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R6: TV 7 Dias, 19 a 25 de Novembro de 1993


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(melodia)

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(primeira parte)

Credo, esta intro inspirada no Jorge Castro de la Barra vai envelhecer tão rápido. Mas vamo que vamo, gente.

Previously on The People's Magazines... (Anteriormente...)

"A televisão de hoje, contando a CM TV, foi feita para a classe mais baixa, nem é a classe C, nem a D, nem sequer a E, e sim a classe Z."

"A fama é efémera, mas a internet (se é que a canção estiver conservada ali algures) é para sempre."

"Foi aqui que começou o império da Coral Europa!"

"11:32:54, Copázio" (para quem clicou no link, parabéns)

"esse vómito de celulite mental que é o "Água na Boca"."

"É espantoso como em 1993, com quatro canais de TV a operar em Portugal, não haja um grande magazine cultural com espaço para o debate, como, por exemplo, em França e outros países europeus."

"Por outro lado, atingir 15% de audiência é espantoso e quase inédito na Europa. O que significa que os portugueses desejavam há muito a TV privada."

"Melrose Place, aparentemente, dobrado em português do Brasil."

"É difícil imaginar que a TVI chegava a passar filmes portugueses em horário nobre, num lugar hoje ocupado pelo Jornal das 8 e por qualquer xaropada que tiverem em horário nobre."

"Esta acho que era a animação preferida da Dra. Rute Remédios :curtainpeek:"

"Filme, documentário, série, série, TV2 Desporto, série dos Açores, tempo, bailado. Mau Tempo no Canal, o ápice da televisão açoriana."

"Ah e a Galega, como é apelidada pelos telespectadores, ou Telegaita (usado para gozar com ela)."

"Não sabia que o Ponto Por Ponto tinha sido mudado para a TV2 - sentido oposto ao Agora Escolha. A troca de canais acabou por trazer malefícios e os programas foram cancelados no ano seguinte."

"Do pouco erotismo que encontrei na RTL, vi uma tal de "Serie Rose"."

"Lembram-se de, nos tempos do Carrefour, quando ir ao Continente não era banal?"

"A Carne PEC tem as melhores origens. O que é feita desta marca?"

"A WB quer um canal de televisão."

"Hoje o sonho da televisão perfeita é uma mera ilusão."

Da última vez que vimos a televisão portuguesa no outono de 1993, a SIC fez um ano, a TVI tinha comprado o Esquadrão Classe A (cujas repetições eram da infame dobragem de Herbert Richers), o Canal 1 passava uma animaçãozinha sobre sexualidade e afins para as crianças, a TV2 ainda fazia alguma concorrência e liderava com provas desportivas, a TVE  era uma RTP "chapada", Água na Boca era vómito de celulite mental, A Banqueira do Povo terminou e trouxe-nos a falência da Fábrica de Sonhos, o Jornal da Noite era às 20:45, o Carlos Arguiñano estava na TVE e Telhados de Vidro já era uma memória distante. Da última vez, estávamos na TV Guia. Hoje avançamos para Novembro, hoje parte do calendário natalício de 90% das empresas de qualquer sector, e vamos para a TV 7 Dias.

Para quem não sabe, há duas revistas atrás, falei sobre a Impala (Jacques Rodrigues) ter tido os direitos do nome e da "likelihood" da francesa Télé 7 Jours. Também tinha assuntos bem mais interessantes do que a grelha de programação, como a SIC em fase de nascença (demorou cinco anos e meio) e os primeiros canais por satélite, destacando (por alguma razão aparente) a RAI Uno. Por esta altura, motivado pelo início das privadas, a revista mudou drasticamente o seu grafismo, comme ceci:

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E pela capa, vai ser meio que um especial

MEU DEUS, CADÊ A TRUNGALHUNGA?

(versão brasileira, Herbert Richers)

Só para dizer que não, não vamos ter uma grande polémica como o caso Calígula da Rede OM que o Pierre tanto apregoa. Na capa, como é que as celebridades da televisão (na época era mais apresentadoras) reagem a fantasias eróticas. E ainda, no destacável das novelas, tudo sobre a nova novela, O Sexo dos Anjos.

PS: o que é a trungalhunga? É um nome técnico dado pelo Nuno Markl à pornografia e erotismo nos anos 80 e 90, graças à extinta revista Gina e, posteriormente, ao "ataque da trungalhunga" causado pela RTL, um dos canais preferidos dos portugueses com parabólica nos últimos anos do monopólio.

E nesta época era muito comum ver algo com teor sexual na televisão: a SIC anda com "vampirices" de índole erótica, as crianças queriam aprender mais com uma série francesa aos sábados de manhã e até as páginas de programação da primeira TVMais tinham anúncios a linhas eróticas - provavelmente todas da mesma empresa! Mas pronto, vamos saltar para a revista.

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(segunda parte)

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Sendo esta uma revista da Impala, é natural publicitar (como ainda fazem) outras publicações e empreendimentos da empresa. Aqui temos um anúncio da revista Mulher Moderna (acho que sumiu), e, se a minha memória não falha, foi o primeiro nome de revista que fixei (em 2000? 2001? não me perguntem ok) em toda a minha vida.

Talvez um dia falemos sobre uma destas revistas. Um dia quem sabe. No anúncio vemos os destaques da revista da semana, no outro lado o índice da revista. Recados era uma coluna de citações de celebridades, incluíndo uma da Diana em galês (era a princesa de Gales, portanto faz sentido).

Contudo, não me resta mais nada a dizer a não ser croeso à revista!

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É difícil imaginar que houve uma altura em que chegaram a haver mais comédias nacionais do que telenovelas nacionais. Na época, a média de telenovelas nacionais era de uma, hoje é de cinco.

Conforme vimos na última revista, a série de comédia mais vista entre as quatro (a TVI tinha uma nos primeiros meses mas já era uma memória distante) era Nico d'Obra. Por incrível que pareça, a audiência média e total das séries do Canal 1 eram elevadas, mas Ora Bolas Marina chegava a ter um coeficiente alfa superior a qualquer uma das séries aqui analisadas.

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Os  "cómicos" de serviço dão críticas contrastantes. Camilo de Oliveira acha que os profissionais do ramo deviam estar a fazer um trabalho válido, Artur Semedo não faz análise a nada porque não viu, Mário Castrim diz que em cada Nico d'Obra há "banha da cobra" = "shitcom", e uma crítica negativa à televisão por Maria Augusta Rodrigues a dizer que a televisão "é só mortes" mas gosta do Ora Bolas Marina. Hoje troca-se a comédia pela novela. Maravilhoso.

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Dizem que este ano e o próximo serão difíceis, numa entrevista dada ao António Perez Metello, do Tostões e Milhões, a falar sobre o plano económico de 1994 e a dar críticas aos ministros. A única coisa que liga isto à televisão é o facto de ser um apresentador de um programa de economia da SIC.

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Da última vez vimos a Arcopal em Sevilha, agora vemos um "almoço num jardim em Santo Domingo". Decoração "Célesta": todo um serviço pelo preço de um almoço, e num prato forrado a flores minimalistas de primária.

