TVI Ficção

[Free Live]

há 1 minuto, Poderoso TV! disse:

Mesmo com os seus probleminhas, é melhor que a maior parte das novelas Portuguesas dos últimos anos. 

Concordas @xfinity?

Isso não é difícil pá. Basta olhar para Amor Amor pá. E para a desgraça que a Cristina trouxe para horário nobre.

[Poderoso TV!]

agora mesmo, Free Live disse:

Isso não é difícil pá. Basta olhar para Amor Amor pá. E para a desgraça que a Cristina trouxe para horário nobre.

[Dimitri]

há 2 minutos, Poderoso TV! disse:

Mas numa entrevista que a Patrícia deu, ela falou sobre a MF.

se fosse assim a Mira estaria creditada em todas as que deram na altura que comandava, e isso não aconteceu. Mas se me quiseres mostrar onde está a entrevista da Muller eu aceito 

[Poderoso TV!]

há 3 minutos, Dimitri disse:

se fosse assim a Mira estaria creditada em todas as que deram na altura que comandava, e isso não aconteceu. Mas se me quiseres mostrar onde está a entrevista da Muller eu aceito 

Aconteceu sim. Ela era foi creditada em "Queridas Feras", "O Teu Olhar" novelas que deram em simultâneo e certamente ela não escreveu as duas ao mesmo tempo. 

Ela passou a autora titular e sem o apêndice da Casa da Criação em 2006 com "Fala-me de Amor". 

Vou ver se encontro a entrevista da Patrícia.

[Free Live]

Vou comparar diretamente porque também vi o primeiro mês de novela e depois larguei.

Na Corda Bamba para mim falhava em ter por quem torcer. Em Boogie Oogie, por exemplo, consigo simpatizar com todos os protagonistas e entender o jeito de ser de cada um. A Sandra e o Rafael têm uma química ótima.

Na Corda Bamba, a Sara era, supostamente, a "boazinha" mas parecia que lhe faltava fibra e ela e o Pipo praticamente não eram casal. Não havia um romance por quem torcer (aquele triângulo teen era um pouco chato). A Olívia era interessante mas as motivações dela pareciam-me um pouco vazias. A Lúcia era uma personagem de várias camadas, mas confesso que não conseguia empatizar - ao contrário do que acontece com a Susana, por exemplo, que é louca mas eu acho que se torna engraçada e acho que qualquer pessoa que já teve o coração partido consegue colocar-se no lugar.

[Dimitri]

há 20 minutos, Poderoso TV! disse:

Aconteceu sim. Ela era foi creditada em "Queridas Feras", "O Teu Olhar" novelas que deram em simultâneo e certamente ela não escreveu as duas ao mesmo tempo. 

Ela passou a autora titular e sem o apêndice da Casa da Criação em 2006 com "Fala-me de Amor". 

Vou ver se encontro a entrevista da Patrícia.

Afinal nem um nem outro

[Poderoso TV!]

há 7 horas, Buwayh disse:

Acho que hoje em dia não gosto de nenhum.  
Gostei muito do trabalho que a Helena Amaral fez em Amar Depois de Amar. Também não desgostei da parte adaptada de Quer o Destino, apesar de não me ter empolgado muito, mas a parte original foi péssima. Por fim, deixei de acompanhar Quero é Viver por achar a narrativa repetitiva e as personagens irritantes, apesar de achar os diálogos espetaculares. 

Já gostei muito da Mira, mas comecei a perder a paciência para as novelas dela a partir da 3ª temporada de A Única Mulher. Acompanhei A Herdeira até mais de metade, mas começou a ficar demasiado surreal e perdi o interesse. Pensei que a história ia recuperar o fôlego com o reaparecimento da Maria Luísa, mas ficou ainda pior e o desempenho da Jessica não ajudou.  Depois, nunca mais me consegui interessar pelas novelas dela. Dizem que Bem Me Quer até teve qualidade, mas o primeiro mês não me agarrou.

O Vilhena tem boas ideias, mas tende a executá-las mal. Aquilo que ele promete que vai ser um estrondo transforma-se muitas vezes numa desilusão. Houve uma fase em que ele abusava dos diálogos caros, cheios de referências culturais, para dar um ar sofisticado às suas novelas, mas isso soava-me mais a arrogância intelectual do que a talento e eu sentia que essa arrogância refletia-se nas personagens. Em Sedução os diálogos já não eram tão rebuscados, mas as personagens ainda me pareciam frias. Adorei a maior parte da primeira temporada de Na Corda Bamba, mas ele começou a meter os pés pelas mãos e aquilo começou a ficar desinteressante. Além disso, alimentei expetativas sobre da personagem da Margarida Vila-Nova que nunca se concretizaram. 

