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Dados Viciados


João_O

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Sinopse e mote da história

 

 

Esta história relata a história de uma família cujo império entra em decadência. Alberto Pimentel é o líder. Duas mulheres com personalidades fortes ligadas a este homem vão-se envolver em confrontos permanentes: Dalila e Sílvia. A primeira, amante de Alberto, é pragmática, fria e ambiciosa. Já Sílvia, sua filha, é uma mulher determinada e lutadora.

 

Dalila constitui uma ameaça para a família Pimentel no entender de Sílvia, e a guerra entre as duas vai-se acentuar com a luta por um lugar na família, as partilhas dos bens e a peleja pela herança. Terá que travar uma batalha para ultrapassar o obstáculo e concretizar o seu objetivo, que sempre o escondeu para sua própria conveniência.

 

Dalila é amante de Alberto e conhecem-se há cinco anos. Sempre quis assumir a relação mas ele não queria o mesmo. A partir do momento em que é dada a conhecer, a família nunca mais é a mesma e atravessa um intenso turbilhão de perturbações. Procuram manter as aparências apesar de tudo, mas será que com esta espiral maléfica esta situação durará por muito mais tempo?

 

Uma casa de jogo muito conhecida na região, “Games Centre”, também terá um papel preponderante na trama pois será o ponto de encontro de algumas personagens. É um intermediário para a lavagem de dinheiro. O vício do jogo e do dinheiro, a prostituição e o swing estão associados a este mundo da obscuridade.

 

Os negócios de poder, o secretismo da vida noturna, a ilicitude e a ganância serão ingredientes empolgantes abordados nesta história ousada e polémica repleta de vingança, sexo e traição.

 

Jogam pelo poder, pela ambição e pelo dinheiro. Mas será que são os dados que estão viciados ou as pessoas?

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Descrição das personagens

 

Sílvia Pimentel

40 anos

Filha de Alberto Pimentel. É justiceira, determinada e frontal. Vê em Dalila a sua maior rival e vai enfrentá-la até ao fim, custe o que custar. Esconde um segredo destrutivo: é acompanhante de luxo e está ligada à “Games Centre”, a casa de jogo de que Vanessa é proprietária.

 

 

Dalila Pinto

42 anos

Amante de Alberto. É uma mulher ambiciosa e vaidosa. Tanto ama Alberto como não aguenta ser a outra e vai tentar reverter essa situação, vingando-se, por isso pode-se dizer que também está sempre de olho na sua conta bancária. Percebe que Sílvia é uma parasita e vai tentar bani-la do seu caminho.

 

 

Alberto Pimentel

65 anos

É o líder da família Pimentel, uma das mais influentes do país. Super implacável nos negócios. Está envolvido em vários escândalos de corrupção e desvio de dinheiro, e para ele, o dinheiro é mesmo a melhor arma para se defender.

 

 

 

Vanessa Lopes

29 anos

Dona da “Games Centre”. É uma mulher jovem, atraente e super sensual, tornando-se irresistível para os homens. Arranja sempre maneira de arrecadar uns trocos pois gostava de ter uma vida diferente.

 

 

Fernando Rodrigues

43 anos

Amigo de Alberto. É apaixonado por Vanessa desde o primeiro dia em que a viu, no entanto, é um mulherengo e envolve-se com outras mulheres. É viciado no jogo e frequenta a casa com regularidade.

 

 

Rosa Pimentel

63 anos

Mulher de Alberto. É uma senhora frágil e doente que acaba por falecer. É constantemente desprezada pelo marido, mas julga que este a ama.

 

 

Ana Maria Freire

52 anos

Empregada da família Pimentel. É dedicada, preocupada e conhece bem a família. Vai defender e ficar do lado de Sílvia, uma mulher que admira.

 

 

E uma participação (muito) especial:

 

 

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Alice Vidal

26 anos

É uma rapariga que era pobre e se tornou numa advogada de sucesso. Já resolveu diversos casos mediáticos. É relativamente rica mas quer mais.

 

 

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1º episódio

 

Todos os olhos virados para um dos homens mais ricos do país que é notícia recorrente: Alberto Pimentel. Mais um escândalo de corrupção na empresa Pimentel e associados. Branqueamento de capitais, falsificação de documentos… tudo para enriquecer ilicitamente. A sua fortuna silencia os desbocados que disfarçadamente também estão envolvidos nesta teia de negócios obscuros e, portanto, tentam puxar a brasa à sua sardinha.

 

Rosa, a mulher de Alberto, sempre acreditou piamente na palavra do marido, e nem sequer tem outra saída, caso contrário ficava sem nada. Apesar de amar o marido, também era um pouco comodista e conformada com a vida que levava.

 

Alberto envolvia-se com várias mulheres e inclusive foi acusado de abuso sexual de menores, mas foi sempre ilibado. Subiu na vida por mérito próprio e com algumas falcatruas pelo meio. As qualidades que mais lhe são reconhecidas são ser ágil nos negócios e bom patriarca de família.

 

Alberto e Rosa eram tidos como o casal sensação, um exemplo a seguir a nível de felicidade e solidez. O mar de rosas era a única parte revelada contudo daquela família ressaltava na maioria um negrume que nunca era desvendado pelos holofotes.

 

Rosa aparentava ser feliz mas estava profundamente desolada e carente:

 

- Alberto, ainda bem que chegaste! Faz-me companhia, estou aqui sozinha.

 

- Agora não posso! Tenho imenso trabalho para fazer e a minha agenda para organizar. – desculpava-se, sendo esta a resposta habitual.

 

Na verdade o seu marido arranjava um pretexto para não dizer diretamente que estava farto dela e das suas lamentações.

 

Ana Maria, a empregada da família, era muito apegada a ela, principalmente à sua patroa. Era a sua confidente e conhecia-a como a palma da mão e até Alberto. Respeitava-o mas não concordava com muitas das suas atitudes.

 

- A senhora vive num vazio enorme. O seu marido não lhe dá atenção, está sempre a renegá-la.

 

- Ana Maria, ele é uma pessoa muito ocupada, não tem tempo. Eu prefiro que ele esteja ocupado, é da maneira que se sente realizado.

 

- E você acredita mesmo nisso? Devia retirar nem um tempinho que fosse para estar consigo, isto se fosse um esposo decente.

 

- Deixa. Eu já me habituei à ausência dele mas tenho fé que ele virá. Eu sei que ele me ama.

 

Estava virado para outra: Dalila Pinto, amante para as horas vagas. De todas as mulheres com quem se envolveu esta foi aquela que mais o cativou. O seu pragmatismo e jovialidade sobrepuseram-se à quase excessiva sensibilidade de Rosa. A determinação da sua amada e a sua personalidade forte eram o ponto fraco do homem.

 

A relação era escondida de toda a gente mas Dalila fazia pressão para se tornar pública uma vez que não queria ser a outra:

 

- Eu tenho direito às mesmas regalias que a tua mulher. Afinal de contas tu estás casado com ela mas quem amas é a mim, por isso eu tenho os mesmos direitos e eu conheço-te melhor.

 

- Amor, calma, não é bem assim, deixa a poeira assentar. Já são demasiados escândalos, este seria o colapso. Eu tenho calado os intrometidos mas também tenho de ter cuidado. – dizia-lhe.

 

Alberto estava reticente em assumir a relação até que já não dava para esconder mais. Mais tarde, Dalila contou tudo às revistas apesar dos vários “nãos” do seu amado, para se afirmar na família e ter mais poder. Como era demasiado evidente para ser desmentido, Alberto acabou por confirmar.

 

A sua filha Sílvia, quando soube da relação, mostrou-se contra e inclusive acusou Dalila de ser interesseira e aproveitadora devido à sua atitude. A revelação que foi feita significava o desmoronar de uma estrutura sólida e para Sílvia foi como um murro no estômago ver a sua família a ser alvo de chacota na praça pública.

 

Sempre foi contra a separação dos pais pois queria ver a família unida, embora reconhecesse que os motivos para tal fossem mais que suficientes. Apoia o pai nos negócios, no entanto condena-o em certas atitudes menos éticas e politicamente corretas.

 

À conta da bomba foram enchidas capas de revistas e até de jornais: “O afundamento do império Pimentel”, “A ruína estava iminente”, “Vida dupla de Alberto, dupla queda”… Nesse mesmo dia Alberto estava na casa de jogo à revelia de Dalila a jogar e a observar as vistas juntamente com o seu amigo Fernando.