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Tema de capa: Fantasias sexuais todos têm (mas também se pode matar por prazer). Hoje o tema de capa é sempre alguma zanga que está por trás de uma mudança drástica num canal, quase inteiramente no fim da revista.

Aqui temos a análise do psiquiatra Coimbra de Matos. Numa entrevista sobre temas sexuais, uma caixa refere a análise das fantasias eróticas da Playboy, salientando que "não tem rigor científico".

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O que as celebridades dizem? Vera Roquette, do Agora Escolha em fase terminal, nunca teve fantasias eróticas que nem na Playboy, Maria Vieira tinha uma vida sexual "bastante satisfatória", acreditando que tinha fantasias sexuais na adolescência, Júlio César diz que são "muito reais" e que as concretizam, André Gago diz que o erotismo é fantasia, Alexandra Lencastre procura não se culpabilizar.

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E o Goucha?

"Fantasias eróticas? Certamente que as tive! Será que ja não as tenho?! Ter-lhes-ei dado a importância merecida! Não passam de fantasias! Hoje prefiro o erotismo e a sensualidade de coisas mais chegadas: como a doçaria conventual, por exemplo, barrigas de freira, papos de anjo..."

Como é que ele associa o erotismo à doçaria conventual, sabendo que ainda nesta altura o Goucha era cozinheiro, apesar de já apresentar programas da manhã banais. Acho que o Goucha de hoje iria dizer algo parecido.

O filme a ser destacado é Vale Abraão de Manoel de Oliveira, filme com mais de três horas de duração.

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Antes da morte da Diana uns anos mais tarde, a morte de John F. Kennedy era a morte do século XX. Durante o decorrer da semana em que a revista saiu, estávamos perante o trigésimo aniversário desta tragédia, os filmes e séries que saíram daqui e a inauguração de um museu com nome em sua honra.

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Uma entrevista a Kevin Costner é o pretexto perfeito para falar sobre um filme que a TVI programou para a data errada (devia ter dado no dia 22 e não no 23): JFK: O Filme Incómodo.

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Em homenagem a Federico Fellini, um artigo sobre as mulheres que encantavam quem via os seus filmes.

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Programar a grelha de Natal e Ano Novo ainda em Novembro? Que raio de feitiçaria é esta?

Hoje os canais andam com dificuldades em definir qual a grelha para estas datas já em Dezembro! Aqui está a análise da grelha. Ainda não se sabe se vai ser emitido o directo do Terreiro do Paço (coisa que já não passa nas generalistas), tal como foi na primeira passagem de ano do canal. Nas férias de Natal a grelha é alargada para começar mais cedo e dar filmes à tarde.

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Grelha resumida do Natal e da Passagem de Ano. Presumo que "A Família Jetson" tenha sido o filme de 1990 que passou despercebido. Pelo que sei era também o nome dado à animação, em detrimento de um simples e directo "Os Jetsons". Anos mais tarde (face à produção do filme que foi em 1990) uma adaptação dos Flintsones, mas em imagem real, iria convencer o público, mesmo desvirtuando os fãs da animação que ainda estava a ser repetida no Cartoon Network.

BRONCA! A 8 de Novembro de 1993 a Sociedade Portuguesa de Autores falou sobre a invasão das telenovelas brasileiras, em detrimento das portuguesas. Já aqui falei sobre como as nossas televisões tinham mais séries de comédia feitas cá, por outro lado, aqui as telenovelas eram monopolizadas pela NBP, e pior ainda, faliu a Fábrica de Sonhos por causa do custo da novela, mas aqui é sobre o peso gigantesco das novelas brasileiras cá, e dizem que importar novelas da Globo em detrimento de fazer novelas portuguesas é uma questão de dinheiro. Hoje a situação está ao contrário, produzimos uma quantidade de novelas comparável com a Globo e a Record juntas e no cabo a Globo dá boas audiências.

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O futebol dominava as audiências dos canais pares. O Dono do Mundo dominava o Canal 1 e o Chuva de Estrelas (ai que novidade) dominava a SIC. Eles ainda tiveram a "honra" de comparar as audiências dos canais nesta data (cerca de 2 semanas antes da revista) com as da semana anterior.

Novidade! Finalmente, estamos a escassos dias de programar o vídeo-gravador a brincar. Agora, a TV 7 Dias traz, importado directamente da Alemanha, o fantástico receptor Showview!

Não sei se outros países fizeram importaram o ShowView, mas na Alemanha, Áustria e Suíça foi uma instituição nos anos 90. A TV Guia tinha algo parecido mas com códigos de barras (ver revista anterior, alguém sabe como funcionava), mas a TV 7 Dias foi longe demais! Esta edição trouxe-nos a implementação deste sistema, claro que nem todos tiveram um aparelho destes, basta ver a quantidade de cassetes de filmes que o LUSITANIATV tem que se prolongaram para depois do fecho das emissões dos canais.

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Programação infantil e desportiva. Com isto descobrimos que o nome da série sobre sexualidade era Viva a Vida (mais parece nome de variety show, mas na verdade também foi o nome das galas anuais de aniversário da CM TV). A TVI tinha mais desporto do que a SIC, vê-se claramente que a SIC era especialista no boxe.

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Filmes da semana para gravar. Sem o tal do Showview vai ser como os filmes da noite que o LUSITANIATV tem e de lá sacou os intervalos.

Na terceira parte: a programação e o destacável das novelas.

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(terceira parte)

PROGRAMAÇÃO.

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olhem só os logos dos canais estrangeiros, tudo desactualizado e/ou improvisado, a SKY One parece um canal escandinavo em 1989, a TV5 ainda usava aquele logo nas Américas e os canais em questão são idênticos ao das outras revistas mas com a CNN International no lugar da MTV.

Aqui começamos a ver algumas incongruências entre as grelhas enviadas para a TV Guia e as grelhas enviadas para esta revista. Primeiro, na grelha dos canais da TVE, as séries animadas, em vez de aparecerem soltas, aparecem como parte do nome do programa-contentor que o emitia, o Pinnic. Já aqui mencionei noutras edições e vou aprofundar como era: produzido em Barcelona, existiu entre 1992 e 1996 e dizem que o nome veio das colecções de pin que eram a moda em Espanha na altura. Os dois canais começavam com a cara do canal oposto, a TVE 1 com cara de 2 e a 2 com cara de 1, situação que passado algum tempo levou à troca do Pinnic para o segundo canal e dos noticiários matinais para o primeiro (depois de uma breve ausência), creio que era por causa da reformulação dos noticiários da 2 (La 2 Noticias, embora inicialmente tivesse edição das 7 às 9). Segundo, nenhuma das sessões de filmes (nem nas regiões autónomas nem em Espanha) tinha os nomes dos filmes por emitir.

Adoro o tratamento de gambiarra que deram ao logo antigo da TVE 2, combina com os grafismos do canal na altura. Se não houvesse aquela mudança em Janeiro de 1991 e aquele logo fosse usado até pelo menos 2000, o separador de abertura de emissão teria mais curvas. Hoje a cor do canal (desde 2008) é um azul-esverdeado (o verde foi usado pelo Docu TVE que sobreviveu uns meses depois da mudança).