A Maria João Costa não é uma má autora, mas as novelas dela são um bocado "água com açúcar" e têm muita palha, para além de várias personagens desinteressantes e inúteis. 

Adorei O Mundo ao Contrário, do João Matos, mas depois ele nunca mais escreveu novelas a solo. O Beijo do Escorpião tinha fortes influências do Barreira e não foi a mesma coisa.

O Barreira até se esforça em introduzir elementos interessantes nas novelas dele, principalmente cenas de confronto que acabam em porrada, mas a execução acaba por nunca ser boa o suficiente por causa dos diálogos literais e pouco criativos. 

Que autores restam? A Sandra Santos, que escrevia novelas fast food nos anos 2000? A Patrícia Muller? O Pedro Lopes e a Inês Gomes, que só escrevem novelas com humor brejeiro?

 

Obrigado! 

Eu da Helena Amaral conheço o seu trabalho pelas adaptações. Não consigo avaliar muito bem. Gostava de ver uma novela original dela, apesar de achar que não ia gostar muito, pois a parte original de "QOD" e as personagens originais de "QÉV" serem fracas;

Da Maria João Mira, gosto bastante, é uma autora muito organizada e que consegue construir narrativas de fácil compreensão, mas consegue surpreender na sua execução. 

O problema é que é uma autora que se perde facilmente ao ter as suas novelas esticadas e sofre imenso com as interferências do JEM.

Em "BMQ" apesar de a novela ter começado de forma confusa, conseguiu fazer uma novela leve e com pontos de interesse constantes, livrando-se do excesso de violência das tramas anteriores. 

Gosto especialmente das suas vilãs humanas. Adoro a vilã Sara Botelho de "Fala-me de Amor". 

Também é ótima a escrever comédia. É uma comédia mais natural e de situação. 

Em histórias familiares e segredos do passado ninguém a bate. Também é ótima a escrever mulheres mal amadas e complexas.

Os seus diálogos costumam ser naturais, mas bem trabalhados. Gosto quando mete alguma personagem a narrar;

Do António Barreira não gosto e nem desgosto. Acho que escreve boas sinopses e personagens, é ótimo em episódios chave e barracos, mas enche as suas novelas de comédia parola e sem interesse e as vilãs são super básicas, sempre a tentar matar e com frases de efeito. "Flor do Mar" foi muito prejudicada com esses vícios dele. A minha novela favorita dele foi o "Meu Amor", apesar de algo parada e de alguns vícios, gostei de o ver numa novela mais naturalista e a vilã da Lídia Franco era ótima. Também gosto das suas protagonistas são fortes e cativantes. Também lhe dou o mérito de conseguir escrever em ritmo industrial e não ter medo de desafios, como pegar numa novela que não é sua e vai a meio e levar o "barco a bom porto", como fez em "Tu & Eu" ou "Jardins Proibidos 2015". Os seus diálogos por norma são extremamente didáticos e melodramáticos e com alguma vulgaridade;

Do Rui Vilhena, gosto e acho um autor inteligente e que gosta de trazer algo de novo para a ficção, mas ultimamente dá mais importância às vilãs, às frases irónicas e de efeito e aos mistérios e às vezes falha na execução das tramas e das personagens secundárias.

Os seus diálogos são ótimos, mas por vezes exagera nas frases de efeito e nas ironias; 

Gosto muito do João Matos e tenho pena de ser poucas vezes aposta. É um autor multifacetado que consegue escrever tanto novelas leves, como pesadas, ou adultas ou infantis. Um talento desperdiçado;

Do Artur Ribeiro, acho um autor com texto primoroso e muito intelectual, até melhor que o texto do Vilhena. As suas personagens também são carismáticas, tal como os seus vilões. Mas é um autor que escreve de forma às novelas serem lentas e foge de confrontos. Em "Santa Bárbara" a novela andou a passos de caracol e poderia ter sido melhor desenvolvida. Acho que se dá melhor em projetos mais curtos, como séries;

Da Maria João Costa, conheço pouco do seu trabalho. Mas do que vi de "Amar Demais" não desgostei;

