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R7: TV Guia, 24 a 30 de Outubro de 2001


ATVTQsV

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Sobre as nossas cabeças um sol
Sobre as nossas cabeças a luz
Sobre as nossas mãos, a criação
Sobretudo o que mais for do coração
Dançamos a dança da vida do palco do tempo, teatro de Deus
Árvores, sândalos, sonhos, os frutos da mente são meus e são teus
Nossos segredos guardados, enfim, revelados, nus sobre o sol
Nossos segredos guardados, enfim, revelados, nus sobre o sol

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(primeira parte)

Bem-vindos ao século XXI.

2001 foi um ano marcado por grandes mudanças no paradigma televisivo nacional. Primeiro, vimos a SIC a acabar com o CNL depois de o ter comprado no ano anterior e criou a SIC Notícias. Depois a SIC, com o fim do DOT, encontrou todos os estratagemas necessários para superar a TVI, com os seus primeiros rameiralities.

Tudo parecia ir tão bem até que...

"El martes 11 de septiembre de 2001, siendo las 8 y 46 de la mañana. Estados Unidos sufrió la mayor ofensiva de su historia que culminó con la destrucción de las Torres Gemelas en Nueva York" -voz sintetizada do início do teledisco do ecuatoriano Delfin Quishpe sobre os atentados do 11 de Setembro

Aquele dia fatídico parece que dividiu o ano em dois, marcando um antes e um depois na história mundial. Uns diriam que o século tinha começado com estes atentados que captaram as atenções de telespectadores perplexos em todo o mundo.

Portugal viria a experienciar um evento parecido com a morte de Sá Carneiro pouco mais de vinte anos antes, interrompendo a novela da noite, que presumo que foi reposta quando os dias de luto acabaram. Porém, em 2001, o que tinha acontecido era um evento à escala mundial que parava a grelha de todos os canais generalistas. Para terem uma ideia, a urgência foi tal que não passaram o Batatoon naquela tarde e canais como o Odisseia estavam temporariamente fora do ar. Uns achavam que as imagens das Torres Gémeas eram um filme de terror. Outros disseram que estávamos prontos para a guerra. E depois vamos bem mais longe como o mito urbano da interrupção da TV Globinho que eu já falei na respectiva crónica, mas é melhor deixarmos de lado este tema.

Hoje vamos mais para o fim do ano, cerca de um mês e meio depois da tragédia. O mundo começou a ganhar alguma calma e O Clone já tinha sido estreado no Brasil, tendo chegado a Portugal semanas mais tarde como substituta da novela que estava a passar na sua faixa, Porto dos Milagres. A TVI tinha visto um ressurgir na ficção nacional depois do fracasso de Telhados de Vidro e desta vez com mais sucesso.

Por outro lado, estamos em 2001 e a TV Guia ainda usava aquele logo antiquado e ainda era publicada pela TV Guia Editora. Em Novembro surgiu uma mudança na estética em geral e que deu início a um novo grafismo, sendo que este período ainda era marcado pelo princípio do fim da TV Guia clássica. No fundo, mudar de conteúdos para mais mexericos do que a TV 7 Dias é como começar a consumir maconha e nunca mais parar.

Estamos perante uma das últimas TV Guias com o grafismo "antigo", que era basicamente o mesmo de 1998 mas com algumas mudanças que iremos analisar quando entrarmos na revista.

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Sem mais delongas, a capa! A figura central era Paula Neves de Anjo Selvagem, e o bordão do trinca-espinhas foi talvez o primeiro bordão de novela de que me lembro com clareza! Aliás, lembro-me de deparar com esta frase no fim de uma promo à novela, ainda a TVI tinha aquele grafismo todo amarelado, ô coisa boa

E ainda: entrevistas com Luísa Castel-Branco e Nuno Artur Silva (fundador das Produções Fictícias) e sobre a Maria João Bastos a entrar numa novela da Globo.

Antes de entrar na revista, eis uma curiosidade THdS. Descobri agora que a Impala, em Agosto de 2002, estava interessada na TV Guia Editora (aquando da extinção desta e da RTC). Como seria se a venda fosse concretizada? Veríamos a TV 7 Dias sacrificada? A Cofina iria começar do zero?

Impala na corrida à compra da TV Guia Editora/RTP pretende colocar revista à venda na próxima semana (Público, 1 de Agosto de 2002)

"O grupo Impala, proprietário de revistas como a "Focus", "Maria" e "Nova Gente", manifestou hoje interesse na compra da TV Guia - revista que a RTP pretende colocar à venda no início da próxima semana, apurou a Lusa junto do grupo de Jacques Rodrigues.

A Impala junta-se assim aos três grupos económicos que até ontem haviam anunciado o seu interesse nas duas publicações da editora, a "TV Guia" e a "Guia".

As mulheres soldado que transportam as vítimas de covid-19 quebram tabus no Nepal

O director-geral da Impala Gest, Celso Gonçalves, confirmou o interesse do grupo na compra de "uma revista que goza de boa imagem no mercado e que tem uma importante notoriedade".

"Hoje mesmo enviei um fax à administração da RTP manifestando o nosso interesse em entrar na corrida pela aquisição da TV Guia Editora", disse, esperando nos próximos dias "formalizar a candidatura".

