspeitas sobre Álvaro Vieira Branco (interpretado por Marco Delgado) já se tinham transformado em sombra, acompanhavam-no há muito, mas as autoridades nunca tinham estado tão perto da verdade como agora. Era quase certo que os seus rendimentos pessoais ou familiares não justificavam o seu nível de vida, só que o puzzle continuava com algumas peças em falta. Até que uma denúncia anónima deu às autoridades a possibilidade de investigar o político mais a fundo. 2 4 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Popular Post Global TV Posted April 1, 2021 Popular Post Share Posted April 1, 2021 Crime no poder “Prisão Domiciliária” é a história de um ex-ministro preso por suspeitas de atividade criminosa. Assinada pelo comentador político João Miguel Tavares, estreia-se dia 16, em streaming, na Opto Corrupção, tráfico de influências, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder. Rebenta o escândalo em torno de Álvaro Vieira Branco. O ex-ministro das Obras Pública é a figura central do caso “Marinada”, relacionado com a construção de marinas fluviais no interior do país, e terá de ficar em prisão domiciliária. É uma medida de coação demasiado gravosa para quem se habituara a viver em liberdade e a usá-la em seu proveito, capitalizando a sua influência na esfera pública e partidária. As suspeitas sobre Álvaro Vieira Branco (interpretado por Marco Delgado) já se tinham transformado em sombra, acompanhavam-no há muito, mas as autoridades nunca tinham estado tão perto da verdade como agora. Era quase certo que os seus rendimentos pessoais ou familiares não justificavam o seu nível de vida, só que o puzzle continuava com algumas peças em falta. Até que uma denúncia anónima deu às autoridades a possibilidade de investigar o político mais a fundo. “Por ser eu a escrever, por dar a cara pela série e por ter tido um papel de supervisão dos argumentos, vão fazer logo comparações com Sócrates, mas esta ideia até é anterior à sua detenção”, antecipa João Miguel Tavares, conhecido pelas suas opiniões fortes sobre a Operação Marquês. A primeira versão da história é de 2014 e foi criada a partir de uma ideia de Patrícia Sequeira, que “queria fazer uma série sobre prisão domiciliária, sobre um político corrupto preso em casa”, conta o argumentista, recordando o ano em que também o ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido no aeroporto da Portela, a 22 de novembro, quando regressava de Paris. Nessa data já as personagens de “Prisão Domiciliária” estariam construídas, embora a ideia não se tenha materializado além de um episódio-piloto. Desde aí, Patrícia Sequeira teve séries como “Terapia” (para a RTP1) ou “O Clube” (disponível na Opto), várias novelas e os filmes “Jogo de Damas”, “Snu” e “Bem Bom”, este último sobre as Doce, com estreia reagendada para 2021, mas a vontade de filmar uma série sobre alguém fechado em casa, de apresentar uma história contada num ambiente controlado, sem grandes exteriores, manteve-se intacta. “Por ser eu a escrever vão fazer logo comparações com Sócrates”, antecipa João Miguel Tavares, “mas esta ideia até é anterior à sua detenção” Agora, seis anos volvidos e depois de duas temporadas de “O Clube” no streaming, a realizadora dá forma a uma narrativa de oito episódios onde se retrata a vida de Álvaro Vieira Branco, a partir de um argumento escrito por João Miguel Tavares com Rodrigo Nogueira, Tiago Pais e Catarina Moura, durante o segundo semestre de 2020, reforçando o cariz ficcional da história — até porque não poderia ser de outra maneira. “Andei à procura de criar uma personagem forte, quis construir uma boa ficção. Em Portugal não temos delação premiada, então o nível de detalhe de uma série como ‘O Mecanismo’ [da Netflix], sobre a Operação Lava Jato, seria impossível na ficção portuguesa. Não temos as testemunhas a falar assim”, explica, regressando uma última vez ao antigo primeiro-ministro, quase com um elogio. “Acho que Sócrates é uma personagem tão rica que merecia um documentário, um bom documentário cinematográfico. Não precisamos de entrar na ficção”, considera o também comentador político. Segundo o responsável pela série, ainda guardada a sete chaves, bastará ver o primeiro episódio de “Prisão Domiciliária” para que se tirem quaisquer dúvidas: embora esteja ligada à realidade nacional, é uma obra de ficção. É que Álvaro Vieira Branco é, antes de tudo, um homem de família, e fará tudo o que estiver ao seu alcance para continuar a dar aos seus aquilo a que sempre os habituou. A vida de luxo que chamou a