A que ponto chegamos, comparar as cores do canal ao sexo dos anjos, misericórdia :P

Quanto à TVG, o insólito é que em vez de aparecer o logo da gaivota da TVG é usado o logo da CRTVG, aposentado em 2006 quando a empresa adopta o novo G em vigor hoje (quando mudou fiquei com sorte, achava que o velho logo parecia ter um olhar constrangedor a quem estava a ver o canal). O Luar já existia (tinha pouco mais de um ano no ar).

Graças a um erro de edição, a revista anuncia um programa na RTP Açores às 111 horas.

A TVI ainda não tinha emissão contínua, portanto, ainda fechava à tarde. Como o Encontro dava no fecho da emissão, já usaram o separador da vela (eu acho). Algo me leva a crer que as mudanças teriam sido concretizadas em Setembro (quando mudaram o genérico do Informação 4), mas ainda não surgiu um fecho de emissão do outono para provar.

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Os destaques por canal. Hoje o Playboy começa com um padre!

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Ó meus amigos-oze, mas como vem a ser isto, valha-me Deus-eze-eze? Uma vampirice da Playboy a começar com um padre? Estava tudo a correr tão bem até agora, quando me deparo com uma sinopse para este programa do demónio, que tira partido da imagem de um padre a telefonar para uma linha telefónica do Demo. Qualquer dia, inventam um episódio em que um padre... um padre... um padre... não havia necessidade. Estou sem ideias de como será o próximo, porque isto parece um ataque sado-masoquista de convencer o máximo possível de telespectadores a praticar coisas pouco sãs.

Continuem, mas com cuidado.

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E vamos ao sábado, impossível acreditar que já deram Os Simpsons depois do Telejornal, meses mais tarde já dava ao domingo à tarde. A TVI ainda repetia o primeiro (falhado) programa do Goucha perto do meio-dia. Maleita incontornável, esta de passarem boa parte do dia a fazer gazeta e de encherem a grelha.

No fim de contas, quem ganha o dia em termos de minutos de emissão é a TV2, com 18 horas e meio, sendo o último dos quatro canais a fechar a noite, seguido da SIC (segundo lugar), Canal 1 (terceiro) e TVI (quarto).

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Destaques do Canal 1 e da TV2 e êêêita! Videocapa a meio, e não perto do fim, como era na concorrência, desta vez ao filme JFK.

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E no meio do poster de Lirina Eleniak com o calendário do mês vigente, entramos no coleccionável do resumo das novelas. Desde 2018 (com algum medo de me enganar) e talvez para contestar a necessidade dos cortes de produção, deixou de ser um destacável e passou a estar no meio da revista.

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Para Jorge Amado (morreu em 2001), na calha estava uma adaptação para filme de Tieta do Agreste, novela produzida pela Globo em 1989 (e emitida cá em 1991). O filme foi lançado em 1996. Por outro lado a Globo "castiga" Raul Gazolla. Que foi? Problemas na vida pessoal.

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Luciene Adami regressa aos palcos com Dois na Gangorra. Por outro lado, vemos quais os hábitos alimentares de alguns dos actores de Renascer.

Resumo de O Sexo dos Anjos, a substituta de Bebé a Bordo.

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Quem é quem na novela e resumo dos primeiros episódios.

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Entrevista a João Rebelo e resumo de Deus nos Acuda.

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Resumos de Despedida de Solteiro e O Dono do Mundo (1/3).

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O Dono do Mundo (2/3).

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O Dono do Mundo (3/3) e Renascer.

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Verão Quente (1/2).

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Verão Quente (2/2) e Rosa Baiana, novela rara da Bandeirantes.

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Deus nos Acuda.

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Topázio.

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Vamp.

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Dizem que Roque Santeiro, um homem debaixo de um santo, ficou defendendo seu canto e morreu...

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Lágrimas (a única com compacto semanal em modo Globo, estes venezuelanos eram baratos e permitiam isto).

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Bebé a Bordo.

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Contracapa do destacável de novelas com anúncio da Quatro Estações (ainda existe ou foi dissolvida?) da Impala a promover uma rota turística a Maceió com estadia em Recife. Porquê Recife se a principal atracção é Maceió? É fácil, Recife e Maceió são tão próximas entre si, o estado de Alagoas é um dos mais pequenos.

E pior, erraram nos nomes de duas das praias (Pajuçasa = Pajuçara, Jaiiúca = Jatiúca). Ao menos acertaram na Praia do Francês, vá se lá saber porquê...

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Segunda videocapa e destaques da SIC e da TVI.

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Por esta altura, Rosa Baiana dava em modo tipo compacto para tentarem despachar a novela o quanto antes.

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Como será o Portugal do PDR? O País Real perguntará. Como é que a igreja mantém a sua postura face ao aborto? A Caixa de Perguntas perguntará. Os Imortais, em vez de ser o resumo do episódio, foi o resumo geral da primeira temporada. Se tiver tempo vou fazer uns cálculos e dar estimativas sobre a emissão da primeira temporada na SIC.

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Recentemente estive a ver uns artigos de novelas venezuelanas e estimo que a novela Amazonas da TVG era a de 1985, sendo que Amazonas veio do nome da quinta onde se desenrola a acção.

Também não entendo porque é que as revistas não divulgavam os programas que iam a votação no Agora Escolha.

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Olha só quem vai ao Momentos de Glória, o James Woods! Mesmo para um canal com problemas de cobertura e existência, o programa em si já arrecadava algumas estrelas internacionais.

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Às 22 horas, o célebre programa de apanhados de Silvio Berlusconi Scherzi a parte. Em 2009/2010 a SIC Radical emitia uma versão britânica que compilaza excertos do programa e que começava com uma narração que dizia que Scherzi a parte era o programa que fazia "Beadle's About" parecer o Blue Peter.

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Aqui começam a aparecer os anúncios a astrólogos e outros que tais colados aos destaques.

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Quarta é dia de Queridos Inimigos.

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Que, por si só, não teve o devido destaque na revista.

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Manuel Monteiro é o alvo de uma entrevista especial na SIC.

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Na Linha!: Mas o que é que tu vês nela que eu não tenho?

Na quarta parte: Jeremy Irons diz que sente-se em casa em Portugal e uma notícia sobre Israel. Ah, e algo na Holanda, os holandeses e as suas ideias maradas

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(quarta parte)

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Como o thass_hot e o miguelalex23 disseram, o Moentos de Glória trouxe sempre convidados de luxo, mesmo para uma tentativa falhada do Goucha estar na TVI. Aqui vemos como foi a estadia de Jeremy Irons no programa, sendo que era contra a "federação europeia" que só servia para construir estradas.

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O que a TV Guia chamava de "tarjetas" era chamado pela TV 7 Dias de rótulos. Os destaques em vídeo vão para Drácula, Amityville: A Nova Geração e Outro Mundo.

