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Lost Stars


Jão

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Lucas correu pela casa em direção ao pátio onde Vasco jazia no chão. Quando lá chegou, Vasco ainda mexia os olhos, e logo de seguida o corpo começou a tremer.

- Tenta ficar calmo. – Lucas estava completamente desnorteado, não sabia o que fazer, para que lado se virar. De imediato, Aurora chegou ao local.

- Chama uma ambulância, rápido! – gritou-lhe Lucas. – Rápido, mexe-te!

Cerca de quinze minutos depois a ambulância chega ao local. Lucas oferece-se de imediato para acompanhar Vasco até ao hospital.

- Eu vou já atrás de carro, vou só avisar o Romão e a Clara. – disse ela enquanto Lucas entrava para a ambulância, segurando a mão de Vasco que estava deitado na maca.

 Aurora tentou contactar Romão e Clara, mas sem sucesso. De imediato, pegou no carro e seguiu em direção ao hospital.

 

 

*

 

 

Quando o moliceiro chegou ao local da sua paragem para Clara sair, Romão estava lá à espera dela, com o que pareciam folhas de papel numa das suas mãos.

- O que fazes aqui? – perguntou Clara num tom nervoso. – Como sabias que eu estava aqui?

- Não há pessoa no mundo que te conheça melhor do que eu, soube logo para onde virias afogar as tuas mágoas – ele suspirou – e trago comigo, todas as respostas que procuras. Está aqui a carta que tu escreves-te e a carta que eu escrevi. – Romão estendeu a mão em direção a Clara, entregando-lhe ambas as cartas. Ela segurou-as, e caminhou até a um banco de jardim ali junto a um dos canais da ria, onde se sentou e começou a lê-las.

 

Agosto 2014

 

Que noite, ainda não estou em mim. Agora que a noite caminha para o fim, começo a achas que aquilo que era para ser uma peque brincadeira ainda vai correr mal, tenho essa pequena impressão. Talvez fui longe de mais, mais o problema é que se algo correr mal, vou ser o único responsável, já que todos os outros não sabem daquilo que fiz. Tomara que tudo corra bem, tomara….

Como me espero ver daqui a dez anos? Ora, casado com a minha Clara, com um bom emprego, filhos, mas acima de tudo feliz.

Espero ter estes meus amigos por perto, pois sem eles a minha vida não é a mesma.

 

E é tudo. Não sei mais o que dizer.

 

Romão

 

Agosto 2004

 

Eu não podia estar mais feliz. Tudo está a correr ainda melhor do que eu planeei, e estas férias vão ser inesquecíveis, com o meu querido Romão a meu lado e os meus melhores amigos. Porém, dentro de muito pouco tempo vamos cada um para um lado, e só vou ter por perto o Romão. Todos os outros vão estudar para longe, e sem dúvida que isso vai deixar um grande vazio dentro de mim. Mas agora não quero pensar nisto, sinto-me tão bem que quero deixar as tristezas de lado.

Eu amo muito o Romão, amo mesmo, mas acho que cometi uma grande loucura esta noite. Ele era tão lindo, com os seus cabelos loiros, aqueles olhos azuis, e quando me tocou no braço e começou a dançar ao meu lado foi tudo tão intenso e acabamos por parar só na cama. Não sei o que me deu para fazer tal coisa, mas naquele momento estava sem controlo sob o meu próprio corpo e deixei-me levar. Acho que o Romão não desconfia de nada, ele estava entretido a beber e a falar com uns amigos nossos de Aveiro que vieram para a festa e por lá ficou mais de uma hora. Quando acordei, o rapaz já não estava lá, nem na festa ele estava, e foi então que reuni todo o meu grupo para fazer aquilo que estou neste momento a fazer, escrever as cartas.

Agora que penso melhor, não devia ter escrito nada disto…

Dentro de dez anos, espero estar ao lado do Romão, feliz, e com grandes planos para o nosso futuro.

Clara

 

Quando ela terminou de ler as cartas, a expressão no rosto dela era de choque. As memórias daquela noite estavam a voltar depois que leu as palavras que eles escreveram, o rosto do rapaz com quem se envolveu, o momento em que ele lhe tocou no braço, o momento em que ele a conduziu para o quarto e se envolveram, tudo o que acontecera estava a aparecer na sua memória aos poucos.

- Tudo começou tempos depois do nosso filho nascer. Comecei a notar que, fisicamente, ele não se assemelhava de modo algum nem a mim, nem a ti. Nem a nenhum dos nossos progenitores. O Gustavo tinha cabelos loiros, e isso deixava-me inquieto. – ele fez uma pausa – Foi então que comecei a pensar naquela noite quando viemos de férias aqui para Aveiro. Naquela altura, também não conseguia-me recordar de nada do que acontecera, mas sabia que precisava de descobrir o que acontecera naquela noite, e foi então que um dia vim a Aveiro e roubei as cartas, porque as respostas que eu procurava estavam naquelas cartas. Quase que fui apanhado pelo caseiro, mas escondi-me dele na sala. – fez novamente uma pausa – Acho que deixei cair a carta do Vasco, a do Lucas e a da Aurora lá na sala, antes de sair, porque quando cheguei ao carro só já tinha comigo as nossas. Provavelmente o caseiro encontrou-as no chão e guardou-as lá no móvel da sala onde as encontraste.

