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R13: Guia Satélite, Fevereiro de 1994


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(primeira parte)

Bato palmas e dou pinotes no ar. Há semanas, quando falámos sobre uma TV Mais de Março de 1993, vi que acabava com um anúncio, pessimamente escrito, sobre uma tal Guia Satélite. Lembram-se de ter deparado com aquele primor e profissionalismo do tipo "graphic design is my passion"? Pois para refrescar a memória:

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"Estávamos em 1993 e, como já devem ter reparado, a televisão por satélite era, na nossa pequenice lusitana, o futuro! Grelha de 16 canais, destaques de programação, análise de novos equipamentos, correio dos leitores, etc. Estimo que foi substituída pela Tele Satélite, que acho que saiu de circulação em 2012 (e o site parece ter ido de vela na altura também). Porém a revista, editada por uma empresa que tinha pouco potencial de continuar no sector (Palcom, cujo logo lembra-me a capa do Dark Side of the Moon mas com um círculo e degradês) era tida por uma série de falhas ortográficas que dificilmente seriam aceites por grandes editoras.

Para já, o nome na logo, desprovido de acentos: Tele Satelite. Satelite. E o prémio: "ganhe todos os meses um sistema complecto de recepcção satélite". Meus pêsames. Isto nem sequer é acordo ortográfico de 1910, nem 1945, nem sequer do tempo em que uma farmácia era uma pharmacia (de preferência sem acento). Haja saúde, haja paciência.

Se alguém tivesse um exemplar da revista era a sorte grande para nós, sobretudo eu, que iria tentar caçar todos os erros possíveis de ortografia que a revista parece ter cometido. No fundo, mais uma revista de televisão - embora especializada - que acabou por passar despercebida."

Pois graças a informações dadas pelo Afonso Gageiro - sim, ele mesmo que digitalizou os intervalos mais antigos da RTP 1, ambos de 1981 (quando pouca gente sabia gravar, e de partida desbravou anúncios inéditos no YouTube que nem estão no espólio do LUSITANIATV) - soube que a revista entretanto mudou de nome para Guia Satélite e Cabo em 1994, quando as operadoras de cabo começaram a aparecer em Portugal.

Antes de continuar a dar a introdução à revista - crónica pela qual será desenrolada num ritmo bem mais lento - tentar dissecar a revista tem sido desafiante já que o ficheiro que o Afonso me enviou era num formato da qual não tinha leitor, o formato CBR, e tentar converter o ficheiro para PDF era complicado, quase todos os sites onde fiz a conversão da maldita ou eram lentos (vicissitudes de ter um ficheiro acima de 250 MB) ou tinham um limite já estabelecido para utilizadores grátis. Depois de recorrer a 1357 técnicas, entre as quais o uso indevido de cassetes a dizer "Herman Enciclopédia" mas que tinham dentro imagens de uma taveirada, consegui.

Ao depois descobrir que uma das páginas tinha os destaques daquele canal licencioso - o Adult Channel - sabem, aquele que passa "A Freira Diabólica" e que tinha uma foto de uma senhora com um seio à mostra, resolvi postar as imagens partindo de um dos servidores que faz zip de ficheiros CBR para imagem. Sem mais delongas, a revista.

Como já sabemos, na segunda metade dos anos 80, o que os portugueses sabiam da televisão deu uma grandessíssima reviravolta. Com o monopólio da RTP a ser desafiado por uma lei das TV privadas e o aparecimento das TVs clandestinas, surge mais um paradigma que assola a Europa toda, a televisão por satélite. Com os tempos a indústria consolidou-se por dois satélites, Astra e Hotbird (Astra e Hotbird tutururururu, Astra e Hotbird tutururururu, Astra e Hotbird no Intermarché~ AAAAAAAH TIREM-ME ESTE JINGLE DO MEU INTERVALO! DESGRAAAAAAAÇA DE JINGLE DO SATANÁÁÁÁÁÁS), a SKY codificou os seus canais e a Europa estava perante uma nova invasão alemã vinda da RTL que na virada da década trouxe-nos fitas eróticas e o Colpo Grosso mais bem-sucedido fora de Itália, o Tutti Frutti.

Na altura, ter antena parabólica também era ser nerd nisto dos satélites e do equipamento relacionado. É neste contexto que surgem revistas deste naipe, como a que vou mostrar de seguida, a Guia Satélite.

O Guia Satélite era da PALCOM, uma fabricante de descodificadores e receptores, só o nome é meio geek ao perceber que metade dele tem o formato de cor PAL que nós usamos. Citando o próprio Afonso, "A revista era da responsabilidade dela própria, digamos assim. Apenas um grupo de pessoas ligadas ao setor a tentar trazer a melhor informação sobre o tema. E até é bastante completa, especialmente para uma revista nacional! Não fica muito aquém da What Satellite britânica. O diretor/proprietário era o Fernando Neves."