Das três distribuidoras de filmes, só sobrevive a Lusomundo (como NOS Audiovisuais). A Ecofilmes, também distribuidora das consolas Sega, hoje chama-se 4Play.

Anúncio a linhas da Teleworld, todas elas linhas gravadas. No Reino Unido uma destas linhas (a Chatback) tornou-se famosa não só pelo seu anúncio como também por partidas telefónicas que, pelo que sei, levaram à mudança do número.

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Cupões dos concursos (o do Encontros Imediatos nem sequer tinha campos) e anúncio à Cintra & Leal, uma das empresas que propulsionou a televisão por satélite desde meados dos anos 80. Um dos fundadores, o Eduardo Cintra Torres, escreve para o suplemento de sexta do CM os seus desabafos.

Os holandeses são mesmo marados e tarados! É-me difícil identificar o nome do programa em holandês, deduzo que tenha sido num dos dois canais da RTL holandesa, com emissão legal a partir do Luxemburgo, mas até o sistema público faz coisas parecidas, no sentido de serem ideias fora do conceito-base de outros países. No fundo, o bem-estar germânico (das línguas, não estritamente do panorama alemão), excluíndo o britânico, de ser diferente, ao contrário da nossa identidade do sul popularucho. Estas Noites Femininas consistiam num concurso que parecia ter natureza erótica, com mulheres a despirem homens! E termina a notícia a dizer que um formato destes sería viável na altura cá. Com tamanhas "vampirices" a povoar a SIC, um programa destes em pleno ano do erotismo podia muito ter sido viável!

Israel combate a pirataria na TV a cabo. A Associação Israelita da Televisão por Cabo, que por si só geria cinco canais de cabo (um de entretenimento em geral, um de filmes, um desportivo, um infantil e um de documentários, alguns ainda existem mas tomaram os seus próprios rumos) e as três operadoras ditas "legais" da altura, a Matav, Canais de Ouro e Tevel (entraram em fusão em 2003 e agora é a HOT, hoje propriedade da Altice). O que está em causa é a pirataria, sendo que só assinaram contratos legítimos com a MTV e a CNN. Yossef Peled lamenta: "Os europeus perguntaram-me porque é que estão a pagar à CNN? Agora, eles estão a pagar-nos também."

A meio da notícia vemos que a Keshet foi uma das empresas que processou. No dia 4 do mês em que saiu a revista entrou no ar o segundo canal israelita (regular), da qual era uma das concessionárias. Na última revista que vimos, sobre o primeiro aniversário da SIC, ainda estava a ser emitido o segundo canal experimental, que salvo erro saiu do ar no dia 1 de Novembro. Israel na altura tinha dois canais terrestres, sendo que a Televisão Educativa de Israel era emitida nos dois canais.

Sergei Burak, responsável pela importação e exportação de conteúdos do segundo canal russo, a RTR (Rússia-1 desde 2010, canal 100% estatal) afirma que mesmo dois anos depois da queda da União Soviética, a situação está um caos, nomeadamente no que diz respeito aos filmes em vídeo. Mas o Burak afirma: se a Rússia aderir à Convenção de Geneva sobre os direitos de autor, vamos ver alguma ordem na situação. Salienta ainda o facto de muita gente já ter visto Parque Jurássico em cassetes pirata, em contraste com ver o filme nos cinemas.

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Tempos livres (hoje são quatro páginas de passatempos). Dois dos passatempos estão resolvidos, entre os quais um "antepassado" do sudoku que era 6x6 de "comprimento e altura" mas com 9 números a serem usados.

Horóscopo com celebridades avulsas e o seu signo. Descobri que tenho o mesmo signo da Liza Minelli (e da TVI e da RTP 1, ora).

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O Encontro dos Leitores, que é como quem diz, "algo que a TV Guia não fez na altura", com troca de correspondência, troca de produtos e mensagens pessoais. Acho que dentro das revistas da televisão só a TV 7 Dias tinha isto, e o resto era noutras revistas da especialidade (basta ver, por exemplo, os pregões do Blitz quando era jornal).

Carlos Alberto dá os parabéns aos quatro canais, em particular ao Raios e Coriscos e ao Chuva de Estrelas. Por outro lado, Ana Cláudia Silva critica o facto da TVI gastar rios de dinheiro em contratar artistas internacionais para o Momentos de Glória.

Na semana em que saiu esta edição das Revistas da Gente, faleceu Diego Maradona, ainda a TV 7 Dias estava toda pronta. Esta semana trazemos um artigo sobre a morte de Dino Meira, que aconteceu em circunstâncias parecidas (faleceu a 11 de Novembro e a revista para o dia 12 já estava pronta), desta feita com um enfarte ao miocárdio. Tinha 54 anos e na altura o cantor estava era no seu auge. Na altura da sua morte, Dino Meira estava com planos para ir ao Brasil, onde fez boa parte da sua carreira.

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Casacos e roupas para aguentar os meses vindouros (patrocínio das perfumarias Korinex).

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Algumas notícias avulsas: se na TV Guia era no início, aqui era bem perto do fim:

  • Roberto Pereira, presidente da TVI na altura, estreia-se como cantor no mercado do disco;
  • Uma avaria no emissor de Palmela leva-nos a acreditar que a TVI e a novela venezuelana Lágrimas tinha uma audiência muito fiel na zona e anuncia mais emissores para Novembro;
  • Iuran comprou Gold Card do Benfica;
  • Sylvia Kristel (faleceu em 2012), a actriz de alguns filmes da saga Emmanuelle (das mais repetidas nas madrugadas da CM TV) declarou que os filmes eróticos em que participou fizeram-na deixar de gostar de homens e passou a ser lésbica (ou "lesbiana", segundo Diácono Remédios);
  • Freitas Cruz inicia um plano de despedimentos. Quem vai vencer, a RTP ou as privadas?;
  • Será que vamos ver o Herman na TVI? Afinal tal não veio a ser concretizado (salvo um talent show em 2009). No último episódio da primeira temporada da Herman Enciclopédia, uma das suas personagens, o Diácono Remédios, apesar de ser tido como o "conservador" da série, afirmava ter visto e gostado da Xica da Silva.
  • Maria de Medeiros esteve em Hollywood, depois rumou para a Polónia e por fim regressa a Portugal. Três filmes seguidos que filmou.

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Hoje no fim da revista é quase sempre o tema de capa, aqui ainda era um artigo sobre carros, desta vez os novos carros da Citroên.

Anúncio ao Amoreiras com uma mulher com um seio ao léu.

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Contra-capa com o anúncio ao CEAC, entre os novos cursos estão os de informática de gestão.

Parece que tenho de dar o epílogo a outra pessoa, e desta vez é o Diácono Remédios de 2020. Com o mestre, a palavra.