atenção das autoridades tem de ser mantida, a mulher Raquel e os filhos Frederico e Matilde não devem sofrer mais do que o necessário — é claro que a prisão domiciliária muda por completo a dinâmica familiar —, e até a mãe de Álvaro fará os possíveis para que nada falte ao clã. Também ela habituada ao poder, Maria de Lourdes Vieira foi uma das primeira mulheres autarcas do país, no interior, e agora vê tudo a desmoronar-se por culpa do filho. Terá de vender a própria casa para que Álvaro possa pagar a defesa e as inúmeras despesas domésticas de forma legal — todas as contas estão congeladas e a circulação de dinheiro é muito controlada —, mudando-se para a casa onde o filho se mantém em prisão domiciliária, na companhia da mulher (que se sente desgastada num casamento com um homem agora acusado de um conjunto de crimes). Apesar do confinamento imposto pelas autoridades, com pulseira eletrónica (“uma espécie de demonstração física do pecado, uma chaga presente na sua vida”, como caracteriza o argumentista), Álvaro não quer cingir-se à vida domiciliária e pretende manter a sua influência enquanto luta pela sua liberdade — embora a tenha perdido para estar numa mansão de luxo com todas as comodidades. David Rebelo Morais, o seu advogado de longa data, será o seu principal aliado no que à justiça diz respeito, enquanto uma outra figura se encarrega de expandir a teia de influência do ex-ministro em novos esquemas do partido. É Bernardo Góis, seu antigo assessor e que se mantém na equipa do governo, que o ajudará — numa luta em que não raras vezes torceremos por Álvaro Vieira Branco. Mesmo depois de vermos os trabalhos pouco claros de Zé Mário, antigo bombista das FP-25 e capataz de confiança, ou das vezes em que, juntamente com o motorista Arnaldo, consegue levar dinheiro ao homem acusado de receber dinheiro que não lhe pertencia por direito. Parecem demasiadas personagens a orbitar à volta de um Álvaro que valeria por si — “O Marco [Delgado] agarrou o Álvaro pelos cornos, com imensa força, quase de forcado”, considera João Miguel Tavares —, mas a verdade é que todas elas têm uma força própria, garantida no próprio writers’ room (neste caso uma sala de argumentistas digital, uma vez que apenas houve dois encontros presenciais entre os guionistas). “Não quis que as outras personagens fossem de papelão ou que alguém fosse estúpido. As personagens unidimensionais não nos interessavam nada. Fugimos à caricatura”, afirma. E houve uma máxima seguida para garantir que cada uma valesse por si: “Isto só pode funcionar se cada personagem puder dar um spin-offda série”, como quando Saul Goodman ganhou uma série própria (“Better Call Saul”, da AMC, na Netflix) a partir de “Breaking Bad” (exibido na SIC Radical e disponível na Netflix). As motivações de cada um e o que representam em “Prisão Domiciliária” estão definidas e há uma ideia de como podem evoluir, pelo que nenhum caminho é sem saída quando a intenção é contribuir para uma nova fase da ficção nacional — que tenta aproximar-se da qualidade internacional sem perder a sua essência, algo que a Netflix também quis garantir ao encomendar “Glória”. “Levamos com muitas séries estrangeiras, grande parte americanas, e há sempre uma dificuldade em encontrar uma voz própria”, considera João Miguel Tavares, que apesar disso se mostra otimista quanto à criação de séries que consigam cruzar a sofisticação de produtos internacionais — alguns deles “extraordinários e extraordinariamente populares” — sem esquecer a essência portuguesa. “A pouco e pouco, é um caminho que começa a ser trilhado, em parte pelo cinema e em parte pela ficção televisiva”, apesar de termos um mercado com uma dimensão muito inferior à espanhola (muitas vezes termo de comparação). “Mas somos do tamanho da Suécia, e as séries deles têm muito sucesso”, contrapõe ainda João Miguel Tavares. É a meio caminho entre o lado autoral e o mainstream que se encontra “Prisão Domiciliária”, tratando uma história que podia ser real de uma maneira diferente, “que não se pareça com nada”. E essa originalidade parece estar por toda a parte. Do icónico hotel Lapa Palace, em Lisboa, transformado em mansão do ex-ministro acusado de crime, à participação de Samuel Úria (que além de responsável pela música da série também interpreta uma personagem), passando até por um cameo radiofónico do próprio João Miguel Tavares, enquanto comentador. “Prisão Domiciliária” é pura ficção, mas é muito real. 8 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Leandro S. Posted April 1, 2021 Share Posted April 1, 2021 https://www.instagram.com/p/CNH3yDhsTtF/?igshid=1llyvqox9mltx Estreia dia 16 de abril! Não pensei que fosse já. 1 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
