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12: Canal Panda


ATVTQsV

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Parte 1: as fases

Ora, muito boa noite, pessoal, daqui sou o ATVTQsV, deixem-me apresentá-lo. Não, não bati a cabeça. A verdade é que quando comecei esta rubrica no tópico da RTV, o nome parecia uma piada, mas comecei a escrever mais crónicas destas. Ora (como o Emanuel Bandeira diz com frequência), por onde é que começámos? Se o título desta rubrica ambulante vem de uma canção do mesmo, obviamente o facto desta ser o 12º capítulo da THdS assenta no facto do seu CD ilícito sobre o Canal Panda ser o seu CD 12.

Esta parte falará sobre as fases do canal, em particular num ponto de vista gráfico, ou seja, quando o canal alterava os seus grafismos, e também as suas filosofias, já que estamos a falar de um dos canais mais icónicos da televisão por cabo em Portugal. Seguir-se ão tópicos relativos aos programas próprios, aos amigos do Panda e aos outros meios de merchandising pelos quais o Canal Panda propagou. Que comece a aventura da viagem no tempo! (ou talvez não :P)

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Primeira fase: Canal Panda ibérico, parte 1, ou Panda Club (1996-1997)

Durante anos, a verdadeira data de lançamento do Canal Panda era um segredo. Sei que foi lançado em 1996, mas não sabia com exactidão em que mês era. Ou era Maio, ou era Setembro, ou era Dezembro, Só em 2011 é que soube da verdadeira data de nascimento: 1 de Abril.

Ora, o canal foi lançado como Panda Club, parte de um plano de expansão da Multicanal TPS, que até então resumia-se ao Canal Hollywood com qualidade de imagem inenarrável a partir de Miami e uns outros que tais,  Mas com o crescimento da indústria da televisão por cabo na Península Ibérica, ui, já estava prevista uma mudança. Foi neste ano que surgiram o Odisseia, o Sol Música e o Panda Club, cujo primeiro símbolo vemos em cima do título. Infelizmente não existem registos audiovisuais desta primeira fase do canal, mas de acordo com o primeiro site da TV Cabo, emitia algumas séries de acção americanas dos anos 80 também. O canal abria às 08:30 e fechava às 02:30.

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Segunda fase: Canal Panda ibérico, parte 2 (1997-2000)

É aqui que a lenda do Canal Panda começa a encaixar na perfeição. Não sei a que propósito é que mudaram o nome e o símbolo para este mais icónico, mas gosto de teorizar que foi com o lançamento da extinta plataforma paga Via Digital em Espanha. Também começamos a ter alguns registos audiovisuais. Por estas alturas, o símbolo do canal estava no canto inferior esquerdo, como se fosse um daqueles canais espanhóis com a mania de por tudo em baixo. Em 1998, o canal adopta uma filosofia de "acção sem violência e conotações eróticas", mas tudo isto acabou por cair mais ou menos nesta altura. O canal agora emitia das 05:00 à 01:00, mas quando o canal fechava passava uma imagem estática com o símbolo do canal e as horas de começo em espanhol e português nos seus respectivos fusos horários. Também colocavam o símbolo do canal onde e quando quiseram. Ora num dia estava no canto inferior direito e ora noutro.

Alguns dos programas desta fase do Canal Panda incluem séries como Calamity Jane, Crocadoo, Loggerheads (da qual só existe um episódio completo gravado - adivinhem - do Canal Panda!) e alguns animes como Pigmaleão ou uma série de acção que (segundo um amigo da minha mãe) era sobre um rapaz e uma espada que lhe permitia a alteração do seu tamanho. Algumas das séries chegaram pelas mãos da catalã LUK Internacional, que viria trazer a lendária série do Doraemon em espanhol, já que quase toda a programação do canal era legendada. Enquanto alguns adultos aprendiam o espanhol com o "oh, sí, cariño" das fitas do Íntimo, as crianças aprendiam com o Doraemon e o Ninja Hattori. Mais alguns detalhes sobre esta fase aqui e aqui. Nesta fase eram poucas as séries dobradas: Archibald the Koala, uma série pirosa de gnomos que era conhecido como Rumores em Espanha e a adaptação animada do Jumanji que mais tarde deu na SIC.

Nem tudo falava o português de Camões. O Canal Panda chegou a passar uma série de animação de volumes (ai, eu digo animação de volumes, "stop-motion" é para os pretenciosos) pirosa dobrada em português brasileiro (!), era mais ou menos o "Capitão Triplo" e o objectivo da tripulação era encontrar um castelo nos confins da galáxia.