Quando ele terminou de falar, nenhum deles disse mais nada durante uns bons momentos.

- Tu destruíste a vida de todos nós com essa brincadeira patética. – Clara já não sabia mais o que dizer, estava completamente arruinada – o Gustavo, ele então pode não ser teu filho…

- Ele é meu filho, de coração. De sangue, tenho quase a certeza que não. Tu traíste-me naquela noite…

- Traí-te porque tu me drogaste! – ela levantou-se num repente – Drogaste-nos a todos, e todos cometemos loucuras nesse noite por culpa tua! Tens noção daquilo que fizeste? Tens? - Clara agarrou a t-shirt de Romão e começou a abaná-lo enquanto soltava de dentro de si, tudo o que tinha para lhe dizer – Uma criança veio ao mundo por causa da tua irresponsabilidade! O Vasco quase se matou à dez anos porque os efeitos dessa porcaria que nos deste deixou-nos todos com as emoções à flor da pele e inconscientes das nossas ações! Mas tu, com certeza ficaste feliz com essa droga, pois terminaste na cama com a Aurora!

- Isso é mentira! Eu nunca dormi com a Aurora, nunca!

- Não foi isso que ela escreveu na carta dela.

- Eu juro que isso é mentira!

- Que seja, também pouco me importa! Sinceramente, esse é o menor dos meus problemas agora. – Clara fez uma pausa – Agora entendo. – fez mais uma pausa – Entendo o porquê de todas as tuas desconfianças, o porquê de a um certo momento renegares o Gustavo, e nos termos separado pela primeira vez quando te acusei de seres um péssimo pai que desprezava o filho…

- Clara, se dependesse de mim, essas cartas nunca seriam reveladas, eu sei que o que aconteceu foi tudo culpa minha, tenho consciência de que o Gustavo é fruto de uma erro meu, e por essa mesma razão depois que descobri tudo, aceitei esta culpa e sempre aceitei o Gustavo como se fosse meu.  E ele é meu filho, de coração!

- Mas, há uma coisa que ainda não entendo, agora que estou a conseguir recordar-me de tudo o que aconteceu, tenho a impressão que tudo foi feito com proteção, o rapaz que me levou para a cama, eu dei-lhe um dos preservativos que tinha na minha gaveta guardados, ele protegeu-se. – fez uma pausa – Sim, eu estou a conseguir lembrar-me disso. Pode haver a probabilidade de o Gustavo ser realmente teu filho, porque nós não nos protegemos quando fizemos amor naquela tarde. E pelas minhas contas foi nesse dia que fiquei grávida, só pode ter sido nesse dia.

- Eu também achava que ele fosse meu, mas quanto mais tempo passava as parecenças físicas do Gustavo com as nossas erram cada vez mais reduzidas, questionei se realmente ele era ou não meu filho. E parti em busca de respostas, como já te expliquei.

Nenhum deles disse mais nada. Ela voltou a sentar-se no banco, e ele sentou-se ao lado dela.

 Momentos depois Romão pega no telemóvel e vê as chamadas perdidas de Aurora, junto com uma mensagem “O Vasco sofreu um acidente. Estamos no hospital. Quando vires esta mensagem, vem para aqui”.

- Clara, o Vasco sofreu um acidente! – disse ele ao ler a mensagem. – Temos que ir ter ao hospital, depressa.

Eles partiram os dois no carro de Romão em direção ao hospital.

 

 

*

 

 

Aurora e Lucas aguardavam desesperados por novidades sobre o estado de Vasco. Depois que ali chegaram, ele foi levado de imediato para a área vermelha da urgência, onde se tratavam os casos mais graves e Lucas ficou na sala de espera a aguardar, e momentos depois chegou Aurora.

- Parece que só quando nos deparamos com estas tragédias é que conseguimos perceber que os segredos só nos destroem. – Lucas estava de rastos – Se todos fossemos corajosos o suficiente para enfrentarmos os nossos medos e receios, não precisávamos de ter esses malditos segredos, poderíamos viver livres e de consciência tranquila. Vivemos uma vida de fachada, onde nem tudo o que parece é.

- Eu compreendo. Durante anos sofri ao ver a minha mãe ser espancada inúmeras vezes pelo meu pai, e por vezes também eu cheguei a apanhar porrada dele. Ele era violento, bebia demais e depois chegava a casa e descarregava em cima de nós a fúria dos problemas dele. Quando ele morreu, senti-me aliviada, embora isto não seja coisa que uma filha em momento algum deva dizer do próprio pai. A partir desse momento, jurei a mim mesma que tinha que esquecer essa tristeza e começar a ser feliz. Foi uma felicidade forçada que vivi durante grande parte da minha vida, toda aquela alegria, era tudo forçado, aliás, no fundo, lá bem no fundo isto não era felicidade nenhuma, apenas uma máscara, porque nunca consegui perceber o que realmente é a felicidade. – ela fez uma pausa, e Lucas pegou-lha na mão, fazendo um pequeno carinho – Com o passar do tempo fui vendo que essa falsa felicidade só me estava a prejudicar ainda mais.