Apesar de a Impala dispor já de uma revista do segmento televisivo, a "TV7 Dias", Celso Gonçalves reconhece a importância para o seu grupo de um título como a TV Guia.

"Seria uma importante mais-valia e entendemos que haveria espaço para as duas publicações como projectos autónomos", disse, dissipando dúvidas quanto a uma possível integração das duas publicações.

No contacto mantido esta manhã com a administração da RTP, e que antecedeu a formalização do interesse, "não foi referido qualquer valor", nem "condições de venda".

A Cofina e a Media Capital são outros dois grupos nacionais que poderão estar disponíveis para o negócio, tendo a Lusa apurado que um deles formalizou já o seu interesse junto da administração da RTP."

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há 9 horas, ATVTQsV disse:

As mulheres soldado que transportam as vítimas de covid-19 quebram tabus no Nepal

:riso:

Em relação à possível compra da TV Guia pela Impala é estranho e ñ é. A TV7 Dias era já líder no segmento em 2002 (até hoje penso eu) devido a uma estratégia de falar de histórias paralelas a reality shows e sobretudo a partir de 99 do suplemento de receitas no interior que fizesse com que a revista fosse um 2 em 1.

Seria estranho ter sob a alçada da mesma editora duas revistas concorrentes, mas ñ seria caso único. A mesma Impala teve durante mais de 20 anos 2 revistas praticamente iguais: a Ana e Maria. E se contarmos o breve espaço de tempo em que teve Mariana e A dois então esse número sobe quase para a mão cheia. A estratégia seria provavelmente manter a sobriedade da TV Guia e o cariz mais popular da TV7 e provavelmente acabar com alguma delas ñ sei. Ou então foi para fazer bluff e 'avisar' a cofina que estava interessada.

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há 55 minutos, thass_hot disse:

:riso:

Em relação à possível compra da TV Guia pela Impala é estranho e ñ é. A TV7 Dias era já líder no segmento em 2002 (até hoje penso eu) devido a uma estratégia de falar de histórias paralelas a reality shows e sobretudo a partir de 99 do suplemento de receitas no interior que fizesse com que a revista fosse um 2 em 1.

Seria estranho ter sob a alçada da mesma editora duas revistas concorrentes, mas ñ seria caso único. A mesma Impala teve durante mais de 20 anos 2 revistas praticamente iguais: a Ana e Maria. E se contarmos o breve espaço de tempo em que teve Mariana e A dois então esse número sobe quase para a mão cheia. A estratégia seria provavelmente manter a sobriedade da TV Guia e o cariz mais popular da TV7 e provavelmente acabar com alguma delas ñ sei. Ou então foi para fazer bluff e 'avisar' a cofina que estava interessada.

Eles também tiveram durante muitos anos duas revistas do social a Nova Gente e a VIP. E também chegaram a ter duas ou mais revistas de culinária. 

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há 29 minutos, D91 disse:

Eles também tiveram durante muitos anos duas revistas do social a Nova Gente e a VIP. E também chegaram a ter duas ou mais revistas de culinária. 

Já me tinha esquecido disso! A Impala houve uma altura há uns 10-15 anos em que tinham tanta revista (mensais, semanais...). Era o tempo em que as pessoas compravam revistas. Vias a tiragem das revistas e era o dobro ou o triplo do que é hoje. A Maria por exemplo nunca tirava menos que 300mil e agora se tirar 100 mil já é uma sorte.

De culinária tinham a segredos de cozinha (semanal) e a MM na cozinha (mensal) e ainda deviam ter uma ou outra qualquer.

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(segunda parte)

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Sinto-me velho, mas tão velho, que uma das minhas memórias mais remotas é de ainda ter vaga ideia da Telecel. Em 2001 a Vodafone entrou num processo de unificação das suas marcas em todo o mundo (até então o nome só operava no Reino Unido e na Austrália). Porque é que a Vodafone comprou a Telecel? Um dos accionistas minoritários era outra empresa britânica, a AirTouch, que em 1999 foi comprada pela Vodafone. Em 2000, a Vodafone comprou mais capital e começou o chamado "processo de transição", sendo que temporariamente a Vodafone iria usar o nome dela junto com a marca local que a empresa tinha comprado. O nome na bolsa inicialmente era Telecel Vodafone, mais tarde Vodafone Telecel (acho que o nome Telecel desapareceu em 2002). De acordo com o site oficial da Vodafone, 2001 era uma etapa transitória. 2002 era para a construção de uma gigante no sector das telecomunicações, "preparando um futuro de convergência e de vantagens de serviço à escala global".

Já em Outubro, o logo da Telecel tinha sido "ceifado" e a fase transitória acabou em Portugal. No anúncio, vemos a nota de "boas-vindas" da nova Vodafone:

"Na Vodafone ouvimos as pessoas. Percebemos as suas motivações, desejos e paixões e compreendemos como ninguém o papel das comunicações móveis nas suas vidas. Por si e para si, reinventamo-nos todos os dias, criando serviços mais simples, mais fáceis e mais acessíveis para que, a qualquer hora, onde quer que esteja, esteja sempre bem. Bem-vindo à maior comunidade móvel do mundo, bem-vindo à Vodafone."