Ah, e à noite davam séries de imagem real tipo Ocean Girl, da qual só me lembro da série animada quando deu na RTP 2, à qual lhe atribuíram o chorudo nome de "A Princesa dos Mares" (no Panda era A Rapariga do Oceano)
Terceira fase: Canal Panda autónomo (2000-2005)


Em 2000, o Canal Panda em Espanha foi ameaçado pela retirada do canal dos operadores espanhóis: a Via Digital e os de cabo. Em Espanha, foi substituído pelo canal infantil da Antena 3, o Megatrix, inspirado no bloco infantil do dito canal. Em Portugal, o canal continuou firme e hirto (como uma barra de ferro) a competir taco a taco com o Cartoon Network e, mais tarde, pelo Disney Channel. Na mesma altura, um dos "ícones" do canal, o fecho de emissão, começou a ser emitido no canal, onde antes estava uma mera imagem estática com as horas de arranque dos dois lados da fronteira.

Durante o ano de 2000, o Canal Panda passou a ter mais autonomia, pelo qual passou a fixar-se exclusivamente no mercado português. Foram adicionadas séries dobradas, algumas pré-escolares e outras não. Séries como o Doraemon continuaram na grelha, mas durante esta época juntaram-se tantas outras como Lost Universe (pelo que sei, deu em espanhol latino, e em português só nos canais da RTP), Garfield e Amigos (para quê aquela série que os franceses fizeram?), séries animadas canadianas da YTV e o Digimon. Ah, e o Rahan, série francesa dos anos 80 (o remake deu na SIC K). Já me estou a sentir velho! O canal também passava algumas séries curtas entre as séries, quando ainda era bebé passava o Hoppity Hopper, mas esta nunca vi (também haviam curtas animadas do Bucha e Estica). Lembro-me foram das duas séries do Verdocas, produzidas pela catalã Cromosoma (as criadoras da série das Três Irmãs) e das velhas séries britânicas Family Ness, Jimbo the Jet Set e O Gato do Henrique.

Ali pelos idos de 2002, o Canal Panda renova o seu pacote gráfico mais uma vez, e este é o primeiro de que me lembre. Aliás, só me lembro de ver estes separadores com uma voz mais infantilizada que iria povoar o canal antes da chegada do Mário Bomba. Lembro-me de ver este separador com o início do genérico dos Padrinhos Mágicos e a voz-off a dizer "Já a seguir no Canal Panda, Os Meus Padrinhos são Mágicos!" iria suceder magia, já que era a primeira (e única série) que via no Panda sem ser o Doraemon que comecei a amar. Ainda era outra dobragem, não era aquela com a Ana Vieira a fazer de Vanda.

Quarta fase: Canal Panda mais infantil (2005-2008)
Outra renovação gráfica, desta vez em 2005, a tentar realçar a presença da mascote do canal, o Panda. No ano seguinte a mascote foi renovada e juntaram-se mais oito amigos ao Panda (disto vou falar amanhã). Mas voltemos então a 2005: o Noddy chega ao Canal Panda. Eu na altura não gostava do Noddy, mas apesar disto via (lembro-me que a canção de abertura era das coisas mais irritantes que eu já ouvi na minha infância, e sempre que dava o genérico entrava em pânico e tirava o som). E quem é o culpado? A RTP 2, na altura 2:, massificou o Noddy nos idos de 2004 e isto suscitou a compra desta série e também do Ruca pelo Canal Panda. Claro, o canal emitia séries pré-escolares, mas eram sobretudo europeias (Lembram-se do Rato Lapitch? Era uma série croata) e pouca gente se lembra. (ainda haviam algumas séries canadianas também, lembram-se da Mãe Aranha?)

Pior, os intervalos passaram a ser povoados por canções infantis, daquelas fracotas. A era dos telediscos chegou ao Canal Panda, das quais, durante esta era, transmitiram as traduções portuguesas da Ilona Metrecey e da Bebé Lilly. E o Viky, o Pequeno Golfinho. E os 4 Amiguinhos. E o Sonho da Malta que era ganhar o Euro 2008. Ainda passavam séries curtas, como as duas do Verdocas que continuavam firmes e hirtas (como duas barras de ferro). Juntaram-se séries como a série catalá Lua i el món (leiam com o vosso melhor sotaque catalão, que já não me lembro do título português) e a série britânica Spider!, muito minimalista sobre uma aranha preta num fundo branco e umas crianças.