Como já disse, em 1995 mudou de nome para Guia Satélite e Cabo. Com o passar do tempo mais pessoas preferiram o cabo às parabólicas e ainda há centenas delas da era analógica nos telhados de alguns prédios da zona construídos nos anos 90. Perto de casa ainda se consegue ver uma parabólica instalada por uma tal de Eurosat, parece nome de canal pan-europeu de há exactamente trinta anos (lembram-se quando a Europa toda estava unida perante uma televisão comum para o mercado da nova União Europeia que estava por vir?). Pelos vistos, depois da mudança de nome foi vendida à Semanário Revistas, que em 2000 mudou de nome para Nacional Magazine. Só não sei quando é que deixou de ser publicada. No anúncio que saiu na TV Mais de Março de 1993 ainda tinham a "primazia" de escrever o seu nome sem acento - da mesma forma que provavelmente existem Eulálios sem acento - será que ao fim de pouco mais de um ano de revista tinham corrigido os seus erros e foram à escola outra vez?

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Afinal não, estava enganado.

Pelos vistos a capa é sobre o satélite Astra e alguns dos seus canais vistos ao raio X (eu próprio já consultei), a já habitual análise a um par de descodificadores, a história da empresa portuense TV Babo e algo sobre a TV Cabo que ainda estava por vir.

PS: vai demorar um bom tempo, já que hoje sou eu que tenho a tarefa de postar todas as fotos para o álbum e ainda por cima terei de fazer a crónica escrita.

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(segunda parte)

Antes de avançar para a crónica: no ano seguinte (1995), o duo italiano Krisma lança uma série de (aparentemente) seis programas de poucos minutos cada chamada SAT SAT. Num precursor de páginas das redes sociais onde tiram cenas e/ou fotos de determinadas séries sem contexto, os Krisma gravavam cenas caricatas de canais de TV captados por satélite e passaram no terceiro canal da RAI, numa faixa tipo meia-noite. O projecto, muito arrojado para a época, viria a ser reaproveitado no verão de 1998  para um canal experimental chamado Krisma TV:

"Esta televisão não tem nome e tem todos os nomes do mundo. Não tem horário, mas segue o tempo. Não terá concursos, porque já existem feiras populares, nem filmes, porque já existem cinemas, nem noticiários, porque já existem jornais, nem talk shows, porque já existem cabeleireiros. Esta televisão testemunhará o tempo não imposto, dentro e fora do qual a realidade se multiplica, participando na intensidade do acontecimento na tentativa de retratar as suas qualidades, e de as reviver desde o céu, a 36.000 metros de altura, até ao mundo. A programação começará às 00:00:01 de 01/01/2000. A 23/24/25 de Julho de 1998, a 13° Este (a maioria das antenas parabólicas na Europa são apontadas de 13° Este a 19° Este), a primeira antevisão que atingirá toda a Europa, Norte de África e Médio Oriente será transmitida a título experimental. Partirá do Riccione, tendo o Cocoricò como sede e com o patrocínio tecnológico da Eutelsat."

Em Portugal fez-se pouco em relação ao consumo dos satélites por parte do banal português. Muito pouco.

Lembram-se de ter citado uma tal "A Freira Diabólica"? Foi daqui que a tirei. A Enciclopédia do Hermano fez um bom exercício ao retratar a televisão portuguesa, mas raramente a estrangeira, porque ninguém entenderia. Tiveram a real gana de estar a tentar ver tudo dos quatro canais, em todos os horários possíveis, até as Novidades Incríveis de onde saiu a Melga Shop.

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A TV Cabo estava ainda em fase embrionária (e sim, já estamos dentro das imagens da revista). Este logo (traz-me memórias de infância, bom e velho 808 200 400) já estava em uso, a TV Cabo tinha planos bastante ambiciosos para penetrar no mercado português, planos que já vamos ver de seguida.

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Índice.

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Este é o EUditorial, porque sou eu quem mando. Este mês dão total destaque às mudanças que o editor impôs na estrutura da revista. Só há uma coisa que não mudou - provavelmente por ser de uma proprietária de equipamentos de satélite que tinha de recorrer a terceiros para por o seu guia à venda, continuava a estar cheio de erros ortográficos. Ah (deviam deixar de escrever "ah" porque não faz sentido em português, mas como esta revista erra forte e feio decidi escapar) e ESTA REVISTA PRECISA DA SUA AJUDA. Também antevê a mudança do nome da revista.

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A Grundig também está no mercado dos receptores! O universo feito á sua medida. Credo, até os anunciantes?

A Fersat existiu até, sei lá, finais da década de 2000? Lembro-me da loja que tinham perto do antigo estádio do Braga e tinha as logos de alguns canais, acho que chegaram a ter as logos dos canais da France Télévisions (os trapézios já depois de terem absorvido o quinto canal e de o terem pintado de verde), acho que era por causa dos kits de proto-Fransat que existiam na altura.

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Novidades (fora do satélite também):

  • um satélite Astra back-up vai ser lançado;
  • a Casio irá lançar um relógio telecomandado;
  • a DW-TV começa Fevereiro com um corte orçamental que força a redução da carga diária de emissão para 14 horas;
  • a "Fergunson" entra no mercado dos receptores;
  • depois do fracasso que foi a série animada do Doctor Who com a Nelvana que nunca decolou, tentam uma nova versão com a produtora de Steven Spielberg;
  • mais um satélite da Eutelsat estava por ser lançado em Janeiro, dizem que o sinal terá grande qualidade por Portugal.

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  • É possível receber a RTL 5, e para comprová-lo estão a passar a falhada telenovela australiana/anúncio comprido ao parque da Warner de Gold Coast, Paradise Beach;
  • novos modelos da Chaparral;
  • o SKY Movies Gold estará descodificado durante Fevereiro;
  • o Eutelsat I-F1 mudou de posição.