O slogan, adaptado do da Telecel, deixaria de ser usado ao fim de pouco tempo, e numa táctica de globalização, o slogan "How are you?" passou a ser o "único". No entanto a ruptura começou quando Portugal foi escolhido para a mudança do visual, em Outubro de 2005, ao introduzir uma nova imagem antes do resto do mundo.

No fundo, a Vodafone está nas nuvens.

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Não esqueça. O melhor remédio para combater o cancro da mama é a prevenção. Campanha da Estée Lauder, Clinique e Aramis tendo em vista o dia 30 de Outubro.

O índice mudou pouco, mas como já disse: estamos nas últimas edições da revista com este grafismo, mesmo com algumas mudanças.

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Zapping. Dos últimos tempos em que a TV Guia cuidava e tratava bem da crítica à televisão! Hoje o Eduardo Cintra Torres na revista de sexta do CM tem alguns problemas, sendo a RTP a principal visada.

  • Assim, sim: críticas boas a uma entrevista na RTP 2 e ao HermanSIC por causa de um sketch com a Maria Rueff, a lamentar a perda do Programa da Maria, e a ver se iria ser reposto um dia destes.
  • Mas porquê?!: Os Ficheiros Secretos (ainda em produção) já estavam a passar depois da meia-noite, um feito incrível para um canal que emitiu quase todas as temporadas em horário nobre. E ainda com intervalos avultados, misericórdia. Já estávamos a ver a TVI de hoje a ser montada aos poucos desde 1999. Por outro lado temos a Alexandra Abreu Loureiro com a sua dicção peculiar, comia vogais. Saiu da SIC em Fevereiro de 2003.

Algumas das pérolas:

  • "Correu várias vezes a legenda na TVI: "As telenovelas portuguesas já batem as produções da Globo". Mentira! A qualidade é inferior, qualquer que seja o ângulo de visão." -Mário Castrim, do Tal & Qual, aquele que chamou "vómito de celulite mental" ao Água na Boca oito anos antes. E sim, a qualidade das nossas novelas continua a ser inferior às da Globo. Estamos lentamente a enveredar em tópicos mais polémicos como no Brasil.
  • "O sonho de muitos jornalistas é chegar a ser director, eu não quero ser directora." -Judite de Sousa, Caras
  • "O passado é o maior país que existe." -Susan Sontag, DN. É tipo "uma família sem fotos é um país sem história", segundo um estúdio fotográfico aqui em Braga.
  • "A RTP tem uma relação umbilical com a NTV." -Administração da RTP, A Capital. Isto prova que a RTP teve uma relação íntima desde os tempos em que a RTP estava só a fazer espionagem com o canal, já depois de terem descartado a ideia do canal de notícias para a RTP 2.
  • "Safa-te, rapariga [Maria Rueff], safa-te do Herman e das Produções Fictícias enquanto é tempo, estão a assassinar-te!" -Mário Castrim, outra vez, para o Tal & Qual, a afrontar a conturbada emissão do Programa da Maria.

TELEcomando: na introdução falei um pouco sobre o 11 de Setembro, e daqui para a frente, o terrorismo aumentou à escala mundial, sendo que o 11 de Setembro deu-nos a acreditar que todos os terroristas eram islâmicos. Citando um exemplo recente em Viena, "dizem que tornam o Islão ainda maior, mas na verdade tornam-no mais pequeno". Quem também mostrou uma massificação depois do 11 de Setembro foi o canal Al-Jazeera, então emitindo exclusivamente em árabe. Quando o canal em inglês estreou no fim de 2006, houve a mesma percepção, mas com o passar dos anos, aquilo que o canal cobre são notícias do tipo:

  • Filipinas: problemas com as drogas continuam
  • Uganda: resultados eleitorais são tidos como fraudulentos
  • Tajiquistão: determinado o fim do uso de sobrenomes com sufixo russo
  • Egipto: dez anos da queda de Hosni Mubarak

As notícias são fictícias/meramente demonstrativas, mas decidi dar um exemplo de como é o canal em inglês hoje. É incrível ver que o canal, outrora um poço de propaganda, caiu antes da ascensão e queda do Estado Islâmico para um perfil mais "normal".

Anúncio ao perfume Magic Garden de Laura Ashley. "Elixir para um novo mundo", diz o anúncio. É como se uma borrifadela desse para mudar a percepção das coisas e fingir que está numa outra dimensão, por uns dez minutos.

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  • Ana Maria Braga tá com dores, gente!
  • Edward Norton vai interpretar Will Graham para uma prequela de O Silêncio dos Inocentes.
  • Bruna Lombardi é a mulher mais bem sucedida no amor e na carreira.
  • Rumores dizem que Nicole Kidman é a namorada de Robbie Williams.
  • Sabe aquele choque de finalmente verem um ídolo que tanto apreciam? Foi o que aconteceu com Britney Spears ao ver a Madonna.
  • Namoro entre Naomi Campbell e Puffy Daddy. Mentira, escreve-se Puff. Mesmo nos tempos da internet já erravam.
  • Sharon Stone tem alta!
  • Luciana Gimenez despiu-se para a Playboy.

Anúncio ao Fluocaril Kids, gente. Infelizmente, como andei a ver bastante SpongeBob no Nickelodeon, e mesmo estando a série em produção, ainda passava despercebido do público português quando dava na SIC, portanto alguma comparação entre a mascote Fluokid e a personagem é pura coincidência, assentada mais nas caras dos dois:

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Olhos azuis: check
Grande sorriso: check
Dentes tipo coelho: check

OK, acho que estou a ir longe demais com esta comparação, por mais minúscula que seja.