Os separadores desta fase eram desenhos animados com animais (o único que há é de um macaco a pintar o retrato de uma ovelha com um vaso, infelizmente incompleta) ou com cabeças de crianças pelo meio (Natais de 2004 e 2005 e canção do "8:30 na hora de ir dormir" que deu até 2008). A meio desta fase surgiram separadores com os novos amigos do Panda: o Micas no baloiço, o Micas a andar no colo do Panças porque estava cansado, o Panças a cheirar uma flor e a correr porque umas abelhas ficaram furiosas por roubarem o pólen, o Riscas a tentar jogar golfe e acabou por lançar a bola à cabeça o que deixou o Juba a rir, o Juba a tentar ligar o seu portátil quando descobrimos que foi uma partida em que o Crocas desligou a tomada e um piquenique da Kinkas que acaba num dia chuvoso. Podem ter havido mais alguns (o do Micas no baloiço está num vídeo daqueles telediscos ranhosos da altura, logo no último segundo) mas infelizmente, intervalos completos desta fase parecem lost media.

Quinta fase: Canal Panda ainda mais infantil (2008-2010)
Outra renovação. Desta vez os separadores consistem nas letras do símbolo a brincar. Pior ainda: o canal passou a ser povoado por mais e mais séries pré-escolares, daquelas que se tornaram sucessos de audiências e merchandising na RTP 2. Em estado vegetativo ficaram as séries da Shin-Ei: o Doraemon, o Hattori e o Kiteretsu (lembram-se? Eu nunca gostei).

Nesta fase surgiram blocos horários:
-Panda Vitaminas: dava ao pequeno-almoço, ali entre as 7 e as 9.
-Panda Recreio: dava a meio da manhã e a meio da tarde para entreter as crianças do ATL.
-Hora Panda: dava à hora do almoço e à hora de jantar. Depois passou a ser só à hora de jantar. Durou cerca de um ano.
-Mega Panda: dava aos fins da tarde (calculo eu) e davam séries de "acção". Durou cerca de um ano ou menos.
Destes blocos só sobreviveram o Panda Vitaminas e o Panda Recreio. Ambos os blocos voltaram das cinzas e sem aviso. O Panda Vitaminas no início de 2010 era patrocinado pelo Danoninho (á procura de um Danoninho!), que tinha acabado de renovar a sua imagem e era apresentado pelo dinossauro que foi rejuvenescido pelos senhores da Danone. Todos os dias ele repetia sempre "Hoje falta o João" a chamar um João claramente invisível. Passado algum tempo (dois meses?) foi cancelado. O Panda Vitaminas voltou ao fim de um par de anos junto com o Panda Recreio. O Mega Panda "renasceu" em 2010 agora com o nome de Noites Fixes (aos fins-de-semana eram as Noites Ainda Mais Fixes). Foram descontinuados em 2015, salvo erro.

A 1 de Dezembro de 2009, o canal fora invadido por mais e mais séries com teor mais "infantil" devido ao lançamento do Biggs. As séries de acção deixaram de ser emitidas pelo canal, mas iriam voltar pouco tempo mais tarde, em particular o Huntik que esteve na grelha de lançamento do Panda Biggs. Como o Panda Biggs nem sequer estava em todos os operadores era uma opção lógica. Porém, a 30 de Abril de 2010 (lembro-me bem) deixou de ser emitido o Doraemon em espanhol para sempre.

Aos poucos, o conceito antigo da grelha (uma nova série a cada meia hora) passou a ser reservado a séries de acção. As séries curtas já não eram o que eram, juntaram-se umas curtas da espanhola Motion Pictures e séries como Gazoon ou a irlandesa Lifeboat Luke.

Sexta fase: Canal Panda mais infantil do que nunca
A 1 de Janeiro de 2011, o Canal Panda mudou mais uma vez os grafismos (para pior). O Doraemon voltou nos primeiros meses do ano, mas depois desapareceu por mais uns meses. Pior: já era tudo dobrado, as séries legendas nem vê-las. E dizem que as crianças não sabem ler, ainda por cima num canal pré-escolar.
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O canal celebrou os seus 15 anos em "grande", mas sem emitir as séries clássicas. Ao menos passavam o Doraemon naquela noite de aniversário, mas no dia seguinte já não estava na grelha, uma pena. Na mesma data, o canal regressa a Espanha com o seu próprio grafismo (apesar de usar os separadores portugueses anteriores a 2011 com outra sonoridade) e foi promovido pelos espanhóis como "o primeiro canal televisivo dirigido por um panda". Os espanhóis estavam com muita envidia do canal cá em Portugal por causa do anime mas a "renascida" versão espanhola autoproclamava-se contrário aos valores do anime e os otakus queixavam-se.