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  • A Viacom pretende lançar novos canais no mercado europeu, depois do sucesso do Nickelodeon no pacote da SKY;
  • um satélite da Eutelsat que já tinha serviço há quase dez anos acabou;
  • a ICS mostra a sua nova baita antena parabólica;
  • a Koyo Metals inventou autocolantes especiais para melhorar o sinal nas parabólicas através do vidro.

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  • A revista não soube qual exactamente era o ramo da SATELSOM;
  • início da VH1 na SKY a 1 de Maio (data prevista);
  • a SKY não está a seguir as regras da CEE (mentira sua, já era União Europeia desde o Tratado de Maastricht) nos seus canais (maldito Rupert Murdoch);
  • a rede da Videotron em Southampton está a ter emissões experimentais em PALplus.

Sim, por um tempo as empresas canadianas exploraram as redes de cabo em partes do UK. Também vi a Bell a oferecer serviços - acho que na Inglaterra e na Escócia - hoje todas as antigas empresas de cabo foram agrupadas sob a toda-poderosa Virgin Media de Richard Branson.

Diz-se que:

  • a SKY pretende comprar o formato Responder à Letra (Blockbusters) que até à data era produzido pela Central para emissão na ITV;
  • a dita empresa está a financiar uma produção chamada Fall From Grace, a meta é estrear a tempo dos 50 anos do desembarque na Normandia;
  • o Sci-Fi Channel pretende começar a emitir em Abril onde estava o Filmnet;
  • a JVC lançou um sistema para o Astra;
  • o Travel Channel começará a emitir depois das emissões do Kindernet acabarem à tarde.

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Em "Orbita", sobre os lançamentos das últimas semanas. Não de satélites mas de canais e como andam a decorrer. Com direito a uma promo do Minimax e uma peça da Nile TV com uma mulher que parece estar à frente de um edifício pertencente ao governo egípcio e que parece ter sido construído 20 anos antes.

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Por outro lado temos uso raro da TVE 2, uma mulher de óculos captada pela TMC e um plano que requeria espera, um pacote digital?

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E agora vamos fazer uma análise ao raio-X dos canais da Astra, a grife em parabólicas na Europa. Imagens desconexas com os canais aqui falados e com algumas imprecisões (o SAT.1 afinal é um ano mais velho). Começando com a RTL, o canal que pôs a Europa numa segunda invasão alemã, desta feita uma invasão sensual, e as suas características (filmes e séries - anos mais tarde passou a haver uma lenta passagem desta a canais FTA do grupo, sendo que a RTL ainda passa algumas). O Eurosport, todos já sabemos, e pelos vistos a Playboy já tinha mudado para a SAT.1, arqui-inimigo da RTL.

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O SKY One continua com o seu lamento da malfadada codificação. Temos também o 3sat, que pouca gente sabe ainda hoje. A ProSieben diz ter ainda uma parte da sua vocação inicial de ser um canal informativo - traços herdados da Eureka TV - mas que acabou por meter as notícias em terceiro plano e passou a concentrar-se mais em filmes, séries e programas de entretenimento próprios bem arrojados.

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Mais alguns canais da SKY - os de filmes e desporto - e a MTV.

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No entanto, passaram-se meses desde a codificação da SKY e havia uma questão pertinente: "como é que eu posso continuar a ver os canais da SKY que foram codificados para bem das Ilhas Britânicas?"

A solução: um descodificador com um cartão Satmaster! E ainda, se quiseres ver os canais para adultos separadamente, o Hotmaster! Ou melhor ainda, quer ter o prazer dos dois cartões? Satmaster Plus, o pacote de televisão preferido do capeta!

Entre os logos vemos o do Nick at Nite, que esteve por ser lançado no UK com o pacote da SKY em Setembro de 1993 - até apareceu em material promocional - mas tal não foi lançado, sabe-se lá porquê.

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E fechando a ronda com aquele mítico canal "sul-americano" (na volta o Chile fica na América do Norte) Galavisión, o The Children's Channel, aquele canal para adultos que passa A Freira Diabólica e os dois canais do pacote experimental Canal Satélite espanhol. De salientar que pelo que está escrito aqui, ó, que o TCC estava prestes a começar a emitir para Portugal se a Multichoice entrasse no nosso mercado. Infelizmente o plano de conquista mundial e desejo por destruição da Nethold de construir um império de televisão por assinatura em toda a Europa estalou quando partes da Filmnet foram vendidas para o Canal+, uma pena. Este plano também contemplava a codificação da TVI!

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Anúncio da Satelsom com duas fotos do interior e uma de um descodificador da Grundig (achava que era uma foto aérea da sede da empresa :curtainpeek:)

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E vamos para os destaques. Começando com o já americanizado (NBC) Super Channel.

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A MTV, quando ainda valia a pena.

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Os canais de filmes da SKY, com os filmes descodificados.

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Continuação, com direito a mais um anúncio a cartões para ver a SKY!

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O Discovery Channel quando este também valia a pena.

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O Eurosport.

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O TNT & Cartoon Network, quando os dois estavam partilhados em regime de timesharing.

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Anúncio da Antel. Eles também eram os responsáveis por patrocinar o quadro geral dos canais que aparecia a seguir à programação.