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  • Sim! Está prestes a chegar! O Disney Channel está previsto arrancar antes do Natal (acabou por entrar no ar no fim de Novembro). A outra imagem que salienta a notícia é uma foto do Toy Story, curiosamente o filme que inaugurou as emissões.
  • Fernando Mendes (de telemóvel Nokia na mão) entrará numa nova revista à portuguesa, 2001: Odisseia no Parque.
  • Marcantonio del Carmo vai dirigir outra peça, O Trash.
  • Novos cargos de estrutura na RTP, sendo que os dos dois canais ficavam em modo interino. Se calhar estavam a preparar a mudança, a volta por cima, em Janeiro.
  • A SIC tem A SIC no País do Natal, a RTP terá Querido Pai Natal. Guilherme Leite apresentará o programa, vestido de Pai Natal. Ainda prepara dois projectos de 60 episódios. É impressão minha ou com aquele corte de cabelo parece o Jorge Castro de la Barra?
  • As televisões foram às compras em Cannes (como sempre) no MIPCOM. Foi aqui onde as autonómicas espanholas se abasteceram de um mercado de animes pouco explorado nos anos 90, e que já foi mencionado numa revista anterior. A RTP comprou filmes e séries, como a quarta temporada dos Sopranos, Six Feet Under (Sete Palmos de Terra, clássico da RTP 2 dos 2000), um documentário da PBS sobre Mark Twain, a série Absolutely Fabulous e muitos filmes europeus. A TVI, por outro lado, comprou os direitos dos Óscares em 2002 e 2003, o primeiro dos filmes da Barbie (eram muitos nos anos 2000!), a série espanhola Zipi e Zape, produzida pela BRB e com base nas personagens de BD (deu mais tarde no Nickelodeon depois da fonte mudar para a emissão espanhola), séries como Ficheiros Secretos, Ally McBeal, Os Homens do Presidente, etc. e um pacote de filmes, entre os quais The Truman Show. Por outro lado a SIC anuncia oficialmente o seu contrato com a Disney, sendo que o Disney Kids tinha sido estreado. Também um lote de documentários da BBC, filmes de animação da DreamWorks e Yu-Gi-Oh, cuja dobragem também deixou as suas pérolas.
  • A RTP continua a passar o Contra, denegando as acusações de que estava à beira do fim.

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Tema de capa: Mariana Neves. O chavão ficou e quando ela era transbordada na rua, disseram-lhe a bendita frase do trinca-espinhas.

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Meio que um spoiler para a próxma edição, porque é que não vendem Ferrero Rocher e Mon Cheri no verão? Simples, a Ferrero apregoa todo o santo ano, a Ferrero prima pela qualidade dos chocolates. Portanto Outubro é sempre o mês do regresso.

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As personagens da novela, face ao impacto da dita.

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Por outro lado, as filmagens de exteriores da Senhora das Águas continuam.

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Maria João Bastos, da fracassada Ganância, ruma para o Rio para as gravações do Clone.

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Entrevista aos directores das Produções Fictícias (hoje deveriam ser fictícias, né? A qualidade caiu muito). Curiosamente não existem referências ao desinteresse de passar O Programa da Maria na SIC, sendo que a sua única referência era uma foto do Zé Manel Taxista na série.

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Luísa Castel-Branco: Carreiras têm os militares...

E ainda uma das últimas campanhas na moeda antiga: 10.000 contos em barras de ouro! Hoje dificilmente ganham-se milhões em passatempos destes, nem em ouro, nem em cartão, nem em caixas de cartão. Os números de 760/761 mataram a dinâmica, ô coisa ruim

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Recentemente repostos nas madrugadas da RTP 2, a RTP anuncia dois novos concursos: Turma das Ciências e Clube da Europa (o Clube da Europa regressou com o alargamento em 2004). Tenho uma vaga ideia de ter viso a Turma das Ciências quando tinha uns 4 anos (repetição talvez) e quando vi o estúdio do programa nas reposições, suscitou-me uma memória de infância.

Nada a ver, anúncio aos cursos da Escola das Ciências Naturais e Homeopáticas.

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A última temporada dos Simpsons teve bastantes convidados especiais. Num dos episódios um produtor musical (LT Smash) força o Bart a entrar numa boys band com o Milhouse, o Nelson e o Ralph, sendo que a Lisa viu-se forçada a descobrir que a banda tinha mensagens subliminares para entrar na marinha e tinha de acabar com a banda a todo o custo. O episódio acabava com os N*SYNC a saudarem a marinha (ai ironia das ironias). A décima terceira temporada incluirá uma paródia ao Harry Potter no especial de Halloween (emitido no dia 6 de Novembro), sendo que a paródia recebeu criticas negativas. Na semana seguinte o Bart rouba o carro do Chief Wiggum. A sentença do Bart foi quebrada pelo Ned Flanders.

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Sorte Grande: quem não se lembra deste flop tão 2001? Aqui estão os regulamentos deste concurso e de outro esquecido pelo grande público, O Patinho da Fortuna.

Na terceira parte: a programação.