Nesta fase, foi dado "algum" impulso na ficção nacional com a série Bairro do Panda que contava com 52 episódios, que permaneceu no ar até 2015.

Durante esta fase, os grafismos do canal tinham a tendência de actualizar os separadores. Em 2013, surgiu um separador baseado no Bairro do Panda.

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Sétima fase: Canal Panda abebezado
Para comemorar a chegada à maturidade do Canal Panda, foi renovado o seu grafismo mais uma vez. Os separadores continham cubos com os prédios e outros que tais da cidade ou bairro ou sei lá eu em que o Panda mora, mas os mais comuns eram os separadores em que os cubos formavam as personagens das séries.

No ano de 2014, o Doraemon misteriosamente desapareceu da grelha, só porque o Cartoon Network eventualmente passou a ter os direitos. Também foi estreada a nova série da Heidi, da Studio 100, o que deu bons resultados de audiência.

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Oitava fase: Canal Panda ainda mais abebezado
A 6 de Julho de 2015, o Canal Panda sofreu uma renovação gravíssima. A renovação gráfica foi "ainda mais fixe", mas eu não gostei. Pela primeira vez em dezoito anos, um dos símbolos mais icónicos da televisão portuguesa sofreu uma alteração. Esta alteração foi levada a cabo pelo estúdio espanhol Sopa de Sobre, que já fez anúncios e alguns separadores em Espanha, incluindo uns separadores de "já a seguir" para a Cuatro num estilo parecido ao Habbo Hotel. Pela primeira vez desde a separação, Portugal e Espanha tiveram um grafismo unificado.

Infelizmente, este novo grafismo reflecte o estado actual da sua programação. Uma pessoa já estava habituada à belíssima (você é linda...) programação de outrora e o símbolo já era icónico. Mas os dias do Doraemon legendado e do Panda vai à Escola (os telediscos animados eram uma aberração) já eram.

Em Setembro de 2015, o Bairro do Panda foi substituído por uma nova série, Panda e os Amigos, que esteve no ar durante mais um ano. A partir de 2016, as produções nacionais do canal centravam-se nos concursos.

A 1 de Abril de 2017, o Canal Panda em Espanha aboliu a publicidade comercial, de modo a criar um canal infantil mais "são". Isto só para tentarem concorrer contra o canal terrestre Clan, da qual uma fatia considerável da sua grelha é pré-escolar. Em Portugal, o canal ainda emite anúncios.

Actualmente o Canal Panda é, às vezes, o canal infantil mais visto do cabo, muito à custa da imagem actual que os portugueses visualizam dos desenhos animados como "uma coisa para miúdos". Infelizmente, um canal panda com o vigor de outrora já não deve resultar.

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eu e meu amigo Panda e amigos dele

Canale Panda de dormir, o Panda será, para divertir. Ele endiberte, o meu amigo que terá, a minha saúde, é de degená-lo...

O quê? A THdS já começou? Deixemos de fora as referências a Emanuel Bandeira. Hoje vamos falar sobre os amigos do Panda (e não da série Panda e os Amigos, já que vou fazer uma parte dedicada à produção nacional).

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Panda
O Panda, como o nome indica, é a própria mascote do canal. Foi introduzido ali pelos idos de 2000 quando o Canal Panda domeçou a ter alguma autonomia quando o canal começava a deixar o mercado espanhol. O Panda antes da renovação de 2006 tinha este ar mais "achinesado" (reparem nas manchas ao largo dos olhos) mas que entretanto foi normalizado em 2006 (onde vemos o Panda a abraçar dois doutores) e mais recentemente teve outro redesign pelos espanhóis em 2015 onde passou a ser mais "artificial".

No cânone "oficial", o Panda é o líder do grupo. Todos o respeitam e tem uma moralidade superior ao resto do grupo. De acordo com um livro infantil + CD-ROM, tinha medo das alturas (quando foi convidado pelo Crocas a experimentar usar um avião) e do fogo (quando foi convidado pelo Panças e pelo Micas a ser bombeiro). Não sabemos exactamente quantos anos tem o Panda, mas o que sabemos é que ele frequenta a escola primária e tem o seu próprio carro (não estou a gozar)! Uma vez, num daqueles livros de actividades, o Panda e os seus amigos deram a volta ao mundo em dois carros (jipes?) para conhecerem melhor as suas espécies. Toca guitarra na banda.
Kinkas
A Kinkas, junto com os outros amigos, chegou quando renovaram o Panda. A Kinkas é uma canguru, e um dos dois elementos femininos do grupo do Panda. Mas como é que eles deram o nome de Kinkas, já que é uma canguru? O que é uma "kinka" de uma canguru? Ninguém sabe. Sei que na vida real, "Kinkas" é uma daquelas alcunhas que dão a Joaquins, mas supostamente também tem a ver com "kangaroo", o nome em inglês da sua espécie, que começa com um K.