A Sandra Santos é uma autora que vai muito pelo seguro e é tudo muito "mais do mesmo". Mas acho que é uma autora que consegue dar uma boa agilidade às suas tramas e em comédia ninguém a bate

Não gosto muito dos seus protagonistas "bicho do mato" e os seus diálogos são simples, mas naturais; 

A Patrícia Müller acho que tem mais talento para projetos mais curtos. Em novelas ela tenta inovar mas depois saí algo sem nexo, como os finais de "Mar de Paixão" e "Rosa Fogo". Apesar de ela ter um sentido de humor incrível, ela há uns anos tinha um programa no Canal Q e era ótimo. Ela própria às vezes gozava com as suas novelas 

Sobre os autores SP eu acho que eles são muito limitados pelas imposições da produtora. 

Mas gosto bastante do Pedro Lopes, tem bons textos, consegue criar boas tramas. As últimas novelas dele até tinham boas tramas paralelas. Acho que é um autor muito prejudicado por as novelas serem muito longas. Os seus textos e diálogos são bons e bem escritos. Acho que é o autor Português que escreve melhor ganchos;

Da Inês Gomes não desgosto, mas acho uma autora muito preguiçosa, que vai sempre muito para o "mais do mesmo" e não inova. Também não gosto do "machismo" que imprime às suas obras. Vem @Televisão 10. 

Mas como adaptou "Nunca Digas Adeus" eu passo pano. 

Mas acho uma autora que escreve novelas agradáveis. As suas protagonistas irritam um pouco com as suas indecisões amorosas e as suas vilãs parecem que são invencíveis, só quebrando no fim. É um pouco irritante.

Os seus diálogos são bons e naturais;

Também existem autores como o André Ramalho, a Eduarda Laia, o Alexandre Castro e a Ana Casaca, que escreveram poucas novelas a solo para conseguir avaliar. 

Também existiu o falecido Tozé Martinho, que foi muito importante para a nossa ficção, apesar de as últimas novelas dele terem alguns problemas, achava um autor talentoso e que escrevia minimamente bem. Apesar de não se ter adaptado à evolução dos tempos. Não merecia ter passado os últimos anos no ostracismo. Até porque existiram novelas bem piores que as últimas dele a serem produzidas e exibidas. O que achas dele? 

Existe o Manual Arouca também, mas acho um autor horrível. Só sabe criar vilãs boas, porque de resto, é para esquecer e espero que nunca mais escreva nenhuma novela. 

Apesar de tudo, acho que neste momento escrever ficção para Portugal deve ser muito difícil, pois os autores não têm grandes liberdades e têm que seguir cada vez mais ordens das direções dos canais, o que não deve ser fácil e até frustrante, principalmente agora com esta moda das novelas "cómicas, leves e tradicionais". 

É isto! Desculpem o testamento. 

@D91, @Dimitri, @xfinity, @Vitória, @John123, @Free Live, @Guida, @Rui Melo, se quiserem dar a vossa opinião estejam à vontade e quem quiser obviamente. 

há 5 horas, Dimitri disse:

Afinal nem um nem outro

Mort. Nem sabia que o Barreira tinha escrito essa novela. Eu não gosto nada da comédia do Barreira, como foi em "MF"?

Não encontrei a entrevista da Müller. Só encontrei esta notícia de 2012 quando a novela repetiu nas madrugadas e dizem que a novela era dela. Afinal não é verdade.

"Mistura Fina está de regresso à TVI. Escrita por Patrícia Muller, a novela estreou em 2004 , pela mão de José Eduardo Moniz (então Diretor de Programas da TVI)."

https://www.google.com/amp/s/www.atelevisao.com/tvi/mistura-fina-esta-de-regresso-a-tvi/amp/

Editado 17 de abril 2022 por Poderoso TV!

[Dimitri]

há 11 minutos, Poderoso TV! disse:

Existe o Manual Arouca também, mas acho um autor horrível. Só sabe criar vilãs boas, porque de resto, é para esquecer e espero que nunca mais escreva nenhuma novela. 

 

Discordo

[Free Live]

A minha favorita é a Inês Gomes, mas precisa de um descanso. Mar Salgado e Terra Brava seriam novelas excelentes com metade dos episódios. A sorte é que os núcleos secundários são genuinamente engraçados, principalmente em Terra Brava.

