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Fugiram de Casa de Seus Pais


VascoSantos

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Um encontro entre os amigos Bruno Nogueira e Miguel Esteves Cardoso, que para além da amizade partilham também o sentido de humor. O conteúdo da conversa será aleatório e pode incidir sobre os mais variados temas. Todas as semanas recebem um convidado que irá participar na conversa, discutir e propor novos temas. Se isto não chegar, podem sempre tirar o som e ver duas pessoas esquisitas a gesticular com muita dedicação num ecrã.

Citação

Bruno Nogueira e Miguel Esteves Cardoso Fugiram de Casa de Seus Pais para conversar na RTP

Programa semanal estreia-se dia 5 de Dezembro como um espaço para o sumo que se extrai da conversa de circunstância. Regresso de M.E.C. à TV terá convidados como Gisela João, José Avillez ou José Pedro Gomes.

Programa será emitido às 22h30 de terça-feira, durante 13 semanas

Bruno Nogueira e Miguel Esteves Cardoso tornaram-se amigos frente às câmaras e, a partir de dia 5 de Dezembro, todos vão poder ver como foi. Fugiram de Casa de Seus Pais é um título à Bruno Nogueira para conversas à Miguel Esteves Cardoso? “Quando deixa de ser uma entrevista e passa a ser uma conversa, ouve-se a pessoa de maneira diferente”, garante Bruno Nogueira sobre as conversas espontâneas que a partir de 5 de Dezembro terão na RTP1, com convidados igualmente sem rede. “É só temas imortais”, diz Esteves Cardoso. Bruno Nogueira comenta com suave ironia: “Nós trabalhamos para a eternidade.”

 
Do amor de Miguel Esteves Cardoso pela pouco valorizada poesia do quotidiano já se sabia – jornalista, colunista, epicurista, escreve há anos, entre outras coisas, sobre os nadas que são tudo, como no Seinfeld. Já Bruno Nogueira, humorista e actor que também é comentador da actualidade na rádio e desdobrador de clichés sobre fenómenos populares como a música pimba, queria conversar na televisão mas sem guião, nem a escravidão das expectativas ou dos telejornais. “Não sentimos aquela necessidade de ser extremamente interessantes naquele tempo certo”, diz sobre o processo de gravações e o fluxo livre da conversa, que só depois é editada e montada. “E às vezes é dessas conversas que não têm interesse nenhum, aparente, que depois surgem coisas interessantes.”

Como as discussões no trânsito. Ou, ri-se Bruno Nogueira: “Não sei por que raio, houve temas onde nós fomos embicando, aquelas conversas de velho.” Sobre a educação, sobre “os jovens hoje em dia”, cacareja à laia de frase-cliché, ou “até onde se pode bater num filho”. “Falando de filhos, de violência, do céu e do Verão – é uma coisa platónica”, diz Miguel Esteves Cardoso. E, claro, falarão sobre o amor.

No princípio, o cenário era o seguinte, fruto do convite de Bruno Nogueira a M.E.C., como resume o colunista do PÚBLICO após a gravação do último episódio no restaurante Belcanto, no Largo São Carlos, no Chiado lisboeta: “Não nos conhecemos muito bem e vamos conversar os dois. E depois, se for uma merda, é uma merda.” Alguma dessa merda pode, ainda assim, ir para o ar, no espírito da busca de descontracção que o programa parece ter. “Sim, alguma da merda tem forçosamente de ir, não há assim tanta coisa tão boa”, sorri Miguel Esteves Cardoso (ou o mais económico M.E.C. para os que há muito o lêem e o tornaram sigla).

“Uma das coisas que me fizeram seguir o humor foi um livro que me ofereceram que era As Minhas Aventuras na República Portuguesa”, diz Bruno Nogueira sobre a obra de M.E.C., de 1999. Fundador do semanário O Independente e da revista K, também escreveu para televisão, como por exemplo para Humor de Perdição, de Herman José. Mas desde A Noite da Má Língua (1994-97), programa essencial da jovem televisão privada em Portugal, na SIC, que M.E.C. não tinha presença regular na televisão. “Só não gosto [de fazer televisão] por vaidade, porque me sai mal. Uma pessoa que gosta de escrever gosta de ir atrás, de corrigir”, comenta aos jornalistas.