VascoSantos Posted April 1, 2021 Share Posted April 1, 2021 há 6 horas, PT 04 disse: Crime no poder “Prisão Domiciliária” é a história de um ex-ministro preso por suspeitas de atividade criminosa. Assinada pelo comentador político João Miguel Tavares, estreia-se dia 16, em streaming, na Opto Corrupção, tráfico de influências, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder. Rebenta o escândalo em torno de Álvaro Vieira Branco. O ex-ministro das Obras Pública é a figura central do caso “Marinada”, relacionado com a construção de marinas fluviais no interior do país, e terá de ficar em prisão domiciliária. É uma medida de coação demasiado gravosa para quem se habituara a viver em liberdade e a usá-la em seu proveito, capitalizando a sua influência na esfera pública e partidária. As suspeitas sobre Álvaro Vieira Branco (interpretado por Marco Delgado) já se tinham transformado em sombra, acompanhavam-no há muito, mas as autoridades nunca tinham estado tão perto da verdade como agora. Era quase certo que os seus rendimentos pessoais ou familiares não justificavam o seu nível de vida, só que o puzzle continuava com algumas peças em falta. Até que uma denúncia anónima deu às autoridades a possibilidade de investigar o político mais a fundo. “Por ser eu a escrever, por dar a cara pela série e por ter tido um papel de supervisão dos argumentos, vão fazer logo comparações com Sócrates, mas esta ideia até é anterior à sua detenção”, antecipa João Miguel Tavares, conhecido pelas suas opiniões fortes sobre a Operação Marquês. A primeira versão da história é de 2014 e foi criada a partir de uma ideia de Patrícia Sequeira, que “queria fazer uma série sobre prisão domiciliária, sobre um político corrupto preso em casa”, conta o argumentista, recordando o ano em que também o ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido no aeroporto da Portela, a 22 de novembro, quando regressava de Paris. Nessa data já as personagens de “Prisão Domiciliária” estariam construídas, embora a ideia não se tenha materializado além de um episódio-piloto. Desde aí, Patrícia Sequeira teve séries como “Terapia” (para a RTP1) ou “O Clube” (disponível na Opto), várias novelas e os filmes “Jogo de Damas”, “Snu” e “Bem Bom”, este último sobre as Doce, com estreia reagendada para 2021, mas a vontade de filmar uma série sobre alguém fechado em casa, de apresentar uma história contada num ambiente controlado, sem grandes exteriores, manteve-se intacta. “Por ser eu a escrever vão fazer logo comparações com Sócrates”, antecipa João Miguel Tavares, “mas esta ideia até é anterior à sua detenção” Agora, seis anos volvidos e depois de duas temporadas de “O Clube” no streaming, a realizadora dá forma a uma narrativa de oito episódios onde se retrata a vida de Álvaro Vieira Branco, a partir de um argumento escrito por João Miguel Tavares com Rodrigo Nogueira, Tiago Pais e Catarina Moura, durante o segundo semestre de 2020, reforçando o cariz ficcional da história — até porque não poderia ser de outra maneira. “Andei à procura de criar uma personagem forte, quis construir uma boa ficção. Em Portugal não temos delação premiada, então o nível de detalhe de uma série como ‘O Mecanismo’ [da Netflix], sobre a Operação Lava Jato, seria impossível na ficção portuguesa. Não temos as testemunhas a falar assim”, explica, regressando uma última vez ao antigo primeiro-ministro, quase com um elogio. “Acho que Sócrates é uma personagem tão rica que merecia um documentário, um bom documentário cinematográfico. Não precisamos de entrar na ficção”, considera o também comentador político. Segundo o responsável pela série, ainda guardada a sete chaves, bastará ver o primeiro episódio de “Prisão Domiciliária” para que se tirem quaisquer dúvidas: embora esteja ligada à realidade nacional, é uma obra de ficção. É que Álvaro Vieira Branco é, antes de tudo, um homem de família, e fará tudo o que estiver ao seu alcance para continuar a dar aos seus aquilo a que sempre os habituou. A vida de luxo que chamou a atenção das autoridades tem de ser mantida, a mulher Raquel e os filhos Frederico e Matilde não devem sofrer mais do que o necessário — é claro que a prisão domiciliária muda por completo a dinâmica familiar —, e até a mãe de Álvaro fará os possíveis para que nada falte ao clã. Também ela habituada ao poder, Maria de