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37


João

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Sofia desperta uma paixão feminina

Na minissérie ‘37’, da TVI, Cucha Carvalheiro apaixona-se por Sofia Alves. Esta é a primeira personagem lésbica do autor, Rui Vilhena, depois de várias homossexuais.

Autor de êxitos como ‘Tempo de Viver’, ‘Ninguém como Tu’ (TVI), ‘Bastidores’ (RTP) e ‘Olhos nos Olhos’ (TVI), Rui Vilhena escreveu em 2009 a minissérie policial ‘37’, que a TVI estreia este ano e onde a personagem de Cucha Carvalheiro vive “uma paixão avassaladora por Sofia Alves”. O guionista faz questão de mostrar a realidade social na ficção e já criou vários papéis de homossexuais. A ousadia valeu-lhe alguns prémios. “Não faz sentido criar só personagens heterossexuais”, justifica.

Na minissérie ‘37’, Cucha Carvalheiro interpreta uma personagem lésbica, mas não assumida. Sobre a mesma, o autor adianta: “É um policial. Não faz sentido ter a temática da homossexualidade como foco na trama”. E revela: “Há um diálogo entre Cucha Carvalheiro e Sofia Alves que é a melhor cena da série”. Para criar a personagem de Cucha Carvalheiro, Vilhena diz ter-se inspirado no filme ‘O Diário de um Escândalo’, com Judi Dench e Cate Blanchett. Esta é a primeira personagem lésbica de Rui Vilhena. O argumentista diz, a propósito: “Nunca tive personagens lésbicas porque a homossexualidade masculina sempre foi mais aceite”.

No início de ‘37’, apurou a Correio TV, ninguém percebe a orientação sexual da personagem de Cucha Carvalheiro, reitora na universidade onde se desenvolve o enredo. Há só uma desconfiança. Contudo, esta tem uma paixão por Helena (Sofia Alves), dirigente de um departamento de investigação na mesma universidade. Essa paixão só será desvendada no último episódio.

Quando conhece Helena (Sofia Alves), a reitora interpretada por Cucha Carvalheiro protege-a muito. O relacionamento é profissional, mas elas são como duas grandes amigas. No entanto, a reitora começa a convidar a investigadora para saídas e jantares e a sufocá-la com tantas atenções. Mas não se percebe logo o porquê. Entretanto, assediada com tantos convites, a investigadora rompe a amizade com a reitora. Ressabiada, esta faz a vida da amiga num inferno.

Nas novelas de Rui Vilhena houve sempre personagens homossexuais, mas também uma bissexual, Hugo Tavares, em ‘Tempo de Viver’, e uma transexual, São José Correia, em ‘Olhos nos Olhos’. O facto de abordar esta temática de forma sensível, despertando as consciências dos espectadores, tem valido a Vilhena prémios por parte da comunidade gay e lésbica, nomeadamente das associações Ilga e Ex Aequa. “Sinto bastante reconhecimento. No tempo de ‘Ninguém como Tu’ recebia cartas emocionantes de jovens que se reviam no drama vivido pela personagem de Frederico Barata”, recorda.

“As minhas novelas passam-se todas num ambiente urbano-contemporâneo. Sendo assim, não faz absolutamente sentido não ter personagens homossexuais”, justifica Rui Vilhena, aludindo à própria realidade portuguesa e à recente aprovação dos casamentos homossexuais. Claro que o autor, no meio de tudo isto, não esquece que “a função primordial da novela é entreter”. Na sua opinião, a novela tem “três finalidades centrais: entreter, educar e denunciar, de forma a obrigar as pessoas a reflectir”. As personagens homossexuais das novelas de Rui Vilhena revelam uma sensibilidade muito peculiar. O autor esclarece: “A minha intenção foi sempre mostrar que essas personagens, tal como as heterossexuais, têm os seus dramas, as suas conquistas,tristezas e alegrias”. O que há de diferente, acrescenta, “são alguns dos conflitos em que elas estão inseridas ligados ao preconceito”.

Nem todas as personagens homossexuais nas novelas de Vilhena formam um casal. Isso tem a ver, diz o argumentista, com o seu “objectivo de trabalhar numa mudança de mentalidades, mas sem chocar as pessoas”. E justifica: “A novela é um produto visto por toda a família. Se alguma cena causar constrangimento, o objectivo deste merchandising social não é cumprido”. O autor exemplifica: “Nunca houve um beijo homossexual nos meus trabalhos. Nem sequer tive essa preocupação”. Entretanto, Rui Vilhena está a escrever uma nova novela para a TVI, ‘Bem me Quer, Mal me Quer’, com Fernanda Serrano, Maria João Bastos e Paula Neves. E revela: “Tudo indica que terei uma personagem com questões relacionadas com a sua sexualidade. Não estamos necessariamente a falar de uma personagem gay”.

A MINISÉRIE: UM AMOR IMPOSSÍVEL

Em ‘37’, Sofia Alves interpreta a personagem de Helena, portuguesa que regressa dos Estados Unidos da América, onde viveu dez anos e concluiu os estudos de mestrado. A jovem volta a Portugal para aceitar o convite da universidade portuguesa onde Cucha Carvalheiro é reitora, sem imaginar que esta, sua superior hierárquica, a irá assediar. Trata-se, contudo, de um amor impossível, porque a reitora não é correspondida. Helena vai desenvolver um trabalho pioneiro na área da investigação.

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