A RTP1 vai colocá-lo com Nogueira às 22h30, ao longo de 13 semanas, nas noites de terça-feira. Daniel Deusdado, director de programas do canal, defende que tal envolve risco, mas “faz bem a síntese do que é hoje a RTP1, porque é um programa que pode ser simultaneamente popular e erudito”. 

Além dos dois protagonistas, semanalmente entram convidados para mais dois dedos de conversa. Os músicos Gisela João, Mário Laginha, Capicua e Ricardo Ribeiro, o humorista Nuno Markl, o jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho, a apresentadora Júlia Pinheiro, o chef José Avillez, os actores José Pedro Gomes, Rita Blanco, Ana Bola e Miguel Guilherme compõem Fugiram de Casa de Seus Pais. Tudo foi filmado por Sérgio Graciano (Liberdade 21, Conta-me como Foi, País Irmão, Njinga, Rainha de Angola), na casa de M.E.C. à excepção do derradeiro programa. “É uma casa verdadeira, é a casa onde eu vivo, não vai lá ninguém, é uma casa a sério, aqueles livros são todos verdadeiros”, sublinha o escritor. Para todos os programas procurou “uma abordagem do cinema clássico autoral” para sublinhar a conversa e deixar espaço para o subtexto. 

“Esse tipo de conversa é muito valioso e não existe na televisão, na rádio, a chamada small talk”, diz M.E.C. Fugiram de Casa de Seus Pais é um espaço para o sumo da conversa de circunstância, surgida para passar o tempo, nos interstícios da familiaridade, que o televisivo relutante descreve como “um trabalho de escamação, tirar as camadas todas de artifício”.

“[É aí que] a pessoa cai na conversa, porque, humanamente, perante o vácuo, passados os primeiros dez, 15 minutos estamos a conversar. É natural, é o que fazemos todos os dias e sobre temas que nunca se vêem em televisão – o envelhecer, a pressa”, conta M.E.C. Ou, diz ainda o cronista, “sobre as desilusões”. “O Seinfeld era aquela coisa que não era sobre nada, mas claro que era superescrito, bem escrito e era sobre muita coisa”, diz sobre a série dos anos 1990 que fez dos detalhes do dia-a-dia (e da mesquinhez) a sua genialidade. 

https://www.publico.pt/2017/11/27/culturaipsilon/noticia/bruno-nogueira-e-miguel-esteves-cardoso-fugiram-de-casa-de-seus-pais-para-conversar-na-rtp-1793839

 

 

Vai substituir a série A Criação, que acaba já amanhã.

Editado por VascoSantos
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há 2 minutos, Magazine disse:

Já podiam era fazer o comeback do Último a Sair. Com o buzz que tinham do The Voice, foram burros em não aproveitar :sleep:

Era preciso que o Bruno Nogueira quisesse.

Li na altura que ele não queria fazer uma nova série, que foi bom de mais para se poder estragar com uma eventual nova série.

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A descrição do programa pela RTP:

Bruno Nogueira e Miguel Esteves Cardoso partilham o sentido de humor e a amizade e, no novo programa da RTP1, conversam sobre temas intemporais que fazem parte da vida quotidiana de todos nós. O local desta conversa é uma confortável sala em casa do próprio MEC.

O conteúdo da conversa será aleatório e pode incidir sobre temas como o amor, a postura ideal a ter numa discussão no trânsito ou questões mais marcantes. Haverá ainda um convidado que irá participar na conversa e contribuir com alguns temas. Miguel Esteves Cardoso e Bruno Nogueira irão receber por exemplo Gisela João, Nuno Markl, José Avillez, Rodrigo Guedes de Carvalho, Rita Blanco, entre outros.

Ao longo de 13 programas vamos poder assistir a conversas por vezes tocantes, mas sempre com um recorte de humor e onde passa não só um sentimento de partilha, como também opiniões diferentes de pessoas diferentes com outro tipo de referências e experiências.

Em “Fugiram de casa de seus pais”, que decorre em casa do Miguel Esteves Cardoso, o início de cada programa será sempre diferente, ou seja, em todos os programas teremos um genérico específico. Acima de tudo, será o encontro de dois amigos que partilham o sentido de humor e a amizade.

Se isto não chegar, podem sempre tirar o som e ver duas pessoas esquisitas a gesticular com muita dedicação num ecrã.

http://media.rtp.pt/extra/estreias/fugiram-casa-seus-pais/

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