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(terceira parte)

Entramos no Cartaz TV, nome dado em homenagem ao antigo programa da RTP do tempo do monopólio, do monocrómio e do monocórdico, nos últimos anos do antigo regime, e que foi ressuscitado cerca de 30 anos mais tarde como Cartaz RTP, numa das ideias lunáticas do Nuno Artur Silva (e talvez do Gonçalo Morais Leitão, credo que a minha mente está confusa).

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O grafismo do Cartaz TV diferia muito do grafismo das páginas de programação em 1998, quiçá servia de rampa de lançamento para o novo grafismo da revista em Novembro. Estamos em plena era do Big Brother e ainda não falavam inteiramente de mexericos, ora.

O principal enigma é o seguinte: em duas páginas (só duas páginas) de destaques, quase todos são da RTP 2. Há uma da TVI, uma da SIC e uma do Canal Brasil (não me lembro mas do GNT sim).

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Futebol em dose dupla na RTP 1, com sub-21 e Liga dos Campeões (por ser quarta). Ainda se lembram quando clubes mais pequenos do que o Braga conseguiam qualificar para as duas ligas da UEFA? O Serviço Público (que só viria a ser repetido pela RTP Memória a partir de 2015) tinha como visado o Dom Duarte Pio. No programa, creado pela Mínima Ideia, uma figura ao calhas da sociedade portuguesa tinha direito ao seu programa e no início havia também a "tabela de audiências" dos programas anteriores. Ganância, por outro lado, já dava às 19 horas (e continua a ser ignorada pela SIC). Só 45 minutos do Batatoon? O peso do Big Brother já estava a ser notado (sim, havia uma outra faixa infantil de manhã). E num tempo em que a TVI nem sequer tinha programas da manhã e da tarde, o Big Brother tinha direito a talk-shows de dia e com duração avultada - que nem ao fim da tarde e à meia-noite na edição actual. Só duas novelas e o actual Extra do Big Brother dava das 23 a pouco depois da meia-noite. Os destaques do cabo eram quase todos eles cultos (e adultos), no tempo em que o Discovery Channel passava documentários e não rameiralities de sobrevivência para homens com testosterona.

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À quinta (deduzo que quarta era tipo dia das eliminações ou coisa que o valha, alguém me ajude) havia menos Big Brother a atrapalhar o daytime da TVI. O TVI Jornal a partir do Porto seria uma tentativa de imitar a RTP?

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Quando o National Geographic emitido cá ainda era o brasileiro, a TV Guia sugere um documentário sobre um jogo violento desenrolado no Paquistão, precisamente numa zona que faz fronteira com a Índia, o arqui-inimigo.

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Fim-de-semana! Desenhos animados de manhã, Disney Kids, Top+ e manhãs sem animação na TVI. A emissão de sábado começava com um efémero programa da Comercial, o Top Rock. Se a TVI ainda tivesse mais bom senso ainda dava na concorrência com o Top+. E sábado sem novelas na TVI, e sim com Super Pai e Survivor. Por outro lado a SIC dava--nos dois filmes em horário nobre, um da SICfilmes e outro estrangeiro.

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Quem achava que isto do oculto e sobrenatural no História começou com Alienígenas (Ancient Aliens mas sem o Ancient na tradução), desenganem-se, pois o próprio canal tinha algo sobre OVNIs. Na RTP 1, mais uma sessão do Sabotador, versão portuguesa do The Mole, e ainda três filmes seguidos na TVI a partir das 23:20. A gala do  Big Brother não era ao domingo. Porque é que hoje as galas são todas ao domingo?

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Cupões dos concursos e anúncio à TV Cabo, promovendo o seu serviço por satélite.

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Por falar em Sorte Grande, o concurso era o destaque da RTP 1 para segunda.

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Esta semana o Batatoon era de manhã. Por outro lado sugerem um documentário sobre a Primeira Guerra Mundial na BBC Prime, em vez de uma série. Hoje, como BBC Entertainment (quase moribundo), passa só séries.

Como a próxima edição iria sair no dia 30, não temos a grelha daquele dia, portanto vamos saltar para a RTP Madeira e Açores:

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Sim, já temos grelhas destes canais do início dos anos 2000, portanto já temos uma vaga ideia de como eram as grelhas. Como é que os dois canais ainda emitiam o Telejornal da RTP 1 em simultâneo, apesar da RTP 1 já estar disponível por via hertziana?

Hoje nem as revistas metem a RTP Açores e Madeira, nem mesmo na secção do cabo desde que foram disponíveis para os continentais. Para a RTP Madeira deviam era só colocar as poucas horas de produção local, que não sejam o simultâneo com a RTP 3.

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NBA em começo de temporada na SportTV e a videocapa de A Máscara de Zorro. Não sei quando é que deixaram de fazê-las: se era com a renovação ou se era com a posterior venda.

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Lembram-se da Teleguia, a primeira revista que desbravei? Pelos vistos a "TV Guia pocket" tinha sido tematizado à base do concurso Sorte Grande e da TV Cabo!

Primeira parte dos Filmes da Semana, agora com bandeiras dos países... peraí, a Nova Zelândia está com a bandeira da Austrália? Lembra-me uma gaffe que os centros comerciais da Sonae Sierra fizeram em Abril de 2018, no âmbito de uma competição desportiva, quando referiram a primeira vez que a Austrália venceu o America's Cup, usaram a bandeira da Nova Zelândia, o contrário daquilo que vemos aqui.