No cânone "oficial", é uma "mãe perfeita". Trata toda a gente que encontra como se fossem os seus filhotes. A verdade é que os filhotes dela nunca apareceram, se na verdade deveriam ser Kinkas de miniatura. O que importa é que a Kinkas age como se fosse uma criança, já que vai à escola com o resto do grupo. Com esta renovação recente, recuperou a flor e o colar e dizem que ela dança muito. Toca pandeireta (e não sei porquê) na banda. Agora na Escola do Panda quis seguir a carreira de fotógrafa.
Riscas
O Riscas, como o nome indica, é uma zebra.

No cânone "oficial", é distraído pois está sempre a ouvir do seu iPod MP3. Adora música e toca saxofone (e não a guitarra?) na banda. Pode-se justificar a altura do Riscas como um motivo para tocar tal instrumento. Na série Panda e os Amigos, descobrimos que o Riscas é moçambicano e tem um primo que é o Listrado (que aparece num episódio em que o Riscas ensina a usar as cartas). Diz que tem uma enorme família, já que existem tantas zebras em África.
Crocas
O Crocas é, adivinhem, um crocodilo.

No cânone "oficial", é vegetariano, apesar de ter dentes afiados e uns picos nas costas. Quando ele apareceu usava um chapéu com as cores rastafari por trás. É também assustadiço, de tal maneira que chegou a ter medo de um espelho. Toca bateria na banda. Na renovação de 2015 passou a usar boné, mas continua a ser vegetariano.
Panças
O nome Panças vem da sua natureza: é um hipopótamo gordo.

De acordo com o cânone oficial, está sempre com fome. Num episódio do Bairro do Panda foi visto a comer uma refeição inteira sem tocar nos legumes. Noutras ocasiões não foi comilão. O Panças já foi sabichão noutro cânone (teria sido ele amigo do Cascas?). Na série Panda e os Amigos esteve repetidamente a usar uma placa a dizer "Bom Dia!". Será que andou a ver uma certa série da concorrência?
Juba
O Juba é, adivinhem outra vez: um leão.

De acordo com o cânone oficial, é o rei do grupo, mas não porque tem mais coisas que o resto (senão seria o Suneo do grupo). O Juba não é definido pela sua arrogância, mas sim pela sua preguiça. Quando apareceu, saía sempre de casa de pijama. Noutros cânones, o Juba era menos preguiçoso. O Juba foi incorrectamente chamado de "Jubas", o que iria resultar num processo já que o nome "Jubas" é usado como nome de mascote, mascote esta do SCP. O Juba foi a única "entrada" na banda desde a sua formação, onde toca teclado electrónico piano.
Cascas
O Cascas é uma tartaruga, e uma tartaruga tem uma carapaça, ou casca se preferirem.

De acordo com o cânone oficial, o Cascas é bastante estudioso e adora ler. Também tirou boas notas na escola.
Micas
Ainda não percebo o porquê do nome Micas, sobretudo para um rato!

O cânone do Panda diz que é bastante imprudente. O Micas faz planos e estratégias que irritam o Panda e os outros amigos. Também já chegou a vestir a roupa errada na estação errada. É o mais baixo dos amigos, mas com aquelas fatiotas que são saunas, é mais ou menos do mesmo tamanho que os outros.
Pintas
A Pintas é uma girafa, e a mais alta do grupo.

De acordo com o cânone, é divertida e gosta de ir a festas. Noutros cânones parece mais "normal".

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  • 6 meses depois...

Depois de uma larga espera, eis a vez em que falo sobre todos os programas próprios que o nosso Canal Panda teve, desde 2001 até agora.

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Não é propriamente um programa, mas o Panda Parabéns/Panda dá os Parabéns!/Parabéns (nunca teve nome mas pronto) está na grelha do canal desde que o canal saiu de Espanha. Basicamente é um pequeno apontamento de um quarto de minuto onde o Canal Panda dá os parabéns aos aniversariantes do dia ao som de um Parabéns a Você (que nunca achei piada, nem a esta versão nem à canção em si). Pior: a sonoridade não muda desde o início da própria "rubrica" (chamar a isto de "rubrica é um elogio?) e por isso ouvimos sons do Panda a saltar e a beijar logo no fim que supostamente veio da primeira configuração. Muito tentou o Panda em imitar à segunda, mas sem sucesso.