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Pois é, estava-se mesmo a ver, que mais tarde ou mais cedo, iríamos voltar a ter mulheres desnudadas, uma mulher que se confessa ser lesbiana, não havia necessidade. E ainda por cima um anúncio ao Amoreiras, que ainda estava no auge, a promover uma feira com nome em italiano, e com um seio ao léu? Francamente, em 2020 dificilmente haveriam anúncios deste tipo aceites pela imprensa. Em tempos idos, ainda a RTP era um monopólio, apareciam mulheres com um seio à vista em anúncios a champôs. Hoje, a sociedade parece ter andado a meu favor. Só não vejo a CM TV porque não quero me intrometer com aquelas fitas pecaminosas, nem sequer as gravo, aliás, a minha televisão ficou limitada à RTP Memória. A última vez que vi televisão de madrugada foi na última vez em que a RTP Memória passou aquela obra demoníaca que é a Enciclopédia do Hermano, na hora que merece, três da manhã. Acordava de propósito só para ver os episódios e sempre que eu apareci, desde aquela fatídica anedota "do chouriço", senti uma espécie de orgulho dentro de mim.

Com franqueza, eu vivenciei os anos 90 com uma crítica aberta à sexualidade. A minha mãe não é a Rute Remédios, enganaram-se quando deram-lhe o programa na segunda temporada. Recusaram-me o direito a criticar o erotismo nos primeiros anos da SIC, mas uma coisa é certa: cheguei a partilhar a opinião do célebre Mário Castrim, que dizia que estes programas eram sumas "vampirices".

É caso para dizer, aleluia, acabou a crónica! Espero que a próxima crónica que surgir será de uma fase mais contemporânea. Boa noite. Continuem, mas com cuidado.

Muitíssimo obrigado por estar connosco, até à próxima edição, quem sabe quando, quando voltaremos a falar sobre temas relacionados à televisão, temas de celebridades, etc. e tal. Recomendo que vejam mais edições do Esta Transmisión es Ilegal na Chi TV, e obrigado ao Pierre Dumont por ter dito na crónica anterior que a televisão chilena era muito europeia para um padrão latino-americano.

Foram As Revistas da Gente, e voltarão um dia destes
Com o ATVTQsV e uma revista de alguém
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Foram As Revistas da Gente, e até à próxima
Viajando pela história da nossa televisão
Voltará (voltará)
Aqui está! (OOOOHOOOOOOOOOHHHHH)
E o ATVTQsV estará sempre connosco
Comigo e com outros mais
Foram As Revistas da Gente, e até à próxima
Viajando pela história da nossa televisão
Voltará, voltará, voltará!

(este tema tipo Jorge Castro de la Barra fica só para esta edição, e não, não vai ser fixo tipo Manupédia, e sim, segundo a métrica o meu nome de utilizador lê-se letra a letra)

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On 27/11/2020 at 12:14, ATVTQsV disse:

 

Antes da morte da Diana uns anos mais tarde, a morte de John F. Kennedy era a morte do século XX. Durante o decorrer da semana em que a revista saiu, estávamos perante o trigésimo aniversário desta tragédia, os filmes e séries que saíram daqui e a inauguração de um museu com nome em sua honra.

Meus tios lembram, até hoje, do anúncio da morte de John Kennedy na Televisão. Eu fui pesquisar nos jornais antigos de uma hemeroteca local: o atentado ocorreu por volta de 12h30 e sua morte foi anunciada por volta de 13h30 (horário de Dallas). Na minha cidade recebíamos a emissão de dois canais privados regionais de Recife (100 km de distância em linha reta), ambos abriam às 17hs e o fecho acontecia entre 23hs e 0h. Considerando 3 horas de fuso horário: a notícia do atentado teria sido dada pouco antes das 4 da tarde (13hs em Dallas) e a Televisão não havia inciado as suas emissões correspondentes ao dia 22/11/1963. A população ficou sabendo pela Rádio VOA (Voz da América), cujo o serviço em língua portuguesa era muito popular no Norte e Nordeste do Brasil. As estações de rádio entraram em cadeia com a VOA. Os telejornais "Repórter Esso" e o "Jornal da Panair" entraram às 17hs e não às 20hs e seguiram com uma programação especial em luto. As imagens da cobertura de sua morte chegaram à Recife após 3 dias, afinal, não havia satélites e nem emissão em rede nacional (tais recursos chegariam entre 1969 e 1971).

No Rio ou São Paulo, a emissão se iniciava bem mais cedo: por volta de meio-dia. Porém, as estações cariocas de rádio e Televisão estavam em greve e não noticiaram o fato de imediato, à exceção da Rádio Tropical Solimões, por se localizar fora do extinto Estado da Guanabara, e da TV Excelsior, por pagar salários acima da tabela aos seus funcionários. O Sudeste do Brasil começara o horário de verão alguns dias antes em relação ao restante do Brasil e por isso a diferença era maior (cerca de 4 hs). Em São Paulo, a faixa das 17 horas era destinada à emissão experimental pública em cores. Mas, o anúncio deve ter sido feito mesmo em preto-e-branco. Vale salientar que por não existir rede nacional, cada estação regional de TV deveria fazer a sua cobertura com o pouco que existia à época: emissão de rádio em ondas curtas e telegramas de agências de notícias. 

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On 27/11/2020 at 12:14, ATVTQsV disse:

BRONCA! A 8 de Novembro de 1993 a Sociedade Portuguesa de Autores falou sobre a invasão das telenovelas brasileiras, em detrimento das portuguesas. Já aqui falei sobre como as nossas televisões tinham mais séries de comédia feitas cá, por outro lado, aqui as telenovelas eram monopolizadas pela NBP, e pior ainda, faliu a Fábrica de Sonhos por causa do custo da novela, mas aqui é sobre o peso gigantesco das novelas brasileiras cá, e dizem que importar novelas da Globo em detrimento de fazer novelas portuguesas é uma questão de dinheiro. Hoje a situação está ao contrário, produzimos uma quantidade de novelas comparável com a Globo e a Record juntas e no cabo a Globo dá boas audiências.

O problema da telenovela portuguesa devia-se às limitações mercadológicas naturais relativos à tamanho e poder de compra. Se mesmo no Brasil, uma telenovela precisa de pelo menos 100 capítulos para pagar-se, imagina em Portugal? Até hoje existe uma limitação orçamentária em todas as novelas produzidas, ainda existe o peso de tais produções não encontrarem mercado no maior país de língua portuguesa pois motivações polêmicas. Só não entendi quando disseram: "em defesa da nossa língua" em relação às novelas brasileiras.

Existia uma versão brasileira de tal movimentação em relação às telenovelas mexicanas, que eram e ainda são populares no Brasil. Falava-se do risco de "mexicanização" a ponto da Globo comprar novelas venezuelanas para redistribuição: "Cristal" deveria emitir-se pela TV Gazeta de São Paulo entre 1991 e 1992, mas acabou indo parar no Multishow.

On 27/11/2020 at 19:17, ATVTQsV disse:

Por esta altura, Rosa Baiana dava em modo tipo compacto para tentarem despachar a novela o quanto antes.

E era uma novela velha: foi produzida em 1980! Chegou à Portugal com 13 anos de defasagem. Em atraso só perde para a novela mexicana "A Vingança" no Brasil: foi produzida em 1977 e vista por cá em 1991!