 

- Bem, hoje é que foi um dia cheio de emoções. Namorada nova, muito bem… - remata Fernando.

 

- Juro-te, não há ninguém como ela. Até me sinto como se tivesse 20 anos. – conclui Alberto.

 

- Mas no entanto estás aqui.

 

- Eu gosto de experimentar coisas novas. E estar com outras mulheres permite-me conhecer melhor a minha, entendes? Cada uma tem uma particularidade que a define e assim aprendo a lidar com cada uma.

 

- Realmente, bem pensado. Eu cá amo a minha Vanessa mas também sinto necessidade de fazer com outras. Um homem tem destas coisas, quando a carência fala mais alto… Ninguém percebe.

 

- Eu sou mulher e também sinto necessidade de fazer com outros homens para ver se são mesmo todos iguais. E a verdade é que é tudo farinha do mesmo saco. O amor, esse, é irrelevante quando se pretende enriquecer. – diz Vanessa, provocadora propositadamente para Fernando.

 

Não resistiram ao clima e subiram os dois para satisfazer os seus bens carnais, após um dia fatigante.

 

A “Games Centre” era um estabelecimento (café, bordel e casa de jogo) conhecido naquela zona e enchia todas as noites devido aos viciados tanto no sexo como no jogo. Concentravam-se lá todos.

 

Alberto amava Dalila, no entanto nunca foi um homem de uma mulher só e dificilmente largava esse vício. No que tocava a sexo, o amor era colocado para trás das costas.

 

Em casa, Rosa ao ver as notícias dos escândalos não quis acreditar:

 

- Não, ele não era capaz…

 

Mas contado tudo ao pormenor pelo próprio não deixava qualquer margem para dúvidas. Entrou em estado de choque e desmaiou.

 

Ana Maria ao ver aquilo fica petrificada mas ao mesmo tempo ressentida por Alberto não ligar nenhuma à mulher, pensando:

 

- A senhora não merecia uma cruz destas...

 

 

 

 

 

Próximo episódio... sexta-feira, a não perder!


O que será que vai acontecer depois da morte de Rosa? Até que ponto afetará a família?

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2º episódio

 

Entretanto Sílvia chega a casa e ao ver a sua mãe estendida no chão entra em pânico. Tenta reanimá-la mas sem sucesso. Corre para o telefone para ligar ao 112. A ambulância ainda demora a chegar e a aflição de Sílvia demora a desaparecer.

 

Curiosamente Alberto e Dalila chegam a casa nesse momento para se assumirem como casal perante a família qual não foi o seu espanto ao ver Rosa naquele estado, principalmente de Alberto:

 

- Que se passou aqui?

 

- Quer mesmo saber? A mãe teve um ataque cardíaco e pode morrer. Mas isso também não lhe interessa, aliás nunca se importou com a mãe. – responde Sílvia após ter sido informada pelos médicos.

 

- A menina sabe que isso não é verdade. Eu sempre dei tudo o que a sua mãe desejava. Sempre me importei só que ultimamente não tenho tido tempo nenhum para estar com ela.

 

- Ai não? Não tem tempo para a mãe mas tem tempo para outras mulheres como esta. Além do mais eu nem sei o que ela está cá a fazer, não é da família e esta casa nem sequer é dela!

 

- Já é, minha querida. É minha a partir de agora e, claro, do teu pai também! – afirma Dalila.

 

- Oh minha galdéria, és mesmo gananciosa. A casa não é tua nem aqui nem na China, percebeste? Realmente o mundo está cheio de porcas como tu!

 

- Olha lá, não te deram educação, não? Se andaste na escola andaste a passear os livros só pode. Pareces uma autêntica labrega a falar! Só dizes verborreia!

 

- Queres ver a labrega na tua cara? Bem me parecia!

 

- Nossa, que violência! Alberto estás aí calado, defende-me!

 

Alberto colocou-se à defesa de Dalila para acalmar os ânimos:

 

- Sílvia, francamente! Eu e a Dalila estamos felizes, por favor não estragues este nosso momento de felicidade, que é nosso, como disse! Sou teu pai, devias de estar feliz por mim.

 

- Feliz por ter traído a mãe? Estaria a ser hipócrita e é coisa que não sou. E ou muito me engano ou este namoro não deve durar muito. – retorque Sílvia.

 

- Sinceramente... Acho que estar neste momento preocupado com a sua filha e a sua família em vez de pensar no que não deve era a atitude mais sensata. – profere Ana Maria.

 

- Quer mesmo falar de bom senso? Que eu saiba não é paga para mandar postas de pescada. Ponha-se a andar criatura! – ordena Alberto.

 

Enquanto isso os médicos confirmaram a morte de Rosa que foi vítima de um ataque cardíaco fulminante que se seguiu a um ataque de ansiedade, após várias tentativas de salvamento.

 

Com isto, Sílvia chora desolada e Alberto e Dalila fingem estar tristes, esboçando esta um sorriso malicioso.

 

- Vocês é que mataram a minha mãe piorando o estado de saúde dela com todo o sofrimento. Homicidas! – reclama Sílvia, saindo porta fora.

 

- Eu compreendo-a. Dá tempo ao tempo. A morte de um ente querido é como que se levasse uma parte de nós. – diz Dalila.

 

Sílvia era o meio termo entre o pai e a mãe, isto é, tinha o lado pragmático e o lado sentimental e por isso tanto era apegada à mãe como a ridicularizava por ser tão frágil e resignada.

 

Dirigiu-se então à “Games Centre”, pediu duas minis e depois fez um serviço para desanuviar a cabeça. Acabou por fazer mais alguns já que tinha várias marcações e alguns clientes inesperados para ganhar mais algum. Achou estranho ser tão requisitada naquele dia já que Vanessa era das mulheres mais atraentes.

 

Mas Sílvia também era um sex appeal para os homens, contudo ela mantinha isto em segredo e se não abrissem a boca tinham direito a desconto. Afinal, se andasse nas bocas do povo que a filha de um dos empresários portugueses mais bem sucedidos era acompanhante de luxo, o caldo ficava entornado.

 

Fernando estava na sala de jogos e descobriu que acabara de perder 1500€ num jogo de poker. Esse dinheiro fazia-lhe falta para o sustentar a ele e ao vício e mesmo que este lhe trouxesse problemas, havia sempre uma parte reservada para ele. Vanessa apercebe-se e ri-se:

 

- Agora já não tens dinheiro para ires para a cama com outras, és meu!

 

Enquanto Sílvia trocava de roupa, Fernando, amigo de Alberto e cliente assíduo, entra e cruza-se com ela:

 

- O que andas aqui a fazer?

 

- Eu sou uma cliente como outra qualquer. Gosto de vir aqui.

 

- Dizes isso mas vejo-te a assediar os homens. Se a tua família soubesse que vens cá, ia haver problemas.

 

- E tu dizes sempre isso para pareceres bonzinho e justo e fazes-te de difícil mas o que tu queres sei eu e sou eu! Nada que uma boa noite de sexo quente não resolva. E hoje como estou generosa faço-te um desconto maior e tu fechas a boquinha que é um mimo.

 

E lá foram para um quarto. Quando terminaram, Sílvia saiu do café e nesse instante entra o seu pai.

 

 

 

Próximo episódio, sexta-feira!

 

Alberto continua a frequentar o estabelecimento, mesmo após a morte da esposa. E será que Sílvia e o pai se vão encontrar lá?

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3º episódio

 

Por pouco não se cruzaram. Fernando fazia-se de difícil mas não resistia à sensualidade da filha do seu amigo, embora estivesse apaixonado por Vanessa, a dona do café.

 

Alberto vai ter com Fernando. Vanessa entra:

 

- Boa noite meus senhores. O que vão desejar?

 

- Eu queria comer-te minha boazona. – responde Fernando.

 

- Tem calma contigo, depois tratamos disso.

 

- Mal posso esperar para enterrar os meus dentes nessa carne...

 

- Bem, nós queríamos um copo de whisky com pedras de gelo por favor. – pede Alberto.

 

- Para quem conduz, isso não é muito boa ideia. – aconselha Vanessa.

 

- Não tem mal, tu orientas-nos segundo o teu GPS. – seduz Fernando.

 

- Hum... Com certeza, trago já as bebidas!

 

Enquanto a empregada foi buscar as bebidas os amigos aproveitaram para pôr a conversa em dia:

 

- Continuas o mesmo tarado de sempre. – ri-se Alberto.

 

- Tu já sabes o que a casa gasta.