Curiosamente, a sonoridade da rubrica é tudo o que resta do Canal Panda antigo, onde toda a grelha passou a ser pré-escolar. A renovação mais recente veio com a mudança de 2015, o que causou uma mudança a toda a estrutura do site do Canal Panda e que entristeceu muitos pais porque a base de dados tinha sido estragada à custa de uma mísera renovação que mudou (a meu ver) o canal para pior.

Ora, no que diz respeito aos programas próprios a sério, o Panda Sport foi o primeiro deles todos. Estreou no Natal de 2001 e permaneceu na grelha até ao ano de 2006, no meio de uma renovação que tornou o canal mais infantil. O programa falava sobre desportistas nacionais e ensinava aos telespectadores mais novos uma coisa ou outra sobre certas modalidades.

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O 123 Portugal não era bem um programa, tal como os parabéns. Mas era um "programa" dividido em dois: na primeira o locutor, que na altura era o Quimbé (afinal o canal tinha dois locutores na altura, porém só me lembro do outro) dizia "Onde está o Panda?". A solução seguia-se passado alguns minutos, onde descobríamos onde é que ele estava, nomeadamente em lugares designadamente "patrimoniais" pela UNESCO.

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O canal tinha também programas mais arrojados que certamente iriam colapsar com a ordem natural do Canal Panda de hoje (e também com a do Biggs de hoje). O canal emitiu, na primeira metade dos anos 2000, dois programas de música orientados a telespectadores mais velhos, supostamente a fazer a ponte entre o Canal Panda e o Sol Música (a ser falado aqui). Eram o Pandamix e o Panda Ao Vivo. De acordo com a Wikipédia onde alguém escreveu no sítio errado:

"As duas atrações (oi?) que o canal teve na primeira metade dos anos 2000 foi o Panda Mix e o Panda ao Vivo. Numa época em que ainda não existia o Biggs, nem o infantil Festival Panda, o Canal Panda teve esses programas. O horário era sempre depois das 20h e sempre uma vez por semana. À 6ª Feira à noite, o canal transmitia Panda Mix, que era um programa que transmitia vários videoclips (tal como faz o Biggs, mas o Canal Panda não os usava como tapa-buracos, tinha programa próprio). Já ao sábado à noite, o canal transmitia às 20h30, o Panda ao Vivo, que eram concertos com celebridades famosas, como "Keane", que foi dos últimos concertos a passar no canal. O Panda Mix era apenas adquirir direitos de autor. Os concertos de sábado eram gravados em vários países e depois eram levados para a TV Portuguesa.

As transmissões eram sempre regulares e assim continuaram até 2006, devido a critérios rigorosos relacionados com o público-alvo infantil, pois esses programas eram para os mais velhos e o canal tinha que se focar em conteúdo adequado para crianças.

Estes programas eram apostas para adolescentes e adultos, pois na época, ainda não havia o Biggs e a censura dos dias de hoje e a verdade é que aqueles que nasceram nos anos 90 e início dos 2000 têm memórias de terem visto estes programas no canal."

O Pandamix era normalmente subordinado a um tema ou um artista. Por exemplo: o da passagem de ano de 2004 era dedicado a telediscos animados, como O Amor a Portugal. Já o Panda Ao Vivo consistia em concertos que tinham de estar cortados a meia hora. Com a chegada das pragas (Noddy e depois Ruca), o canal teve de retirar os dois programas porque estava a ser posta uma mudança no target demográfico do canal. O Biggs, com muita pena minha, não chegou a ter programas parecidos.

Porém o canal deu também alguns telediscos. Títulos que alguns utilizadores se lembram: Pump It, dos Black Eyed Peas, Grace Kelly de MIKA e Barbie Girl dos Aqua. Também chegou a dar telediscos demarcadamente infantis na época, como a praga da Bebe Lilly (tão irritante que doía).

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Infelizmente não existe melhor maneira de ilustrar o Panda Fixe, que deu em 2005 aos fins-de-semana por volta das 10:30 até 2008. O programa consistia na emissão de vários programas próprios e séries curtas como as recordadas séries catalãs O Planeta do Verdocas e o seu spin-off (ou teria sido o contrário?) dedicado às modalidades. O programa acabava com o teledisco oficial do hino do Canal Panda, estreado em 2003 mas esquecido por muitos porque eventualmente passou a ser a banda sonora dos anúncios da revista do Panda, dos livros de autocolantes do Panda, dos brinquedos do Panda, etc.

