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Rendição


Ruben

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9 DE MAIO DE 1944

BERLIM, GRANDE REICH ALEMÃO

 

- Heil Hitler! – disseram Rudolf Hansen e Heinrich Himmler em simultâneo, à medida que se saudavam.

- Sturmbannführer Hansen, parabéns, é agora o novo comandante do campo de concentração de Auschwitz I. O seu colega, o Obersturmbannführer Nebbe foi para o campo de Majdanek e será você quem vai substituí-lo. Obviamente, eu e o Führer queremos ver resultados, e quando falo em resultados, falo nos indivíduos da raça inferior que devem ser mortos o mais rápido possível. Judeus, inimigos do Reich, ciganos, não quero complacências…

- Ja, Reichsführer. Farei todos os possíveis para ajudar o Reich e o Führer nesta guerra gloriosa. Heil Hitler! – despediu-se, fazendo novamente a saudação nazista a Himmler. Dois dias depois, estava em Auschwitz.

 

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“PRESENTES ENVENENADOS”

EPISÓDIO 1

 

11 DE MAIO DE 1944

AUSCHWITZ, GRANDE REICH ALEMÃO

 

Hansen chegara… O campo de Auschwitz não era muito diferente dos outros em que trabalhava. Já estava habituado ao cheiro dos judeus, mortos ou vivos, às execuções, às câmaras de gás, à vida num campo basicamente. Quando chegou é cumprimentado por Karl, o médico do campo, responsável por realizar experiências com os prisioneiros.

 

- Herr Hansen, seja bem-vindo ao campo de concentração de Auschwitz. Pelo que sei sobre si, aposto que isto não lhe é nada de novo, portanto apenas vou mostrar-lhe alguns locais do campo.

 

Rudolf acenou com a cabeça, mas não respondeu. Karl dirigiu-se primeiro à seleção de judeus, o local onde escolhiam aqueles que serviriam para futuras experiências e para trabalhar no campo, e aqueles que seriam mortos à chegada, nas câmaras de gás. De seguida, levou Rudolf ao seu laboratório.

 

- Como pode ver, é aqui que realizo as minhas experiências. É do meu maior interesse, assim como o de toda a Alemanha, continuarmos a trabalhar na criação da raça ariana e o melhor, é que utilizamos os da raça inferior para o fazer. Pense nisto como um dois em um! Matamos os da raça inferior para criar deuses, a raça superior. – disse, libertando um sorriso ávido enquanto falava.

- Que experiências costuma fazer aqui, Herr Wagner? – perguntou Hansen com curiosidade.

- Imensas! Pessoalmente, adoro fazer experiências com gémeos, mudar-lhes a cor dos olhos injetando químicos, ou até mesmo unir-lhes as veias de modo a criar gémeos siameses. E não é só… Outras vezes, coloco um grupo de prisioneiros, nus, num tanque de água gelada para ver quanto tempo aguentam. Retirar órgãos, deixar crianças esvaírem-se em sangue, tudo isto servirá para criar a raça ariana! – disse, entusiasmado.

 

Karl continuou de seguida a mostrar-lhe o resto do campo. Entretanto, aparece Anastasia, conhecida no campo como Eliana Landau, uma judia vinda da Polónia. Ao contrário dos restantes prisioneiros, Eliana encontrava-se em perfeito estado. Não se notava nenhum osso, era relativamente bem alimentada em relação aos outros e não tinha quaisquer marcas que pudessem evidenciar maus tratos por parte dos guardas prisionais. Alguns que a viam regularmente no campo pensavam que ela era mais uma “pessoa experimental” de Wagner. Mas não, vivia como que uma vida tripla. Era espiã soviética, a trabalhar para o Comissariado do Povo para a Segurança do Estado (NKGB), que passava informações valiosas sobre as ações não só da Wehrmacht, mas também de alguns indivíduos influentes nazis, e era também uma forma de Karl ser mais influente na sociedade nazista, envolvendo-se sexualmente com nazis importantes, uma violação às leis de Nuremberga.