On 27/11/2020 at 19:17, ATVTQsV disse:

Contracapa do destacável de novelas com anúncio da Quatro Estações (ainda existe ou foi dissolvida?) da Impala a promover uma rota turística a Maceió com estadia em Recife. Porquê Recife se a principal atracção é Maceió? É fácil, Recife e Maceió são tão próximas entre si, o estado de Alagoas é um dos mais pequenos.

E pior, erraram nos nomes de duas das praias (Pajuçasa = Pajuçara, Jaiiúca = Jatiúca). Ao menos acertaram na Praia do Francês, vá se lá saber porquê...

Nesta época (1993), o único aeroporto que recebia voos internacionais nesta região era o de Recife. Por isto, a passagem por esta cidade era obrigatória. Muitas vezes, mesmo o voo nacional era bem mais barato indo até Recife do que para as cidades vizinhas (João Pessoa, Natal, Maceió e Campina Grande). Com o boom econômico brasileiro dos anos 2000, a situação mudou e já existem voos diretos desde Lisboa até Maceió. 

https://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2020/10/voo-regular-entre-maceio-e-lisboa-e-inaugurado-no-zumbi-dos-palmares_116401.php

há 9 horas, ATVTQsV disse:

Os holandeses são mesmo marados e tarados! É-me difícil identificar o nome do programa em holandês, deduzo que tenha sido num dos dois canais da RTL holandesa, com emissão legal a partir do Luxemburgo, mas até o sistema público faz coisas parecidas, no sentido de serem ideias fora do conceito-base de outros países. No fundo, o bem-estar germânico (das línguas, não estritamente do panorama alemão), excluíndo o britânico, de ser diferente, ao contrário da nossa identidade do sul popularucho. Estas Noites Femininas consistiam num concurso que parecia ter natureza erótica, com mulheres a despirem homens! E termina a notícia a dizer que um formato destes sería viável na altura cá. Com tamanhas "vampirices" a povoar a SIC, um programa destes em pleno ano do erotismo podia muito ter sido viável!

Existe algum vídeo deste programa, nem que seja a promo? Fez-me lembrar do concurso da garota molhada que existia no Brasil nos anos 90, a moça dançava com roupas brancas debaixo de um chuveiro e aparecia tudo. 

 

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A TV Guia também tinha páginas de troca de correspondência, mas ñ nesta altura. Tenho umas TV Guia de 1985 e tem uma página inteira de correspondência de leitores. Penso que quando mudou o logotipo (ou pouco tempo depois disso) para o logotipo da minha foto de perfil deixou de ter essa troca de correspondência. Essas páginas ainda existem (ou pelo menos até há muito pouco tempo) na revista Maria!

A Mulher Moderna como disseste acabou em 2009 ou 2010 ñ me lembro bem. Era um género que misturava conteúdos de revistas femininas mensais (moda, beleza, culinária) com fofoquices, TV, novelas. Em Portugal tivemos duas revistas desse género: Mulher Moderna (inspirada na ainda existente italiana Donna Moderna) da Impala fundada em 88 e a Guia (inspirada na ainda existente Mia espanhola) fundada em 90. Esta última quando a TV Guia foi comprada pela Cofina ainda mudou de nome em 2003 para Nova Guia e tinha mais conteúdo de celebridades, TV e novelas, mas acabou nesse mesmo ano.

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On 29/11/2020 at 08:56, thass_hot disse:

A TV Guia também tinha páginas de troca de correspondência, mas ñ nesta altura. Tenho umas TV Guia de 1985 e tem uma página inteira de correspondência de leitores. Penso que quando mudou o logotipo (ou pouco tempo depois disso) para o logotipo da minha foto de perfil deixou de ter essa troca de correspondência. Essas páginas ainda existem (ou pelo menos até há muito pouco tempo) na revista Maria!

A Mulher Moderna como disseste acabou em 2009 ou 2010 ñ me lembro bem. Era um género que misturava conteúdos de revistas femininas mensais (moda, beleza, culinária) com fofoquices, TV, novelas. Em Portugal tivemos duas revistas desse género: Mulher Moderna (inspirada na ainda existente italiana Donna Moderna) da Impala fundada em 88 e a Guia (inspirada na ainda existente Mia espanhola) fundada em 90. Esta última quando a TV Guia foi comprada pela Cofina ainda mudou de nome em 2003 para Nova Guia e tinha mais conteúdo de celebridades, TV e novelas, mas acabou nesse mesmo ano.

Eu lembro-me bem da Guia, era uma revista até interessante. A Mulher Moderna também me lembro claro, não sei se esta chegou a ter programação de TV, mas sei que a Guia tinha.

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agora mesmo, D91 disse:

Eu lembro-me bem da Guia, era uma revista até interessante. A Mulher Moderna também me lembro claro, não sei se esta chegou a ter programação de TV, mas sei que a Guia tinha.

Tinha claro! E tinha muito mais conteúdo de TV (programação, telenovelas, reportagens) que a Guia. Até me lembro que em 2002 li na MM uma reportagem sobre o BBB (Big Brother Brasil) que aqui ninguém conhecia os concorrentes. A Guia se bem me lembro tinha resumos de 3 novelas numa página apenas e outra página para a programação de TV.

A MM era do grupo Impala (TV7 Dias, Maria, Ana...), bem mais popularucho que a TV Guia editora logo era mais virada para fofocas/mundo da TV.

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agora mesmo, thass_hot disse:

Tinha claro! E tinha muito mais conteúdo de TV (programação, telenovelas, reportagens) que a Guia. Até me lembro que em 2002 li na MM uma reportagem sobre o BBB (Big Brother Brasil) que aqui ninguém conhecia os concorrentes. A Guia se bem me lembro tinha resumos de 3 novelas numa página apenas e outra página para a programação de TV.

A MM era do grupo Impala (TV7 Dias, Maria, Ana...), bem mais popularucho que a TV Guia editora logo era mais virada para fofocas/mundo da TV.

Eu sei que era do grupo Impala e acho que cheguei a ler uma ou outra vez essa revista. Tabém existiu a Mulher Moderna na Cozinha (acho que também já não existe, mas este ano ainda chegou a estar nas bancas).

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há 1 minuto, D91 disse:

Eu sei que era do grupo Impala e acho que cheguei a ler uma ou outra vez essa revista. Tabém existiu a Mulher Moderna na Cozinha (acho que também já não existe, mas este ano ainda chegou a estar nas bancas).

Sim, a MM na cozinha a minha mãe comprava quase sempre (era mensal) e chegou em 2008 a Mulher Moderna Afro (mensal também) pouco tempo antes de fechar a MM semanal.

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há 2 minutos, thass_hot disse:

Sim, a MM na cozinha a minha mãe comprava quase sempre (era mensal) e chegou em 2008 a Mulher Moderna Afro (mensal também) pouco tempo antes de fechar a MM semanal.

Também me lembro da Afro. 

A Afro surgiu numa altura em que a Impala lançou várias revistas que duraram pouco tempo, outras foram a Presente, a Global, uma que era a Vida Real (tenha 1 ou 2 edições desta)....