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Resto dos filmes. Aqui a bandeira da Nova Zelândia já foi corrigida.

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Programação infantil, onde podemos ver o que a RTP, SIC e TVI emitiam. No cabo, destaques avulsos para Dexter's Laboratory (nesta altura acho que a terceira temporada tinha estreado cá, esta e o horror que era a quarta não eram dobradas), um filme qualquer do Scooby-Doo e o "primo" do Doraemon como série, que também tinha lugar no Canal Panda dos anos 2000, o Ninja Hattori!

"Bored Witch": lembram-se da Bruxa Aborrecida das Três Irmãs? Pois é, ela teve uma série só dela! A SIC ainda passava um vulto horroroso da animação espanhola, Esquimós nas Caraíbas. A Vídeo Brinquedo faria algo melhor nos seus computadores. E ainda o comprovativo do Jay Jay na TVI, lembro-me que o Jay Jay tinha a voz do Batatinha (sim, ele também era dobrador).

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Outras coisas de interesse para a criançada: peças teatrais, uma exposição (sou eu os os fantasmas parecem preservativos?), brinquedos e sites. E ainda uma tira do Patinho (muito em voga à custa de uma animaçãozinha emitira depois do Contra-Informação), desta feita toda na diagonal, o que lhe irritava. Quem foi o esperto que inventou uma BD diagonal?

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Estando ainda nas páginas de programação, temos de naturalmente incluir os resumos na parte. Comecemos com as novelas portuguesas supostamente mais faladas, Filha do Mar e A Senhora das Águas.

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Nunca Digas Adeus e As Filhas da Mãe, uma das primeiras telenovelas brasileiras da qual tenho vaga ideia de existir.

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Porto dos Milagres, Um Anjo Caiu do Céu e Anjo Selvagem. Tudo o que tinha anjos no nome estava compactado.

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E a "segunda liga" das novelas, as repostas e as mexicanas. Não me lembro da repetição de A Viagem, mas da Próxima Vítima sim. Hoje nem as revistas publicam os resumos das repetições. Foi o que aconteceu com a faixa das 18 (o Vale a Pena Ver de Novo da SIC) desde que meteram a Gabriela há dois anos.

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As novelas das 17 e o Top Vídeo.

Reconhecem o filme Ele é Fish? O Disney Channel português (que ainda não tinha entrado no ar na altura desta revista) chamou a este telefilme de O Filho da Sereia (mais parece o nome de um spin-off falhado de terceiro grau de A Força do Querer, e olhe que estou a ir longe demais).

É melhor parar por aqui, na quarta e última parte: um anúncio do CM que serviu de premonição à venda para a Cofina?, as audiências e mais uma praia alagoana. Vamo antes que o PierreDumont me achar por lá antes que seja tarde demais.

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De facto, por esta altura, já não estava a gostar muito da TV Guia - muito pelo facto de que eles começaram a fazer um desserviço total no que toca às páginas da programação (se bem que o grafismo nessas páginas não era mau de todo - fora das páginas de programação, o grafismo já estava um bocado "demodé")

Só mesmo os 4 canais generalistas + a RTP Açores e a RTP Madeira. Os canais por cabo foram reduzidos a destaques (algo que não acontecia na TV7 Dias por essa altura) quando entre 1996 e 1997 tinha pelo menos 3 ou 4 páginas com a programação de vários canais

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Mundo VIP ao sábado às 13:40? Nesta altura o Rangel estava nos últimos dias de director de programação da SIC e o Mundo VIP ainda era emitido (isso sim, com uma despromoção a passar de HN para o início da tarde de sábado). Lembro-me de ver uma entrevista da Garnel (que na altura apresentava o 'Confiança Cega') a 'queixar-se de o Manuel Fonseca quando entrou em funções ter acabado com o programa.

O facto de a gala dos RS ter passado para o domingo (a partir da Quinta das Celebridades em 2004) deve ter a ver com o facto de a Teresa querer que se fizessem à terça. Por outro lado a ñ ser no primeiro e segundo BB as galas tinham imenso share, mas o rating ñ era nada por aí além porque no dia a seguir as pessoas trabalhavam e aquilo acabava às tantas.

Essa TeleGuia é uma tentativa de revitalização da revista que aqui falamos antes. No início de 2000 a TV Guia editora relançou a Telejogos (que tinha acabado com o fim do Casa Cheia) e penso que este relançamento da Teleguia seja no mesmo sentido.

A Telejogos foi durante quase toda a sua primeira existência o título com maior circulação em Portugal (800mil no auge dos tempos). Havia gente que comprava aquilo às carradas como quem compra raspadinhas. Lembro-me ter 4-5 anos, de estar no Continente com os meus pais e estar à procura duma Telejogos (que vinha fechada com um plástico) e uma mulher estar a passar por todas as linhas de caixas e comprá-las todas. Fiquei super furioso. E para encerrar o capítulo revistas low-cost de TV que têm 20 páginas lembro-me perfeitamente de outra vez que estava no Continente de Gaia o meu comprar-me a Telejogos e pedir-lhe para ler as letras gordas (nome da personagem da capa) e ficar indignado por ele dizer ALEXANDRA LENCASTRE quando eu sabia que era a GUIOMAR (nome da personagem dela na Rua Sésamo que eu via religiosamente na altura!