De todos os programas próprios da fase clássica do canal, o Panda Flash é o mais antigo em emissão. Actualmente "infectado" pelo vírus de cobrir qualquer tipo de acção que faça com que o ego do canal cresça (como as reportagens sobre o Festival Panda), antigamente o "programa" falava sobre eventos de interesse às crianças.

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Em meados da década, surgiram novos formatos lúdicos. O Pandatelier era um programa de artes manuais e chegou a ser lançado em DVD pela Lusomundo.

Muito antes de Sónia e as Profissões, quem ensinava as profissões aos infantes telespectadores era o Panda e sem qualquer tipo de canção ou endorsement de uma celebridade qualquer. O Panda Profissões estreou em 2005. Calculo que tenha durado um par de anos.

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Em 2007, estreia o programa Panda Cozinha. Teve quatro temporadas, as primeiras três eram normais e na quarta (em 2011) visitava escolas. O programa gerou também merchandising: um livro de receitas e as fábricas de sanduíches e chocolate. A série era apresentada por Tito Coelho.

Outra vez, não sei exactamente se é o programa, já que a duração deste sugere o contrário. Pandadicas dava dicas entre 2007 e 2009, normalmente por alturas do regresso às aulas. Por volta de 2014, o Canal Panda fez algo parecido.

Desta não tenho foto: havia um programa que era o Panda Doc, que, pelo que me lembro, era quase inteiramente sobre ciência.

O Panda e Companhia falava sobre animais domésticos. Eram emitidas duas versões do programa: uma normal que dava semanalmente e o Panda e Companhia Mini que dava nos intervalos. Deu até 2010.

O Panda Fã não era propriamente um programa, era mais uma espécie de Agora Escolha que funcionava exclusivamente por internet. Deu em 2007 e creio que acabou no ano seguinte.

Em 2008 houve a Agenda Panda, que era uma agenda semanal de eventos de interesse às crianças.

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Com a chegada do Biggs e uma renovação dos conteúdos do Panda, surge o Panda Jardineiro, que nem um ano durou.

Em Fevereiro de 2010, o Panda Boas Noites estreia-se na grelha. Dava às 21 horas e seguia-se o vídeo da canção de dormir do Serafim e Companhia feat. Panda (na altura, de 2008 a 2012, as canções para dormir eram faixas bónus de um CD infantil qualquer, feitas especialmente para o canal e com o cameo do Panda), mais tarde substituído pela bruxa Babiruxa (julgava que era Babibruxa) em Setembro. Contava contos às crianças e acabou ao fim de cerca de um ano. Depois voltou mas noutro formato (decepcionante, até), que mostrarei de seguida.

Em 2010, estreou também o Família Panda que também deu um ano. Tinha a participação regular do psicólogo Paulo Oom. Ao contrário de muitos dos programas próprios, a Família Panda era orientada aos pais e educadores.

Em 2011 estreou o programa Panda Viagens, da qual não existem registos, que mostrava alguns pontos a visitar nas grandes cidades europeias. Foi o único programa a ser feito para dois canais, pois o Biggs tinha o seu, o Bigg Trip, que visitava as mesmas cidades.

Em Setembro de 2011, uma "sequela" do Panda Boas Noites, desta vez só "Boas Noites", estreou. A promo sugeria uma série só com o Panda e os seus amigos a prepararem-se para ir para a cama. Porém o que era decepcionante é que na verdade era uma "pseudo-série", cujos episódios nunca chegavam a um minuto de duração. Dava logo a seguir à canção da Xana Toc Toc com o cameo do Panda e tinha uns dez ou onze episódios. Aqui aparecia um novo amigo do Panda, um macaco, cujo nome nunca foi revelado até esta data. Só sobreviveu a promo.