 

- Sei, que tudo o que vem à rede é peixe.

 

- Não é bem assim. A Vanessa é a luz dos meus olhos.

 

- Sei sei, é a Vanessa, a Raquel...

 

- A Sílvia...

 

- Sílvia?

 

- É uma nova funcionária que vem de vez em quando. É super sensual. Quando ela tira a roupa é tipo “Uau!”. Um gajo fica de queixo caído.

 

- Hum... Acho que nunca a vi por cá. Mas tenho de estar mais atento.

 

- Mas a Vanessa é aquela base. Só ela faz o serviço completo com eficiência e simpatia.

 

Vanessa chega com as bebidas, sorridente e Fernando apalpa-lhe o rabo.

 

- Controla. Controla-te, mais logo estou ao teu dispor. Agora estou ocupada.

 

Vai-se embora deixando-os na sua mesa. Na sala onde estavam encontravam-se várias mulheres a fazer striptease e a dança do varão, principalmente. Alberto e Fernando decidiram apreciar aquelas belezas esculturais:

 

- A Raquel tem umas curvas poderosas, não achas? – pergunta Alberto.

 

- Sim tem, é boa, tem carne como eu gosto mas a Sara não lhe fica nada atrás. – responde o amigo.

 

- Resumindo e concluindo, todas são belas. Mas olha, não queres ir jogar uma partida de bilhar? Já não jogamos há imenso tempo e também tenho saudades das nossas apostas.

 

- Por mim pode ser e depois voltamos.

 

E foram para outra sala, que era a sala de jogos. Os jogos predominantes eram poker, bilhar, sueca, tiro ao alvo, entre outros...

 

- Nem parece que a tua mulher faleceu. Estás aí tão animado a jogar como se nada se passasse. – constata Fernando.

 

- Um homem tem de se distrair e não pensar nas coisas más da vida. Na verdade eu estou triste mas não gosto de pensar nisso, por isso tento fazer com que não seja percetível. E o funeral dela é amanhã. – afirma o amigo.

 

- Tens razão, eu percebo-te e desculpa!

 

Depois dos jogos, Alberto e Fernando foram para os quartos com Raquel e Vanessa respetivamente. Dalila tentava ligar várias vezes ao seu companheiro mas este não a atendia:

 

- Mas porque raio ele não me atende? Eu sou a mulher da vida dele, ele tem de me dizer o que se passa.

 

- O facto de seres mulher dele não quer dizer que tenhas de saber tudo da sua vida. Deixa-te de ser controladora!

 

- Eu tenho de saber sim. Eu partilho tudo com ele e ele nada. Por vezes sinto que o sentimento não é recíproco. Se eu sonho que ele me anda a enganar vai haver sangue.

 

- Bem que ele fazia muito bem. Era a atitude mais sensata.

 

- Tu está mas é caladinha e não me enerves mais. Eu sou uma mulher de respeito e ai dele que me faça o mesmo que fez à ex-mulher.

 

Após a noite Alberto veio para casa para alívio de Dalila:

 

- Por onde andaste? Duvido que tenhas assim tanto trabalho que nem arranjas um tempinho livre para mim. Mas pronto, ao menos devias ter avisado.

 

- Desculpa. Tive um compromisso inadiável e quase não olhei para o telemóvel. Nem tive oportunidade de te avisar.

No dia seguinte era o funeral de Rosa. Sílvia, Alberto e Dalila dirigiram-se para o cemitério, apesar de a primeira ser contra a presença da companheira do pai:

 

- Devia ser proibida a entrada a porcas.

 

- Então o que andas aqui a fazer? – pergunta Dalila.

 

- Estou aqui porque é o funeral da minha mãe, a única pessoa lúcida naquela família. Tu estás a mais.

 

- Eu vim apoiar o teu pai.

 

- O apoio de sopeiras é perfeitamente dispensável.

 

- Fogo, e tu que desviasses a conversa para os insultos. Nem no lugar dos mortos sabes o que é a palavra respeito!

 

- Conversa? Nunca conversei contigo, apenas troquei argumentos. E a verdade é para ser dita seja em que lugar for, vadia!

 

Dalila finge que não ouve para grande irritação de Sílvia. Desde que o seu pai assumiu o namoro com a sua inimiga que não há um único dia em que as duas não discutam e quando o fazem uma troca de argumentos converge para os insultos. Algumas pessoas acharam aquela discussão despropositada e mesmo ridícula.

 

No enterro de Rosa, a filha desata a chorar, inconsolável e o casal fica impávido e sereno, esforçando-se por mostrar alguma melancolia.

 

 

 

Próximo episódio, sexta-feira!

 

E sexta-feira, episódio especial, a não perder! Tudo vai acontecer nesta história alucinante, reviravoltas atrás de reviravoltas! Esta história obscura ainda tem muito para dar! :D

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4º episódio

 

O funeral foi muito intenso para Sílvia. Depois disto foi dar uma volta a um jardim. As suas emoções eram muito complicadas de gerir e aconteceu tudo ao mesmo tempo e repentinamente: a morte da sua mãe e a nova namorada do seu pai da qual não gostava.

 

Jurou a si própria que ia lutar para que a estabilidade da sua família voltasse. Isto parece uma contradição pois esconde um segredo que iria destabilizar a sua família caso fosse descoberto e, uma vez tendo consciência disso, tenta escondê-lo a todo o custo.

 

Em casa Dalila conversava com Alberto:

 

- A tua filha estava tão alterada. Ela não gosta de mim, não percebo porquê. Nunca lhe fiz mal nenhum. Apenas quero ser amiga dela.

 

- Digo-te o mesmo que me disseste a mim, para dar-lhe tempo. Ela depois vai perceber que tu és uma excelente pessoa.

 

- Espero bem que sim. Acho que um dia nos vamos dar todos bem e seremos felizes os três como uma família.

 

À noite, Alberto preparava-se para sair outra vez para ir à casa de jogo com a desculpa de que tem um jantar de negócios e uma reunião, como sempre. Uma vez que o namorado sai nesse dia, mesmo tendo sido o dia do funeral da sua mulher, Dalila achou aquilo tudo muito estranho e suspeito:

 

- Já são imensos jantares seguidos e ainda por cima num dia como este nem passa a noite comigo.

 

- Para passar a noite contigo mais valia passar a noite com uma égua. Era o que eu faria no lugar dele! – interpela Sílvia.

 

- E eu no teu lugar não tinha saído do útero da tua mãe Rosinha.

 

- Não te atrevas a mencionar o nome da minha mãe. Bocas sujas como a tua não devem pronunciar palavras limpas.

 

- Olha lá oh gaiteira, que mal é que eu te fiz para desatinares sempre comigo? É que são todos os dias. Só não levas dois galhardetes porque tenho muito respeito pelo teu pai!

 

- O mal que me fazes é a tua presença. Só isso já me incomoda, intrusa.

 

- É bom saber que a minha presença te incomoda. É inexorável que sou fundamental. E vou aproveitar para sair que tenho mais que fazer. Beijinhos!

 

- Enfia os beijinhos no cu sua deslavada. Vai pela sombra.

 

A namorada de Alberto estava desconfiada quanto às saídas dele e estava sempre a matutar no assunto e então decidiu segui-lo discretamente. Pára o carro onde ele estacionou e repara que ele está a entrar num café.

 

- Hum, será que é aqui o tal jantar de negócios? – pergunta-se Dalila.

 

A mulher estava confundida e intrigada a observar e começa a falar sozinha:

 

- Não deve ser... Isto é uma casa de jogo também... E só vejo mulheres a entrar. Bem, não estou a gostar nada disto! Se alguma delas se envolve com o meu Alberto, temos festa!

 

Estava já a ficar paranóica até que entra Sílvia no estabelecimento:

 

- Esta gaja também frequenta este sítio? Que falta de classe!

 

Dalila quer pôr tudo em pratos limpos e para isso também decide entrar:

 

- Então a minha enteada é convidada para o jantar e eu não?! Mas que m*rda é esta?! – desata aos berros.

 

- Desculpe, mas em que a posso ajudar? – questiona Vanessa.

 

- Ah, você está de minissaia, hum... Eu penso que ia haver aqui um jantar de negócios mas afinal... isto é um bordel e é demasiado imundo para isso.

 

- Este é um local conceituado e de prestígio! Pessoas das mais altas classes sociais costumam frequentar este estabelecimento, por isso não fale do que não sabe.

 

- Nota-se! Bem, mas isso agora não interessa nada. O meu namorado Alberto onde está? É que eu precisava de lhe dar um recado e vi-o a entrar para aqui...