Eu sei que não é uma opinião popular no fórum, mas não gostei de adaptação nenhuma recente da TVI. Ou é tudo muito mexicanizado tipo a sinopse de Quer o Destino ou então demasiado negro tipo Quero é Viver, onde a vida é horrível e o amor não existe. Tenho visto muito pouco, mas acredito que Para Sempre é uma boa novela que está a passar despercebida mas seria sucesso em outro contexto.

Ainda hoje falei de Mundo ao Contrário, adorava a novela numa altura em que até olhava um pouco de lado para as produções TVI. Nunca vou esquecer a icónica "chata" da Sheila. O Diogo Infante arrasou nessa novela.

A Sandra Santos é boa, principalmente no humor. O Pedro Lopes está a precisar regressar com uma novela mais curta, com pés e cabeça, é um ótimo autor.

[Poderoso TV!]

agora mesmo, Dimitri disse:

Discordo

Porquê?

[Dimitri]

agora mesmo, Poderoso TV! disse:

Porquê?

Jardins Proibidos 1 é um marco, Filha do Mar também.  Baía das Mulheres também gosto e Podia Acabar o Mundo adoro. Mas joia de africa e tu e eu realmente não prestam.

[Free Live]

Dá-me urticária cada vez que dizem que a Maria João Costa é a Glória Perez portuguesa. Aquela cena da Bruna Quintas a capar o padrasto com quem teve um caso, que vergonha alheia. Mas reconheço que Ouro Verde e principalmente Amar Demais eram novelas boas, cumpriram o seu papel. Valor da Vida foi um surto psicótico da autora.

O António Barreira...bom, nós criticávamos na época, mas entretanto só apareceu coisa pior. Fascínios foi uma novela ótima, eu até achei que era do Vilhena durante um período por causa da trindade de personagens da Alexandra. O Vilhena é muito bom, mas como já disseram por vezes força as pérolas e ficam gratuitas (em Boogie Oogie acho que funciona porque acabam por ser referências aos anos 70).

O João Matos parece-me bom também, os outros tenho preguiça de escrever. As autoras de Paixão fizeram uma novela terrível, mas acho que não deviam ficar marcadas por isso.

[Poderoso TV!]

agora mesmo, Dimitri disse:

Jardins Proibidos 1 é um marco, Filha do Mar também.  Baía das Mulheres também gosto e Podia Acabar o Mundo adoro. Mas joia de africa e tu e eu realmente não prestam.

Sim eu sei ver que essas novelas foram marcantes e para a época deveriam ser boas. 

Mas acho que é um autor que não se adaptou aos tempos. Os episódios que ele escreveu da sequela de "JP" eram horríveis. Então o primeiro episódio foi um sono autêntico. 

A "Baía das Mulheres" achava super secante. Só gostava da vilã Bá. Ainda me lembro de um episódio que o assunto era o de terem apanhado a personagem Sílvia Balancho a comer caldeirada da panela kkkk

Vi alguns episódios de "Filha do Mar" nas madrugadas e aquilo era super monótono. 

[Dimitri]

Depende, do toze eu vi todo o tempo do mundo não achei nada secante foi das melhores Novelas que vi, no entanto, amanhecer já achei muito aborrecida. 

[Poderoso TV!]

agora mesmo, Dimitri disse:

Depende, do toze eu vi todo o tempo do mundo não achei nada secante foi das melhores Novelas que vi, no entanto, amanhecer já achei muito aborrecida. 

Eu vi "Todo o Tempo do Mundo" e achava super ágil e bem escrita. Já "Roseira Brava" era ótima também. 

De "Amanhecer" lembro-me muito pouco. 

Já "Sentimentos" achei uma novela sem nexo e super secante. 

[Dimitri]

há 4 minutos, Poderoso TV! disse:

Sim eu sei ver que essas novelas foram marcantes e para a época deveriam ser boas. 

Mas acho que é um autor que não se adaptou aos tempos. Os episódios que ele escreveu da sequela de "JP" eram horríveis. Então o primeiro episódio foi um sono autêntico. 

A "Baía das Mulheres" achava super secante. Só gostava da vilã Bá. Ainda me lembro de um episódio que o assunto era o de terem apanhado a personagem Sílvia Balancho a comer caldeirada da panela kkkk

Vi alguns episódios de "Filha do Mar" nas madrugadas e aquilo era super monótono. 