Os episódios eram mais ou menos assim:
"Olá, meninos. Já está na hora de irmos para a cama. Mas primeiro não se esqueçam de fazer os TPC. Apliquem-se, está bem? Muito bem. Muito bem."
"Como foi o vosso dia na escola? Aprenderam muito." (era com o Panças e o macaco, e o primeiro que vi. O macaco estava feliz porque estava a brincar em cima dos cubos e o Panças irritado por estar a estudar. Estaria ele de castigo?)
Uma com o macaco e a Pintas e a canção tradicional "meu menino tem sono, mas o sono não quer vir"
O Panda e o Juba a tomar leite. "Mmm, está tão bom!" (a cauda do Juba mexia e fazia um efeito sonoro sem saber porquê) "Agora vamos lavar os dentes, como sempre, e vamos dormir!"
O Panças e o Cascas a vestirem o pijama. "Um braço por aqui, o outro por ali..."
A do livro dos contos.
O Panda e o Juba a buscarem brinquedos para dormir. O Juba levou o urso e o Panda o polvo. Nesta curta em particular, o Juba... miava?
Aquela em que o Panda e o Micas vão à casa de banho, mas o Micas, como era pequeno, não conseguia chegar à sanita, e foi buscar uma caixa.
A Kinkas e o macaco a prepararem as mochilas. "Isto é tudo o que precisamos para a escola."
O Riscas e o Crocas a lavarem os dentes.
O Crocas e o macaco trouxeram um relógio para avisar os telespectadores que já eram 21 horas e que as crianças já deveriam estar na cama. "Boa noite, e bons sonhos", terminavam todas as curtas, produzidas em Espanha (o que é normal já que no fim diziam que era uma "produçao" [sic] da 14Pies...). Todas as curtas encontram-se perdidas. Se calhar a animação foi fraca, o Panda e os seus amigos não falavam (só havia um narrador, ou narradora, dependendo do episódio) e era só isso.

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O Panda teria a sua própria série em 2012, Bairro do Panda, que foi emitido até Setembro de 2015. Porém, o que decepcionou a mim e a algumas pessoas no Facebook foi o facto do Panda e dos amigos (ainda) não falarem. Aqui, o Panda e todos os seus amigos conviviam com a Joana e uns quantos adultos mais o Tomé que tinha chegado de Angola. Teve ao todo 52 episódios, mais tarde foi lançado em quatro DVDs. Foi a primeira produção da SP a ser emitida no canal, e até à data, uma das duas séries de ficção portuguesa 100% Canal Panda.

O tema da série foi interpretado pela Luísa Sobral (eu e muitos outros sabíamos dela antes de sabermos da existência do Salvador) e, numa parceria com a Unicef, terminava com um brevíssimo apontamento de uma criança a dizer um direito basilar para as crianças.

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O substituto do Bairro do Panda, Panda e os Amigos, surgiu numa altura em que o Panda estava a mudar para a sua fase "ainda mais fixe" (leia-se "ainda mais secante"). Na verdade era um Bairro do Panda mais reduzido: apesar de manter os 52 episódios, cada episódio tinha sete minutos e não dez, o que chateou os pais. Também o cenário foi reduzido e algumas das personagens sacrificadas, mas a Joana e o Tomé mantiveram-se, acompanhados por uma veterinária e pelo músico Rúben Madureira.

Foi substituído em 2016 pelo concurso Código Panda e em 2017 por outro concurso, A Caderneta do Panda. O trunfo do canal para 2018 foi a Escola do Panda, a terceira série própria do canal. Infelizmente os episódios duram os cerca de sete minutos de Panda e os Amigos. A série, mais uma produção da SP, retrata o Panda e os seus amigos e alguns estudantes numa escola. Pois é, parece que até a Kinkas vai, será que agora é mais nova do que era suposto ser?

2018 trouxe um outro programa, o Pandamania.

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Muito obrigado por este enorme update. Tantas memórias que voltaram ao de cima! Btw, segundo os meus registos, o Canal Panda também teve um "programa"/espaço/whatever chamado "Festival de Clássicos Familiares'"  (apenas "Clássicos Familiares" no separador) onde passavam séries educativas. Do que tenho gravado passou "Bucha e Estica" em desenho animado, e outro chamado "Dodó" que era sobre um Dodó que viajava pelo mundo, culturas e cenas assim. Sobreviveram alguns episódios legendados que foram gravados pela Radiodifusão de Macau e estão disponíveis no Gold Tuga Anime (passo a publicidade).

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há 9 minutos, OTalAntiquado disse:

Muito obrigado por este enorme update. Tantas memórias que voltaram ao de cima! Btw, segundo os meus registos, o Canal Panda também teve um "programa"/espaço/whatever chamado "Festival de Clássicos Familiares'"  (apenas "Clássicos Familiares" no separador) onde passavam séries educativas. Do que tenho gravado passou "Bucha e Estica" em desenho animado, e outro chamado "Dodó" que era sobre um Dodó que viajava pelo mundo, culturas e cenas assim. Sobreviveram alguns episódios legendados que foram gravados pela Radiodifusão de Macau e estão disponíveis no Gold Tuga Anime (passo a publicidade).

Aquilo na verdade era o Festival of Family Classics, era uma antologia dos EUA. Se tiveres mais dados sobre o Canal Panda antigo, até em cassetes que tu não tens (as chamadas "memórias fotográficas"), podes partilhar para que actualize os post principal.

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