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On 28/11/2020 at 23:56, PierreDumont disse:

Meus tios lembram, até hoje, do anúncio da morte de John Kennedy na Televisão. Eu fui pesquisar nos jornais antigos de uma hemeroteca local: o atentado ocorreu por volta de 12h30 e sua morte foi anunciada por volta de 13h30 (horário de Dallas). Na minha cidade recebíamos a emissão de dois canais privados regionais de Recife (100 km de distância em linha reta), ambos abriam às 17hs e o fecho acontecia entre 23hs e 0h. Considerando 3 horas de fuso horário: a notícia do atentado teria sido dada pouco antes das 4 da tarde (13hs em Dallas) e a Televisão não havia inciado as suas emissões correspondentes ao dia 22/11/1963. A população ficou sabendo pela Rádio VOA (Voz da América), cujo o serviço em língua portuguesa era muito popular no Norte e Nordeste do Brasil. As estações de rádio entraram em cadeia com a VOA. Os telejornais "Repórter Esso" e o "Jornal da Panair" entraram às 17hs e não às 20hs e seguiram com uma programação especial em luto. As imagens da cobertura de sua morte chegaram à Recife após 3 dias, afinal, não havia satélites e nem emissão em rede nacional (tais recursos chegariam entre 1969 e 1971).

No Rio ou São Paulo, a emissão se iniciava bem mais cedo: por volta de meio-dia. Porém, as estações cariocas de rádio e Televisão estavam em greve e não noticiaram o fato de imediato, à exceção da Rádio Tropical Solimões, por se localizar fora do extinto Estado da Guanabara, e da TV Excelsior, por pagar salários acima da tabela aos seus funcionários. O Sudeste do Brasil começara o horário de verão alguns dias antes em relação ao restante do Brasil e por isso a diferença era maior (cerca de 4 hs). Em São Paulo, a faixa das 17 horas era destinada à emissão experimental pública em cores. Mas, o anúncio deve ter sido feito mesmo em preto-e-branco. Vale salientar que por não existir rede nacional, cada estação regional de TV deveria fazer a sua cobertura com o pouco que existia à época: emissão de rádio em ondas curtas e telegramas de agências de notícias. 

 

On 29/11/2020 at 01:06, PierreDumont disse:

Nesta época (1993), o único aeroporto que recebia voos internacionais nesta região era o de Recife. Por isto, a passagem por esta cidade era obrigatória. Muitas vezes, mesmo o voo nacional era bem mais barato indo até Recife do que para as cidades vizinhas (João Pessoa, Natal, Maceió e Campina Grande). Com o boom econômico brasileiro dos anos 2000, a situação mudou e já existem voos diretos desde Lisboa até Maceió. 

https://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2020/10/voo-regular-entre-maceio-e-lisboa-e-inaugurado-no-zumbi-dos-palmares_116401.php
 

Pois é, estava-se mesmo a ver que os posts que fiz da revista tinham algo potente para invocar o Pierre: Recife, estados pequenos ao lado de Pernambuco e o porquê de antigamente os estados mais pequenos estarem "eclipsados" por causa do poderoso Pernambuco e de Recife.

Por falar em Pajuçara, era para ter referido a TV Pajuçara (mas acabei por cortar devido a falta de tino), que tinha entrado no ar no ano anterior, e cujo nome veio da praia de Pajuçara. Partindo do princípio que o canal leva o nome da praia, é bem provável que aquilo aos 50 segundos e no thumbnail do vídeo em baixo (quando os triângulos "recompõem" o primeiro símbolo, este PJ bem sacado demais, mesmo para um pequeno estado) é uma vista do mar da própria praia. Até gostava muito de uma TV Jatiúca, soaria melhor do que uma TV Ponta Verde.

E na reconstituição do discurso de inauguração da TV Jornal (saudades da Bragatel), refere ainda os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas sem referir o Sergipe. Pobre estado (que só teve TV local em 1971), mesmo com potencial para estar dentro da cobertura do canal, acho que foi eclipsado pelos baianos.

 

On 29/11/2020 at 01:06, PierreDumont disse:

Existe algum vídeo deste programa, nem que seja a promo? Fez-me lembrar do concurso da garota molhada que existia no Brasil nos anos 90, a moça dançava com roupas brancas debaixo de um chuveiro e aparecia tudo. 

É complicado, tentei encontrar todos os nomes possívels em holandês e nada. Vou tentar encontrar em hemerotecas de jornais holandeses (o título deve estar em inglês, ora, por ser germânico) mas por agora acho que vai ser uma droga procurar.

On 29/11/2020 at 01:06, PierreDumont disse:

E era uma novela velha: foi produzida em 1980! Chegou à Portugal com 13 anos de defasagem. Em atraso só perde para a novela mexicana "A Vingança" no Brasil: foi produzida em 1977 e vista por cá em 1991!

Rosa Baiana era O Bem-Amado dos anos 90.

Se a TVI ou a SIC (provavelmente sem Globo no início) tivesse entrado no ar mais cedo estaria no ar na grelha com periodicidade diária. Acho que a TVI resolveu fazer compactos (sem usar a faixa das 16) dada a antiquidade do produto.

On 29/11/2020 at 01:06, PierreDumont disse:

Existia uma versão brasileira de tal movimentação em relação às telenovelas mexicanas, que eram e ainda são populares no Brasil. Falava-se do risco de "mexicanização" a ponto da Globo comprar novelas venezuelanas para redistribuição: "Cristal" deveria emitir-se pela TV Gazeta de São Paulo entre 1991 e 1992, mas acabou indo parar no Multishow.

Não sei se havia uma mexicanização (aqui com traços de venezuelização) da indústria portuguesa. Sei que a invasão dos anos 90 começou ainda a TV era a três (dois?) canais, quando a TV2 estreou o Carrossel da Televisa (e com o tema espanhol, a RTP não era nenhum SBT para mudar o tema). Acho que estreou junto com a marca TV2 e os quartzos (demorou mas chegou) em Setembro.

No entanto, algo parou esta invasão latina. Deduzo que tenha sido por causa do aumento das novelas portuguesas na TVI, o que levou ao fim desta saga. Mesmo nos anos 90 as dobragens brasileiras eram fortemente criticadas (ler a negrito em português brasileiro) pelos portugueses. Acho que devem ter falado sobre isto nalgumas revistas, sobretudo nas secções de correspondência.

há 25 minutos, thass_hot disse:

Tinha claro! E tinha muito mais conteúdo de TV (programação, telenovelas, reportagens) que a Guia. Até me lembro que em 2002 li na MM uma reportagem sobre o BBB (Big Brother Brasil) que aqui ninguém conhecia os concorrentes. A Guia se bem me lembro tinha resumos de 3 novelas numa página apenas e outra página para a programação de TV.

A Guia! Era das primeiras revistas de que me lembro, uma das minhas primeiras memórias televisivas de algo nacional tem a ver com o programa Guia Dia-a-Dia que dava na RTP 1, antes da Praça. A Cofina decidiu fechar a Guia(mesmo com o novo formato) para dar lugar à Flash!, que ainda hoje é publicada.

há 21 minutos, thass_hot disse:

Sim, a MM na cozinha a minha mãe comprava quase sempre (era mensal) e chegou em 2008 a Mulher Moderna Afro (mensal também) pouco tempo antes de fechar a MM semanal.