Não vi nenhuma completa, mas do que vi eram boas. Mas podia acabar o mundo é perfeita, está sem dúvida no Top10 de Novelas para mim, e a melhor da sic.

há 1 minuto, Poderoso TV! disse:

Já "Sentimentos" achei uma novela sem nexo e super secante. 

Sim, não só tu, o Diogo Amaral, a Manuela Couto, o Fernando Luís disseram mal. Pelos vistos produção e atores detestaram fazê-la. Louco amor já achei melhor, essa eu vi, vi pela Luciana, mas gostei.

[Poderoso TV!]

há 4 minutos, Dimitri disse:

Não vi nenhuma completa, mas do que vi eram boas. Mas podia acabar o mundo é perfeita, está sem dúvida no Top10 de Novelas para mim, e a melhor da sic.

Sim, não só tu, o Diogo Amaral, a Manuela Couto, o Fernando Luís disseram mal. Pelos vistos produção e atores detestaram fazê-la. Louco amor já achei melhor, essa eu vi, vi pela Luciana, mas gostei.

Amig? 

[D91]

há 13 minutos, Poderoso TV! disse:

A "Baía das Mulheres" achava super secante. Só gostava da vilã Bá. Ainda me lembro de um episódio que o assunto era o de terem apanhado a personagem Sílvia Balancho a comer caldeirada da panela kkkk

A Bá era o melhor dessa novela. A Andreia Dinis esteve excelente.

[Poderoso TV!]

agora mesmo, D91 disse:

A Bá era o melhor dessa novela. A Andreia Dinis esteve excelente.

Verdade! Uma pena ela estar afastada. Não percebo.

[Afonso]

há 2 minutos, Poderoso TV! disse:

Obrigado! 

Eu da Helena Amaral conheço o seu trabalho pelas adaptações. Não consigo avaliar muito bem. Gostava de ver uma novela original dela, apesar de achar que não ia gostar muito, pois a parte original de "QOD" e as personagens originais de "QÉV" serem fracas;

Da Maria João Mira, gosto bastante, é uma autora muito organizada e que consegue construir narrativas de fácil compreensão, mas consegue surpreender na sua execução. 

O problema é que é uma autora que se perde facilmente ao ter as suas novelas esticadas e sofre imenso com as interferências do JEM.

Em "BMQ" apesar de a novela ter começado de forma confusa, conseguiu fazer uma novela leve e com pontos de interesse constante, livrando-se do excesso de violência das tramas anteriores. 

Gosto especialmente das suas vilãs humanas. Adoro a vilã Sara Botelho de "Fala-me de Amor". 

Do António Barreira não gosto e nem desgosto. Acho que escreve boas sinopses e personagens é ótimo em episódios chave e barracos, mas enche as suas novelas de comédia parola e sem interesse e as vilãs são super básicas, sempre a tentar matar e com frases de efeito. "Flor do Mar" foi muito prejudicada com esses vícios dele. A minha novela favorita dele foi o "Meu Amor", apesar de algo parada e de alguns vícios, gostei de o ver numa novela mais naturalista e a vilã da Lídia Franco era ótima. Também gosto das suas protagonistas são fortes e cativantes. Também lhe dou o mérito de conseguir escrever em ritmo industrial e não ter medo de desafios, como pegar numa novela que não é sua e vai a meio e levar o "barco a bom porto", como fez em "Tu & Eu" ou "Jardins Proibidos 2015"; 

Do Rui Vilhena, gosto e acho um autor inteligente e que gosta de trazer algo de novo para a ficção, mas ultimamente dá mais importância às vilãs, às frases irónicas e de efeito e aos mistérios e às vezes falha na execução das tramas e das personagens secundários; 

Gosto muito do João Matos e tenho pena de ser poucas vezes aposta. É um autor multifacetado que consegue escrever tanto novelas leves, como pesadas, ou adultas ou infantis. Um talento desperdiçado;

Da Maria João Costa, conheço pouco do seu trabalho. Mas do que vi de "Amar Demais" não desgostei;

A Sandra Santos é uma autora que vai muito pelo seguro e é tudo muito "mais do mesmo". Mas acho que é uma autora que consegue dar uma boa agilidade às suas tramas e em comédia ninguém a bate; 

A Patrícia Müller acho que tem mais talento para projetos mais curtos. Em novelas ela tenta inovar mas depois saí algo sem nexo, como os finais de "Mar de Paixão" e "Rosa Fogo". Apesar de ela ter um sentido de humor incrível, ela há uns anos tinha um programa no Canal Q e era ótimo. Ela própria às vezes gozava com as suas novelas 

Sobre os autores SP eu acho que eles são muito limitados pelas imposições da produtora. 