 

- Dê por telemóvel. Eu não reparei que ele tivesse entrado.

 

- Mas eu vi! Você deve estar pan*leira dos olhos porque eu não sou cega! Vou mas é procurar por ele.

 

- Mas eu já disse que ele não está. Eu não sei de que Alberto fala porque há vários.

 

Ignorando-a, a enteada de Sílvia procura numa sala, noutra e noutra e noutra... até que ouve uns barulhos estranhos vindo de um quarto.

 

Espreita e vê duas mulheres e dois homens a fazer sexo. Fica atónita com aquilo que vê e pensa: «Primeiro um café, depois casa de jogo, depois bordel e agora curral de porcos. Isto vai de mal a pior.».

 

Espreita para outro quarto e vê uma mulher despida e um homem. Curiosamente essa mulher é Sílvia. Dalila fica estupefacta e diz para si própria: «Sempre tão justa e santa e afinal é uma rodada. Descobri-lhe a pólvora!».

 

A seguir espia outro quarto e vê um homem e uma mulher. Esse homem era Alberto. O mundo de Dalila desabou nesse momento. Entrou no quarto à força e começou aos berros:

 

- O que é isto?

 

- Eu posso explicar...

 

- Não quero saber, anda já para casa. Amanhã vamos ter uma conversa séria.

 

Alberto fica apreensivo e apressa-se a vestir. Antes de se deslocar encontra a sua filha no mesmo sítio e confronta-a:

 

- De todos os lugares do mundo, este era o mais inesperado onde podias estar. Também agora és dessas que ganha dinheiro a transar é?

 

- Está-me a ofender. E o pai o que está aqui a fazer? Fala mas está a financiar “essas” que ganham dinheiro a transar, como você diz.

 

- Não te admito! Eu gosto de vir aqui, mas é exclusivamente para me abstrair das preocupações do meu trabalho que é desgastante. Agora tu, por amor de Deus.

 

- Da minha vida trato eu. Eu imagino essas abstrações. Traiu a mãe mas também trai a sua dama de companhia, que cá entre nós, até merece o rótulo de “enganada”.

 

- Mas ao menos eu não gosto de carne mastigada como tu, sua reles! – interpela Dalila.

 

- Ronca baixo. Tu armas-te em galinha mas em dois tempos viro-te pintainho!

 

- Chega! Sílvia, sais hoje de casa. Faltaste-me ao respeito e manchaste a imagem da nossa família, logo deserdo-te. Foste uma desilusão. E não aceito reclamações, é assim que está decidido e mais nada!

 

Aquela situação vinha mesmo a calhar a Dalila, tinha-lhe saído a sorte grande!

 

 

 

 

Próximo episódio, sexta-feira!

 

A partir daqui, tudo vai acontecer. O que será que Dalila anda a tramar?

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5º episódio

 

Sílvia fica sem palavras, triste e desorientada por não ter para onde ir até que pede para ficar a dormir naquele local naquela noite.

 

Dalila e Alberto foram para casa e foram dormir. Dalila fica satisfeita e ao mesmo tempo frustrada. Não esquecendo o que aconteceu, decide mandar uns capangas matar o seu namorado a sangue frio enquanto este está pegado no sono.

 

Espetaram-lhe uma faca no abdómen e ele ficou a esvair-se em sangue. Limparam a faca, bem como as impressões digitais e tentaram não deixar a ínfima suspeita do crime.

 

No dia seguinte levantou-se mais cedo do que o habitual. Dalila tomou esta atitude, no seu entender, porque não aguentou a traição e não queria ser vista como a coitadinha que foi traída. Suspeitava das traições mas nunca se confirmaram e o seu parceiro negava sempre. Só mais recentemente é que começaram a vir a público como meros rumores infundados. Tentava esconder mas a descoberta fez estalar o verniz e pôr um ponto final no assunto.

 

No fundo isto foi benéfico. A paga dessa traição seria a sua morte e depois roubaria a herança, vingando-se. Sempre quis ter poder naquela família e ficar com o capital era o seu objetivo desde o início. Apenas juntou o útil ao agradável.

 

Sílvia vai a casa buscar as suas coisas e tentar falar com o seu pai.

 

- Acho uma injustiça a menina ter sido corrida desta casa. A casa também é sua. – refere Ana Maria.

 

- Pois. Mas a vida é mesmo assim, sabe como é.

 

- Bem tentei convencer o seu pai porque tinha agido de cabeça quente mas ele nem me quis ouvir.

 

- Já sabia, obrigada pelo teu esforço. O meu pai, já saiu?

 

- Não, ainda está a dormir.

 

- A sério? Bem, que estranho, já devia de estar a trabalhar.

 

- Deve ser do cansaço que ficou a dormir até mais tarde e eu faço ideia desse género de cansaço...

 

- Pois, calculo que sim. Bem, vou lá acima ter com ele.

 

Sílvia vai ao quarto do pai, que misteriosamente ainda estava a dormir. O pai não acorda e a filha acha estranho pois ainda não foi para o trabalho. Finalmente cai em si ao perceber que o seu pai está morto. Observa o golpe na barriga e bebidas alcoólicas e comprimidos ao seu lado dando a entender que Alberto se tinha suicidado.

 

- Foi aquela p*ta que o matou, só pode! Ou ela o matou ou ele matou-se por causa dela! Isto não vai ficar assim! Desde que ela veio a nossa família tem sofrido sucessivamente desgraças portanto não me admirava nada.

 

Os colegas de trabalho de Alberto insistiam em ligar para sua casa, dado desconhecerem o motivo da sua falta. A filha dizia que estava doente, até que se cansou. Uma amiga ligou-lhe para lhe comunicar das notícias que passavam na televisão. Ficou para morrer. O seu dia não podia estar a correr da pior maneira.

 

Dalila foi à empresa Pimentel e arranjou maneira de dar uma conferência de imprensa alegando ter informações relevantes:

 

- A família Pimentel constitui um perigo para a sociedade portuguesa. São todos uns aldrabões da pior espécie. O Alberto é um ladrão, caloteiro, mulherengo e é incompetente na gestão da empresa. Quase a levou ao descalabro devido à administração danosa, desviando milhões para o bolso dele e inclusive está acusado de vários crimes. A filha dele, a Sílvia, é irresponsável e não parece ter a idade que tem. É acompanhante de luxo, imaginem só! Enfim, são os dois uns rodados, mais rodados que a rotunda de Sintra! Por isso, nenhum dos dois tem a capacidade de tomar o rumo do barco desta empresa dada a sua ineficácia. De modo que serei eu a tomar estas rédeas. E mais não digo.

 

- Mas esta cabra é pior do que eu pensava, que desavergonhada! Vou-lhe f*der o focinho! Acabou de comprar uma guerra comigo, muito bem! Vamos a isso! É guerra que vamos ter minha querida! – apregoa Sílvia, falando para a televisão.

 

Na sequência das acusações feitas os jornalistas fazem uma espera a Sílvia para ela falar:

 

- Então? Comprova as declarações da senhora Dalila? O que tem a dizer em sua defesa e em defesa do seu pai?

 

- Essa senhora está completamente equivocada. Foi ela que arruinou a nossa família, aliás foi ela que matou o meu pai! – sai, revoltada.

 

A partir destas declarações ficou-se a saber que Alberto tinha morrido e muita tinta correu nos jornais e os noticiários televisivos encheram-se de notícias de que Dalila era a principal suspeita da morte do seu namorado, bem como a sua enteada. Ambas tinham fortes razões para cometer este ato hediondo.

 

Sílvia dirige-se a um tribunal para pôr um processo à sua enteada por difamação e homicídio. Uma sessão no tribunal foi marcada para breve e todos os visados foram informados. Uma vez que o patriarca morreu, as partilhas também serão feitas nessa altura. A guerra ainda estava a começar.

 

 

 

 

Próximo episódio, sexta-feira!

 

Depois da morte de Alberto... o que virá a seguir? Dalila não descansa enquanto não alcançar o seu objetivo!

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6º episódio

 

No dia seguinte era o funeral de Alberto. Muitas pessoas famosas das mais altas camadas sociais, parceiros de negócios, familiares e amigos chegados são esperados nesta cerimónia. Esta celebração foi feita sob grande consternação e não podia faltar, para variar, mais um conflito entre Dalila e Sílvia.