Ao vê-la, o encantado Rudolf perguntou-lhe de imediato quem era ela. Karl sabia o que havia de fazer…

 

- Eliana Landau, Herr Hansen. Chegou recentemente da Polónia, incrível como passados alguns anos desde a nossa invasão àquele país ainda existam judeus a rondar por lá. Mas neste caso, não era muito fácil ser identificada. Loira, olhos azuis, se ninguém soubesse que ela era judia, estariam muitos alemães a fodê-la neste momento. – disse Karl.

 

19 DE OUTUBRO DE 1938

MOSCOVO, UNIÃO SOVIÉTICA

 

- É raro encontrarmos cara tão bonita como a sua, Anastasia. – disse Estaline. – É por isso que você é a pessoa perfeita para desempenhar esta tarefa em nome do nosso povo.

- A sua missão é complicada, tem de ser feita com a máxima precisão, caso contrário, irá comprometer não só o que vai fazer, mas o seu país. – disse Lavrentiy, líder da NKVD naquela altura.

- E qual é essa missão? – disse Anastasia, estática.

- Você vai para a Alemanha daqui a umas semanas. A sua missão é espiar aqueles corjas nazistas, um por um, e transmitir as informações que conseguir para Lavrentiy. Ele transmitir-mas-á depois… - disse Estaline.

- Não queremos que oculte nenhum pormenor da sua missão em terreno nazista. Tudo, por muito insignificante que seja, deverá ser comunicado. – acrescentou Lavrentiy.

- Fico honrada por representar o nosso povo na luta contra o fascismo! Eles nem vão saber o que lhes espera! – disse Anastasia.

 

- É um mundo estranho, de facto…

 

Hansen, um típico ariano, alto, de cabelos loiros e olhos azuis, não parava de olhar para ela. Há muito tempo, demasiado até, que não tinha relações sexuais com nenhuma mulher. Via, de vez em quando, várias mulheres bonitas nos campos de concentração por onde esteve. Mas, sendo ele um nazi, era expressamente proibido ter relações com judeus, por muito que a vontade fosse de ter sexo com algumas. Tinha de aguentar, dizia sempre para si mesmo… Desta vez, tal parecia não ser possível.

Após mostrar o quarto de Hansen ao próprio e a localização do de outras pessoas importantes a operar em Auschwitz, Karl deixou o novo comandante a sós. Experiências precisavam de ser continuadas…

 

- Herr Kolmer, envie-me quinze crianças aleatórias para aqui. Preciso delas para realizar mais uma das minhas experiências. – disse Karl. Raffael Kolmer era um dos assistentes de Wagner e que o ajudava na escolha dos prisioneiros para as suas experimentações. Normalmente, Karl acompanhava-o, gostava de ver e escolher com quem ia trabalhar, hoje não tinha tempo.

 

Karl desenha uma linha numa parede a um metro e cinquenta de altura. Depois de escolhidas as crianças, manda-as alinharem-se ao longo dessa linha.

 

- Em nome da administração do campo dou-vos as boas-vindas! Isto não é uma colónia de férias, é um campo de trabalho. Na União Soviética, os nossos soldados arriscam suas vidas na frente de combate para conquistar a vitória para o Terceiro Reich, aqui vocês terão que trabalhar para o bem-estar de uma nova Europa. Como irão desempenhar essa tarefa depende apenas de vocês. Existe uma chance para cada um de vós. Pensem nisto como um recreio, quanto mais trabalharem, mais depressa os vossos pais e vocês sairão daqui.

 

Depois deste pequeno discurso de “incentivação”, Karl dirige-se para os guardas.

 

- Guardas, levem todos aqueles cujas cabeças não ultrapassarem a linha para o banho. O tio Wagner quer ver estas crianças limpas. – os guardas sabiam bem para onde as levar. – As restantes, levem-nas para o laboratório.

 

Depois de acomodado, Hansen volta a rondar o campo, desta vez sem Karl como guia.

Fumo negro saía das chaminés lá fora. Entre aqueles que iam “tomar banho” estavam as crianças que Karl mandou, por não serem altas o suficiente.

O novo comandante do campo volta a encontrar Anastasia. De entre as milhares de pessoas naquele campo nauseabundo, tinha-lhe de aparecer Anastasia. “Mas existe alguma mulher mais bonita neste mundo?” – pensava ele, com os seus impulsos cada vez mais incontroláveis. Olhou para ela mais uma vez e afastou-se num passo apressado, tinha de pensar noutros assuntos.