Mas gosto bastante do Pedro Lopes, tem bons textos, consegue criar boas tramas. As últimas novelas dele até tinham boas tramas paralelas. Acho que é um autor muito prejudicado por as novelas serem muito longas. 

Da Inês Gomes não desgosto, mas acho uma autora muito preguiçosa, que vai sempre muito para o "mais do mesmo" e não inova. Também não gosto do "machismo" que imprime às suas obras. Vem @Televisão 10. 

Mas como adaptou "Nunca Digas Adeus" eu passo pano. 

Mas acho uma autora que escreve novelas agradáveis. 

Também existem autores como o André Ramalho, o Artur Ribeiro (de quem gosto muito), a Eduarda Laia, o Alexandre Castro e a Ana Casaca, que escreveram poucas novelas a solo para conseguir avaliar. 

Também existiu o falecido Tozé Martinho, que foi muito importante para a nossa ficção, apesar de as últimas novelas dele terem alguns problemas, achava um autor talentoso e que escrevia minimamente bem. Apesar de não se ter adaptado à evolução dos tempos. Não merecia ter passado os últimos anos no ostracismo. Até porque existiram novelas bem piores que as últimas dele a serem produzidas e exibidas. O que achas dele? 

Existe o Manual Arouca também, mas acho um autor horrível. Só sabe criar vilãs boas, porque de resto, é para esquecer e espero que nunca mais escreva nenhuma novela. 

Apesar de tudo, acho que neste momento escrever ficção para Portugal deve ser muito difícil, pois os autores não têm grandes liberdades e têm que seguir caça vez mais ordens das direções dos canais, o que não deve ser fácil e até frustrante, principalmente agora com esta moda das novelas "cómicas, leves e tradicionais". 

É isto! Desculpem o tratamento. 

@D91, @Dimitri, @xfinity, @Free Live, @Guida, @Rui Melo, se quiserem dar a vossa opinião estejam à vontade e quem quiser obviamente. 

Para mim, o melhor autor português será sempre o Tozé Martinho. "A Outra" é das novelas mais bem escritas da TV Portuguesa. 

Também gosto do Pedro Lopes, e já sinto falta de uma trama da sua autoria. Eu gostei da sua última novela "Alma e Coração". O problema reside no que disseste, novelas muito longas. E fun fact, foi a última novela da SIC que acompanhei do início ao fim. Ele é o responsável pelo 'gold ficcion era' da SIC, "Laços de Sangue" e "Dancin' Days" são novelas excelentes! 

Eu não desgosto da Helena Amaral, "Amar Depois de Amar" foi uma ótima novela. "Quer o Destino" idem, apesar de alguns defeitos. "Quero é Viver" apresenta sérios problemas estruturais. A escrita não é má, mas a história não desenvolve. Cá para mim desgastaram a autora com tantas adaptações seguidas. 

O António Barreira é muito influenciado pela ficção brasileira, o que pode e não pode ser mau. Gostei de "Doce Fugitiva", "Fascínios" e "Meu Amor". Nunca vou entender o hype com "Destinos Cruzados", os diálogos dessa novela eram terríveis. O autor usou tantas referências da Globo: "Fina Estampa", "Cheias de Charme" e outra novela cujo nome não me recordo. 

Não gosto da autora MJC, não sei, os primeiros episódios das suas novelas são muito confusos. Nunca acompanhei uma novela da MJC na sua totalidade, por isso não consigo opinar. Enquanto pessoa ela enerva-me um bocadinho, não pode ler uma crítica que começa logo a esbaforir por todos os lados...

O Manuel Arouca é excessivamente melodramático nos seus textos, "Jardins Proibidos 2000" foi uma boa novela. Porém, muito dramática, alguns diálogos chegavam a ser massivamente chatos e depressivos.

A MJM já foi uma melhor autora, "Ilha dos Amores" é considerada uma das melhores novelas portuguesas, o plot de IdA é, talvez, um dos melhores de sempre já feitos em Portugal. Também gostei de "Fala-me de Amor" e "Flor do Mar". Não a acompanho desde a 1ª temporada de AÚM, mas os seus plots costumam a ser muito envolventes. 