 

- Não sei como é que tens o desplante de apareceres aqui depois do que fizeste e disseste aos media. Esperava no mínimo um clique de bom senso mas nem isso. – diz Sílvia.

 

- Oh querida, tu também tens telhados de vidro ou já te esqueceste? Não te armes em santa justa que és tudo menos isso.

 

- É só isso que tens para dizer? Miga, és ridícula. Não tens argumentos nenhuns!

 

- Até parece que não tenho... Falou a prostituta! De luxo... ou deverei dizer, da retrete? Pois bem, estamos num local de respeito, vou mas é deixar as vacas mugirem...

 

- Como é que é, sua impostora? Quem não se dá ao respeito és tu e além disso estás-me a faltar ao respeito! E qualquer lugar serve para levares nas trombas!

 

Sílvia ameaça e faz. As duas pegam-se à porrada em pleno cemitério para admiração de todos os presentes. Estaladas, puxões de cabelos, murros, pontapés, tudo e mais alguma coisa.

 

O funeral foi interrompido devido ao incidente e vieram os seguranças separar as duas mulheres e levá-las para a esquadra. Entretanto foi retomado já sem as fontes perturbadoras.

 

- Parecem duas crianças que não se podem ver à frente e que se engalfinham uma com a outra! Existem outros sítios para resolver os vossos problemas pessoais. – repreende o agente.

 

- Eu sei e peço imensa desculpa senhor agente! Foi esta mulher que me provocou e eu só me defendi. E acabei por ficar mal vista, peço desculpa. – justifica-se Dalila.

 

- Foste tu que me provocaste só de teres aparecido lá no funeral. Ai, coitadinha, tem medo de ficar malvista... Que artificial! Só te interessa a imagem, o bom nome, o dinheiro... Foi por isso que mataste o meu pai para ficar com o dinheiro dele. Chula! – contesta Sílvia.

 

- Antes ser chula do que oferecida.

 

- Repete isso outra vez...

 

- Antes ser chula do que oferecida. – repete Dalila, seguindo-se um estalo da sua rival.

 

- Parem, por favor! Já vi que não dá mesmo para falarem civilizadamente sem discutir. Desisto. E Sílvia, as suas acusações são muito graves, não pode falar sem ter provas! Pode ser acusada de difamação.

 

- Um dia veremos se é difamação ou não. – avisa Sílvia.

 

Após o interrogatório, as duas foram levadas para o hospital para fazer exames médicos por causa dos hematomas que possuíam. Ambas teriam de passar a noite no hospital. Dalila aproveitou o facto de Sílvia estar na casa-de-banho para a trancar e foge. Sílvia desespera mas passado algum tempo solta-se.

 

Nessa mesma noite, Sílvia dirigiu-se à “Games Centre” para mais um serviço e cruza-se com Fernando que lhe fez um sorriso e olhar provocadores. Enquanto observava as strippers, assediou Raquel:

 

- Boneca, queres ir até lá cima dar uma rapidinha? Ou lentinha se preferires.

 

- Com certeza, levo champanhe para comemorar!

 

Foram para o quarto, despiram-se e Fernando fez de Raquel a sua sex slave por uma noite. Nos outros quartos ocorriam ménages, orgias, de tudo um pouco... Reinava a exploração sexual.

 

Paralelamente, Dalila entra na casa de jogo para falar com a dona:

 

- Boa noite. Eu queria saber mais sobre uma senhora que trabalha aqui chamada Sílvia Pimentel.

 

- Lamento, mas não trabalha aqui ninguém com esse nome! – avisa Vanessa, a dona.

 

- Ó miúda, escusas de esconder. Já toda a gente sabe, foi revelado nas notícias e tudo!

 

- Mas não há aqui nenhuma Sílvia. – reitera Vanessa, tentando proteger uma das maiores call-girls da casa de jogo, que passou a usar como nome de acompanhante Carina depois do escândalo.

 

- Eu pago-te 2500€ se tu me deres informações dela.

 

- Pronto, está aqui toda a documentação dela.

 

- Perfeito! Brevemente venho cá.

 

Dias mais tarde...

 

Dalila aparece com a PJ no mesmo estabelecimento para ser desmantelado.

 

- Este estabelecimento possui licença de abertura? – pergunta o agente.

 

- Claro que sim. – responde Vanessa.

 

- Mentira! Quer dizer, como café e casa de jogo sim, como bar de alterne não! – afirma Dalila.

 

- Só faltava cá a bófia, tou f*dida. – desabafa Vanessa.

 

- Bem, esta casa, por assim dizer, terá de ser encerrada! Todos os donos, sócios e respetivos trabalhadores estão detidos! Estão acusados de exploração sexual sob as mais diversas formas. – reitera o agente.

 

Toda a gente fica chocada e a cara de Dalila é de felicidade, esboçando um sorriso malicioso. Aproveita para dar uma palavrinha a Vanessa:

 

- Mentiste-me sem necessidade quando eu posso-te ajudar. Já vi que eu e tu temos interesses em comum. A Sílvia é uma desavergonhada por te roubar o namorado mas olha, juntas podemos dar cabo dela.

 

- Eu cá não gosto de jogar sujo e não acho essa ideia boa. A Carina é uma mulher reconhecida aqui na região. Ela dá lucro apesar de tudo.

 

- Deixa-te de ser desmancha-prazeres. Se me ajudares serás recompensada e ganharás o dobro do que ganhas com ela a trabalhar aqui. Ela é uma reles, não deve lucrar muito por noite.

 

- Por acaso estás enganada, mas eu vou pensar nisso.

 

- Silvinha, ou Carina, tu escondes a tua identidade mas ainda assim descobri que trabalhas aqui, não foi nada difícil pois és demasiado óbvia, amorzinho. Agora vais para um hotel de 5 estrelas, acho que me devias agradecer. – ironiza Dalila.

 

Sílvia fica sem reação ao ser presa e irritada com a sua rival. Todos os envolvidos passaram os dias que se seguiram na prisão, apenas de terem tentado resistir.

 

 

 

Próximo episódio, sexta-feira!

 

Nova etapa na história... O julgamento! Está tudo a postos. E é a partir deste episódio que a Alicinha escorpiona vai entrar. :cool:

 

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7º episódio

 

Durante aqueles dias Sílvia encontrava-se a magicar um plano para conseguir sair dali. A sua maior inimiga não se podia ficar a rir na cara dela. No entanto, o facto de estar a ficar doente trocou-lhe as voltas. Os guardas deram-lhe uns remédios para ela ficar boa contudo o efeito despertado por estes foi exatamente o contrário.

 

Sílvia reagiu mal à medicação, causando dores de cabeça, febre, irritabilidade... Não conseguia dormir à noite e inclusive incomodava os parceiros de cela. Dalila visitava-a regularmente para ver como estava:

 

- Então como estás amiga?

 

- Sai daqui cobra! Estou doente mas contigo fico pior. És uma fonte de doenças.

 

- Ui, calma! Tu é que fazes sexo com qualquer um, nem te deves preocupar se usas proteção ou não. Deves ter aí uma carrada de vírus...

 

- Posso estar doente agora mas vou ficar boa para tua informação, aliás contra a tua vontade, o que já é bom!

 

- Ui... pelo teu estado lastimável não tens onde cair morta. Mas isso já é habitual.

 

- Não me provoques sua lateira! Quando chegar o dia das partilhas até vais querer beijar o chão que eu piso, mas quem te pisa a ti sou eu! Não perdes pela demora!

 

- Estás tão revoltada, calma! Isso faz-te envelhecer sabias?

 

- Deixa envelhecer, não preciso de base para disfarçar aquilo que sou.

 

- Olha, eu vim aqui em paz mas parece que não sabes o que é isso...

 

Dalila vai ter com um agente e dá-lhe um frasco de droga para administrar em Sílvia:

 

- Este produto é para dar àquela serigaita. Mantenham-na calma que ela está uma fera!

Dito e feito. Todavia, a filha de Alberto não estava muito convencida pois os outros comprimidos tinham-lhe feito mal.

 

- Agora sim, estás mansa como eu quero. – provoca Dalila.

 

A reclusa fita-a com um olhar odioso e quase matador.

 

Uma semana depois...

 

A sessão das partilhas no tribunal e dos processos que a madrasta de Sílvia estava acusada, tão ansiada pelas duas eternas rivais. Fazia um mês que Sílvia estava presa e por isso foi libertada apenas para participar naquele acontecimento. Dalila e a sua advogada, Alice Vidal, estavam bastante confiantes ao passo que Sílvia e o seu advogado, Filipe Soares, estavam algo ansiosos.