Spoiler

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Infelizmente devido à presença de SEIOS à mostra (espero que não acabe com a minha conta recém-aberta no Ibb), a imagem dos destaques do Adult Channel está em spoiler, da mesma forma que existem pessoas que escrevem asneiras assim, mesmo para outros fins, como títulos de músicas e livros (como o mais recente da Cristina Ferreira).

Pois é, hoje em dia mostrar um simples seio leva a censura (e digo em meios mais convencionais como a televisão. Recentemente houve um escândalo no Big Brother português onde uma breve cena de sexo entre dois dos concorrentes esteve por um tempo no Twitter e depois desapareceu por ordem da produtora. Escândalo que parece ser uma antecâmara de algo que passou no BBB agora há pouco.

Esta revista foi posta por fins meramente demonstrativos. Também serve para saber como mudou a mentalidade portuguesa face a certos aspectos - nenhuma outra década foi mais aberta à questão sexual do que os anos 90.

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Mais uma empresa que depois da terrível codificação de Setembro anterior se dedicava à compra e venda de cartões para ver o bendito pacote SKY Multichannels! Na próxima parte: PROGRAMAÇÃO.

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(terceira parte)

Até agora todas as revistas que analisei eram semanais. Dado ser uma revista mensal, infelizemente, vamos ter de aturar com um número elevadíssimo de páginas (no caso 28, já que 1994 não é um ano bissexto).

Mas é natural. Aliás, os gajos do Esta Transmisión es Ilegal já tiveram que lidar com revistas mensais de operadoras de cabo, dado que programar boa parte destes canais é mais fácil do que uma generalista.

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Vamos à grelha de doze canais base: MTV, Adult Channel, Discovery, RTP Internacional, Super Channel, Cartoon Network/TNT, TV Asia, RTL, UK Gold, TV5, Eurosport e SKY One. A este grupo de canais temos grelhas diárias.

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Dado que tenho 28 imagens, tenho pouco por falar para cada imagem, caso contrário vou bater no ceguinho.

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Que a Teka produzia parabólicas, já sabia. Que a Teka favia material digno de vaporwave, ui!

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A Antel era a "patrocinadora" da tabela dos canais.

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A que ponto chegámos, tratar parabólicas como pessoas?

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Olha só, mais uma empresa a juntar-se à onda da descodificação ilegal da SKY. Aliás, a logo da Satsystems lembra-me uma que só foi adoptada em 1998 por um canal japonês...

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Realmente há coisas que não conseguimos "desver" :riso_fatima:

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Vou começar a das descrições de alguns canais. O UK Gold foi tipo uma SIC Gold do seu tempo, e com o passar dos anos abriu mão à concorrência. Como o caso do Granada Plus que entretanto colapsou para dar lugar à ITV 3.

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Algumas das séries que passavam na RTL alemã tinham o nome traduzido. RTL Aktuell ficava RTL Actualidades - porque não "RTL Actual"? E a telenovela Vizinhos, cujas temporadas mais antigas em reposição pela UK Gold, virava comédia de um dia para o outro. Tal como Kasamh Se - A Promessa, que é uma das comédias mais hipnotizantes da Índia, vá-se lá saber porquê

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Aquilo que a Epson fez é comparável com "a equipa da Guia Satélite inventou esta revista e inventa-a de novo!"

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Nós já tínhamos visto o anúncio na página relativa ao dia 1, mas infelizmente sem o complemento da página anterior, perde-se a "expectativa". Estes anúncios serão repetidos durante as restantes páginas.

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Infelizmente parece que os teclados estavam formatados exclusivamente para acentos que constavam da língua portuguesa. Conforme uma página que vamos mostrar no fim desta parte, meros umlauts eram excluídos. A solução: trocar o ö pelo õ.

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Há algumas páginas vimos que o noticiário das 21 era o da TF1, que na altura era observadora, e sairia por completo em 1995. Resultado do capitalismo.

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Qual era o tal programa religioso da SKY One? Era o Hour of Power, que datava dos tempos do SKY Channel pan-europeu. E o que é incrível é que mesmo estando na divisão britânica da TBN, que está na Freeview, o mais chocante é que a SKY One ainda passa. E dizem que está excluído dos streams.

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Nós já vimos aquele anúncio da Grundig, agora ei-lo aqui de grafia corrigida.

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Para começar a diversificar os anunciantes - ASTOR Software, software de gestão.

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Para diversificar ainda mais o campo dos anunciantes ligados a satélites e tal - Parabólicas Marrafa - não são somente as melhores, são "tambem" as mais baratas. Kits "complectos" - isto é o quê, um anúncio de 1935? Já havia parabólicas em 1935? Será que captavam emissões experimentais da RCA nos EUA?

O que importa é que mesmo em 1935 já não se escrevia "complecto".

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Olha um anúncio a uma importação da TV Babo! Que vai ser analisada na quarta parte (a empresa, não o produto, pelos vistos pegaram numa fotocópia em francês daquilo)

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"Sensasional" oferta da Satelsom! Acho que escreveram assim porque se fosse Satelcom, seria pronunciado "sensaquional".

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Agora vou dar uma falada sobre a TV Asia. Foi fundado em 1990 como o primeiro canal a emitir conteúdo da Índia (e do Paquistão) para o Reino Unido à escala nacional, tendo emitido depois do fecho da SKY One numa fase inicial, de madrugada. Em 1995 teria a ameaça da concorrência (Zee TV) a aparecer no mercado. Em 1997, a Zee TV (que já tinha programas comunitários para a Europa) entrou num processo de fusão com a TV Asia (forçando a TVA a limitar-se para os EUA, onde também enfrenta concorrência) e absorve os programas e assinantes.