- Aurora, não sabia disso, aliás, acho que nenhum de nós sabia disso.

- Não, sempre consegui disfarçar tudo bem, mas se eu não tivesse mantido isto em segredo, talvez hoje já conseguisse ser realmente feliz. Talvez aceitar a realidade ao invés de a esconder, de alguma forma, pode ser benéfico para encontrar a felicidade, ou pelo menos a tranquilidade na vida.  – depois de um momento sem dizer nada, acrescentou - Sabes, quando estava no secundário, apaixonei-me pelo Vasco, pelo sorriso alegre e humilde dele, pelo à vontade que ele tinha para com a vida, pela alegria contagiante e simples que ele transmitia, pela felicidade que ele conseguia transmitir aos que o rodeavam. – ela olhou nos olhos de Lucas – Lucas, vocês amam-se, aí bem no fundo vocês sabem disso, e estiveram até hoje à espera um do outro. Faz o Vasco feliz, dá-lhe todo o amor e toda a felicidade que eu nunca vou conseguir-lhe dar. Promete-me isso.

Lucas não lhe conseguiu responder apenas limitou-se a acenar com a cabeça e envolveu Aurora num abraço.

 

Clara e Romão chegaram ao hospital.

- O Vasco, como é que ele está? – perguntou Clara.

- Não se sabe nada ainda. – respondeu Lucas.

Dito isso, uma enfermeira chegou à sala e perguntou pelos acompanhantes de Vasco.

- Sou eu, fui em quem vim com ele. Ele está bem? – questionou Lucas à enfermeira.

 

 

Amanhã, 20 de Janeiro:

 

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Muito do que aconteceu naquela noite já veio ao de cima. Porém, ainda nem todas as perguntas têm resposta. E grande parte do que resta saber da história, depende de Vasco. Irá ele ficar bem? E o que irá acontecer com cada um deles? Será possível reparar algo que se quebrou a partir dos cacos?

 

São as emoções finais de Lost Stars.

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DIAS DEPOIS

 

A recuperação de Vasco evoluía a olhos vistos. A queda fora grande, mas Vasco não sofreu grandes danos físicos nem psicológicos, descolou um braço, torceu um pé com o embate no chão, e junto com isso veio uma quantidade enorme de arranhões por todo o corpo. Já estava de volta à casa de férias de Clara, onde iria ficar mais uns dias até terminar as férias deles. Lucas não descolava de perto dele, sempre preocupado que ele fosse cometer outra loucura. Quando Vasco adormecia, ele pegava na mão dele e discretamente segurava-a junto ao seu rosto, e ficava ali tempos infinitos a admirá-lo. Lucas finalmente estava consciente do que precisava para ser feliz, e tencionava cumprir o que prometera a Aurora, fazer o Vasco feliz. Agora que Vasco já conseguia caminhar bem, os dois passavam muito tempo juntos na praia, fazendo exercício físico para ajudar na recuperação de Vasco.

Aurora e Romão viviam como dois estranhos, quase nunca se falavam. Aurora passou os dias seguintes naquela casa próxima de Lucas, ajudando-o no que ele precisa-se com Vasco.

O penúltimo dia de férias ali na casa da família de Clara chegara.

Gustavo corria pela praia na companhia da mãe, quando Romão vai ter com eles.

- Então filho, estás a gostar destes dias aqui connosco? – perguntou Romão. – Ou preferias continuar em casa da avó?

- Estou a gostar muito de estar aqui com vocês. Ainda bem que me foste buscar pai. – respondeu ele num sorriso ao pai.

- E não te esqueças daquilo que te tenho falado. Espero que compreendas e não te esqueças de mim. – Gustavo não respondeu, limitou-se apenas acenou com a cabeça.

Clara não falou nada. Romão se sentou no areal, e Gustavo voltou novamente a sua atenção para a mãe e os dois continuaram a brincar, jogavam futebol ali na praia, na zona do areal próxima ao mar onde a areia molhada favorecia os movimentos da bola.

 

A noite chegou, eles jantaram todos juntos e depois Clara levou o Gustavo ao quarto para dormir. Quando ele adormeceu, ela foi até à praia para se reunir ao resto dos amigos. Romão acendera uma pequena fogueira ali no areal e eles sentaram-se em volta.

- Para quê uma fogueira? – perguntou Vasco. A noite não está fria.

- Bem, não está fria, mas a fogueira também não aquece. Vê isto como um ponto de presença, um ponto de luz para não continuarmos mergulhados no escuro.