Já Anastasia, ao ver a reação de Rudolf, dirige-se ao laboratório de Karl. Ao chegar, encontra Karl a injetar substâncias químicas nos olhos de uma das crianças, de modo a alterar a sua cor. Embora estivesse habituada a ver cenas semelhantes desde que chegou ao campo, em 1942, ainda se sentia horrorizada com tais experimentações.

 

- O que estás aqui a fazer? Sabes perfeitamente que não podes estar aqui. – disse Karl sem tirar o olhar dos olhos da criança.

- Hoje à noite eu faço aquilo que planeámos… – disse Anastasia, agora com a identidade (falsa) de Anja, uma alemã de Regensburg. Tais palavras captaram logo a atenção de Karl. Tratava-se de mais um alemão influente a cair nas suas mãos. Este sorriu, satisfeito com aquilo que ouvira. Foi o suficiente para Anastasia sair…

 

De noite, Anastasia entrou no edifício onde se encontrava Rudolf e grande parte daqueles que trabalhavam em Auschwitz, com Karl. Os guardas que guardavam as entradas do edifício nada diziam. Antes de entrar no quarto do novo comandante, Karl sussurra no ouvido da espiã, quase que a avisar.

- Sabes o que tens de fazer…

 

Karl vai-se embora, e Anastasia dá inicio ao que tinha planeado com o médico dias antes. Quando entrou no quarto dele, este estava totalmente nu, tinha acabado de tomar banho. Anastasia riu-se.

 

- Vejo que já se preparou, Herr Hansen. – disse ela, tirando a roupa que tinha de seguida. Estavam agora os dois totalmente nus…

 

Era impossível resistir a tal corpo, tal como outros homens não lhe puderam resistir antes. Rudolf aproxima-se dela e começa a tocar a jovem…

 

- Eu sei que queres foder-me. – disse ela. – Porque não enfias essa tua grande pila dentro de mim? – continuou.

 

Hansen estava num dilema… À sua frente tinha talvez das mulheres mais bonitas que já tinha visto, nua, e por lado tinha no seu pensamento as leis de Nuremberga. Se se envolvesse sexualmente com ela, estaria a violar as leis de um regime que acredita fielmente e que era capaz de morrer por ele. Os seus impulsos ganharam… Pegou nela, atirando-a para a cama e envolveu-se sexualmente com Anastasia, ou melhor, com Eliana. Ninguém estava a ver, logo tudo aquilo ficaria apenas entre ele e ela. Ninguém, exceto Karl…

 

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Ja – sim em alemão

Sturmbannführer – Comandante da Unidade de Choque, cargo equivalente ao de Major na Wehrmacht

Obersturmbannführer – Comandante Sénior da Unidade de Choque, cargo equivalente ao de Tenente-Coronel na Wehrmacht

Reichsführer – Comandante Supremo das SS, cargo equivalente ao de General/Marechal-de-Campo na Wehrmacht

Herr – termo alemão para senhor

 

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- Mesmo sendo comandante, eu não o aconselhava a espiar os quartos daqueles que trabalham neste campo, Herr Hansen. – disse calmamente o médico.


- Responda à minha pergunta, Herr Wagner! O que são estes documentos?!
- Eu acho que sabe o que são.

 

O PRÓXIMO EPISÓDIO DE "RENDIÇÃO" SERÁ PUBLICADO NO PRÓXIMO SÁBADO, DIA 8 DE MARÇO, ÀS 21:30H.

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10 DE MAIO DE 1944

AUSCHWITZ, GRANDE REICH ALEMÃO

 

- Da? – disse Merkulov, o líder da NKGB, depois de atender o telefonema de Anastasia.

- Auschwitz tem um novo comandante… Rudolf Hansen, é o seu nome. Pelo que sei vem do campo de concentração de Dachau. O seu antecessor, Theodor Nebbe, foi transferido para Majdanek.

- Spasibo, Anastasia. Em breve todos nós estaremos livres da purga nazi. – disse ele, desligando o telefone de seguida.