Só me lembro da Mulher Moderna Afro quando era Afro "a secas" como se diz em espanhol. E acho que só vi a primeira capa no Continente do Minho Center (e de ter ouvido falar sobre ela na net, eu acho), depois a Impala não viu algum retorno. Isto foi em 2009.

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há 20 minutos, ATVTQsV disse:

A Guia! Era das primeiras revistas de que me lembro, uma das minhas primeiras memórias televisivas de algo nacional tem a ver com o programa Guia Dia-a-Dia que dava na RTP 1, antes da Praça. A Cofina decidiu fechar a Guia(mesmo com o novo formato) para dar lugar à Flash!, que ainda hoje é publicada.

Só me lembro da Mulher Moderna Afro quando era Afro "a secas" como se diz em espanhol. E acho que só vi a primeira capa no Continente do Minho Center (e de ter ouvido falar sobre ela na net, eu acho), depois a Impala não viu algum retorno. Isto foi em 2009.

Lembro-me tão bem desse programa. Acho que também foi transmitido de tarde, ou possivelmente seria repetição. Tinha a Maria Vasconcelos (depois versão infantil de José Hermano Saraiva) e a Heloísa Miranda. Aliás lembro-me dela contar no programa que fita cola no Brasil diz-se durex e nos primeiros tempos em  Portugal ela foi a uma papelaria e pediu um rolo de durex dos grandes e toda a gente ficou a olhar para ela) 

 

Em relação à Guia. a Cofina ainda chegou a lançar uns quantos números. Apenas lhe chamou Nova Guia. Mesmo no verão de 2003 já com a Flash nas bancas, a revista continuava em circulação mas nem ao fim do ano chegou. Isso sim, trazia sempre uma entrevista a uma figura pública na capa e tinha muito mais conteúdo gossip/TV. Era uma mistura entre antiga Guia e TV Guia.

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há 2 minutos, thass_hot disse:

Lembro-me tão bem desse programa. Acho que também foi transmitido de tarde, ou possivelmente seria repetição. Tinha a Maria Vasconcelos (depois versão infantil de José Hermano Saraiva) e a Heloísa Miranda.

Ela na altura também trabalhava na Comercial, no Homem Que Mordeu o Cão (aliás não sei se ela sobreviveu à mudança para a Best Rock FM, que já falei ao de leve junto com as demais rádios antigas da MCR, mas que aprofundarei em breve). Na Caderneta de Cromos em Março de 2011, no dia de aniversário da rádio, meteram uma das músicas dela do tempo do Cão, sobre o coração e os pulmões. Ela também aparecia no genérico do programa, sendo que durante as gravações cruzou-se com um fã dela.

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@ATVTQsVestações de TV com nomes de praia são relativamente comuns no Brasil: afinal, tivemos até uma "TV Copacabana" em 1987. A primeira de todas foi a TV Itapoan de Salvador em 1960. 

Quanto à questão do Recife: de fato, é uma cidade polo para toda a região. Por muito tempo, o comércio recifense concentrava o interesse de toda a região e o Aeroporto de Recife até hoje serve como porta de entrada para os estados vizinhos, muito embora haja um esforço das oligarquias regionais para criar voos internacionais para seus respectivos aeroportos. Aqui em João Pessoa existe um voo semanal para Buenos Aires, já que os "hermanos" argentinos são fregueses costumeiros das praias nordestinas. Parece-me que existe um entendimento para a TAP operar um voo João Pessoa x Lisboa e talvez alguns voos ocasionais (charter) desde Amsterdão. 

Para a questão da TV Jornal do Commercio e a sua abrangência: a princípio eles não sabiam até onde a emissão poderia chegar. Foram quase seis meses de emissão experimental e à medida que os televisores foram vendidos, eles tinham a real noção do poder de alcance do seu emissor. Quando a estação começou a emitir (18 de junho de 1960), já sabiam que o sinal chegava em um raio de 300 quilômetros, o suficiente para atingir Natal, João Pessoa, Campina Grande, Caruaru e Maceió. Com o passar das semanas, eles descubriram que o emissor de 50 mil watts atingia até 700 quilômetros sob determinadas situações. Mas, em condições excepcionais, poderia ir muito além: existem relatos de que pessoas apanharam as emissões da estação recifense no Rio de Janeiro, Santos, Mendoza (Argentina) e até em Paramaribo, Suriname! Segundo o jornal "Diário de Pernambuco", as emissões da TV Jornal do Commercio atingiam Sergipe através de uma repetidora em Aracaju.

Sobre a questão da dublagem ou dobragem das telenovelas latinas vistas em Portugal e que eram feitas no Brasil. Os hispano-americanos tendem a falar muito rápido e a cadência do português brasileiro tende a ser bem mais lento, o que prejudicava o trabalho de dublagem/dobragem no que diz respeito à sincronia e que era um pouco incômodo até para quem era acostumado. Tal problema foi mitigado com a chegada de novas tecnologias que aceleram ou arrastam a voz. Mabel Cézar, dubladora e voz-padrão feminina da Globo, disse que era muito díficil dublar/dobrar telenovelas mexicanas pela questão supracitada e também pelo exagero cênico clássico que não existe no Brasil. Salvo engano, a ZAP faz uma série de exigências para a dobragem/dublagem de telenovelas latinas para Angola e Moçambique, uma delas é o de não gritar. 

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@PierreDumont toma quase dez minutos da TV Jornal (canal 2 de Recife, canais com frequência baixa e localização costeira eram recebidos à distância na era analógica) captados em Portugal em 2009 num tema que ficou pendente, a da propagação troposférica. Talvez um dia escreva uma crónica. Talvez, talvez não.

 

 

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há 2 horas, ATVTQsV disse:

@PierreDumont toma quase dez minutos da TV Jornal (canal 2 de Recife, canais com frequência baixa e localização costeira eram recebidos à distância na era analógica) captados em Portugal em 2009 num tema que ficou pendente, a da propagação troposférica. Talvez um dia escreva uma crónica. Talvez, talvez não.

 

 

Tiva uma curiosa experiência em apanhar imagens da TV Cultura do Pará em João Pessoa em uma tarde nublada de 2004, a uma distância de 1.600 quilômetros. Tal fenômeno era bem mais comum quando o espectro estava bem mais limpo, como no começo dos anos 60. No caso específico deste vídeo, eu tenho minhas dúvidas sobre a autenticidade. De fato, a qualidade da imagem sofre distorções por causa das diferenças de padrões de definição (625 x 525) e de framerate (25 x 30). Mas, o que é estranho é que esta pessoa conseguiu apanhar a emissão com áudio. A portadora de áudio dos canais brasileiros está em outra posição em relação aos canais europeus. A situação acima seria viável, em tese, na Argentina, onde há a diferença de padrões (625x25 contra 525x30), mas a portadora de áudio está na mesma posição. 

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