- Agora que aqui estamos todos, acho que devemos esclarecer o que aconteceu naquela noite. Eu ainda não vos contei, mas a minha carta já apareceu, e a do Romão também.

- Onde estavam? – perguntou Aurora.

- Isso agora não interessa. O que interessa é que devemos esclarecer tudo. Romão, podes começar tu?

Com a luz proveniente da fogueira a iluminar os rostos ali presentes, Romão começou a explicar tudo o que fizera à dez anos atrás.

- A culpa de tudo que aconteceu, foi minha. – ele fez uma pausa, trazendo até si as memórias daquela noite – Eu estava disposto a que aquela noite fosse inesquecível e antes que os outros convidados da festa chegassem, eu coloquei umas gotas de um liquido que tinha comprado a um estranho nas nossas bebidas. Aquele produto tinha como principal função desinibirmos e soltar-nos a cem por cento. Porém, aconteceu precisamente o contrário, porque aquilo tinha efeitos secundários, e um deles era precisamente que tudo o que acontece sob o efeito dele fica esquecido. Quando terminámos de escrever aquelas cartas, foi quando o efeito começou a passar, por isso é que as memórias desse momento não se perderam na totalidade e não nos esquecemos de hoje estar aqui. – ele fez uma pausa – Desculpem. Eu sei da tremenda porcaria que fiz. Desculpem.

Ninguém falou mais nada, até Clara voltar a intervir.

- Porém, há uma coisa que ainda me escapa. Eu envolvi-me com um rapaz – todos olharam para ela com cara de surpresos – mas acalmem-se, eu e o Romão já discutimos isso e é assunto encerrado. O que queria dizer, é que envolvi-me com ele e o Gustavo – ela soltou uma lágrima ao pensar no filho - pode ser fruto desse envolvimento. Porém, o que me deixa intrigada é que ele protegeu-se, e mesmo eu sabendo que nenhum método é eficaz na totalidade, acho estranho.

- A culpa disso, pode ser minha. – todos ficaram a olhar para Vasco. – Consigo recordar-me agora de estar completamente alterado e ir até ao quarto da Clara roubar uns preservativos, lembrei-me que podia encontrar alguns por lá, uma vez que foste a única a trazer namorado à dez anos, Clara. Então, foi aí que num impulso de adrenalina e sem pensar nas consequências decidi furá-los todos com uma agulha que ela tinha lá na gaveta.

Todos ficaram em choque com a revelação. Vasco sentia-se envergonhado, e já estava quase pronto para se levantar e ir embora, quando Romão se vira para ele, e lhe pede desculpa.

- Desculpa peço eu. – disse Vasco. – A Clara engravidou de um estranho, por culpa minha.

- Não Vasco, a culpa não foi tua. – ela olhou para Romão – Não exatamente.

Clara não disse nada. Estava já consciente para receber essa certeza. Agora que sabia que Romão não era o pai biológico de Gustavo, ele limitou-se a aceitar a realidade. Como Romão lhe disse “não importa se é filho de sangue, o que importa é que é de coração”. Ela pousou a mão sobre a de Romão, dando-lhe a entender que o assunto estava encerrado, e não valia a pena continuar sempre a mexer nessa ferida, era hora de começar a deixá-la cicatrizar.

- Já agora, queria deixar claro que não dormi com o Romão naquela noite. – interveio Aurora – O rapaz parecia-se de facto com ele, mas cada vez tenho mais a certeza que não era ele.

- Eu posso confirmar que isso é verdade. – disse Vasco. – Eu vi a Aurora sair do quarto com um rapaz, antes de ir lá procurar os preservativos. E não era o Romão.

- Vês Clara, eu disse que dessa acusação era inocente.

Ela não respondeu.

- Bem, eu acho que devo um pedido de desculpas também ao Lucas. – falou Vasco. – Depois que saí do quarto, fui até à praia, procurar alguma rapariga para me ir divertir. As ideias na minha cabeça estavam cada vez mais claras e o meu sentimento especial pelo Lucas cada vez mais notório dentro de mim, então determinado a contrariar isso, fui procurar alguma rapariga para me envolver. – depois de uma longa pausa, prosseguiu – Ironia do destino, a única pessoa que encontro na praia é o Lucas, deitado na areia, de olhos fechados. Pensei que ele estivesse a dormir, então aproximei-me dele, deitei-me na areia mesmo ao lado dele, e roubei-lhe um beijo.

- Vasco, não precisas de… - interrompeu Lucas.

- Eu quero contar. Preciso de contar, preciso de falar para este peso sair de cima de mim. – prossegiu – Então aí ele acordou, e empurrou-me de imediato para trás. Tivemos uma grande discussão, e comecei a ficar desesperado. Na altura tinha medo do que poderiam pensar de mim por eu na realidade gostar de rapazes. Foi então que corri pela praia adiante e só parei quando cheguei junto ao farol.