 

Dois dias depois, Anastasia sai do quarto de Rudolf, depois da noite de sexo que tiveram. Karl, que esperou por ela na porta, fica com um sorriso comprometedor assim que a vê sair do quarto do novo comandante. Mais um acabava de cair nas suas mãos…

 

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"IMPULSOS MORTAIS"

EPISÓDIO 2

 

18 DE MAIO DE 1944

AUSCHWITZ, GRANDE REICH ALEMÃO

 

Mais um comboio de prisioneiros chegara ao campo. Karl estava entusiasmado, afinal de contas, eram mais pessoas onde podia realizar experimentações. Ao aproximar-se, ouve uma mulher, perto dos seus quarenta anos, a gritar para não ser separada do seu filho de treze anos. O guarda do campo que os tentava separar era mordido e pontapeado por ela.

 

- Mas que merda é esta? – disse para si mesmo, aproximando-se dos dois apressadamente.

 

Karl tira a sua Luger e mata quer a mulher, quer o filho, deixando os restantes prisioneiros atónitos.

 

- Quero esta merda toda numa câmara de gás! – disse efusivamente para o guarda que tentava separar anteriormente aqueles dois. O destino de cerca de quatrocentas pessoas, mesmo aquelas que estavam aptas para trabalhar, estava selado.

 

Entretanto, para Rudolf começava mais um dia de rotina. Começou por procurar Karl, para saber os progressos que ele tinha feito na formação da raça ariana e também, num projeto em que ele trabalhava em conjunto com outros médicos do campo, o de esterilização em massa.

Como não o encontrou, decidiu entrar no seu quarto para procurar alguns documentos sobre as suas experiências. Aquilo que encontrou chocou-o. Nas gavetas de Karl estavam várias dezenas de documentos sobre várias pessoas nazis, não só do campo, mas de toda a Alemanha. Pessoas influentes, pessoas que tinham cargos políticos, nem um espião conseguia fazer tão bem tal trabalho.

 

20 DE ABRIL DE 1939

MUNIQUE, GRANDE REICH ALEMÃO

 

- Fräulein Anja, é incrível como, por vezes, encontros ao acaso podem mudar as nossas vidas. Estão aqui hoje imensas pessoas influentes para comemorar o aniversário do Führer. Eu sei que não me vais desiludir e descobrir os podres de cada um deles. – disse Karl. Os dois encontravam-se numa festa pomposa, feita especialmente para comemorar o aniversário de Hitler. Lá encontravam-se, de entre muitas outras pessoas influentes, Ludwig Siebert, primeiro-ministro da Baviera, e Franz Ritter von Epp, governador imperial do mesmo distrito.

- Sem dúvida. – disse Anastasia. Para ela, esta festa também era a oportunidade perfeita para descobrir informações confidenciais sobre os próximos movimentos da Wehrmacht… Merkulov e Estaline queriam saber tudo.

 

Ludwig foi a primeira vítima dos dois. Arrasado pela beleza de Anastasia, pouco tardou até os dois estarem juntos.

 

- Sabe, minha querida, grandes tempos adivinham-se. – disse Ludwig. – Em breve, numa questão de meses, aqueles filhos da puta dos polacos estarão sob o nosso jugo. Uma nova era que vai durar mil anos está prestes a começar!

- É bom saber que o nosso Führer está a fazer justiça ao tratado de Versalhes. E é por isso que vamos agora brindar a este e a muitos sucessos germânicos que virão! Heil Hitler! – disse ela, enquanto pegava num copo com champanhe e bebia. Um copo após outro, aos poucos mais informações eram descobertas, informações essas que eram transmitidas à NKVD por Anastasia e que serviam de intimidação por Karl, para ganhar reputação dentro do regime.

 

A mesma estratégia repetia-se uma e outra vez, com as mais diversas pessoas influentes que encontravam… Rudolf agora entendia porque é que Karl tinha tanta influência, por vezes demasiada, no campo. Apenas restava saber como ele conseguira tantas informações.

O novo comandante de Auschwitz pega nos ficheiros e confronta Karl com eles, no seu laboratório…

 

- Herr Wagner, espero que me dê uma boa explicação para estes documentos.