 

- Falta alguém? – questiona o juiz.

 

- Não. Podemos começar...

 

- Muito bem. Está aberta a audiência. Este julgamento opõe duas mulheres: Dalila Pinto e Sílvia Pimentel. A primeira está acusada de difamação e de homicídio. Quanto ao caso de difamação verifica-se que o que foi dito pela arguida em questão é verdade. A investigação dos crimes do senhor Alberto Pimentel ainda está em curso e o facto da filha dele pertencer a uma rede de prostituição ilegal também se verifica devido ao desmantelamento da mesma. Quando ao homicídio a vítima foi realmente assassinada mas não há provas concretas de que Dalila é a culpada.

 

A vilã e a advogada sorriem. Estava tudo a correr como elas queriam.

 

- Como não há provas? Então não se vê? Ela matou-o para ficar com o dinheiro dele todo. É uma razão plausível!

 

- Desculpe Sílvia, mas você também consta da lista dos suspeitos, bem como a sua madrasta! – revela o juiz.

 

- Continuas senil como sempre, fofa! Onde raio foste buscar essa ideia? Que imaginação. Estás contratada para diretora das revistas cor-de-rosa! – diz Dalila, em tom irónico.

 

- E tu vais ser a minha cobaia. Vou dar a conhecer ao mundo a real víbora que tu és. – replica Sílvia.

 

- Eh lá, quanto exagero! Eu mordo quem me ataca mas não sou nenhuma víbora. E já agora, tu também podes muito bem ter matado o teu pai por vingança do que fez à tua mãe e de te ter expulsado de casa.

 

- Eu jamais mataria alguém, muito menos o meu pai. E nem sei porque faço parte dos suspeitos, não tem sentido. – exalta-se Sílvia, depois acalmada por Filipe.

 

- Olha lá, estás aqui a lutar pela herança, certo? Então, como tu a queres vais fazer tudo para a conseguir, logo podes muito bem ter matado o teu paizinho para lhe gamar o dinheirinho. – diz Alice, num tom sarcástico.

 

E de repente, entram na sala do julgamento algumas pessoas ligadas a Alberto e à casa de jogo: Fernando, Vanessa e Raquel. Alegam que têm na mesma o direito à herança pois Alberto era sócio e cliente assíduo da “Games Centre” e a sua empresa financiava a instituição.

 

- Mas isso não tem lógica. O café já fechou, por isso não vão injetar dinheiro num negócio que já deu o que tinha a dar. – exclama Dalila, surpresa.

 

- A minha cliente é que merece uma indemnização porque deu muito àquela casa durante anos! – defende Filipe.

 

- Deu tanto que ficou sem nada! É tão caridosa que nem sequer dá, oferece de boa vontade. – satiriza Alice.

 

E outra entrada imprevisível naquele espaço: Gabriel. Tudo faz silêncio.

 

- Chamo-me Gabriel Sousa! Também vim lutar pela herança.

 

- Quem és tu? – pergunta Dalila.

 

- Sou filho do Alberto.

 

- E eu sou prima do Cristiano Ronaldo. Afastada, mas sou. – ridiculariza a advogada de Dalila.

 

- Mas tu andaste nos ácidos? Não percebo essa tua conversa. – interroga a adversária de Sílvia, visivelmente incomodada com o que se estava a passar.

 

- Vieste lutar? Mas isto não é o ringue de boxe menino. Já foi tudo distribuído, agora ficas a chuchar no dedo. – ri-se Alice.

 

- Não quero saber. Redistribuam a herança e os bens. Quero a parte a que tenho direito que é igual à da minha irmã. – insiste Gabriel.

 

 

 

Próximo episódio, sexta-feira!

 

E agora? Como será que irá ficar a distribuição dos bens? Esta história não pára! E a Alicinha irá fazer das dela :cool:

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8º episódio

 

- De onde apareceste? – pergunta Sílvia.

 

- Eu sou teu irmão Sílvia. Sou filho do Alberto como já o disse. Tive um pai adotivo mas a minha mãe contou-me a verdade e a partir daí tudo mudou. Sempre quis conhecer o meu verdadeiro pai mas os meus pais não deixaram pois diziam que o meu pai biológico me tinha renegado e por isso eu teria de fazer o mesmo. Apesar disso eu estou aqui hoje para disputar o que é meu! Sim, eu sou filho dele, tenho o mesmo sangue que ele, por isso...

 

- Espera lá, tu não tens direito é a nada! Tu nem o chegaste a ver em vida, nunca estiveste com ele... Não percebo o que queres, aliás não faz sentido! – Dalila.

 

- Se vieste pedir esmola, bateste na porta errada. Ou és daltónico e não viste que isto não era a Associação de Apoio aos Sem-Abrigo. – responde Alice.

 

- Alice, é invisual. – corrige Filipe.

 

- Eu sei, foi de propósito. – goza Alice.

 

Gabriel declarava que gostava de ter estado com o seu pai em vida, no entanto, a necessidade de dinheiro também era apelativo e usava isso como forma de ter um último contacto com ele.

 

Há 27 anos atrás...

 

Quando Alberto era casado com Rosa, Célia era uma acompanhante de luxo que pertencia a uma rede de tráfico de mulheres financiada pela Pimentel e associados, um dos muitos negócios obscuros em que a empresa esteve envolvida, além da casa de jogo que nessa altura ainda não existia. Alberto envolveu-se com Célia e desta teve um filho, o qual Alberto desprezou.

 

- Eu quero que tu abortes. Mas se quiseres ter o bebé, podes ter. Agora, não contes comigo para nada nem para o sustentar, esse bebé para mim nunca existiu. E por favor, mantém-te calada. – reiterou.

 

O empresário pagou à mulher o seu silêncio e esta não se conformou chegando mesmo a enfrentá-lo. Ele enfernizou-lhe a vida e ela não teve outra alternativa senão manter-se calada.

 

27 anos depois volta, para se vingar e para que o filho tenha tudo aquilo a que tem direito.

 

- Bem, vamos proceder à leitura do testamento antes que o tribunal expluda! Ora bem, temos em questão carros, casas, jatos particulares, a empresa, terrenos e a fortuna, tudo pertencente a Alberto José Lopes Marques Pimentel que faleceu recentemente como é do conhecimento de todos. Os seus pertences serão todos entregues a apenas uma pessoa... – adverte o juiz.

 

Os ânimos exaltam-se e todos ficam em sobressalto e curiosos para saber a pessoa em questão.

 

- Essa pessoa é Dalila Pinto. Neste momento é proprietária de todos os bens da família Pimentel.

 

Sílvia era considerada herdeira direta e foi deserdada pelo seu pai, apesar de legalmente ter direito à herança. O nome da filha de Alberto foi riscado do testamento para grande satisfação de Dalila.

 

- Não, isto não é possível. Isto é ilegal, é imoral! – denuncia Sílvia.

 

- Ilegal é teres no nome “Pimentel”, uma alpinista social como tu devia ter nomes rascos! – ri-se Dalila.

 

- Ouviu? Você é ilegáu, como dizem os brazucas! – festeja Alice.

 

- E eu? Sou herdeiro direto, tão? – Gabriel.

 

- Lamento, mas o seu nome não consta no documento que foi lido por isso não posso fazer nada! E palavras não chegam, tem de trazer um comprovativo de que é filho dele. – adverte o juiz.

 

- Como é que a palavra não chega? Vocês sabem muito! O meu filho contou-lhe a história toda detalhadamente, quer o quê? Um desenho com legendas? É que foi praticamente isso que ele fez. – interroga-se Célia.

 

- Eu exijo que se repita este julgamento. Isto deve ter sido comprado por ela, quanto é que ela lhe pagou? Ou melhor, por quanto é que ela se vendeu? – Sílvia, revoltada com o que está a acontecer.

 

- Olha lá, por quem me tomas? Eu não sou como tu, pareces aquelas cobras sempre à procura da presa mas tu andas à procura da tesa! – diz Dalila.

 

- Tesa andavas tu antes de vires aqui chular e roubar a minha família. Aposto que antes andavas a contar os trocos no supermercado...

 

- Já agora, esqueci-me de um pormenor! Os proprietários da casa de jogo “Games Centre” também terão direito a um terço da herança, como está referido no documento, já que o falecido era sócio da casa. – interrompe o juiz.