- Eu segui-o sem que ele se tivesse apercebido. Na verdade, apesar da minha reação, eu também nutria de um sentimento especial por ele, mas o medo que tinha cá dentro de mim por estar a sentir isso era de proporções gigantescas. – disse Lucas. – Uma coisa tão simples como o meu amor pelo Vasco, na altura, dentro da minha cabeça, era como se fosse o fim do mundo, eu sempre tive muito medo do que os outros pensariam se soubessem que eu gostava de um rapaz. Nunca consegui ver as coisas da vida pelo lado positivo, porque as atitudes homofóbicas dos que me rodeavam só me deixavam desesperado e revoltado com este mundo.

- Quando cheguei a farol, notei que uma das portas estava destrancada, entrei lá dentro e subi até ao topo. Estava disposto a atirar-me de lá abaixo e acabar com a minha vida. Apensar de tudo o que aparentava, cá dentro eu sempre fui um fraco. Foi então que ele apareceu mesmo atrás de mim. Eu já estava no beiral, prestes a deixar-me cair. E por momentos vi a morte, quando me soltei, mas o Lucas agarrou o meu braço, segurou-me e impediu a minha queda. – Vasco já estava emocionado. – Ele com muito esforço conseguiu puxar-me para cima e trouxe-me de volta para casa. – fez uma pausa - Eu estou aqui graças a ele. Já por duas vezes que fui salvo por ele. – Vasco pegou-lhe na mão e virou-se diretamente para ele – Devo-te toda a minha vida.

Lucas deu-lhe um abraço e depois deixaram-se ficar ali durante mais um tempo.

- Parece que todos já sabemos o que aconteceu naquela noite. – disse Aurora.

- Romão. – chamou Lucas – Eu apesar de tudo, tenho de te agradecer. – todos ficaram admirados com o que Lucas dissera. – Se não fosses tu, mesmo tendo o que tu fizeste consequências desastrosas, também permitiste que nós, de alguma forma, encontrássemos a felicidade ou pelo menos reencontrássemos a nossa identidade. Apesar de todos os noventa e nove por cento serem consequências negativas, resta aquela única unidade de percentagem que nos fez ver a realidade da vida e nos fez ver quais os verdadeiros caminhos que deveríamos tomar para encontrar a felicidade. Obrigado por esse único porcento. – disse Lucas. – Nem que isso tenha acontecido apenas dez anos depois. – todos se riram.

- Quem diria, o senhor drama, que só via as coisas negativas do mundo, agora a procurar as ínfimas coisas felizes dentro das infelizes. Muito bem.  – disse Aurora.

Romão levanta-se.

- Aproveito para anunciar que vou partir numa viagem sem destino. Parto ainda hoje. A Clara já sabe de tudo, o Gustavo também já lhe disse que ia estar uns tempos fora, não sei se voltarei um dia ou não. Preciso de me encontrar. Tudo isto que aconteceu, toda esta culpa sobre mim esgotou-me completamente. Espero que o tempo possa curar estas feridas que eu causei. Espero que me entendam.

Aurora, Lucas e Vasco desejaram-lhe boa sorte para a sua jornada e cumprimentaram-no.

- Vamos ficar todos bem? – perguntou Aurora.

- O tempo o dirá. – disse Lucas, e todos concordaram.

- Trouxeram as vossas cartas? – perguntou Clara.

Todos eles voltaram a colocar as respetivas cartas na caixa onde as tinham deixado à dez anos atrás. Depois fecharam a caixa e voltaram a enterra-la, mas desta vez ali mesmo na praia.

Clara voltou para casa, para junto de Gustavo, acompanhada por Aurora. Romão pegou nas suas malas foi ver o filho uma última vez, dando-lhe um beijo de despedida na testa. Fez a mesma coisa a Clara e depois partiu, sem destino.

 

Vasco e Lucas ficaram pela praia. Os dois caminhavam lado a lado, cada um deles perdidos nos pensamentos sobre o passado.

Quando a recordação se dissipou, Vasco tossiu e tocou no braço de Lucas com a mão para lhe chamar a atenção. Ele apontou para o céu.

- Olha, para tudo isto. – disse ele. – Sabias que antes de haver sextantes e bússolas, os marinheiros usavam as estrelas para navegar pelos mares?

- Humm e o que é que isso me interessa? – disse Lucas num sorriso malandro, olhando de lado para Vasco.

- Cala-te, parvo. E foram os fenícios que antigamente desenvolveram muitas das técnicas mais conhecidas da navegação dos mares mas na altura ninguém acreditava naquelas técnicas que eles inventaram. Foram precisos quase dois mil anos para provarem que eles estavam certos. - Vasco olhou de relance quando ele não respondeu, e mais uma vez reparou como era lindo o homem por quem ele se apaixonara. - Também foram imensos os anos que eu levei, até comprovar a mim mesmo o que sinto por ti.