 

Já em Berlim, Hitler estava reunido com Goebbels, Goering, Himmler e Keitel, para saber alguns detalhes do avanço dos Aliados na Itália.

 

- A batalha de Monte Cassino acabou, mein Führer. – disse Keitel. – A bandeira polaca foi hasteada nas ruínas da abadia e o 10º exército está agora em retirada para a linha de Hitler.

- Quero que rebatizem a linha. – disse Hitler, ignorando as restantes informações que Keitel lhe disse. – A partir de agora a linha chamar-se-á Linha Senger. Não ser alvo de propaganda por parte dos aliados se a linha colapsar.

- Mein Führer, Roma pode ser tomada, assim como o resto de Itália. – disse Himmler, calmamente. – Não podemos deixar que tal aconteça, isso pode comprometer o Reich.

 

Hitler escutou com atenção ao que Himmler dizia. O Führer olhou novamente para o seu mapa, e verificou que a situação dos alemães lá estava longe de controlada.

 

- Keitel, diga a Vietinghoff que o 10º exército deve combater as forças invasoras a qualquer custo! Os aliados não podem tomar Roma! – gritou o Führer.

 

Karl estava perplexo quando viu Rudolf com vários documentos sobre inúmeras pessoas que espiara ao longo dos últimos cinco anos. No entanto, acabava de encontrar a oportunidade perfeita para o confrontar com a noite de sexo que o novo comandante teve com Anastasia, ou melhor, Eliana, dias antes.

 

- Mesmo sendo comandante, eu não o aconselhava a espiar os quartos daqueles que trabalham neste campo, Herr Hansen. – disse calmamente o médico.

- Responda à minha pergunta, Herr Wagner! O que são estes documentos?!

- Eu acho que sabe o que são.

- Sabe que pode ser preso, ou até mesmo morto neste preciso momento por isto, não sabe?

- Perfeitamente, Herr Hansen. Mas se eu fosse a si, não faria isso. Eu posso ter espiado um monte de nazis, mas pelo menos não andei aí a foder nenhuma judia.

 

Rudolf paralisou naquele momento. Karl, ao ver a cara do comandante, sabia que tinha jogado a sua grande carta.

 

- Pois é, Herr Hansen. Eu posso ter cometido vários crimes ao espiar um monte de gente, mas se eu cair e for morto, você cai e é morto comigo. Portanto, vá mandar os guardas prenderem-me! Assim que eu lhes disser que você violou uma das leis-base da Alemanha, eles não hesitarão em fazer o mesmo consigo.

- Você não tem provas de que eu cometi tal crime.

- Quer que eu chame aquela que você fodeu naquela noite para provar isso?

 

Rudolf calou-se mais uma vez… Karl aproveitou para se aproximar do comandante e apontar-lhe a sua Luger nas costas do mesmo.

 

- Tenho-o agora nas minhas mãos, Herr Kommandant, portanto sugiro-lhe que faça exatamente aquilo que eu mandar.

- Quando esta guerra acabar, você vai pagar por tudo.

 

Karl riu-se, como que a troçar das palavras ditas por Hansen.

 

- Quando esta guerra acabar, nem eu, nem você, estaremos aqui para ajustar contas um ao outro.

 

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Da – Sim em russo

Spasibo – Obrigado em russo

Luger – pistola semi-automática, bastante popular não só na Alemanha como no mundo inteiro. Foi utilizada na Alemanha entre 1904 e 1945 e era bastante utilizada pelas forças armadas germânicas durante esse período.

Fräulein – termo alemão para senhora não casada

Herr – termo alemão para senhor

Kommandant – comandante em alemão

 

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- Eu sei que isto pode parecer estranho, mas não se importa que eu leve os seus filhos para verificar se têm algumas doenças ou piolhos?


- Eu não posso acompanhá-las? Não queria separar-me deles.
- Não se preocupe, em breve, eles estarão ao pé de si, tal como estão agora. Nós nazis, não somos tão maus como parece. Então, posso levá-los comigo? – perguntou Karl, estendendo a mão.

 

O ANTEPENÚLTIMO EPISÓDIO DE "RENDIÇÃO" SERÁ PUBLICADO NO PRÓXIMO SÁBADO, DIA 15 DE MARÇO, ÀS 21:30H.

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