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O Playboy ainda dava na RTL? ÃÃÃÃHHHHHHHH?

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O que estes doze canais estavam a passar quatro anos antes de eu nascer.

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Vamos especificar algumas coisas. Não, em 1994 não havia série do Star Wars. Era do Star Trek, que por acaso nasceu na televisão. E a série que estava a dar na SKY One (e desde Outubro do ano anterior na TVI) era The Next Generation.

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Quando a TV Asia foi absorvida pela Zee TV, programas dos países vizinhos desapareceram (primeiro, porque a Índia odeia o Paquistão, segundo, porque anos mais tarde com os pacotes digitais apareceriam canais para paquistaneses no Reino Unido, terceiro, o canal é da Zee e passam programas deles e filmes que compraram).

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GZSZ? Não, eu prefiro ver Bons e Maus Momentos. Quando a TVI era da RTL nunca entendi como é que nunca lhes passou pela cabeça a ideia de fazer uma telenovela "industrial" (sem ser Morangos com Açúcar, que nasceu nesta fase), visto que é um produto que nasceu numa operação vizinha (a RTL holandesa).

Aliás lembro-me pouco do tema quando tive um breve surto de RTL no fim de 2004 (ainda o canal estava no pacote base da TV Cabo) e sabia contar até dez em alemão

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Esta revista era um must de erros ortográficos, até "SABADO" escreviam sem acento!

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Quase a acabar...

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Acabou.

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Pelo menos a grelha dos canais menos fixos, os "fixos" tinham uma grelha semanal. Primeiro os canais de notícias.

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Só que a Galavisión não era bem um canal de notícias, tinha poucas horas de entretenimento. Boa parte da grelha consistia em ligações ao finado canal de notícias Eco.

Depois entramos no domínio das generalistas europeias, ProSieben, SAT.1, 3sat e RAI Uno.

O quê, vinha já com letras do alemão, tudo? Quem é que dava as grelhas da RTL para mostrar tamanha incompatibilidade?

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RAI Due e TVE Internacional - infelizmente com erros de formatação e sem Ü nem Ñ, patético.

Mas compensa com um anúncio à Rádio Nostalgia - e com isto desbravámos mais uma logo bem rara, acredito que tenha sido anterior à adopção do formato da francesa Nostalgie!

Na quarta parte: guia de frequências e algo sobre a TV Cabo em fase embrionária.

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(quarta parte)

Para fechar a vertigem de imagens do Guia Satélite:

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Anúncio a uma tal V.C.R., cujo nome parece ter sido feito à base das iniciais do proprietário, cujo nome inteiro está escondido. Mais uma empresa do ramo "a SKY continua para nós".

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E vamos para as tabelas. Começando com o Intelsat que passou a contar com três canais da Mediaset e o Cinquestelle, que é independente. Depois o Astra e a primeira parte do Eutelsat.

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Resto do Eutelsat. Deduzo que os números foram postos pelo próprio Afonso para memorizar quais os canais que tinha no seu receptor.

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Telecom (o que se mostrou na página anterior era pouco apelativo, só miras e feeds), um com generalistas e um par de canais codificados, o outro inteiramente codificado. Temos também o Intelsat com muitos canais de notícias, o canal generalista das forças armadas britânicas (mais tarde BFBS), o Hispasat e o Panamsat com a Galavisión.

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A Contera, que era reponsável por alguns equipamentos usados na eclosão dos satélites, apresenta o seu novo produto para cabo e tal.

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Esta era a sétima entrega do Sabia Que?, este mês dedicado aos métodos de programação de "videotapes". Vivemos numa época em que muitas palavras portuguesas foram substituídas por inglesas, aqui teriam sido snobs mesmo com tamanhos erros ortográficos.

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Entramos agora no domínio dos produtos alemães do mesmo naipe, um deles era parente do Showview que já falei em Novembro passado.

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Footprints! FOOTPRINTS!!! Porque "pegadas" é pouco.

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Anúncio mais detalhado da Marrafa.

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Análise (sem acento) a dois descodificadores da Pace. Pontos positivos e pontos negativos.

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Por falar neles, eis um anúncio.

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E eis que é chegada a página sobre a TV Cabo - quando ela ainda estava em fase de construção - as emissões a sério começariam no dia 1 de Outubro.

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Onde também se falam sobre previsões demasiado optimistas (algumas foram concretizadas anos mais tarde, outras nunca) e como a TV Cabo era dividida por regiões. Por incrível que pareça, Braga iria ter a TV Cabo Porto e não Douro.

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Guia do instalador, primeira parte.

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Guia do instalador, segunda parte.

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Guia do instalador, terceira parte, assinatura anual e anúncio a mais uma empresa do ramo que ajuda a descodificar não só a SKY mas também outros pacotes codificdados europeus.

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Anúncio a um receptor da Drake, que no ano anterior fez 50 anos. Representado exclusivamente pela TV Babo, e faz jus à entrevista que se segue.

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Mas antes temos correspondência dos leitores, incluindo uma de Angola, no caso de Cabinda.

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Esta aqui tem uma de Moçambique. Parte dela dedica-se mais a como fazer devidamente um título para a correspondência.