Eles cederam a tudo que estivera a acumular-se desde o momento em que se apaixonaram. Vasco puxou Lucas, sentindo nele o calor do seu corpo, envolveu-o nos seus braços e beijou-o suavemente nos lábios. Ele devolveu-lhe o beijo, sentido a mão de Vasco percorrer-lhe as costas e a parar no cabelo, onde ele mergulhou os dedos. Permaneceram abraçados, beijando-se ao luar. Momentos depois, Lucas pegou na mão de Vasco, e conduziu-o lentamente de volta a casa. 

 

 

 

Amanhã:

 

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O Grande Final de Lost Stars! Não percas!

 

 

 

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Depois de um banho no mar, Filipe chegou junto dos seus amigos que estavam deitados nas suas toalhas de praia a apanhar sol e abanou os seus longos cabelos negros, salpicando-os com água.

- Eu mato-te, sua peste! – gritou Gustavo, que se levantou e desatou a correr atrás dele. Quando o alcançou, fez com que ele caísse na areia, fazendo com que ela aderisse ao corpo molhado dele, deixando completamente cheio de areia por todo o corpo. Os outros três, desataram a rir, já sentados cada um na sua toalha a observar a luta entre os dois irmãos. Filipe, traquina como era, não se ficou por ali e saltou para as costas do irmão, conseguindo-o derrubar ao chão. Pedro, Soraia e Inês, levantaram-se das toalhas e foram-se juntar à brincadeira.

 

Ao longe, escondidos pelas dunas, Clara, Romão, Aurora, Lucas e Vasco espreitavam os filhos, já todos crescidos, sorrindo.

- O Filipe é mesmo o bébezinho do grupo, com dezasseis anos e só anda atrás do irmão. – disse Clara. – Eu bem tentei não deixá-lo vir, mas o pai…

- O Gustavo jurou que tomava conta dele. – interrompeu Romão. – E além disso, com dezasseis anos ele já não é nenhuma criança, sabe bem olhar por si. Não te preocupes com isso, meu amor. – Romão levou a mão de Clara aos lábios e beijou-lhe a aliança.

- Aurora, as tuas meninas estão cada vez mais lindas. Tenho a impressão que o Pedro anda muito próximo da Soraia… - disse Clara.

- Pois, e preparem os vossos guardas chuvas porque vem aí tempestade. Ele pode gostar da Soraia, mas a Inês é completamente apaixonada por ele.  – disse Aurora. – As gémeas ainda se vão chatear por causa do menino Pedro, e eu espero ter paciência para quando essa tempestade rebentar. – acrescentou em tom de brincadeira.

- O meu filho não se vai meter em triângulos, aqui o pai…

- Correção. – interrompeu Lucas – Os pais.

Vasco prosseguiu. – Aqui os pais dele deram-lhe uma educação exemplar, ele vai apenas lutar por aquela que realmente gosta, se é que ele realmente gosta de alguma delas, porque parecem ser chatas, como a mãe... – Vasco abraçou Lucas e roubou-lhe um beijo.

 - Olha que estúpido. – respondeu Aurora entre um sorriso. - Estás a dizer que nenhuma das minhas filhas serve para o teu filho?

- Claro que não, ora essa. – Vasco riu-se. – Elas são as duas bonitas, aliás se são gémeas têm que ser as duas bonitas, não é? E são muito simpáticas, humildes e carinhosas. Ficava realmente feliz se o Pedro se apaixonasse por uma delas.

Aurora sorriu para Vasco. – Faz hoje dezasseis anos que as adotei às duas, foi à dezasseis anos que entraram pela primeira vez em minha casa. – sorriu.

- O Pedro já à mais de dezassete que o temos connosco. Foi o maior presente que a vida nos deu. - disse Lucas.

- Bem, está na minha hora. Tenho que ir ao centro de Aveiro. – disse Aurora.

- Depois destes anos todos, quase trinta, conseguiste encontrá-lo. Impressionante. – falou Clara, dirigida a Aurora.

- E ainda diziam vocês que ele era parecido comigo… - interrompeu Romão em tom de brincadeira.

- E é. – disse Aurora – O Miguel tem muitas semelhanças contigo, mas agora nem tanto. Em 2004 ele parecia quase uma segunda versão tua. – disse Aurora. – Realmente, a vida está sempre a surpreendermo-nos. Já repararam que quase todos nós casamos já sendo trintões? Só eu é por pouco que me safei de casar aos cinquenta! Por pouco. Mas isso não me impediu de ser feliz, e conheci a felicidade graças áquelas duas meninas. Foi no dia em que as vi pela primeira vez que soube de facto o que era a verdadeira felicidade. Não há palavras para definir tal sensação. – Alguns anos atrás, Aurora viajara até Aveiro e reencontra o rapaz com quem se envolvera naquela noite de 2004. Eles apaixonaram-se, e depois de alguns anos de namoro ela pediu-a em casamento. – Bem, agora tenho mesmo que ir.

 

- Está bem… vai lá ter com ele.

- Nós também temos que ir. – disse Lucas. – Se o Pedro nos apanha aqui a espiá-los estamos todos feitos ao bife.