 

Vanessa, Raquel e Fernando ficam excitados ao contrário de Dalila que contesta a decisão:

 

- Não concordo com isso. É simplesmente ridículo esta cambada de gatos pingados ter direito ao que quer que seja! Já para não falar que ser sócio e financiar poucas vergonhas é pouco credível!

 

- Vergonha é o que não falta ao espelho que te observa todos os dias! – goza Sílvia.

 

- E parares de ser repetitiva? Tens de inovar, rapariga! Inovas na cama mas não no vocabulário...

 

- Sinceramente não percebo o seu problema, Dalila. Você é contra as casas de jogo e isso mas às tantas faz coisas bem piores. – declara Vanessa.

 

- Acho que mais baixo que tu é impossível. – Alice.

 

Gabriel tenta convencer o juiz de que é mesmo filho de Alberto mas ele não vacila. Acaba por ir fazer um teste de ADN para ser reconhecido como herdeiro direto, mesmo sendo, a fortuna é-lhe negada por o seu nome não ser mencionado no testamento. Enquanto isso, Filipe fala com o juiz acerca da sua cliente e convence-o a continuar o julgamento no dia seguinte.

 

- Bem, amanhã teremos que continuar este julgamento. Há aqui pessoas que contestaram esta decisão de ser a doutora Dalila a proprietária de tudo e por isso teremos de as ouvir e os seus argumentos portanto como apareceram estes entraves, a decisão final será comunicada amanhã. Eu segui à risca o que está estipulado no testamento mas também tenho de atender às circunstâncias. O senhor Gabriel Sousa terá de apresentar um comprovativo de que é mesmo filho do Alberto e ainda teremos de julgar as duas mulheres pelos crimes de que estão acusadas. Obrigado pela vossa atenção.

 

- Eu quero que se mantenha tudo como está. Estava tão bem antes. – Dalila inconformada com o que está a acontecer.

 

- A Miss Lambona a querer ficar com tudo. Eu não sei o que é o que o meu pai viu em ti mas tu nem sequer eras mulher dele, eras amante nas horas vagas. – responde Sílvia.

 

- Tu também nas horas vagas eras alta comilona e no resto do dia encarnavas a personagem de filhinha exemplar.

 

Sílvia dá uma joelhada na rival e esta desequilibra-se, bate com a cabeça e cai no chão, aflita de dores. Com isto, regressa à prisão devido ao seu comportamento enquanto Dalila é levada para o hospital e lá disseram-lhe que estava grávida de 2 meses e que perdera o bebé. A mulher fica arrasada com a notícia e fica consternada por nunca ter desconfiado que estava de esperanças de Alberto pois nunca sentira nada que levasse a isso. Fica ainda mais indignada quando percebe que o seu maior trunfo desvaneceu.

 

 

 

Próximo episódio, sexta-feira!

 

No momento em que Dalila estava quase a conseguir tudo o que queria, algo inesperado acontece. O que acontecerá depois? Está-se a aproximar o grande final!

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9º episódio

 

O seu desespero fazia-se sentir não só pelas dores de ter sofrido um aborto espontâneo mas também por o julgamento continuar amanhã. Por ela terminava tudo ali. O herdeiro era o passaporte para o enriquecimento, embora já tenha a herança praticamente garantida. Tinha de arranjar uma maneira de impedir que o julgamento se realizasse. Pediu à sua advogada para ir ao hospital para a ajudar:

 

 

- Alice, preciso que me faças um favor. Faz qualquer coisa que impeça a realização do julgamento ou a revisão da decisão do juiz. Mata, esfola, o que for preciso, mas tens de conseguir.

 

 

- Com certeza, até já tenho em mente um plano brilhante para o fazer e vou conseguir!

 

 

- Ótimo, faz o que te peço e serás recompensada!

 

 

Enquanto isso, Dalila arranja maneira de sair do hospital pois já não queria estar mais lá e também porque tinha de tratar de um assunto que não podia ser deixado para depois.

 

 

Vanessa e companhia conseguem uma licença válida para reabrir a “Games Centre”, através do dinheiro da herança concedido que já lhes foi entregue.

 

 

Sílvia, na cadeia, sente-se em baixo e entretanto surge-lhe uma ideia: seduzir o responsável pelo estabelecimento prisional para a deixar sair. Faz-lhe uma sessão de striptease, leva-o para a cama e ele adormece, sob o efeito da droga da tesão.

 

 

- Podes aparecer na “Games Centre” sempre que quiseres amor! Faço todo o tipo de posições. – sussurra Sílvia ao ouvido do segurança.

 

 

Sai da cela sorrindo e os colegas do agente tentam avisá-lo mas estava ferrado a dormir. Então a enteada de Dalila dirige-se à casa de jogo e esta acaba por encher como nos velhos tempos mas ainda mais pela entrada de novos clientes curiosos.

 

 

Sílvia nunca foi fã de danças mesmo quando trabalhava lá mas decide dar uns passos dançando kizomba, entre outras danças exóticas, mostrando-se mais sensual e sexual que nunca. Fernando é um dos homens que fica atónito com o que vê e pede para dançar com ela. Ao fim de um bom momento de dança e ritmos latinos, diz:

 

 

- Ai Silvinha, sobe até lá cima comigo. Estou louco!

 

 

Os dois adultos escapuliram-se imediatamente para um quarto rendendo-se a uma noite escaldante. Vanessa apercebeu-se e desligou o quadro elétrico do café, ficando tudo às escuras, propositadamente. Sílvia e Fernando estão no quarto nus e dificilmente se conseguem vestir devido à falta de luz.

 

 

- Acende a luz do teu telemóvel. – diz Fernando.

 

 

- Fiquei sem bateria.

 

 

Fernando acende a luz do seu telemóvel, apesar de ser fraquinha. Os dois tentam vestir-se com essa luz e Vanessa observa-os, rindo-se.

 

 

- Vestir-me só esta luzita não dá mesmo, desisto! Olha vou à casa de banho. – diz Fernando que sai e vai contra Vanessa que está atrás da porta e fica confuso.

 

 

- Eu vinha avisar que o quadro elétrico avariou e agora isto está às escuras. Já mandei vir o técnico e ele está a caminho. Peço desculpa se a vossa atividade foi interrompida.

 

 

- Ah está bem, não faz mal. Mas olha, sabes onde fica a casa de banho? É que não vejo nada nesta escuridão.

 

 

- Tu já sabes o caminho. Pega nesta vela e vai lá, mas não metas os dedos no sítio errado.

 

 

Enquanto Sílvia e Fernando dirigem-se à casa de banho, as luzes voltam e Vanessa vai ao quarto de Fernando para pegar no seu telemóvel. Repara que tem lá umas fotografias de Sílvia nua e passa-as para o seu telemóvel para mais tarde as usar, apagando-as do telemóvel do seu amado. A rapariga decidiu alinhar com Dalila num plano para destruir Sílvia e denegrir a sua imagem.

 

 

Dalila aparece com uns homens encapuzados. Tranca a porta do café e empunha uma arma. O objetivo dela é fazer reféns os trabalhadores e incendiar o estamine para assim ela poder ficar com tudo e a sua rival ficar na penúria e arder.

 

 

Sílvia apercebe-se do alvoroço, desce as escadas impulsivamente e cai. Dalila ri-se:

 

 

- Agora caíste tu minha querida. Eu caí mas consegui levantar-me, já tu...

 

 

- O que é que tu queres mais? Já fizeste mal suficiente a todos nós, desaparece de uma vez!

 

 

- Eu dou sentido à tua vida, o meu veneno pica-te. Quero-te ver na sombra, fofa.

 

 

- Podes matar só a Sílvia mas a nós deixa-nos a todos em paz. Não temos nada a ver com a vossa guerra. – diz Vanessa, apoquentada.

 

 

- Não? Esta fonte de vaquedo está cheia de doenças infeciosas, parasitas, enfim... Isto é uma pocilga ilegal! – Dalila.

 

 

- Vanessa?! Eu pensava que eras minha amiga! – questiona Sílvia.

 

 

- Tu és uma traidora Sílvia, roubaste-me o meu homem. – Vanessa.

 

 

- Nunca te importaste com ele e claro, está carente. Confessa.

 

 

- O quê? Eu sempre lhe dei tudo. E não sei o que ele vê nas outras porque eu sou a sex appeal da “Games Centre”.

 

 

- Afinal também roubas o namorado às outras. Bonito, e quando eu acho que não me podes surpreender mais, tu acabas por fazê-lo, mas sempre pela negativa! Mas não, não te vou matar, ter-te viva mas quase morta dá para gozar o pratinho! – exclama Dalila.