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(quarta parte)

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Na crónica passada tem-se falado sobre a Guia, mais tarde Nova Guia que presumo que tenha sido encerrada para dar lugar à Flash!. Como é natural, o último trimestre do ano serve para falar sobre como será o próximo ano segundo os astros. Por outro lado, mais um novo filme, O Pior Que Podia Acontecer.

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Agora vamos para algo bem mais sério: o Capitão Corelli, ambientado na Segunda Guerra Mundial (e depois dela).

Os filmes estreavam às sextas, hoje são às quintas. Será que é para nós nos anteciparmos face aos EUA?

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Vozes da Rádio: António Serzedelo, da rádio Voxx, falada ao de leve na crónica sobre as extintas rádios da Media Capital. Talvez precise de a refazer com a ajuda de alguns "radiófilos" cá do sítio.

O programa dele, Vozes Alternativas, era um programa que ainda era aberto a minorias sexuais (comunidade LGBT) e de várias correntes políticas e que começou em Dezembro de 2000. O fundador da Opus Gay tinha programa entre as 21 e as 22 ("Lutamos directamente com as novelas!").

Ainda destacam uma rúbrica na TSF, uma na Comercial que a Comercial de hoje dificilmente faria e, atenção!, um programa da Tropical FM, uma rádio minúscula para brasileiros em Lisboa. E um anúncio à colecção de colheres de prata do JN, as verdadeiras jóias da mesa, com o preço em euros acima de tudo.

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Música. Agora o top era em parceria com o (tristemente extinto) programa Top+.

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Andrea Bocelli lança um novo disco.

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Bob Dylan, "o vocalista que não é cantor". Mais uma oferta do JN, desta vez dos postais de Natal.

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A rubrica de lazer, agora com os preços em euros. O escudo que se cuide, daqui a dois meses é história.

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Presságio da compra da extinta TV Guia Editora por parte da Cofina? Não, pura coincidência ver um anúncio aos Lusíadas oferecido pelo CM, numa espécie de caderneta de cromos. Acho incrível que hoje as revistas já não aceitam anunciantes de editoras concorrentes. Na TV 7 Dias, anúncios a publicações só se for da Impala. Isto apesar da revista ter a grelha da CM TV e de ter tido os resumos de Alguém Perdeu (até se aperceberem de que isto não cabia no ADN da CM TV).

Uma página alusiva à campanha Porto 2001, capital europeia da cultura, esta semana sobre o vinho do Douro.

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Na semana passada, falei sobre um anúncio da agência de viagens da Impala a promover as praias de Maceió. Hoje, oito anos depois, voltamos ao Alagoas (agora com vôos charter), para a praia de Maragogi. Qual Pajuçara, Maragogi é o verdadeiro paraíso!

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"Não, não são imagens da televisão. O jogo é mesmo isto..."

Análise ao F1 2001 da EA Sports. Horóscopos do Paulo Cardoso. Pelo que vi ele quando estava na TV 7 Dias há meia dúzia de anos tinha uma foto parecida. Se calhar estou a fazer confusão.

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Empresas & Produtos: entre as quais uma campanha da Vêgê para ganhar fritadeiras e um novo creme da Nivea.

Se em 1998 ainda colocavam correspondência a criticar os programas no início, já em 2001 deitaram tudo para o fim. Uns felicitam. Felicitam a RTP 2 por ter conteúdo de qualidade e a TVI por ter revista à portuguesa. Porém dizem o contrário da RTP 1 porque estão com "irritantes notas de rodapé" que "passam constantemente". Ainda em Setembro houve alguém que (mesmo antes de haver A Voz do Cidadão) contestou uma falha grave dada no Quebra-Cabeças sobre o pai de D. Dinis.

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Assine já a TV Guia - mesmo com preços especiais para Macau, São Tomé e Guiné-Bissau (estranho, pois Macau mesmo sendo já parte da China - a chamada RAE - está completamente deslocada do panorama televisivo português, e que eu saiba, as televisões em São Tomé e na Guiné-Bissau estão mais isoladas - sei que São Tomé foi mais longe nos últimos anos e emitiu novelas da Globo ilegalmente). TV Guia, uma revista que dissemina a televisão portuguesa em todo o mundo (só a RTP Internacional é mais eficaz). E ainda palavras cruzadas, tão solitárias como esta página em si. Até a TV 7 Dias hoje tem bem mais passatempos.

As audiências, é verdade, as audiências! Sendo que estamos já depois do ano de 2000, é natural que mais do que metade dos programas na tabela sejam da TVI. As novelas mais vistas da SIC e da TVI tinham ambas "Filha" no nome.

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Luís Norton de Matos tem nova série na SIC. Aproveite que ainda há tempo para o próximo peditório da AMI.

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Contracapa com uma empresa que já vimos noutra contracapa, a Pedro & Mantovani. Lindíssimas estéticas para a sua cozinha e/ou casa de banho.

Finda a crónica, 2001 não só foi um ano de profundas mudanças no mundo, na TV Guia também. Se compararmos com a TV Guia de 1998, a estrutura mudou. As páginas de programação mudaram. Noutras secções, aquela misturadelazinha de 1001 tipos de letra continuava.