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A TV Babo foi a precursora das parabólicas em Portugal. Esta é a sua história.

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Consta que a sua empresa ultrapassou os anos 2000. Em Outubro de 2005, o Correio da Manhã noticiava que a PJ tinha apreendido kits ilegais, supostamente lesando empresas como a TV Cabo, que se sentiu "lesada".

Spoiler

A operação da PJ, desencadeada nas instalações da ‘TV Babo’, em Rio Tinto, Gondomar, insere-se num processo a nível nacional contra o visionamento de canais codificados, supostamente lesando empresas que distribuem TV, por cabo e satélite, através de canais codificados.
As queixas partiram da TV Cabo, segundo a qual “temos vindo cada vez mais a intensificar a nossa acção contra quem adultera as caixas para receber gratuitamente o sinal”. Para a empresa queixosa, “a pirataria é um crime, punível com penas que podem inclusivamente dar prisão e as pessoas devem ter consciência do que estão a fazer, com essa postura”.
A TV Cabo, do Grupo PT, referiu que não vai dar tréguas à “pirataria” e tem vindo a alterar o seu sinal para trocar as voltas aos piratas, como sucedeu nos jogos Inter de Milão-Benfica (Março de 2004) e entre o Benfica e o Sporting (Maio de 2005), deixando-os às claras e passando de imediato nos ecrãs a mensagem de que ‘a pirataria é um crime’.
Entretanto, o sócio-gerente da ‘TV Babo’, José António Costa, diz que “não vendemos equipamentos informáticos, mas sim aparelhos de recepção de canais livres de TV, há 31 anos, muito antes de a TV Cabo existir, pelo que estamos perante, no mínimo, um mal entendido, mas que acreditamos será esclarecido”.
De acordo com o responsável da empresa ‘TV Babo’, “nós não nos conformamos com esta acção, que consideramos ilegal e de imediato requeremos a devolução imediata do material apreendido, e que era todo o nosso ‘stock’, em termos dos aparelhos referenciados pela PJ de Lisboa, o que fez paralisar a nossa actividade comercial, no dia-a-dia”.
Quanto à eventual utilização de clientes finais dos aparelhos, que a partir dos mesmos tenham acesso a canais codificados, em especial à Sport TV, José António Costa diz “não poder responder por aquilo que se possa passar depois, pois o que vendemos é inteiramente legal e tem certificados de conformidade, é sempre desalfandegado no nosso país e obviamente paga-se o IVA, pelo que não admitimos que se fale em pirataria ao falarem da nossa actividade, que é totalmente legal”.

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E as "Ultimas". A C&L agora que concentrar-se no mercado do cabo também, os alemães terão o direito a um canal de viagens, a Mitsubishi está envolvida no desenvolvimento de um padrão para HD analógico por satélite (sim, isto existiu, só no Japão, a NHK tinha um canal neste regime até estas emissões encerrarem em 2011), novas línguas para a Eurosport, etc.

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Para fechar a revista, um porteiro telefónico.

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E na contracapa, um anúncio à TMN, que tinha uma cobertura estimada a 95% (populacional e não geográfico), num anúncio com crianças por baixo de um guarda-sol. Porque é que a TMN optou por publicitar aqui? Foi em troca da TV Cabo, que na altura era do mesmo grupo? E porque será que eles publicitaram a Nostalgia? Alguém na redacção ouvia a rádio enquanto estava a escrever a revista e em troca ofereciam um anúncio?

Finda a crónica, algumas perguntas tiveram a sua devida resposta. A minha teoria de que a pirataria da SKY estava em alta depois de Setembro de 1993 estava certa (e deduzo que o LUSITANIATV nunca chegou a ter um destes cartões). Por outro lado, existem divergências entre as grelhas das revistas, nomeadamente na questão de alguns canais de satélite. Nas outras revistas, na época em que Portugal tinha o fuso horário da Europa Central (ai que mico), as grelhas da RTL ainda estavam na "hora antiga" (que voltou a ser nossa em 1995) - por exemplo o noticiário no fuso deles é às 18:45 - no nosso é às 17:45. Aqui eles tinham a grelha e fuso acertados. Por outro lado, porquê TV Asia? Aliás uma parte minúscula das pessoas que liam a revista eram emigrantes da Índia? E pelos vistos, a revista continuava a ser chamada de Guia Satélite e Cabo depois de 1995, apesar de, na minha lógica, o nome disto deveria ter mudado para Guia Cabo e Satélite a partir de certa altura, que é como quem diz: há mais pessoas com cabo do que com satélite.

Hoje em dia muito pouca gente usa estas antenas. 2% da população, a mais geek, para tentar fugir à gloriosa mundiidência dos detentores de direitos desportivos e ver um jogo da Champions num canal alemão qualquer ou jogos da Liga NOS quer na RTP Internacional quer num canal duvidoso do Curdistão iraquiano, comentado numa língua que ninguém percebe.