 

 

Discretamente, os homens que vinham com Dalila pegaram fogo ao estabelecimento e entretanto o alarme dispara. As pessoas encontravam-se amordaçadas e dificilmente conseguiam escapar.

 

Acusaram Dalila de ser a responsável mas Vanessa defende-a, alegando que houve um curto circuito no quadro elétrico já que a luz tinha ido abaixo antes. Sílvia a muito custo consegue escapar, bem como Vanessa, Dalila e Fernando. Os outros morreram consumidos pelas chamas ou foram para o hospital devido aos ferimentos.

 

 

- Passei grande parte da minha vida aqui. Estou triste por deixar isto mas por um lado vai ser bom, vou começar uma vida nova! – exclama Vanessa que decide partir para outra terra e Fernando acaba por ir com ela.

 

 

No dia seguinte, Sílvia era manchete em todos os jornais. Vanessa, no dia anterior, tinha-lhe entregue as fotos. A vilã usa-as espalhando-as na praça pública, tornando-se notícia pelos piores motivos. Dalila disse à comunicação social que esta tinha roubado milhões na empresa em que uma parte era destinada à “Games Centre”, um estabelecimento ilícito e que, por sua vez, conduziu a casa de jogo a uma situação de extrema dificuldade financeira.

 

 

A visada fica em choque. Era muita dose: as vigarices do pai, a revelação à imprensa, o julgamento...

 

 

Sílvia irá presa novamente após o julgamento, uma vez que as provas revelaram-se concretas. O seu advogado tentou fazer o que pôde e apresentou documentos comprovativos da inocência da sua cliente mas em vão. Nesse mesmo dia era a continuação do julgamento. Dalila estava pronta para infernizar a vida à sua rival.

 

 

 

AMANHÃ, ÚLTIMO EPISÓDIO!

O que será que a Alicinha e a Dalila andam a tramar? Quem irá ficar com a herança: Sílvia, Dalila ou Gabriel? Será um final estrondoso :smoke:

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10º episódio

- Bom, hoje vamos dar seguimento ao julgamento que opõe tanto Sílvia como Dalila mas também Gabriel e, que, espero que se conclua já que este processo tem sido muito moroso. Está aberta a audiência. – introduz o juiz.

 

 

 

- Eu também estou aqui para receber a minha parte. E estou do lado da menina Sílvia porque sempre foi muito honesta e sempre ajudou a família nos momentos de mais dificuldade. – reitera Ana Maria.

 

 

- Você nem é da família, saia daqui! – adverte Dalila.

 

 

- E você muito menos. Eu conheço-os há muito mais tempo e convivi com eles por isso sei de muita coisa que você certamente não sabe.

 

 

- Ela é da família ao contrário de ti que não passas de uma infiltrada. – discute Sílvia.

 

 

- Olha tu vai apregoar peixe para o mercado das pegas! – Dalila.

 

 

- E tu para quem perdeu o filho está muito alegre...

 

 

- Mas é preciso este folclore todo? – pergunta Alice.

 

 

Entretanto Gabriel chega e Alice dá início ao seu plano. Entra na sala com o envelope do teste de paternidade na mão. Abre junto com o juiz e para todos verem e confirma-se: é mesmo filho de Alberto. O juiz recebe os resultados e altera o testamento consoante este imprevisto.

 

 

- Está mais do que provado. E pelo que vejo estas duas pessoas passam a vida a discutir por isso nenhuma tem possibilidade de ficar com os bens.

 

 

- Peço desculpa da forma como te falei no outro dia, o teu aparecimento apanhou-me completamente de surpresa. Mas olha, estou aqui se precisares de alguma coisa. – alicia Dalila para ganhar a confiança dele e depois aproveitar-se.

 

 

- Se fosse eu a ti não confiava nessa cobra. – diz Sílvia.

 

 

- Obrigado mas não preciso. – agradece Gabriel.

 

 

- Eu estou a falar a sério. Eu posso ajudar-te a integrares-te na família, a conheceres melhor os nossos costumes, tradições, a nossa cultura no fundo! Eu teoricamente não sou da família, mas na prática sou uma Pimentel e vivi vários anos como tal, por isso conheço bem a mecânica toda disto. – diz Dalila.

 

 

- Eu adapto-me bem a qualquer situação, deixa estar. Mas obrigado na mesma. – responde Gabriel.

 

 

- Mas demora muito a comunicar a decisão? Tenho imenso que fazer em casa. – intriga-se Ana Maria.

 

 

- Tenha calma. Está quase pronto. – diz o juiz.

 

 

Dalila mostra um vídeo de Sílvia a fazer amor com Fernando em que aparecem nus. Enquanto vêem o vídeo, mostrando-se atónitos, e o juiz se preparava para anunciar a decisão, ouve-se um barulho.

 

 

Esse barulho vinha da casa de banho dos homens. Era uma bomba que foi colocada por Alice, depois de ter verificado as câmaras de segurança e desativado através de um programa informático. Gabriel foi à casa-de-banho, já depois da bomba ter sido colocada e de o sistema informático ter sido reativado e então Alice aciona a bomba. O rapaz ouve o barulho e vê de onde vem. Depois chamaram-no para o despistar e ele deixara o telemóvel lá por esquecimento. Quando ouviram o barulho foram à casa-de-banho verificaram que tinha lá um telemóvel que era de Gabriel, após análise.

 

 

Gabriel foi então acusado de colocar uma bomba na casa-de-banho, o qual negou compulsivamente mas sem sucesso pois as provas eram mais do que evidentes.

 

 

A bomba tocava e todos saíram da sala a correr para o exterior. Alice fecha Gabriel dentro do tribunal e este não consegue sair. Tenta sair de todas as maneiras mas o tribunal explode e o rapaz morre na explosão. O plano correu como Alice queria e esta ficou radiante, dizendo:

 

 

- Perfeito!

 

 

Alice arranca a alta velocidade e acaba por atropelar mortalmente uma pessoa: Ana Maria.

 

 

Dalila fica contente por o plano dar certo mas o que ela não imagina é o que está para vir. Alice acaba por trair a sua cliente e denuncia-a à polícia por vários crimes: homicídio, falsificação de documentos, suborno... e também acusou Sílvia de ter agido em conjunto com a sua rival para matarem Alberto a sangue frio. Sugeriu também que as duas fossem presas na mesma cela.

 

 

E assim foi, apesar de todas as resistências. Ambas achavam injusto estar ali. Sílvia volta assim à prisão e já estava para ter voltado.

 

 

- Eu não quero partilhar a cela com esta amostra de senhora! – refila Sílvia.

 

 

- Até vai ser divertido ter uma brejeira no meu quarto. Vai ser só festa da quenga, vamos competir pela quenga mais cara, se eu, se tu! – ri-se Dalila.

 

 

As colegas da prisão já se preparavam para o que aí vinha. Discussões e porrada dia e noite.

 

 

- Vocês são iguaizinhas uma à outra, parecem o gato e o rato, lutam, lutam mas gostam uma da outra. – diz uma das colegas de cela.

 

 

Outra colega rotula-as de “quengas” por andarem a assediar e subornar os seguranças para sair:

 

 

- Estão a ver porque é que vocês discutem? São ambas quengas porque fazem um servicinho em troca da vossa liberdade.

 

 

- Vamos fazer um casamento em homenagem a vocês, boa? Casamento de quengas que não se suportam. – diz outra colega.

 

 

As duas fazem cara feia mas, após serem convencidas, até acabam por achar a ideia engraçada e alinham.

 

 

- Eu, Sílvia Pimentel, prometo odiar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe.

 

 

O discurso repetiu-se para Dalila e as duas em vez de dar um beijinho dão um murro uma na outra.

 

 

- Declaro-vos mulheres da vida! – declarou uma rapariga que fez de padre.

 

 

Enquanto isso, Alice tratava da transferência do dinheiro para a sua conta e dos bens para a sua posse. Finalizado o processo, decide comemorar o feito num cruzeiro, a beber do melhor e mais caro champanhe e rodeada de homens e petiscos.

 

 

- Mais uma família arruinada por mim. Sou mesmo fantástica. A Macieira apodreceu e agora o Pimentel ardeu no... bordel. AHAHAHAH! – exclama Alice.

 

 

 

 

 

 

 

 

FIM

Bom, espero que tenham gostado desta história que me deu imenso gozo a escrever. Até à

próxima!

 

 

 

 

*Alicinha arranjando-se para a night*

 

alice88.gif

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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