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A Oitava


Jorge

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Falo em nome do jfrp: "Peço desculpa mas durante o fim-de-semana não poderei postar o 6º episódio do conto "A Oitava", visto estar com problemas de internet. Mais uma vez peço desculpa e 2ª feira terão o 6º episódio, sem falta.

Obrigado, jfrp."

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Episódio 6

25 de Junho de 2004

Passaram vinte e nove anos, desde o nascimento de Sara. Vivia sozinha em Oklahoma City. Era uma rapariga estranha. Não falava com ninguém. Mas, mais estranho ainda do não falar, era o que se passava todas as noites. Ouvia-se, sempre, pratos e copos e tudo o mais, a serem partidos de uma forma bruta.

Nas manhãs que se seguiam, os vizinhos perguntavam-se o que se teria passado. Pensavam eles que poderia estar a ser violada. E sim, era essa a hipótese mais plausível. Mas não era a causa daquele alarido. Os mesmos bombardeavam-na de perguntas até que, nesse dia, explodiu de raiva e esmurrou um rapaz de trinta anos que, apenas, lhe dirigiu um simples "olá".

Os outros olharam, impávidos. Sara, pegou na sua mala que, entretanto, caíra para o chão, e foi-se embora.

Dirigiu-se a um bazar e comprou um serviço de jantar barato. Era quase hora de almoço, portanto, regressou a casa. Mas, quando ultrapassa a ombreira da porta, o assassino surpreende-a e esta grita.

Os vizinhos, ao ouvirem aquele grito, não se deram ao trabalho de ir ver o que se estaria a passar, naquela casa, devido à situação vivida, na parte da manhã. Simplesmente, pensaram que seria outro momento de histeria ou de violação ou de qualquer outra coisa e não se importaram.

Para a acalmar, o homem deu-lhe clorofórmio, deixando-a dormente. Mas, Sara, antes de fechar os olhos, deixa cair uma lágrima dos seus olhos. O homem limpa-lha. E, até ser noite, este, não parou de a fitar. Apaixonara-se por aquela rapariga. Os seus olhos verdes e a sua pele de tez morena eram lindos! Mas nada havia a fazer. Um amor impossível. Fosse qual fosse o sentimento, teria de a matar. Mas não era a altura exacta.

Deviam ser onze horas da noite. Tinha de regressar. Antes de sair da casa, limpou todas as pistas possíveis e deixou tudo como estava antes.

Colocou-a na bagageira do carro, amordaçada e amarrada. Muito discretamente saiu dali e, quando chegou à auto-estrada, acelerou a fundo.

Na semana que se seguiu, investigaram o desaparecimento de Sara mas, mais uma vez, não havia provas físicas e ninguém vira nada. Por isso, o caso (se é que existia algum) foi arquivado.

(peço desculpa pela demora mas a falta de Internet condicionou-me! Espero que gostem. A Primeira Parte está no fim!!! ;) )

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Episódio 7

1 de Março de 2005

A chuva fustigava os vidros da mansão dos Larson, em Detroit. Amanhecera cinzento, o dia.

Grace estava a tomar o seu pequeno-almoço com o seu amado quando este recebe uma chamada importantíssima do banco onde trabalhava. Saiu a correr.

Sem planos para esse dia, a mulher de trinta e um anos, decidiu ir ao centro comercial.

Acabou de tomar o seu pequeno-almoço e dirigiu-se ao seu quarto. Vestiu um vestido verde curto, calçou os seus sapatos pretos e arranjou o seu cabelo. Colocou alguma base nas suas bochechas, tornou, as suas pestanas, mais volumosas e, juntamente com a sua malinha preta, saiu de casa.

Parara de chover e estava nublado. O motorista, avisado à última da hora, levou-a ao Centro Comercial Lana. Este tinha as lojas mais caras do país. Era perfeito para cometer extravagâncias.

Chegara. Iniciou o seu dia de compras. Entrou em várias lojas e encontrava amigas do liceu e dos seus chás das cinco. Aproveitava a oportunidade e gabava-se de todas as roupas que tinha e de todas as suas jóias caríssimas. As amigas engoliam em seco e tentavam não mostrar o desagrado.

A conversa acabou e, Grace, dirigiu-se à casa-de-banho.

Eram já três da tarde. Levou algum tempo, pois esteve a retocar a maquilhagem. Os sanitários femininos estavam vazios. Era a única que ali se encontrava. Assim que saiu, um homem tapou-lhe a boca e, muito rapidamente, arrastou-a para dentro da divisão reservada ao staff. Ficaram ali até ao fecho do centro que se daria, pelas oito da noite.

Entretanto, o assassino tinha-lhe dado clorofórmio, pelo que, a rapariga desmaiara. Esperou algum tempo e esfaqueou-a ali mesmo sem dó nem piedade. Com um machado, que trazia no seu saco de ginástica preto, cortou os braços, pernas e cabeça. Manteve o tronco intacto. Deixou-o ali. Colocou os braços, as pernas e a cabeça dentro do saco de ginásio.

Anoiteceu e o centro fechou.

Esperou que tudo acalmasse. Julgando ser seguro, abriu a porta da divisão e saiu com o saco. Subiu ao lugar mais alto, o terceiro andar, procurou um lugar aberto até ao rés-do-chão, abriu-o e despejou-os.