Lourdes Vieira foi uma das primeira mulheres autarcas do país, no interior, e agora vê tudo a desmoronar-se por culpa do filho. Terá de vender a própria casa para que Álvaro possa pagar a defesa e as inúmeras despesas domésticas de forma legal — todas as contas estão congeladas e a circulação de dinheiro é muito controlada —, mudando-se para a casa onde o filho se mantém em prisão domiciliária, na companhia da mulher (que se sente desgastada num casamento com um homem agora acusado de um conjunto de crimes). Apesar do confinamento imposto pelas autoridades, com pulseira eletrónica (“uma espécie de demonstração física do pecado, uma chaga presente na sua vida”, como caracteriza o argumentista), Álvaro não quer cingir-se à vida domiciliária e pretende manter a sua influência enquanto luta pela sua liberdade — embora a tenha perdido para estar numa mansão de luxo com todas as comodidades. David Rebelo Morais, o seu advogado de longa data, será o seu principal aliado no que à justiça diz respeito, enquanto uma outra figura se encarrega de expandir a teia de influência do ex-ministro em novos esquemas do partido. É Bernardo Góis, seu antigo assessor e que se mantém na equipa do governo, que o ajudará — numa luta em que não raras vezes torceremos por Álvaro Vieira Branco. Mesmo depois de vermos os trabalhos pouco claros de Zé Mário, antigo bombista das FP-25 e capataz de confiança, ou das vezes em que, juntamente com o motorista Arnaldo, consegue levar dinheiro ao homem acusado de receber dinheiro que não lhe pertencia por direito. Parecem demasiadas personagens a orbitar à volta de um Álvaro que valeria por si — “O Marco [Delgado] agarrou o Álvaro pelos cornos, com imensa força, quase de forcado”, considera João Miguel Tavares —, mas a verdade é que todas elas têm uma força própria, garantida no próprio writers’ room (neste caso uma sala de argumentistas digital, uma vez que apenas houve dois encontros presenciais entre os guionistas). “Não quis que as outras personagens fossem de papelão ou que alguém fosse estúpido. As personagens unidimensionais não nos interessavam nada. Fugimos à caricatura”, afirma. E houve uma máxima seguida para garantir que cada uma valesse por si: “Isto só pode funcionar se cada personagem puder dar um spin-offda série”, como quando Saul Goodman ganhou uma série própria (“Better Call Saul”, da AMC, na Netflix) a partir de “Breaking Bad” (exibido na SIC Radical e disponível na Netflix). As motivações de cada um e o que representam em “Prisão Domiciliária” estão definidas e há uma ideia de como podem evoluir, pelo que nenhum caminho é sem saída quando a intenção é contribuir para uma nova fase da ficção nacional — que tenta aproximar-se da qualidade internacional sem perder a sua essência, algo que a Netflix também quis garantir ao encomendar “Glória”. “Levamos com muitas séries estrangeiras, grande parte americanas, e há sempre uma dificuldade em encontrar uma voz própria”, considera João Miguel Tavares, que apesar disso se mostra otimista quanto à criação de séries que consigam cruzar a sofisticação de produtos internacionais — alguns deles “extraordinários e extraordinariamente populares” — sem esquecer a essência portuguesa. “A pouco e pouco, é um caminho que começa a ser trilhado, em parte pelo cinema e em parte pela ficção televisiva”, apesar de termos um mercado com uma dimensão muito inferior à espanhola (muitas vezes termo de comparação). “Mas somos do tamanho da Suécia, e as séries deles têm muito sucesso”, contrapõe ainda João Miguel Tavares. É a meio caminho entre o lado autoral e o mainstream que se encontra “Prisão Domiciliária”, tratando uma história que podia ser real de uma maneira diferente, “que não se pareça com nada”. E essa originalidade parece estar por toda a parte. Do icónico hotel Lapa Palace, em Lisboa, transformado em mansão do ex-ministro acusado de crime, à participação de Samuel Úria (que além de responsável pela música da série também interpreta uma personagem), passando até por um cameo radiofónico do próprio João Miguel Tavares, enquanto comentador. “Prisão Domiciliária” é pura ficção, mas é muito real. Gostei do que li. Mais uma para adicionar à lista. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Popular Post Leandro S. Posted April 1, 2021 Popular Post Share Posted April 1, 2021 (edited) TRAILER: https://www.instagram.com/tv/CNISAjvlcpQ/?igshid=cqdmr426156s Edited April 1, 2021 by RAFA(el) 5 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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