O que outrora foi interessante passou a ser uma coisa de minorias. Hoje em dia, como já disse, mais e mais pessoas querem uma televisão monoglota. Apesar disto, mais pessoas andam a ler livros em línguas estrangeiras, mais do que nunca (segundo a minha mãe), mas as audiências reflectem só uma coisa: pimba, pimba, pimba, novela rural, pimba, histórias de vida lacrimejantes, pimba, pimba. A entrada de Portugal no mercado dos satélites coincide com a nossa entrada na CEE, e isto implicava uma Europa mais unida do que nunca, não só no aspecto de entrarmos numa organização daquelas, e antes mesmo de entrarmos na Área Schengen, o acesso às parabólicas significava toda uma Área Schengen de programação televisiva. Entretanto mercados individuais foram desenvolvidos e nós entrámos numa política de isolacionismo que leva-me a acreditar que Portugal está dividido entre um nacionalismo televisivo e as gentes do streaming que também chegam a ler livros em línguas estrangeiras.

Com o cabo também foi assim quando começou. Foi pena nunca terem aberto mão a canais mais exóticos nas operadoras (como os polacos). Era o que nos faltava. Enfim, Portugal hoje parece estar mais cético ao que é estrangeiro. Brasileiro, talvez (porque a Globo ainda rende). Agora espanhol, francês, inglês, alemão, italiano? Nem pensar? Quem sabe?

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Tenho memórias boas do tempo em que via televisão por satélite em casa de familiares meus... e mais tarde em minha casa já na segunda metade dos anos 1990 (no ínicio, só tinha os canais da Hot Bird (Eutelsat). Mais tarde, também tive os canais do Astra). Já nos anos 2000, ainda tive televisão digital por satélite... isto até a minha familia acabar por estacionar-se de vez na televisão por cabo através da Cabovisão (hoje NOWO)

Memória viva também tenho dessa revista (especialmente na altura em que foi oficialmente chamada Guia Satélite e Cabo... e mais tarde Guia Cabo e Satélite) - com o tempo, o grafismo da revista melhorou um bocado e tornou-se mais prazeirosa de ver. A última vez que a vi foi, de facto, num dos números do jornal Semanário na primeira metade dos anos 2000...

Claro, que, nenhuma revista sobre televisão via satélite conseguia bater a Tele Satélite (revista que teve origem em França (quando apareceu em Portugal, ainda era maioritariamente em francês... com poucas páginas em português. Mais tarde, deu-se a nacionalização da revista no nosso país. A Espanha chegou a ter a sua versão da revista) no meu coração - grafismo apelativamente bonito + guia de programação que ia por canais e não por dias...

Editado por LAboy 456
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Suposta grelha do descodificador do Afonso Gageiro, quiçá ele nos esclareça a parte do número nas grelhas estar vazia, mas tudo bem, cada utilizador teria a sua ordem. É como a TDT espanhola, não há canais fixos, frequências sim.

Spoiler

1 - RTL
2 - Eurosport/Quantum
3 - SAT.1
4 - RTL 2
5 - 3sat
6 - SKY News
7 - ProSieben
8 - JSTV
9 - CNN International
10 - The Movie Channel
12 - DSF
14 - SKY Movies Plus
15 - n-tv
16 - Bravo/Adult Channel
19 - MTV Europe
20 - ZDF
21 - Cartoon Network/TNT
22 - MDR Fernsehen
23 - Discovery Channel/CMT
25 - Premiere
26 - WDR
27 - Galavisión
28 - Teleclub
30 - TCC/Family Channel
31 - TV Polonia
32 - Polsat
33 - Telepace/RTSH
34 - RTM (hoje Al-Aoula)
35 - TGRT
36 - Egyptian Satellite Channel
37 - Duna TV (porquê o 7?)
38 - HBB TV
39 - Eurostep
41 - Eurosport/Quantum
42 - RTL 2
43 - NBC Super Channel
44 - Euronews (alemão)
45 - VIVA
46 - MTV Europe
47 - TV5
48 - DW-TV/Worldnet
49 - MTA Ahmadiyya
50 - TRT Int.
51 - MBC
54 - Emirates Dubai Television
56 - TVE Internacional
57 - RAI Uno
58 - ATV
59 - Interstar
60 - Show TV
61 - RTP Internacional
64 - RAI Due

Só poucos canais foram aproveitados pelas operadoras portuguesas, agora imagina o que teria sido se a TV Cabo tivesse uma praga de canais da Turquia e da Polónia :curtainpeek:

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há 7 horas, ATVTQsV disse:

Suposta grelha do descodificador do Afonso Gageiro, quiçá ele nos esclareça a parte do número nas grelhas estar vazia, mas tudo bem, cada utilizador teria a sua ordem. É como a TDT espanhola, não há canais fixos, frequências sim.

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1 - RTL
2 - Eurosport/Quantum
3 - SAT.1
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6 - SKY News
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10 - The Movie Channel
12 - DSF
14 - SKY Movies Plus
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20 - ZDF
21 - Cartoon Network/TNT
22 - MDR Fernsehen
23 - Discovery Channel/CMT
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27 - Galavisión
28 - Teleclub
30 - TCC/Family Channel
31 - TV Polonia
32 - Polsat
33 - Telepace/RTSH
34 - RTM (hoje Al-Aoula)
35 - TGRT
36 - Egyptian Satellite Channel
37 - Duna TV (porquê o 7?)
38 - HBB TV
39 - Eurostep
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42 - RTL 2
43 - NBC Super Channel
44 - Euronews (alemão)
45 - VIVA
46 - MTV Europe
47 - TV5
48 - DW-TV/Worldnet
49 - MTA Ahmadiyya
50 - TRT Int.
51 - MBC
54 - Emirates Dubai Television
56 - TVE Internacional
57 - RAI Uno
58 - ATV
59 - Interstar
60 - Show TV
61 - RTP Internacional
64 - RAI Due

Só poucos canais foram aproveitados pelas operadoras portuguesas, agora imagina o que teria sido se a TV Cabo tivesse uma praga de canais da Turquia e da Polónia :curtainpeek:

Esclareço-te já a questão da ordem: esta revista (e os outros números que tenho) não eram minhas; comprei-as quase há 10 anos no extinto Leilões.net. Os números já vinham escritos nas revistas. Claro que dizem respeito à ordem dos canais no recetor do seu ex-dono, agora o porquê da ordem ser a que é já é algo que não te consigo explicar.