Desceu e dirigiu-se à divisória onde havia morto a rapariga. Foi buscar a lixívia e a esfregona, que se encontravam a num canto e regressou ao sítio onde havia despejado os membros e a cabeça. Começou a limpar e a desinfectar tudo.

A limpeza levou algum tempo. Para ele, tinha de estar tudo perfeito. E, quando acabou, regressou à divisão e trouxe tanto a lixívia como a esfregona e começou a limpar esta.

Tudo estava perfeito. Colocou o fluido no canto de onde o retirara, com o machado partiu o utensílio de limpeza, ao meio e colocou tudo dentro do saco. Este estava pesado, mas aguentava.

Saiu dali. Por incrível que pareça, a porta de entrada, de vidro, estava aberta, pelo que saiu normalmente, dirigiu-se ao seu carro e, sem ser visto, deixou o local. Chegado à auto-estrada, acelerou. Enquanto conduzia aceleradamente, telefonou para o 112. Disse: "Homicídio no Centro Comercial Lana." E desligou.

Quando chegou a casa, em Chicago, retirou o saco do carro e foi pô-lo no seu quarto. Abriu-o e retirou o tronco. Retornou a descer e foi pô-lo na arca frigorífica, na cave, juntamente com todas as outras partes do corpo. Foi para o seu quintal. Deitou-se no chão. Começou a observar o céu e ficou ali a admirar as estrelas, toda a noite. Imaginou a polícia no local do crime.

Entretanto, esta e a equipa forense tinham chegado ao local e visto os membros no chão, todos amolgados. Depois de todo o protocolo cumprido, iniciou-se a busca de provas. Não havia nada! Vasculharam até ao canto mais escondido mas, o homicida fora demasiado minucioso.

Ao mesmo tempo, ouviram-se gritos, na casa do homem. Este dirigiu-se ao seu quarto e ouviu Sara. Abriu a porta do guarda-fatos e esbofeteou-a. Disse: "Não grites! Já basta o que sinto por ti!". A rapariga perguntou: "Amas-me?".

Seguiu-se um momento de silêncio e de tensão. Olharam nos olhos de cada um.

Voltou a si. Desprezou-a, fechoando a porta à chave. Ao mesmo tempo, recebe um telefonema. Do outro lado, apenas se ouvia a respiração ofegante.

Passaram alguns segundos e, do outro lado, a voz de uma mulher invade os ouvidos do homem:

- Como está a nossa menina?

- Ameaçada, amarrada e fechada. Ou melhor, está tudo bem. – mentiu o homem.

- Não quero que a mates.

- Então, que faço? – questiona-a.

- Deixa ela viver. Acho que torturá-la é uma boa opção. Se a matares, quem te tira a vida sou eu.

E a mulher desliga o telefone.

Dentro da cabeça do homem, os sentimentos andavam num frenesim. Este sentia-se confuso. Mas, a ideia de a torturar, fixou-se nos seus olhos e de lá, uma lágrima caiu. Limpou-a com a manga da sua blusa.

- Amar é para os fracos! Odeio-te Sara! A tortura vai ser muito dolorosa! Prepara-te!

Quando acabou de proferir estas palavras, o choro compulsivo de Sara adensou-se e o homem regressou ao seu quintal.

Entretanto, no local do crime, a sala de staff estava a ser analisada. No garrafão de lixívia, encontraram um cabelo com raiz. Mandaram, a prova, para a análise. Depois do ADN processado, procedeu-se à procura do suspeito.

Depois de algum tempo perdido, não fora encontrada alguma correspondência.

Era de esperar que caso fosse arquivado.

Fim da 1ºParte.

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Parte II

Episódio 1

Passaram dez anos, desde o último homicídio.

O assassino, denominado Charles Norris, mantinha em cativeiro, Sara. A mulher tinha, agora, quarenta anos.

No dia 25 de Dezembro, dia de Natal e de nascimento de Sara, desse mesmo ano de 2015, colocou-a sobre uma marquesa, na cave de sua casa, e começou a drenar-lhe o seu sangue. Com o tempo aprendera a não deixar os sentimentos expostos. A frieza tinha-se instalado dentro do seu corpo.

Depois do sangue drenado, colocou-o num recipiente e guardou-o no saco de ginástica. Charles, voltou para junto do corpo. Notou um rasto de água pequeno que vinha do seu olho. E, dificilmente, conteve-se.

Retirou todas as roupas do seu corpo. Arrumou-as dentro do saco de ginásio. Junto ao sangue.

O corpo da mulher jazia na marquesa. Então, pegou nela, levou-a para o seu quarto e deitou-a na sua cama. Beijou-lhe a face.

Retornou à cave. Pegou em lixívia e começou a lavar todas as divisões e todos os utensílios que utilizara. O líquido transparente, que não foi utilizado, foi posto dentro do saco de ginásio.

Depois de tudo limpo, foi à arca. Abriu-a e retirou todas as partes do corpo congeladas. Foi pô-las na bagageira do carro. O saco teve o mesmo destino. Saiu de casa. Fechou a porta à chave. Distanciou-se e olhou o seu lar. Estava perfeito. Limpo.

Entrou para o seu carro, ligou-o e viajou, pela auto-estrada, até Indianápolis.

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