Em Novembro, a TV Guia renovava o seu grafismo e a editora, outrora TV Guia Editora, também foi renovada, dando o nome de TVG (TVG, RTC, tudo para rimar com RTP). Porém a "nova" TVG, ainda propriedade da RTP, foi posta à venda em menos de um ano, e ainda bem, dado que coincidia com uma reformulação na RTP, coisa que viria a ter mais efeitos a partir de 2003: numa fase transitória, a RTP foi denominada de "Televisão Pública" nalgumas promos da RTP 1 (e ainda da própria RTP, com a frase "a Televisão Pública está a mudar"). Por outro lado, fechar o espólio da RTC e vender a TVG era o mesmo que a BBC fez em 2011 com a sua revista, a Radio Times (publicada pela BBC desde 1923, como órgão oficial da BBC quando estava ainda a gatinhar na rádio), se bem que no caso da TV Guia foi completamente diferente, dado que até 2003, rádio e televisão públicas ainda eram estritamente separadas.

E no meio destas reformulações, como já disse, a TV Guia renovou-se. João Gobern disse que "mudar é melhorar". Talvez um dia alguém encontre revistas desta fase em específico. A queda da TV Guia foi por volta de 2002, depois da compra da TVG pela Cofina. Como já disse, quando a Cofina penetrou a TV Guia, ela começou a se descaracterizar, comparando-a com uma pessoa que fuma canábis e que nunca mais para e continua a ter um sistema imunitário estável (impossível).

A única revista de televisão que folheei desde a pandemia foi a TV 7 Dias. A TV Guia? Não a consulto há mais de um ano (ainda no início do ano consultava a revista de sexta do CM para ver a crónica do Cintra Torres), portanto estou com muita sorte.

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A TV Guia era muito boa nesta altura, era uma revista de TV a sério. Sim podia fazer um trabalho muito melhor na programação, colocando os canais do cabo, mas mesmo assim dava gosto ler esta revista.

A TV7 Dias nesta altura também era boa, mas tinha uma linha editorial diferente.

Acho que foi em 2002 que a Cofina ficou com a TV Guia e a partir dai foi sempre a descer. Mas começou a piorar quando a Luisa Jeremias se tornou diretora da revista em 2008, ai sim piorou e muito. Nos últimos anos é apenas um agregador de fake news, de vez em quando ainda fazem umas entrevistas interessantes, mas fora isso não tem qualidade. É pena porque antes era bastante interessante.

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há 11 horas, D91 disse:

A TV Guia era muito boa nesta altura, era uma revista de TV a sério. Sim podia fazer um trabalho muito melhor na programação, colocando os canais do cabo, mas mesmo assim dava gosto ler esta revista.

A TV7 Dias nesta altura também era boa, mas tinha uma linha editorial diferente.

Acho que foi em 2002 que a Cofina ficou com a TV Guia e a partir dai foi sempre a descer. Mas começou a piorar quando a Luisa Jeremias se tornou diretora da revista em 2008, ai sim piorou e muito. Nos últimos anos é apenas um agregador de fake news, de vez em quando ainda fazem umas entrevistas interessantes, mas fora isso não tem qualidade. É pena porque antes era bastante interessante.

Luísa Jeremias que foi contratada precisamente à TV7 Dias para tentar devolver a liderança à TV Guia. Já por volta de 2003 até 2007 quando passaram vários directores pela TVGuia (um deles Nuno Farinha até há pouco tempo tinha cargos de comunicação no Benfica) já havia muito sensacionalismo na TVGuia, mesmo com imensas capas dedicadas à Maddie, mas concordo que a partir de 2008 a coisa descambou por completo.

Para mim a nível de programação tanto a TV7 Dias como a TV Guia podiam ser boas, mas a TV Guia nesta altura era claramente superior à TV7 por falar de TV a sério.

Curioso que voltando a 2008 foi lançada uma nova revista de TV (suplemento do JN e DN) - a notícias TV. Essa revista sim é mesmo TV a sério, com reportagens sobre programas do Cabo. Tenho algumas dessas já dos últimos anos (acabou infelizmente em 2015). Se calhar o motivo porque falava de TV a sério era porque ñ era vendida sozinha, logo ñ dependia das notícias escabrosas que trazia na capa. Mesmo a nível de crítica televisiva era muito boa. O Eduardo Cintra Torres recuso-me a ler esse homem sinceramente.

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On 04/12/2020 at 17:40, LAboy 456 disse:

De facto, por esta altura, já não estava a gostar muito da TV Guia - muito pelo facto de que eles começaram a fazer um desserviço total no que toca às páginas da programação (se bem que o grafismo nessas páginas não era mau de todo - fora das páginas de programação, o grafismo já estava um bocado "demodé")

Só mesmo os 4 canais generalistas + a RTP Açores e a RTP Madeira. Os canais por cabo foram reduzidos a destaques (algo que não acontecia na TV7 Dias por essa altura) quando entre 1996 e 1997 tinha pelo menos 3 ou 4 páginas com a programação de vários canais

Pelo que sei, na renovação de 2001 passaram a dedicar sete páginas à programação dos canais de cabo. Talvez um dia apareçam revistas da fase da TVG, antes de vir a Cofina.

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