- Vamos então, ainda hoje eu e o Romão partimos para o Porto. Então vamos todos juntos e despedimo-nos junto aos carros.

Clara olhou mais uma vez para os seus filhos e para o resto do grupo e sorriu. “Fiquem em paz meninos”, pensou ela.

Lado a lado abraçados uns aos outros, os cinco amigos caminhavam pelas dunas em direção aos seus carros, para partirem novamente para os seus lares.

As estrelas perdidas finalmente conseguiram se encontrar. Outrora eles deixaram que os seus medos e inseguranças se transformassem nas maiores armas que qualquer pessoa pode ter virada a si mesma, os segredos. Todos temos os nossos caminhos traçados, e só aquele que não os procuram, não os encontrarão. Mais cedo ou mais tarde, com força de vontade e esperança, todos conseguimos ver os traços do caminho que temos que seguir em busca da nossa felicidade. Basta querer, procurar, acreditar. Basta deixarmos de sermos estrelas perdidas no Universo. Da forma mais simples e crua, basta saber essencialmente duas coisas, amar e perdoar.

 

 

 

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Mais uma história que chegou ao fim. Mais um projeto terminado, com a sensação de dever cumprido. Durante cerca de um mês dei a conhecer um projeto que foi preciso quase um ano para concluir. Depois da minha última história, que considero ter sido um bocadinho polémica pelo tema em si, mas com uma forte mensagem que nos deixa a questionar entre o certo e o errado, quando aquilo que deveria ser o certo, é tão errado aos olhos de todos. Lost Stars, como anunciei desde a primeira promo que aqui publiquei, foi inspirada num filme de Paulo Morelli, Entre Nós. Sempre pensei este projeto como sendo uma história mais simples, como se fosse uma série adolescente de verão, com muita luz e cor. O uso constante da praia e de cores vivas na promoção da história e grafismo era precisamente com o objetivo de fazer quem lê se sentir realmente no ambiente que queria transmitir. Espero ter conseguido cumprir isso. Agora, estou aberto a todo o tipo de sugestões e críticas, mas mais importante, digam-me se são vocês uma Clara, um Romão, um Vasco, um Lucas ou uma Aurora. Eu diria que me assemelho mais a um Romão, com pequenos traços do drama de Lucas. E tu? 

 

 

Repouso agora a caneta (ou devo dizer, o teclado :haha: ) por uns tempos, mas em breve voltarei com novos projetos dentro daquilo que mais gosto de fazer, escrever ficção. Quanto a mim, a convite do excelentíssimo senhor MiguelS. (ele não é famoso é normal que não  o conheçam  :cool: ) vão encontrar-me num dos próximos projetos que o fórum vai receber na secção de Concursos.

 

 

 

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O meu fantástico elenco veio se despedir.  :cool:

 

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Keira Knightley e Adam Levine vêm cantar uma última vez, nesta despedida.  :happy:

 

 

 

 

Mas.... esperem....  ouço alguém gritar... penso que ainda não acabou a história... 

 

 

 

 

 

- Ai! – gritou Filipe ao cair na areia. – Bati com a cabeça em algo duro.

Gustavo aproximou-se e puxou a caixa que estava praticamente encoberta de areia. Os outros três aproximaram-se.

- Abre isso. – disse Soraia para Gustavo.

- Eu abro, passa para cá. –disse Pedro.

Ele abriu a caixa e lá dentro estavam pequenos pedaços de papeis já muito velhos, e praticamente comidos pelo tempo.

- Isto parece retalhos de cartas antigas. – disse Inês. – Dá para notar aqui uma data num dos papéis, foi escrito em 2004.

Com os papéis velhos entre as mãos, ficaram ali a tentarem decifrar o seu conteúdo. Porém, a tinta dos papéis desaparecera quase toda com o tempo, aqueles pedaços velhos de papel estavam praticamente em branco, à espera de novas palavras para os preencher.

 

FIM

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Gostei tanto, mas tanto, João :cray: Acreditas que acabei de ler com um sorriso parvo na cara e lágrimas ao canto do olho?!

 

A simplicidade da amizade, dos acontecimentos da Vida, a energia de uma história de adolescentes, talvez tudo isto me tenha feito gostar tanto da tua história :) Quanto ao último episódio, não podia ter sido melhor. Que bom vê-los todos unidos de novo, agora mais velhos e com os seus próprios filhos a criarem um novo grupo  :happy:

 

O final  :haha:  Imaginando se eles conseguissem ler tudo aquilo, o que ficariam a pensar dos pais :rofl:

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Gostei tanto, mas tanto, João :cray: Acreditas que acabei de ler com um sorriso parvo na cara e lágrimas ao canto do olho?!