No que diz respeito à autora Inês Gomes só vi "Mar Salgado", é a minha novela preferida da SIC. Gostei, o problema são os infinitos episódios. Eu não tenho pachorra para novelas de 300 episódios, mas, pronto, é uma excelente novela. Contudo, é péssima em retratar causas sociais (como referiste e muito bem xD). 

Não tenho muito a dizer sobre a Patrícia Muller, gostei de "Rosa Fogo" apesar do final fraco. Por outro lado, detestei "Mar de Paixão" que, para mim, é uma das piores novelas da TVI. Ela andou a gozar com a cara do telespectador durante 300 e tal episódios.

O Rui Vilhena é um bom autor, embora permaneça com alguns vícios narrativos, ele apresenta bons produtos. "Ninguém como Tu" e "Tempo de Viver" são duas grandes novelas, "Tempo de Viver" é a mais bem escrita, mas "Ninguém como Tu" torna-se mais memorável por conta do enrede e das personagens. Só não gostei de "Olhos nos Olhos", as outras são bem-vindas ao meu repertório vilhenístico 

Em relação aos outros atores não tenho nada a manifestar, ou porque não vi muito ou porque não me lembro de nada em concreto. 

[Dimitri]

há 2 minutos, xfinity disse:

Para mim, o melhor autor português será sempre o Tozé Martinho. "A Outra" é das novelas mais bem escritas da TV Portuguesa.

Até à morte d’”A Outra”… porque depois torna-se num aborrecimento, e o final, é muito incoerente.

[Afonso]

há 1 minuto, Dimitri disse:

Até à morte d’”A Outra”… porque depois torna-se num aborrecimento, e o final, é muito incoerente.

O que estragou a novela foi a saída da Margarida Marinho, mas a novela é muito bem escrita.

Qual é a incoerência? Não tenho mesma opinião, a novela é perfeita. Vem, @agui

[Poderoso TV!]

há 3 minutos, Dimitri disse:

Até à morte d’”A Outra”… porque depois torna-se num aborrecimento, e o final, é muito incoerente.

Mas nesse caso até o podemos desculpar um pouco. 

O motor de "A Outra" era a sua protagonista e ele ficou sem ela. A novela girava toda ela à volta da Teresa. 

Depois teve que lidar com a gravidez da Margarida Vila-Nova e com a Dalila Carmo a querer abandonar a novela. 

Não deve ter sido fácil! 

há 3 minutos, xfinity disse:

O que estragou a novela foi a saída da Margarida Marinho, mas a novela é muito bem escrita.

Qual é a incoerência? Não tenho mesma opinião, a novela é perfeita. Vem, @agui

O Tozé Martinho tinha bons textos. Simples, mas delicados. 

Também escrevia comédia de situação naturalmente e muito boa. 

Gostava muito das suas protagonistas, muito cativantes. Os seus vilões também eram ótimos! 

[hjlsantos]

Uma discussão extremamente interessante. Tal como referido, os autores atuais encontram-se mais reféns de diretrizes superiores comparativamente às gerações anteriores. Nesse sentido, acabam por valer mais pelas histórias que conseguem desenvolver do que pela construção de um estilo próprio, fator que, na minha modesta opinião, escasseia em grande medida.

Torna-se, deste modo, mais fácil distinguir de entre o cunho de um Francisco Nicholson, Tozé Martinho, Manuel Arouca, Francisco Moita Flores, José Fanha ou Rui Vilhena do que da esmagadora maioria dos profissionais mais jovens.

A lógica economicista ainda prevalece na produção da ficção tradicional, pese embora, o panorama esteja a alterar-se.

[Poderoso TV!]

há 1 hora, hjlsantos disse:

Uma discussão extremamente interessante. Tal como referido, os autores atuais encontram-se mais reféns de diretrizes superiores comparativamente às gerações anteriores. Nesse sentido, acabam por valer mais pelas histórias que conseguem desenvolver do que pela construção de um estilo próprio, fator que, na minha modesta opinião, escasseia em grande medida.

Torna-se, deste modo, mais fácil distinguir de entre o cunho de um Francisco Nicholson, Tozé Martinho, Manuel Arouca, Francisco Moita Flores, José Fanha ou Rui Vilhena do que da esmagadora maioria dos profissionais mais jovens.

A lógica economicista ainda prevalece na produção da ficção tradicional, pese embora, o panorama esteja a alterar-se.

Podes acrescentar a essa lista a Maria João Mira que é uma autora veterana e é a única que sobrou da "velha guarda".