Quando vi na altura o anúncio, estas revistas pareceram-me logo algo de especial, e não resisti em ficar com elas. Em anos seguintes encontrei outros dois números, um de 1993 e outro de 1995, que comprei para acrescentar à coleção.

O mistério da TV Asia explica-se pela curiosidade que nós tínhamos nesta altura pelo mundo "exótico" da televisão para além dos nossos 4 canais. E esse fascínio pelo exótico traduzia-se também pelos canais que muitos tentavam acompanhar por curiosidade ou por interesse na cultura. A TV Asia também tinha bastante programação em inglês (tenho gravados em VHS pelo menos dois blocos noticiosos deles, completamente em inglês), pelo que dava sempre para perceber algo. 

A Guia Satélite, num número mais tardio (que poderei digitalizar na íntegra, caso o queiras analisar), dedicou duas ou três páginas exatamente a descrever este fenómeno da programação oriental via Astra e da atenção que esta recebia por parte dos portugueses, destacando a TV Asia, a JSTV (canal japonês) e o The Chinese Channel (ou a CNE, de cabeça não consigo precisar qual dos dois). 

Editado por afonsogageiro
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há 1 hora, afonsogageiro disse:

A Guia Satélite, num número mais tardio (que poderei digitalizar na íntegra, caso o queiras analisar), dedicou duas ou três páginas exatamente a descrever este fenómeno da programação oriental via Astra e da atenção que esta recebia por parte dos portugueses, destacando a TV Asia, a JSTV (canal japonês) e o The Chinese Channel (ou a CNE, de cabeça não consigo precisar qual dos dois). 

Gostava de ver esta revista um dia. A TVARK tem páginas dos três canais que referes:

TV Asia
JSTV
CNE

No ano passado o EifelDX digitalizou alguns excertos do canal cantonês CNE:

 

há 1 hora, afonsogageiro disse:

O mistério da TV Asia explica-se pela curiosidade que nós tínhamos nesta altura pelo mundo "exótico" da televisão para além dos nossos 4 canais. E esse fascínio pelo exótico traduzia-se também pelos canais que muitos tentavam acompanhar por curiosidade ou por interesse na cultura. A TV Asia também tinha bastante programação em inglês (tenho gravados em VHS pelo menos dois blocos noticiosos deles, completamente em inglês), pelo que dava sempre para perceber algo. 

O Zeshaan Ejaz tem alguns excertos do canal antes da fusão com a Zee na Europa (só o próprio canal parece ser vindo de um fanático pela Zee TV, tal é a quantidade de separadores dos canais deles que tem):

Genérico de um programa absorvido pela Zee TV europeia:

 

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há 25 minutos, ATVTQsV disse:

Gostava de ver esta revista um dia. A TVARK tem páginas dos três canais que referes:

TV Asia
JSTV
CNE

No ano passado o EifelDX digitalizou alguns excertos do canal cantonês CNE:

 

O Zeshaan Ejaz tem alguns excertos do canal antes da fusão com a Zee na Europa (só o próprio canal parece ser vindo de um fanático pela Zee TV, tal é a quantidade de separadores dos canais deles que tem):

Genérico de um programa absorvido pela Zee TV europeia:

 

Já fui verificar: o artigo chama-se "Astra Oriental" e saiu no nº21 de Julho/94. Analisa a TV Asia, JSTV, CNE e o Chinese Channel (aparentemente já estavam os 4 em emissão, tinha ideia que o Chinese Channel só tinha aparecido mais tarde).

Deixo aqui uma fotografia com as capas de todas as edições que tenho da revista. É uma pena nunca ter encontrado mais, gosto mesmo muito desta revista e do seu "charme"! Pode ser que um dia tenha mais para partilhar, mas por agora é isto.

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Editado por afonsogageiro
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  • 2 meses depois...
On 09/02/2021 at 11:19, ATVTQsV disse:

A Grundig também está no mercado dos receptores! O universo feito á sua medida. Credo, até os anunciantes?

Sim, não apenas na Europa como também na América do Sul. No final dos anos 80, a subsidiária germano-argentina Aurora Grunding vendia equipamentos para recepção de sinais satelitais na Banda C e o apelo eram os canais do Brasil.
 

 

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  • 1 ano depois...
On 09/02/2021 at 14:19, ATVTQsV disse:

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A TV Cabo estava ainda em fase embrionária (e sim, já estamos dentro das imagens da revista). Este logo (traz-me memórias de infância, bom e velho 808 200 400) já estava em uso, a TV Cabo tinha planos bastante ambiciosos para penetrar no mercado português, planos que já vamos ver de seguida.

Parece mais um protótipo, o logotipo utilizado finalmente era este:

 

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  • 7 meses depois...

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