 

A simplicidade da amizade, dos acontecimentos da Vida, a energia de uma história de adolescentes, talvez tudo isto me tenha feito gostar tanto da tua história :) Quanto ao último episódio, não podia ter sido melhor. Que bom vê-los todos unidos de novo, agora mais velhos e com os seus próprios filhos a criarem um novo grupo  :happy:

 

O final  :haha:  Imaginando se eles conseguissem ler tudo aquilo, o que ficariam a pensar dos pais :rofl:

Iam pensar que os pais só queriam vida loka :haha: :rofl:

Editado por joanasantos
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Adorei o último episódio :cray: Era o que imaginava, todos juntos e felizes com os respectivos filhos :( Achei super engraçado eles terem encontrado as cartas dos pais no final :haha: Só é pena que não tenham conseguido as ler, se não ficavam a saber da pouca vergonha que os pais andaram a fazer :rolleyes::mosking:

 

De uma maneira geral gostei bastante da história :happy: O que mais gosto é sem dúvida a tua escrita, tens tanto jeito que quase parece que estou a ler um livro de um escritor :happy: Houve várias revelações surpreendentes, personagens ricas em história e com personalidades bastante diferentes umas das outras e como o Tiago disse, talvez este ambiente e esta energia de um grupo de adolescentes tenha feito com que gostasse tanto da história :D E conseguisses com que ela não se tornasse cliché e tomasse um rumo inesperado :rolleyes: É bom saber que seguiste os meus conselhos, mas isso agora não interessa nada  :keeporder:

Editado por Diogo_M
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Gostei tanto, mas tanto, João :cray:Acreditas que acabei de ler com um sorriso parvo na cara e lágrimas ao canto do olho?!

 

A simplicidade da amizade, dos acontecimentos da Vida, a energia de uma história de adolescentes, talvez tudo isto me tenha feito gostar tanto da tua história :) Quanto ao último episódio, não podia ter sido melhor. Que bom vê-los todos unidos de novo, agora mais velhos e com os seus próprios filhos a criarem um novo grupo  :happy:

 

O final  :haha:  Imaginando se eles conseguissem ler tudo aquilo, o que ficariam a pensar dos pais :rofl:

 

Ahah ainda bem, é bom sinal!  :D Obrigado!! :)

Adorei o último episódio :cray: Era o que imaginava, todos juntos e felizes com os respectivos filhos :( Achei super engraçado eles terem encontrado as cartas dos pais no final :haha: Só é pena que não tenham conseguido as ler, se não ficavam a saber da pouca vergonha que os pais andaram a fazer :rolleyes::mosking:

 

De uma maneira geral gostei bastante da história :happy: O que mais gosto é sem dúvida a tua escrita, tens tanto jeito que quase parece que estou a ler um livro de um escritor :happy: Houve várias revelações surpreendentes, personagens ricas em história e com personalidades bastante diferentes umas das outras e como o Tiago disse, talvez este ambiente e esta energia de um grupo de adolescentes tenha feito com que gostasse tanto da história :D E conseguisses com que ela não se tornasse cliché e tomasse um rumo inesperado :rolleyes: É bom saber que seguiste os meus conselhos, mas isso agora não interessa nada  :keeporder:

 

Obrigadooo! :D 

 

Não perdes uma oportunidade para te vangloriares....  :rolleyes:  :keeporder: ahah 

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Fogo eu acompanhei isto tão diariamente, até fiquei chocado quando vi que tinha três episódios para ler  :haha:  :haha:

 

Opa adorei as cenas entre o Lucas e o vasco :wub: "Adoro-te parvo", que frase tão me familiar  :haha:  :haha:

 

Adorei o episódio com os filhos e talz, como te disse no primeiro episódio, tu descreves tão bem as coisas que parecem reais, adoro! Muitos parabéns João. Excelente trabalho sem dúvida  :D  :D Para mim a melhor história que já ali aqui no fórum  :happy: Continua assim! 

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Final bonito, ainda bem que ao fim de tantos anos continuam todos amigos, incluindo o Romão e a Clara. Gostei.  :happy:

 

Obrigado. :D Sim, e já casados apesar de ninguém ter referido esse pormenor.  :mosking:

 

Awwww aquele final com os filhos a mexer nas cartas foi super cute e imaginei-os a fazer o mesmo que os pais.

 

Parabéns pelo projecto, João. Que venham mais! :D

 

Ahah Obrigado Oxi. :D

 

Fogo eu acompanhei isto tão diariamente, até fiquei chocado quando vi que tinha três episódios para ler  :haha:  :haha:

 

Opa adorei as cenas entre o Lucas e o vasco :wub: "Adoro-te parvo", que frase tão me familiar  :haha:  :haha:

 

Adorei o episódio com os filhos e talz, como te disse no primeiro episódio, tu descreves tão bem as coisas que parecem reais, adoro! Muitos parabéns João. Excelente trabalho sem dúvida  :D  :D Para mim a melhor história que já ali aqui no fórum  :happy: Continua assim! 

 

Sim, os episódios pela conexão entre eles faria mais sentido serem contados de seguida, sem muito tempo de espera. E também não queria prolongar a história por muitas semanas, podia tornar-se chata, quanto mais longa fosse a duração...

 

Obrigado! :D 

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